O cantor e
compositor Otto esteve aqui em São Luís participando do Festival Limonada terceira
edição, neste domingo. Nessa etapa, o pernambucano, ex-percussionista do Nação Zumbi, grupo
fundador do mangue-beat, foi a principal atração do Festival que agora
experimenta uma nova fase trazendo artistas de outros estados, aliando a boa
música nacional à maranhense, mostrando a força da nova cena musical da cidade.
Completaram o line up dessa edição do
Limonada, os pockets shows de Hermes Castro, Pedeginja, Beto Ehongue & Canelas
Preta e Loopcínico, e ainda a discotecagem de Pedro Sobrinho.
A festa da
música brasileira começou com a banda Maratuque Upaon-Açu e seus mais de 20
percussionistas fazendo a recepção dos convidados. Em seguida o DJ Pedro
Sobrinho mostrará sua criteriosa seleção musical antenado com as novidades do
mundo da música, dará o start para o
show de Otto, que subirá ao palco às 19h.
No Limonada
III, Otto veio fazer o lançamento de seu mais recente trabalho, The Moon 1111 sexto disco de inéditas do
cantor. O disco mantém amplo o leque
de referências do autor, indo de Felakuti a Pink Floyd, passando pelo cinema da
Nouvelle Vague. O álbum traz participações de Fernando Catatau, Kassin, Fábio
Trummer (vocalista da banda Eddie), e da atriz Tainá Muller. Além disso, ganhou
produção do mestre Pupillo (baterista do Nação Zumbi).
Com 16 anos de
carreira Otto desenvolve um trabalho pautado pela infusão de regionalismos,
como o maracatu e o forró na música eletrônica com Rap e vice-versa, o que vem
conquistando o público e a crítica desde Samba
pra Burro (1998), passando por Condom
Black (2001), Sem Gravidade
(2003) e Certa Manhã Acordei de Sonhos
Intranquilos (2009).
“Minha trajetória
é muito semelhante à trajetória de vários artistas populares. Sou um
nordestino que tinha sonhos e pôde ser realizado com muito trabalho
perseverança e certezas. Toquei nas duas bandas mais importantes daquela época
Mundo Livre e Chico Science, e fui pra carreira solo pra conquistar meu próprio
espaço. Hoje digamos que tenho um público lindo em toda parte e tenho um
carisma grande E tenho experiência pra comandar meu destino de
cantor”, conta Otto em entrevista a O
Imparcial completando que compõe com
olhos e coração. “Tento sempre explicar um pouco mais a vida que
vivemos. No mais é observar e se inspirar.”
Seis
perguntas//Otto
O The
Moon 1111 representa de certa forma uma simbologia?
Tudo que me
proponho a fazer nos meus discos são conceitos dos meus pensamentos. The moon
1111 é uma simbologia dos dias atuais. Das novas formas de pensamentos, dos
portais. Sendo o mais relevante é a internet e a sua interação do mundo. A lua
é uma forma de satélite. 1111 são os binários, as cabalas, são as novas
tecnologias. E o coração do homem!
O que você está preparando para depois
dele? Já há um novo trabalho?
Ele já tem aí
uns dois anos de correria, mas o Brasil é tão grande que há lugares que eu
ainda não fui. Pelas despesas de passagens às vezes dificulta a vinda. E
por isso tem este caráter de lançamento e eu adoro. No próximo ano vou
lançar o OTTOMATOPEIA meu próximo trabalho que ainda estou
compondo!
Pode ser difícil de eleger um melhor
trabalho, mas qual dos seus discos você tem mais amor?
Tenho amor por
todos, sem dúvida. Não sei bem definir o que gosto mais. É melhor que os
ouvintes elejam. Mas o primeiro tem um lugar de divisor de água na música
brasileira: Um antes e depois do Samba
pra Burro, pela eletrônica que não existia neste país com poesias.
E como você define a atual fase da
carreira?
Amável,
produtiva, madura e delirante (risos).
Em 2015
Brasil terá um novo mandato presidenciável. Qual a sua avaliação do
Brasil?
Acho que a
presidenta Dilma tem que continuar. É impossível ir de encontro aos números que
provam que desde Lula o Brasil melhorou e muito. É difícil imaginar uma volta
ao descrédito, aos atrasos. Saímos da linha de pobreza. O Nordeste hoje é
outro e estamos melhorando cada vez mais, então é isso. Aécio Never, jamais (risos).
Dá pra adiantar como será o show aqui em
São Luís?
Cara eu amo
cantar e amo viajar. A emoção que tenho é de poder estar fazendo este show aí
em São Luís depois de dois anos rodando o mundo. Acho que a emoção é minha junto
com a galera que está a fim de ver este show há tempos. Então o que posso
adiantar é minha ansiedade e alegria de pisar aí, nessa cidade e nesse estado
tão lindo do meu Nordeste. Junte isso com a paz e teremos um show intenso e
cheio de emoção. Beijos meu Maranhão do coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário