sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Violeta de Outono se apresenta pela primeira vez em São Luís


 O segundo dia de programação da 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes também é de estreia. Depois de a noite inaugural trazer pela primeira vez à São Luís a banda pernambucana mundo livre s/a, nesta sexta (24), às 22h30, no Ceprama (Madre Deus), é a vez de o público ludovicense receber os paulistas da Violeta de Outono (foto).

Com 30 anos de estrada, a banda é formada por Fabio Golfetti (guitarra e vocal), Gabriel Costa (contrabaixo), José Luiz Dinola (bateria) e Fernando Cardoso (órgão, piano e synth). O vocalista e guitarrista é o único remanescente da formação original, em que beberam em fontes como Pink Floyd e Beatles.

Seu primeiro disco, homônimo, foi lançado em 1987. Um ano antes, haviam lançado um EP, também homônimo. Depois seguiram-se The early years (1988), Em toda parte (1989), Eclipse (1995), Mulher na montanha (1999), Live at Rio Artrock Festival ’97 (2000), Ilhas (2005), Violeta de Outono & Orquestra (2006), Volume 7 (2007), Seventh Brings Return – A Tribute to Sid Barret (2009, dvd), Theatro Municipal, São Paulo 03.05.2009 (2011) e Espectro (2012).

Com sua mescla de progressivo, pós-punk, dark e gótico, o Violeta de Outono vem conquistando cada vez mais fãs ao longo dos anos, apesar de se manter paralela ao mainstrean. Uma espécie de “best of” da carreira será apresentado ao público do Ceprama, amanhã (24).

Abertura – Figura lendária da paisagem do centro histórico da capital maranhense, o DJ Jair Bar Rocko abrirá a programação de sexta-feira, no Ceprama. Proprietário de um bar na Praia Grande, ele tocará o que costuma servir no cardápio sonoro a seus clientes. Uma mistura eclética que vai de jazz e blues a rock e metal. Sua discotecagem tem início às 20h.

Depois dele é a vez da banda maranhense Canyon, cujo rock progressivo dialoga diretamente com a Violeta de Outono. O trio sobe ao palco às 21h. Formada em 2009 por Leo Vieira (contrabaixo e voz), Jobson Machado (guitarra e voz) e Ramon Silva (bateria e voz), o grupo apresentará repertório de seus dois trabalhos: Elegy for the King (2012) e Canyon (2014).

O repertório autoral, diretamente influenciado pelo hard rock e progressivo das décadas de 1960 e 70 já é conhecido de diversos públicos de São Luís, sua cidade natal, em cujos palcos a banda tem se apresentado com frequência.

Entre as principais influências eles destacam King Crimson, Dust, Genesis, Icecross, Rush, Queen, Camel e Jethro Tull, além dos brasileiros Mutantes, Secos & Molhados e O Terço.

A programação de sexta-feira se encerra com o Caia na Rede, quando a 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes visita iniciativas artísticas que já acontecem na cidade. Amanhã (24) é a vez de produção, artistas e público visitarem o Tambor de Crioula do Mestre Amaral, na Praça Pedro II, no Centro de São Luís. Na ocasião haverá a tradicional roda de tambor de crioula e discotecagem da Rádio Casarão.

Programação Dia 24/10 (sexta-feira)
 Shows CEPRAMA
20h – Discotecagem Jair Bar Rocko/MA
21h – Canyon/MA
22h30 – Violeta de Outono/RJ

