A turnê itinerante do Prêmio da Música Brasileira 2013
estreou com show em São Luís ontem, no Teatro Arthur Azevedo, somente
para convidados. Foi a terceira vez consecutiva que a turnê veio à cidade e nesta edição, a 24ª, trouxe
grandes nomes da música homenageando a obra de Tom Jobim. Adriana Calcanhoto,
Zé Renato, Roberta Sá, Zélia Duncan e João Bosco cantaram as músicas do
homenageado! E como em todas as edições houve a participação de um artista local. A
cantora Alexandra Nicolas, que recentemente lançou o CD Festejos, interpretou uma canção de Tom Jobim. A turnê foi apresentada pelo ator Murilo Rosa e percorrerá nove cidades brasileiras.
Adriana Calcanhotto
apresentou dentre outras canções, Eu
sei que vou te amar, Estrada do sol
e Outra vez, em dueto com Zélia
Duncan. Já Zélia interpretou canções como,
Desafinado e Luiza. Zélia,
inclusive foi vencedora de dois prêmios na cerimônia realizada no último dia 12,
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na categoria
Pop/Rock/Reggae/Hiphop/Funk, de melhor cantora e como melhor álbum por Tudo Esclarecido (2012), em que a
cantora decifra os versos do músico paulistano Itamar Assumpção.
Homenageado da
edição passada, João Bosco volta à estrada para reler músicas imortais, como Chega de Saudade e Águas de Março, além de fazer um dueto com Zé Renato em Tereza da Praia. Bosco também ganhou
duas premiações nessa edição do Prêmio, na categoria MPB como melhor cantor
e melhor álbum com 40 Anos Depois: João Bosco.
“É uma oportunidade raríssima de você
encontrar um repertório de Antonio Carlos Jobim, que para mim é um dos grandes
compositores brasileiros de todos os tempos, e ver desfilar assim junto dos
colegas todos, cantando um repertório que você escuta no mundo inteiro, que
você identifica o Brasil estando onde estiver. Em qualquer lugar do mundo você
reconhece o Brasil através da música do Tom”, comenta João Bosco.
Zé Renato
relembrou Garota de Ipanema e Por causa de você e fez um segundo
dueto com Roberta Sá, em Eu te amo.
Sozinha, Roberta cantou, entre outras, Sabiá
e Insensatez. Um número final reuniu todos no palco.
Para a versão
itinerante, José Maurício Machline criou um novo roteiro, mostrando toda a
riqueza da obra de Tom Jobim. “A turnê
itinerante a cada ano só nos dá mais alegria e a parceria com a Vale é
fundamental para conseguirmos realizar esse projeto tão especial. É lindo ver a
música brasileira viajando pelo país, indo onde o povo está, em total sintonia
com o espírito do Prêmio”.
A direção musical
é de Jaques Morelenbaum, que acompanhou Tom Jobim por muitos anos. Na turnê,
ele também tocará cello e estará ao lado do pianista João Carlos Coutinho, de
Lula Galvão (violão), Jorge Helder (contrabaixo), Rafael Barata (bateria),
Marcelo Costa (percussão) e Carlos Malta (sax e flauta).
Depois de São Luís
a turnê seguirá para Parauapebas (21/06), Marabá (23/06), Belém (26/06), São
Paulo (28/06), Vitória (30/06), Belo Horizonte (03/07) e Itabira (05/07),
encerrando no Rio de Janeiro, no dia 10 de julho.
Criada em 1988, a premiação se
consolidou por não apenas resgatar e celebrar grandes nomes do cenário
nacional, mas, sobretudo, avalizar carreiras de artistas iniciantes ou com
expressão de alcance regional, como aconteceu em 2012, quando apresentou para
todo o Brasil a revelação pernambucana Herbert Lucena. O Prêmio enaltece o
esforço e o talento dos cantores, músicos, arranjadores e produtores do Brasil
e reúne, no mesmo dia e no mesmo palco, as mais variadas manifestações musicais
do país.
Seis perguntas//Zélia Duncan
Você ganhou o Prêmio da Música com melhor álbum e
melhor cantora. O que isso significou?
Duas alegrias
inteiras.
Como está sendo a experiência de fazer essa
itinerância?
É a minha segunda
vez, sei o quanto é prazeroso levar clássicos de autores fundamentais a lugares
onde nem sempre podemos ir!
Qual a sua relação com a obra de Tom Jobim?
Como qualquer
brasileiro que goste de música, a relação de sempre ter escutado, de fazer
parte da minha vida ativamente. Como artista, a delícia de aprender com esse
repertório que é ao mesmo tempo sofisticado e popular.
E quanto às músicas que você vai interpretar, foi sua a
escolha?
Não fui eu, mas
todas são tão lindas. Sempre lidei com todas elas, me são familiares.
Sobre sua carreira o que você pode dizer do premiado “Tudo
Esclarecido”?
Posso dizer, entre
milhões de outras coisas, que é exatamente o que eu queria dizer e fazer neste
momento. Por isso, apesar de ter menos de um ano de lançamento, já me dá tantas
alegrias.
Quais são os seus projetos para quando terminar a itinerância
do Premio?
Meu ano já está
bem agendado e continua. Ainda tem o espetáculo ToTatiando, que vai para Brasília, Fortaleza e o Festival de Teatro
de POA. Antes disso, Tudo Esclarecido
será apresentado em Frankfurt fazendo parte de um elenco de artistas
brasileiros muito bonito.
Turnê
Parauapebas (PA) -
21 de junho
Marabá (PA) - 23
de junho
Belém (PA) - 26 de
junho
São Paulo (SP) - 28
de junho
Vitória (ES) - 30
de junho
Belo Horizonte
(MG) - 3 de julho
Itabira (MG) - 5
de julho
Rio de Janeiro
(RJ) - 10 de julho
Insert
Homenageados
O Prêmio da Música
Brasileira passou por diversas fases. Por mais de dez anos foi chamado de
Prêmio Sharp (1987 a
1998). Também recebeu os nomes de Prêmio da Música Brasileira (2001) e Prêmio
TIM de Música (2003 a
2008). Ao longo de todos estes anos, seu idealizador, José Maurício Machline
contou com diversos parceiros. Desde a 21ª edição, em 2010, o Prêmio da Música
Brasileira é patrocinado pela Vale que mantém a parceria até hoje. Naquele ano
a homenageada foi Clara Nunes. Em 2011, Noel Rosa, no ano passado foi João
Bosco e este ano, Tom Jobim.
Foto: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário