Ontem
eu fui a uma festinha infantil e tinha cerca de seis crianças com idade entre
dois e seis anos. Daí inventaram de fazer a brincadeira da cadeira. Colocaram
lá as crianças pra rodarem até a música parar. E aí, meu amigo, quando a música
parou, as crianças sentaram e uma sobrou, foi um chororô. Até ela entender que
tinha perdido e que só ia entrar de novo para competir na próxima rodada, foi
luta.
Tinha
uma garotinha, dessas mais desinibidas, que dizia: “tu perdeu (sic), tu perdeu
(sic), sai!!”. E aí que a criança chorava mais. Fiquei observado e o meu lado “psicóloga
de boteco” se aflorou.. Desde cedo é assim: perdemos e ganhamos. Nem sempre
sabemos lidar com as perdas. Afinal, quem é que gosta de perder?
Nossa
primeira perda é a tranquilidade do útero da mãe, de onde somos tirados. A partir
daí, a vida se encarrega de ensinar. Perdas materiais, de um ente querido, de
um amigo (não por morte), de um amor.
Acho
que de todas as perdas, a mais difícil de lidar é a perda da parceria com
alguém, seja com um amor, um amigo... essa deve ser a mais difícil de aceitar. A
mais difícil de entender. A vida nos exige que sejamos duros, fortes, que
tenhamos foco para poder superar. Superação. Onde se aprende isso? Isso não se
ensina. Isso vem conosco, ou não. Fazer da fraqueza a força é algo sobre
humano. A vida é difícil. Mas ninguém nunca disse que era fácil.
Só
nos resta tentar entender que onde há uma perda, pode haver um ganho também,
basta que tenhamos um olhar atento para enxergar. O provérbio que diz que quando
Deus fecha uma porta, ele abre várias janelas, é verdade. Basta que tenhamos um
olhar de entendimento, mas até isso acontecer, quanto sofrimento, quanto
sentimento de derrotismo, quantas dúvidas, quanta dor, quanto choro...
E
aí volto a pensar na criança que desde pequena tem que lidar com a perda... É assim a vida.
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