A transformação de Zizi Possi






A voz, doce afinada e requintada de Zizi Possi vai entoar os salões do Palácio Luís XIII com o show Tudo se Transformou, neste sábado, 25, a partir das 20h30. Nesse show Zizi traz para São Luís o repertório escolhido para seu novo CD. Disco e show levam o nome de um dos mais belos sambas de Paulinho da Viola,  além de canções de grandes autores da música brasileira como Chico Buarque, Geraldo Vandré, Anastácia, Dominguinhos, Guilherme Arantes, Gonzaguinha. Antes, porém, o público vai presenciar o Duo de Câmara com banda Bossa Brazil. A produção é de Rodolfo Silva.
Tudo se Transformou destaca o canto preciso de Zizi em canções como Filho de Santa Maria (Paulo Leminski), Disparada (Geraldo Vandré), Contrato de Separação (Dominguinhos/Anastácia) e Meu Mundo e Nada Mais (Guilherme Arantes). As inéditas também fazem parte do repertório, como No Vento, da compositora gaúcha Necka Ayala, Sem Você (Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown), e a balada Cacos de Amor, feita pela filha, a cantora Luiza Possi, em parceria com Dudu Falcão. Completam o set Com que roupa? (Noel Rosa) e sucessos como Noite e A paz, entre outros.
“Sempre achei Cacos de Amor  linda. Tem outras canções da Luiza, inclusive com outros parceiros, que adoro. Não estou falando como mãe, estou falando como artista. Gosto muito do trabalho dela como letrista, como poetisa, de verdade! Agora, como mãe, é um orgulho!”, diz Zizi, em entrevista a O Imparcial. Para acompanhá-la, Zizi Possi terá o Maestro Jether Garotti Jr. (piano e clarineta), Rogério Delayon (violão e cordas) e Guello (percussão).
Zizi Possi nasceu em São Paulo e teve uma formação musical erudita bastante complexa. Lançou seu primeiro álbum no Rio de Janeiro em 1978, com indicação de Roberto Menescal. A partir de então não parou de emplacar sucessos, com interpretações que se popularizaram, como trilhas de novelas, e se consagrando em musicais como Ópera do malandro e O grande circo místico, de Chico Buarque e Edu Lobo. Zizi tem 36 anos de carreira e mais de 20 discos lançados no Brasil.
Glamour - Rodolfo Silva, o produtor do show, concretiza o desejo de trazer um espetáculo com todo requinte e glamour que a diva merece. Rodolfo afirma que, ao adquirir um convite para o show, o cliente leva não só um ingresso, mas um compromisso de uma experiência única em uma noite memorável: “Neste evento estaremos agregando além de conforto, segurança e charme, serviços de buffet com deliciosas iguarias e bebidas clássicas de alto padrão” afirmou.


Cinco perguntas//Zizi Possi

1. Como você avalia seu momento nesses 36 anos de carreira?
Puxa, essa é uma avaliação importante. Afinal, 36 anos de carreira é uma vida, não é mesmo? O que posso dizer é que minha carreira sempre pontuou meu desenvolvimento humano, individual, espiritual e artístico. Como tudo isso sempre se refletiu nas minhas escolhas, dentro e fora dos palcos, e, sempre tive por parte do público o maior respeito e carinho. Acho que o público também foi se transformando junto comigo! Hoje em dia meu público vai, literalmente, de 8 a 80 anos. Adoro isso!

2. “Tudo se transformou” tem a ver esse momento?
O título “Tudo Se Transformou” tem relação com meu o momento, com todo o repertório que embala este sentido de transformação. Este título fotografa bem o que está no CD e no show.

3. Você tem acompanhado o cenário musical?  Como analisa?
Eu não acredito muito nessa tal diversificação musical. Acho que, como tudo na vida, a música tem sido banalizada. Quem gosta deste tipo de coisa que se ouve no rádio, não gosta de música não. Porque isso não é música e, pro meu gosto pessoal, é bastante desagradável. O que eu vejo na mídia, vejo muito mais por imposição, suposição do que pode vir a ser consumido pelo público, do que como confirmação do gosto popular. Espero que o brasileiro tenha o bom senso de entender que 90% do que está na mídia não é música.

4. E sobre o show, foi difícil selecionar um repertório para essa turnê?
Eu me misturo com aquilo que estou cantando e sempre procuro músicas que me ajudem a colocar o que acredito pra fora. Já tinha cantado a maioria dessas canções em shows anteriores. Mas sempre tem alguns sucessos, uma surpresinha (risos).

5. Qual a marca desta turnê? Como quer deixá-la inesquecível para o público?
É difícil apontar, enquanto está acontecendo... minha vida é cantar ao vivo, nos palcos, e desfrutar de todas as emoções e energias que o encontro com o público produz através da música. Espero poder cantar assim até o fim!


Programação
20h -  Abertura da casa para os convidados com inicio dos serviços de buffet
20h30 - Duo de Câmara com Bossa Brazil
23h - Inicio do show com Zizi Possi e banda


Serviço
O quê? Show Zizi Possi
Quando? 25 (sábado), às 20h30
Onde? Palácio Luís XIII (Av. Jeronimo de Albuquerque, 22, Altos do Calhau)
Quanto? R$500,00; R$250,00 (meia: estudantes, idosos, professores, classe artística)
Informações e reservas: 3226-3716 / 3221-4152

Balada 80 com Biquini Cavadão





A banda Biquíni Cavadão já esteve em São Luís 12 vezes. A última há dois anos. Agora o grupo será a atração principal da festa Balada 80, que terá à frente os DJs Glaydson Botelho e Claudinho Polary com um set super selecionado trazendo de volta o clima dos anos 80 com sucessos de bandas e artistas que marcaram época, em espaço com 3 ambientes. A festa será nesta sexta-feira, 24, na Fazenda Open Music (Turu). 
O Biquíni já fez 2066 shows em 638 cidades do Brasil e do mundo. Só neste ano o grupo já se apresentou em 48 cidades de 14 estados, e agora chegou a vez de São Luís curtir novamente o som da banda que há três décadas faz a alegria de fãs do rock e do pop. No repertório do show, canções de sucesso como Tédio, Zé Ninguém, Janaína, Vento Ventania, Dani, Quanto Tempo Demora Um Mês, Timidez, Chove Chuva, dentre outras do mais recente trabalho, Roda Gigante (2013). A faixa título do novo CD deu ao grupo uma indicação ao Grammy Latino na categoria de melhor canção brasileira de 2013. 
Uma banda hiper-representativa do pop e rock brasileiro, antenada com as novas tecnologias e querida de norte a sul do país, o Biquíni sempre acompanhou todas as décadas sem ficar perdido no tempo, orgulhosos do seu passado, mas atentos ao futuro.
O show é sempre repleto de sucessos que fizeram do grupo um dos pilares da música jovem nacional nos anos 80 e 90 e a comunicação com o público é uma das características marcantes do vocalista Bruno Gouveia. Que canta, dança, pula, interage com a plateia.
“A gente se preocupa em fazer o diferencial para que o público, ao final do show, fique com gostinho de quero mais. Incluímos músicas da carreira que não podem faltar, mas colocando canções inéditas também, fazendo esse equilíbrio e deixando sempre reticências para que público volte. Nunca um ponto final. E tem dado certo”, diz Bruno Gouveia.

30 anos - O Biquíni, formado por Carlos Coelho (guitarra), Bruno Gouveia (voz), Álvaro Birita (bateria), Miguel Flores da Cunha (teclados), tem trinta anos de formação. Dando partida à turnê de 30 anos da banda, gravou em Goiânia seu novo vídeo oficial, chamado Me Leve Sem Destino. Ao todo, foram 30 canções para celebrar os 30 anos de carreira. Um passeio por clássicos que marcaram as três décadas de existência do Biquini, além de sucessos de outras bandas oitentistas, como o Nenhum de Nós, Uns e Outros e Os Paralamas do Sucesso. Destaca-se ainda, a releitura da música Sobradinho, do trio Sá, Rodrix & Guarabyra.

