sábado, 11 de agosto de 2012

Exclusiva com CPM 22 "Depois de um Longo Inverno"



 O Aloha, o luau mais tradicional de São Luís traz uma das maiores bandas do Brasil para comemorar os dois anos de produção. A banda CPM 22 e mais dez atrações locais, além de 3 ambientes (rock, reggae e eletrônico), vão fazer a festa numa  noite regada a muito  som e alegria sob o brilho do luar, hoje, a partir das 22h, no Trapiche (Ponta D’Areia).
A banda CPM 22 chega a São Luís com o show de divulgação do CD Depois de Um Longo Inverno. Mostrando uma face mais madura de quem está  prestes a completar 20 anos, a banda mostra em Depois de Um Longo Inverno a tradução das múltiplas experiências vividas ao longo da carreira. Segundo o vocalista da banda, Badauí, as 13 novas canções são reflexo da sabedoria do grupo em descobrir novos universos, sem nunca deixar de lado as referências e as raízes.
“Acho que fizemos um bom trabalho até aqui porque fazer e viver de Rock no Brasil é uma tarefa muito difícil. E depois de 17 anos, passando por muitas coisas, chegar em qualquer cidade do país e ter bastante público para ver o show, mostra que o CPM 22 é uma banda de verdade”, opina o vocalista.
No show do Aloha a banda vai “esmurrar” sucessos do mais recente trabalho, além de hits já consagrados, como, Chegou a Hora de Recomeçar, Dias Atrás,  Não Sei Viver Sem Ter Você, Um Minuto Para o Fim Do Mundo, Inevitável, dentre outros.
Badaui, o vocalista concedeu entrevista exclusiva para o Jornal  O Imparcial e falou comigo sobre a nova fase da banda, a carreira e de como as influências foram fundamentais para o novo CD.

Entrevista Badauí – Vocalista CPM 22

Como você define a banda hoje, às vésperas de completar a maioridade?
Vejo a banda com o mesmo sentimento de 1995, mas claro, com muita experiência depois de mais de 1000 shows, 3 DVDs, 7discos e alguns prêmios importantes como o Grammy Latino. Acho que fizemos um bom trabalho até aqui porque fazer e viver de Rock no Brasil é uma tarefa muito difícil. E depois de 17 anos, passando por muitas coisas, chegar em qualquer cidade do país e ter bastante público para ver o show, mostra que o CPM22 é uma banda de verdade.

E como você resume o “Depois de um Longo Inverno”?
Eu o vejo como um disco autobiográfico, citando alguns problemas que passamos de forma positiva, alegre. É um disco que na minha opinião tem os melhores timbres de todos nossos discos, com um som de bateria muito bom. Pra mim esse disco junto com o Cidade Cinza são os que eu mais gosto.

O Kid Vinil disse que esse CD  é o melhor da banda até hoje. Você também acha?
É difícil falar. Se a gente gravasse os primeiros discos com a experiência que temos hoje e do jeito que foi gravado esse disco, talvez teríamos uma outra opinião. Acho que em questão de gravação esse é o melhor disparado, fizemos com calma e foi produzido por quem ouve Punk Rock.

Você acredita que o estilo hardcore da banda que envolve sentimentos nas letras dá o tom do sucesso de você?
Acho que na época que lançamos isso fez a diferença. O som do CPM 22 nunca foi novidade no mundo, mas pelo fato de cantarmos em português,  surgiu com algo novo no Brasil. Já tínhamos bandas de Punk Rock cantando em português como Cólera, Garotos Podres, Camisa de Vênus, Raimundos... Mas essa linha rápida e melódica influenciada pela cena californiana dos anos 90, em português, só tinha o CPM22 e o Dead Fish.

Vocês retornam à cena em um trabalho por uma gravadora  independente...
Sim, isso fez a diferença nas gravações. Sempre tivemos liberdade na criação de tudo que envolvia a parte artística, mas daí a gente entrava pra gravar e era tudo feito com muita pressa, e isso refletia no disco, na mixagem e na masterização. Mas por outro lado não descartamos uma possível volta para uma grande gravadora, o suporte é muito bom.

A melodia do trabalho de vocês aliado às letras inteligentes comprovam os quase 18 anos da banda?
Obrigado!! Tudo faz parte de um amadurecimento de cada um de nós como pessoas. Hoje vemos o mundo por outro ângulo, vivemos muitas coisas diferentes, não somos mais adolescentes e a mudança é natural.

Como você observa o cenário do rock hoje no Brasil?
Fraco, sem graça. Vejo jovens sem influência de nada, tanto musical quanto pessoal, sem visão de vida. A internet banalizou a molecada, poucos se arriscam. 

A influência oitentista permanece na carreira?
Sim, gosto muito de Titãs, Garotos Podres, Camisa de Vênus, Ratos de Porão, Clash, Dead Kennedys, Bad Brains, Black Flag, Ramones, D.R.I., Cock Sparrer, Stiff Little Fingers, etc...

Pra finalizar, como será o show aqui em São Luís?
Tocaremos músicas de toda a carreira com várias desse último disco, no melhor estilo 1,2,3,4... Uma música atrás da outra (risos). Valeu!! Até lá!! Abraços.


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