Compositor e músico consagrado, Jeneci apresentará ao público a turnê do seu último álbum De Graça (2013) passeando também por sucessos de Feito Pra Acabar, seu disco de estreia.
Sua obra, seus sentimentos, sua individualidade, sua veia poética estarão no palco. O palco que é o lugar do artista. Em entrevista por telefone a O Imparcial, Jeneci se diz muito contente com o disco, com a repercussão que ele tem trazido, e em consequência disso, com os shows lotados e um grande público conhecendo e reconhecendo seu trabalho.
Um dos principais representantes da geração conhecida como "nova MPB", Marcelo Jeneci nasceu em Aricanduva, São Paulo. Instrumentista de peso, começou a tocar ainda criança, graças a um desejo do pai que confeccionava instrumentos. Recentemente ele postou uma foto em uma rede social em que ainda criança tocava um teclado. “Meu pai construiu o teclado e eu ficava tocando, o meu pai assoviando e eu fazendo o som no teclado. A partir daí, soube que queria ser músico”, conta Jeneci.
No repertório do show, todas as 13 músicas do novo CD e as do disco de estreia. De Graça foi lançado no final de 2013. Das 13 faixas do novo disco, todas autorais, seis são co-assinadas por Isabel Lenza, três só por Jeneci, Arnaldo Antunes aparece em duas e outros parceiros incluem Luiz Tatit, Arthur Nestrovski, Raphael Costa e Laura Lavieri. “O De Graça nasceu em um momento bacana. Nova vida, novo ciclo, retratando o que tenho vivido”, comenta o artista.
E é nesse momento, completo, pleno, que o artista percorre o Brasil, feliz de fazer show em São Luís, onde já esteve outras vezes, mas agora terá o prazer de estar com seu público. “Eu irei para os Lençóis antes, um lugar que tenho vontade de conhecer e onde passarei uns dois dias, e depois seguirei para São Luís para estar no palco, mostrar esse trabalho que tem a colaboração de uma grande equipe, de grandes profissionais que trabalham comigo no CD e são responsáveis também pelo show”, afirma.
Marcelo Jeneci estará acompanhado por Laura Lavieri (voz); Regis Damasceno (baixo e violões); Ricardo Prado (guitarra e teclado); Richard Ribeiro (bateria) e Estevan Sinkovitz (guitarra e teclado).
Cinco perguntas//Marcelo Jeneci
O que o De Graça representa para você?
Ele retrata o que eu tenho vivido. Um ano depois de ter lançado ele me mostra o caminho que ele criou e andou. Muito show, ingressos esgotados e em lugares grandes e muita gente cantando todas as músicas. Ele trouxe uma atenção maior, talvez pela continuidade do disco anterior e também pelos shows que estamos fazendo, porque uma coisa é o disco, a outra é o show. E ele foi feito por muita gente, muitos técnicos, parcerias, resultado bom que tem se refletido nos shows, gerando um bom trabalho com uma repercussão boa, muito boca a boca. Um disco abençoado com bastante graça (risos).
Você falou de disco e de palco. Como é estar no palco?
Me sinto vital. Reconheço o meu lugar, que a minha vida é estar dentro desse projeto pelo qual me interessei, já que desde os cinco anos eu toco. Nasci pra isso. Me dá vida, me dá saúde. É onde quero estar.
Você declarou certa vez que quando faz música pensa em melhorar a vida das pessoas. Em que sentido?
Falo de modificar o astral, o ambiente. Tem músicas que tem essa capacidade, essa sensação de bálsamo. Adoro as músicas que fazem isso, que me fazem sentir isso. Sou muito fã das músicas de Erasmo Carlos, do Roberto Carlos que dão essa sensação e fico feliz quando alguma música minha provoca isso também.
Você é tido como um dos nomes da nova geração da MPB, em um momento em que novos artistas estão surgindo e conquistando espaço na música. Como você avalia isso?
Acho que isso é uma coisa muito externa, que é da mídia, da imprensa, de rotular para entender melhor, explicar. Há uma atenção excessiva sobre a gente, novos artistas, porque de repente a gente mora em uma mesma cidade e apareceu no mesmo período. Acho que isso está ligado em uma nova expressão, como aconteceu em outras épocas e está acontecendo agora. De 2000 pra cá com muitas informações, da globalização, da internet, com os chefes de estado, com Obama, com a Dilma, essas coisas todas são as causadoras do surgimento de tanta gente nova no mundo inteiro com coisas novas para dizer, cada um com seu recado. Isso aconteceu comigo e com tanta gente.
É uma coisa natural da vida. A vida é um ciclo espiral ascendente. Então acho natural a gente fazer parte dessa galera que está aí. Tem lugar para todo mundo e eu acho bem bacana esse momento, essa produção, esses discos que estão surgindo. Acho que é isso.
É a sua primeira vez em show solo em São Luís, qual a expectativa?
Tenho mais tranquilidade do que expectativa, porque irei com toda a banda, toda a família que me acompanha. Já fui com outros artistas, mas aí ir para São Luís é uma coisa cara, inclusive tem artistas, colegas meus, que dizem que é difícil, pela infraestrutura que tem levar, pela distância. Vários amigos meus ainda não foram. E eu
acho São Luís linda. Tenho um carinho, acho muito interessante como vocês se apropriam do reggae, então a expectativa é especial, porque é um lugar que pouco se vai. E eu falo de boca cheia que vou a São Luís, mas antes vou conhecer os Lençóis, para depois encontrar meu público aí. Vai ser bem bacana.
Faixas do CD
1. Alento – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza / Arnaldo Antunes
2. De Graça – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza
3. Temporal – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza
4. Tudo Bem, Tanto Faz – Marcelo Jeneci / Laura Lavieri /Arnaldo Antunes
5. Nada a Ver – Marcelo Jeneci
6. A Vida é Bélica – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza
7. O Melhor Da Vida – Marcelo Jeneci / Luiz Tatit
8. Um de Nós – Marcelo Jeneci Voz
9. Pra Gente Se Desprender – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza
10. Julieta – Marcelo Jeneci / Isabel Lenza
11. Sorriso Madeira – Marcelo Jeneci
12. Só Eu Sou Eu – Marcelo Jeneci / Arthur Nestrovski
13. 9 Luas – Marcelo Jeneci / Raphael Costa
Serviço
O quê? Show de Marcelo Jeneci
Quando? Hoje, às 20h30
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto? Preço único R$ 50,00
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