Serviço
O quê? Balada 80 com Biquíni Cavadão
Quando? 24, às 22h
Onde? Fazenda Open Music (Turu)
Quanto? 1º lote: Pista - R$ 40,00; Fronstage - R$ 100,00. À venda: Óticas Diniz, Jacaré Home Center e  no local do show

domingo, 19 de outubro de 2014

A fusão sonora de Otto



O cantor e compositor Otto esteve aqui em São Luís participando do Festival Limonada terceira edição, neste domingo. Nessa etapa, o pernambucano, ex-percussionista do Nação Zumbi, grupo fundador do mangue-beat, foi a principal atração do Festival que agora experimenta uma nova fase trazendo artistas de outros estados, aliando a boa música nacional à maranhense, mostrando a força da nova cena musical da cidade. Completaram o line up dessa edição do Limonada,  os pockets shows de Hermes Castro, Pedeginja, Beto Ehongue & Canelas Preta e Loopcínico, e ainda a  discotecagem de Pedro Sobrinho.
A festa da música brasileira começou com a banda Maratuque Upaon-Açu e seus mais de 20 percussionistas fazendo a recepção dos convidados. Em seguida o DJ Pedro Sobrinho mostrará sua criteriosa seleção musical antenado com as novidades do mundo da música, dará o start para o show de Otto, que subirá ao palco às 19h.
No Limonada III, Otto veio fazer o lançamento de seu mais recente trabalho, The Moon 1111 sexto disco de inéditas do cantor. O disco mantém amplo o leque de referências do autor, indo de Felakuti a Pink Floyd, passando pelo cinema da Nouvelle Vague. O álbum traz participações de Fernando Catatau, Kassin, Fábio Trummer (vocalista da banda Eddie), e da atriz Tainá Muller. Além disso, ganhou produção do mestre Pupillo (baterista do Nação Zumbi).
Com 16 anos de carreira Otto desenvolve um trabalho pautado pela infusão de regionalismos, como o maracatu e o forró na música eletrônica com Rap e vice-versa, o que vem conquistando o público e a crítica desde Samba pra Burro (1998), passando por Condom Black (2001), Sem Gravidade (2003) e Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009).
“Minha trajetória é muito semelhante à trajetória de vários artistas populares. Sou um nordestino que tinha sonhos e pôde ser realizado com muito trabalho perseverança e certezas. Toquei nas duas bandas mais importantes daquela época Mundo Livre e Chico Science, e fui pra carreira solo pra conquistar meu próprio espaço. Hoje digamos que tenho um público lindo em toda parte e tenho um carisma grande   E tenho experiência pra comandar meu destino de cantor”, conta Otto em entrevista a O Imparcial completando que compõe com  olhos e coração. “Tento sempre explicar um pouco mais a vida que vivemos. No mais é observar e se inspirar.”

 
Seis perguntas//Otto
O The Moon 1111 representa de certa forma uma simbologia?
Tudo que me proponho a fazer nos meus discos são conceitos dos meus pensamentos. The moon 1111 é uma simbologia dos dias atuais. Das novas formas de pensamentos, dos portais. Sendo o mais relevante é a internet e a sua interação do mundo. A lua é uma forma de satélite. 1111 são os binários, as cabalas, são as novas tecnologias. E o coração do homem! 

O que você está preparando para depois dele? Já há um novo trabalho?
Ele já tem aí uns dois anos de correria, mas o Brasil é tão grande que há lugares que eu ainda não fui. Pelas despesas  de passagens às vezes dificulta a vinda. E por isso tem este caráter de lançamento e eu adoro.  No próximo ano vou lançar o OTTOMATOPEIA  meu próximo trabalho  que ainda estou compondo!

Pode ser difícil de eleger um melhor trabalho, mas qual dos seus discos você tem mais amor?
Tenho amor por todos, sem dúvida. Não sei bem definir o que gosto mais. É melhor que os ouvintes elejam. Mas o primeiro tem um lugar de divisor de água na música brasileira: Um antes e depois do Samba pra Burro, pela eletrônica que não existia neste país com poesias.

E como você define a atual fase da carreira?
Amável, produtiva, madura e delirante (risos).

Em 2015  Brasil terá um novo mandato presidenciável. Qual a sua avaliação do Brasil?
Acho que a presidenta Dilma tem que continuar. É impossível ir de encontro aos números que provam que desde Lula o Brasil melhorou e muito. É difícil imaginar uma volta ao descrédito, aos atrasos. Saímos  da linha de pobreza. O Nordeste hoje é outro e estamos melhorando cada vez mais, então é isso. Aécio Never, jamais (risos).

Dá pra adiantar como será o show aqui em São Luís?
Cara eu amo cantar e amo viajar. A emoção que tenho é de poder estar fazendo este show aí em São Luís depois de dois anos rodando o mundo. Acho que a emoção é minha junto com a galera que está a fim de ver este show há tempos. Então o que posso adiantar é minha ansiedade e alegria de pisar aí, nessa cidade e nesse estado tão lindo do meu Nordeste. Junte isso com a paz e teremos um show intenso e cheio de emoção. Beijos meu Maranhão do coração.

sábado, 18 de outubro de 2014

Aldeia Sesc Guajajara de Artes divulga programação selecionada para a 9ª edição


O Sesc no Maranhão divulgou  a lista de grupos e artistas selecionados para a programação 2014 da 9ª edição do Aldeia Sesc Guajajara de Artes,  um dos maiores eventos culturais do estado. Com o tema “Tecendo Redes”, o foco em 2014 é o diálogo sobre iniciativas artísticas nesse formato. A lista completa de propostas aprovadas está disponível no www.sescma.com.br, na aba Editais/Resultado. A Aldeia Sesc Guajajara de Artes inicia a todo vapor a extensa programação na próxima quinta-feira, dia 23 de outubro, com o tradicional e multifacetado cortejo artístico pelo Centro da cidade.

Wanderley Andrade em homenagem a Reginaldo Rossi




Longa cabeleira colorida, modelitos berrantes, acessórios diversos,  visual excêntrico, penduricalhos e muita atitude. Um camaleão? “Sou o David Bowie do Brasil. Sei lá o que posso ser. Que tal uma colcha de retalhos?” (risos). Foi nesse tom, às vezes sério, às vezes brincalhão que aconteceu a entrevista por telefone com o cantor Wanderley Andrade, que será uma das principais atrações do Luau Brega, dia 18, às 22h, no Saint Louis Eventos, em noite que terá ainda, as bandas Filhinho de papai, Bruno Shinoda e Swingart, Raiz Tribal, os artistas Elcson Pacheco, DJ Kienzer e JP.
Wanderley esbanja simpatia. A mesma que ele apresenta no palco. Em uma fase produtiva e com agenda de shows no Brasil e no exterior, o cantor comemora o sucesso dos cinco shows que fez nos Estados Unidos recentemente. Ele voltou para o Pará para cumprir agenda no Brasil e depois retornará aos EUA para mais quatro shows. “Foi um sucesso. Muita gente, todos curtindo o show, até porque canto em vários idiomas. E o dito brega, chegou com força total junto à classe média/alta”, comenta.
Isso mesmo, o intérprete paraense tem mais de três décadas de carreira, é poliglota e apresenta um show carregado de sonoridades como calypso, música caribenha, pop, rock, ou brega, como ele diz, que as pessoas rotularam as músicas que falam de amor. “O saudoso e meu querido amigo Reginaldo Rossi falava assim. Que se nossas músicas eram bregas, o que dizer de Leonardo (irmão do falecido Leandro)? Quando você escuta a música  Conquista que diz (canta um trecho): ‘O meu amor virou brinquedo pra ti/Põe na minha boca o mel/Logo em seguida o fel/Depois vem de mansinho querendo agradar/Falando palavras bonitas pra me conquistar/Só não aceito esse teu jeito de querer me amar...’, você não acha romântica? É poesia perfeita. Então é isso”, justifica.
Suas canções vão direto ao coração. A linguagem simples e bem-humorada, porém carregada de romantismo, fazem de suas músicas sucesso na boca do povo como Ladrão de Coração, Detento Apaixonado, Conquista, Terrorista do Amor, Traficante do Amor. 
Wanderley já veio ao Maranhão muitas vezes e desta vez traz um show novinho em tributo a Reginaldo Rossi, seu amigo e uma das grandes influências, e lançando seu CD e DVD. Mas não é só isso. Seus shows trazem rock e pop. Beatles, Bee Gees, Elvis Presley, Raul Seixas, Nina Hagen, Sex Pistols e outros nomes nacionais e internacionais que são sua influência também estão presentes no repertório.
O cantor começou a carreira artística aos 19 anos, apresentando-se em casas noturnas da cidade de Belém. Em 1994, gravou o primeiro LP. O sucesso começou a aparecer três anos depois com a música Ladrão de Coração, cujo disco vendeu cerca de 250 mil cópias. Hoje tem 9 CDs e segundo ele próprio, já vendeu mais de 7 milhões de discos. Foi o primeiro artista brasileiro a gravar CD ao vivo bilingue.

