O Aloha,
o luau mais tradicional de São Luís traz uma das maiores bandas do Brasil para
comemorar os dois anos de produção. A banda CPM 22 e mais dez atrações locais,
além de 3 ambientes (rock, reggae e eletrônico), vão fazer a festa numa noite regada a muito som e alegria sob o brilho do luar, hoje, a
partir das 22h, no Trapiche (Ponta D’Areia).
A banda CPM 22 chega a São Luís com o show
de divulgação do CD Depois de Um Longo Inverno. Mostrando uma face mais madura de quem está prestes a completar 20 anos, a banda mostra em
Depois de Um Longo Inverno a tradução das múltiplas
experiências vividas ao longo da carreira. Segundo o vocalista da banda, Badauí,
as 13 novas canções são reflexo da sabedoria do grupo em descobrir novos
universos, sem nunca deixar de lado as referências e as raízes.
“Acho que fizemos um bom trabalho até aqui
porque fazer e viver de Rock no Brasil é uma tarefa muito difícil. E depois de
17 anos, passando por muitas coisas, chegar em qualquer cidade do país e ter
bastante público para ver o show, mostra que o CPM 22 é uma banda de verdade”,
opina o vocalista.
No show do Aloha a banda vai “esmurrar” sucessos do mais recente trabalho,
além de hits já consagrados, como, Chegou
a Hora de Recomeçar, Dias Atrás, Não Sei
Viver Sem Ter Você, Um Minuto Para o Fim Do Mundo, Inevitável, dentre outros.
Badaui, o vocalista concedeu entrevista
exclusiva para o Jornal O Imparcial e falou comigo sobre a nova fase da banda, a carreira e de
como as influências foram fundamentais para o novo CD.
Entrevista
Badauí – Vocalista CPM 22
Como você define a banda hoje, às vésperas
de completar a maioridade?
Vejo
a banda com o mesmo sentimento de 1995, mas claro, com muita experiência depois
de mais de 1000 shows, 3 DVDs, 7discos e alguns prêmios importantes como o
Grammy Latino. Acho que fizemos um bom trabalho até aqui porque fazer e viver
de Rock no Brasil é uma tarefa muito difícil. E depois de 17 anos, passando por
muitas coisas, chegar em qualquer cidade do país e ter bastante público para
ver o show, mostra que o CPM22 é uma banda de verdade.
E como você resume o “Depois de um Longo
Inverno”?
Eu o vejo como
um disco autobiográfico, citando alguns problemas que passamos de forma
positiva, alegre. É um disco que na minha opinião tem os melhores timbres de
todos nossos discos, com um som de bateria muito bom. Pra mim esse disco junto
com o Cidade Cinza são os que eu mais gosto.
O Kid Vinil disse que esse CD é o melhor da banda até hoje. Você também
acha?
É difícil falar.
Se a gente gravasse os primeiros discos com a experiência que temos hoje e do
jeito que foi gravado esse disco, talvez teríamos uma outra opinião. Acho que
em questão de gravação esse é o melhor disparado, fizemos com calma e foi
produzido por quem ouve Punk Rock.
Você acredita que o estilo hardcore da
banda que envolve sentimentos nas letras dá o tom do sucesso de você?
Acho que na
época que lançamos isso fez a diferença. O som do CPM 22 nunca foi novidade no
mundo, mas pelo fato de cantarmos em português, surgiu com algo novo no
Brasil. Já tínhamos bandas de Punk Rock cantando em português como Cólera,
Garotos Podres, Camisa de Vênus, Raimundos... Mas essa linha rápida e melódica
influenciada pela cena californiana dos anos 90, em português, só tinha o CPM22
e o Dead Fish.
Vocês retornam à cena em um trabalho por
uma gravadora independente...
Sim, isso fez a
diferença nas gravações. Sempre tivemos liberdade na criação de tudo que
envolvia a parte artística, mas daí a gente entrava pra gravar e era tudo feito
com muita pressa, e isso refletia no disco, na mixagem e na masterização. Mas
por outro lado não descartamos uma possível volta para uma grande gravadora, o
suporte é muito bom.
A melodia do trabalho de vocês aliado às
letras inteligentes comprovam os quase 18 anos da banda?
Obrigado!! Tudo
faz parte de um amadurecimento de cada um de nós como pessoas. Hoje vemos o
mundo por outro ângulo, vivemos muitas coisas diferentes, não somos mais
adolescentes e a mudança é natural.
Como você observa o cenário do rock hoje
no Brasil?
Fraco, sem
graça. Vejo jovens sem influência de nada, tanto musical quanto pessoal, sem
visão de vida. A internet banalizou a molecada, poucos se arriscam.
A influência oitentista permanece na
carreira?
Sim, gosto muito
de Titãs, Garotos Podres, Camisa de Vênus, Ratos de Porão, Clash, Dead
Kennedys, Bad Brains, Black Flag, Ramones, D.R.I., Cock Sparrer, Stiff Little
Fingers, etc...
Pra finalizar, como será o show aqui em São
Luís?
Tocaremos
músicas de toda a carreira com várias desse último disco, no melhor estilo
1,2,3,4... Uma música atrás da outra (risos). Valeu!! Até lá!! Abraços.
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