sábado, 4 de outubro de 2014

A inusitada Ana Carolina


 A cantora Ana Carolina, de voz grave e cheia de personalidade, e presença marcante, chega a São Luís com a turnê #AC, show do seu mais novo álbum de inéditas, além de grandes sucessos de sua carreira. O reencontro com o público maranhense será daqui a pouco às 21h, no Ginásio Castelinho. O show chega a São Luís após Ana Carolina ter se apresentado em várias cidades do país e também no exterior. No final deste mês, no Citibank Hall, Ana fará grava o show de gravação do sétimo DVD da carreira.

O CD que dá nome à turnê foi indicado pelo Grammy Latino para concorrer ao prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro 2014, coroando os 15 anos de carreira da cantora com vários sucessos e inúmeras músicas em trilhas de novela. Em entrevista a O Imparcial, Ana diz que se sente em um momento feliz. Ela falou da relação com os fãs e da carreira.

“Não sou de definições e de colocar etiquetas em momentos ou fases. Vivo o presente, mas sem dúvida este é um momento pleno, leve e feliz. Preparamos um show cheio de cores e vídeos especialmente feitos, por mim e pela Monique Gardenberg, para esta turnê, uma banda excepcional e sucessos de todas as fases destes meus 15 anos de carreira. Que mais posso dizer? Quero matar as saudades e espero todo mundo lá pra gente cantar junto”, diz Ana Carolina.

Quem for ao show verá uma Ana Carolina cantando Calcinha Preta e MC Papo. O setlist mistura canções de seu último álbum #AC com versões novas de antigos sucessos de todas as fases dos 15 anos da carreira de Ana. O inusitado fica por conta das novidades do repertório que se misturam a É isso aí, Garganta, Pra rua me levar, Rosas, Quem de nós dois, entre outras. Ana cantará Fire, de Bruce Springsteen; uma versão bem humorada para Periguete, de MC Papo; Você não vale nada, hit de Calcinha Preta, composto por Dorgival Dantas; e uma nova versão de Coração Selvagem, de Belchior.

“Eu queria um repertório não somente voltado para o #AC, mas que também incluísse canções de todas as fases por ocasião da comemoração dos 15 anos de carreira e quase sempre reservo um espaço para coisas diferentes, surpresinhas. Foi no estúdio que essas canções apareceram, durante os ensaios. A Monique Gardenberg trouxe algumas ideias como Fire, do Bruce, e um dia os músicos estavam tocando Periguete de brincadeira e a Monique adorou! Eu emendei com Você não vale nada... e ficou divertido. O bom de fazer a música é justamente a possibilidade de ver canções se imporem ao trabalho, aparecerem de maneira involuntária e ainda assim, ‘roubarem a cena’”, acredita Ana Carolina.


Cinco perguntas//Ana Carolina
1. Seus shows têm sido marcados pela participação efusiva de fãs. Qual a coisa mais inusitada que eles já fizeram?
Definitivamente, meus fãs são um show à parte. Eles sempre conseguem uma maneira de marcar presença e se fazerem notar ao demonstrarem carinho. Outro dia um fã clube criou umas notas de dólar com meu rosto no lugar de George Washington e distribuiu para a plateia. Eles levam bichinhos, balões, flores, luzes piscantes, placas luminosas e cartazes e não são diferentes dos fãs de todos os artistas. Meus fãs sabem
que eu gosto dessa troca de energia e é isso que me faz cair na estrada. No primeiro show desta nova turnê em São Paulo, uma fã me derrubou ao subir no palco para um abraço, mas foi sem querer. Me levantei e segui o show, acontece. Empurrão de amor não dói (risos).


2. Você costuma ter contato com os fãs clubes? Eles têm acesso a você?
Ao longo da carreira, muitos fãs clubes foram criados e, com as redes sociais, eles se multiplicaram. . Temos uma central de fãs, o C.A.C, que os mantêm informados e alinhados. As redes sociais facilitaram nosso contato. Mesmo que de maneira indireta, eles sabem o que penso, observam os meus posts, deixam comentários e eu os observo e, quando posso, respondo perguntas. Gostaria de encontrá-los e de poder interagir, mas é difícil. Sempre que posso, os recebo nos shows e convidamos alguns para gravações de programas de tevê e eventos.


3. Ter tantas músicas em trilhas de novelas foi um processo natural?
Sim, foi um processo natural e ocorreu aos poucos. Já são 23 músicas em novelas, em 15 anos de carreira, e acredito que o retorno tenha sido positivo para os autores e diretores. Gosto de fazer músicas que, de certa forma, traduzam sentimentos, sensações das pessoas e talvez por isso elas se encaixem em tantos personagens e tramas. Não há uma fórmula: “ou faço canções pensando em novelas, ou em rádio”. Quando as crio não penso nisso, mas fico muito feliz que elas possam chegar a um vasto público que a tevê permite.


4. Sobre a mais recente: “Eu sei que vou te amar", de Vinicius de Moraes?
Esse é um ótimo exemplo de como as coisas, muitas vezes, acontecem. Foi uma grande surpresa quando eu soube que a música abriria a trama das nove da rede Globo, o que curiosamente nunca havia acontecido até então. Gravei a canção a convite de um projeto sobre o centenário do Vinicius para uma compilação com diversos intérpretes e a enviei sem saber que destino a gravação teria, além de constar em uma coletânea. Essa música sempre me acompanhou, a toquei em bares no início, mas nunca havia gravado ou incluído em um show. Agora ela está no show #AC e é sempre uma emoção cantá-la junto ao meu público.


5.Você é muito crítica no trabalho que faz?
Talvez eu seja minha primeira e maior crítica, mas também aprendi a entender o que o próprio processo de composição define como certo. Chega um momento em que a canção se impôe e se mostra inteira. Muitas vezes o resultado é bem diferente da ideia original e o que vai “ao ar” é fruto de um meticuloso trabalho, desde a composição até os processos de gravação no estúdio, masterização e mixagem. Participo de todas as etapas e tenho uma turma de amigos e parceiros que me ajudam no “controle de qualidade”.


Serviço
O quê? Show de Ana Carolina
Quando? 4, às 21h
Onde? Ginásio Castelinho
Quanto? R$50,00 Arquibancada; R$90,00 Cadeira Prata; R$150,00 Cadeira Ouro
Informações: (98) 3016-6663 / 3235-8785
Realização: Marafolia


Fotos: divulgação/Assessoria

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