Cinco perguntas//Wanderley Andrade
Como foi a temporada de shows nos Estados Unidos?
Fiz cinco agora em setembro e depois retorno pra fazer mais quatro, cumprindo antes uma agenda de shows pelo Brasil. Deu para verificar que o brega é um consumo espetacular entre a classe média/alta. É um novo momento. Imagina, um show desses hoje chegar a custar 80 reais? Os americanos se renderam aos brasileiros. Cantei Love of My life e eles cantaram todos comigo. Hoje essa consciência mudou, como já falava o saudoso Reginaldo Rossi. Todo mundo consome. Passei por Connecticut, New York, Manhattan e o brega ta muito bem. Canto em todos os idiomas, todos os ritmos numa mistura sonora.

Falando em Reginaldo Rossi, é esse show que você vai trazer para São Luís?
Sim. São Luís vai receber em primeira mão o Tributo a Reginaldo Rossi, em CD e DVD, que foi lançado recentemente no Pará. Vou levar essa música para esse povo lindo de São Luís. Essa  Ilha do Amor fantástica, a qual sou muito grato e aos amigos que tenho por lá. O primeiro show que fiz no Maranhão foi em Buriticupu, com Ladrão de Coração. E de sete anos para cá, já são mais de 80 shows aí em todo o  estado. Tenho um público fiel.

E como você avalia esse seu  momento?
O brega voltou com força total falando de amor de uma forma irreverente. Atualmente o mercado está absorvendo de uma forma bem tranquila, vivendo um momento oportuno. Acho que estamos tirando esse estigma da música brega. A forma como é colocada não tem nada a ver com a música. Eu não tenho esse pensamento. Sob o ponto de vista do rei Reginaldo Rossi, fazemos músicas que falam de amor e hoje esse consumo está em outras classes também.

Quanto ao seu figurino. É você mesmo que monta?
(Risos). Sou eu mesmo. Eu pego muito do visual do Sex Pistols, da Nina Hagen, Elvis Presley. Faço o estilo pop americano e brasileiro. Pego um cinto do Michael Jackson, uma calça do Sebastian Bach, do Skid Row. Uma colcha de retalhos. O importante é que o cabelo está sempre cheiroso (risos).

Qual a melhor definição para o Wanderley Andrade?
Sou o David Bowie brasileiro. Não sei. Como dizia o querido e saudoso Raul Seixas “não sei onde eu to indo, mas sei que estou no meu caminho” (No Fundo do Quintal da Escola)

Serviço
O quê? Luau Brega com Wanderley Andrade
Quando? Hoje, às 22h
Onde? Sant Louis Eventos (Estrada da Maioba)
Quanto? 1º Lote Pista R$ 30,00; Front R$ 60,00