sexta-feira, 17 de agosto de 2012

400 anos de Sambas e Bambas




Uma reunião de bambas para celebrar o aniversário da cidade de São Luís. Assim será o São Luís 400 anos de Sambas e Bambas, que acontece dia 17 (sexta-feira), às 21h, na AABB, com o melhor do samba de raiz trazendo grandes atrações locais e as participações dos sambistas Naninha (do Bar Brahma em São Paulo) e de Reinaldo (o Príncipe do Pagode), que mostrarão seus talentos em sambas de roda e pagodes de quintal, marcas registradas de ambos.
O evento terá ainda as participações locais de Quirino, Serrinha, Victor Hugo, Ivan, David Brasil, Dadá, Conjunto Madrilenus e Grupo Toque de Arte. O evento foi idealizado pelos  produtores culturais  Boscotô e  Carlos Junot (Grupo Madrilenus) e José Carlos (empresário do ramo),  que pretendem prestar uma homenagem à São Luís, em seus 400 anos, reunindo a  nata que faz samba em São Luís e no cenário nacional.
 

Cinco perguntas//Naninha

Qual é a sua expectativa em vir a São Luís pela 1ª vez?
Na verdade esse intercâmbio começou há três meses quando o Ivan (Marques) veio aqui em São Paulo e me convidou para fazer uma participação especial em seu novo trabalho com a música A luz de um bem querer. E agora a expectativa é maior ainda em conhecer São Luís e sua gente que também gosta de um bom samba de raiz, eu já sei. Estive em Recife, Salvador, Aracaju e agora é a vez de atingir e ganhar o coração dos maranhenses. Acho que vai ser muito bom!

Como o samba de raiz está posicionado no mercado nacional?
A gente sabe que no mercado musical o pagode tem um apelo mais popular trazendo uma linguagem mais jovem e temas muito cotidianos. Mas o samba de raiz, apesar de ter um público mais adulto e mais restrito, que busca a qualidade das letras e do som, também tem a fidelização deste público que não se identifica com qualquer ritmo ou modismo musical. Por ter um público segmentado e não ser tão popularizado tem ganhado mais e mais espaços, principalmente pela ausência de novos compositores em grande escala.

Mas há uma boa representação do segmento...
Temos, graças a Deus, bons referenciais da safra mais nova como Arlindo Cruz e Diogo Nogueira, também a nova formação do grupo Fundo de Quintal e até o grupo Revelação com letras mais refinadas e dentro de uma vertente mais tradicional. Por tudo isso, acredito que haja um crescimento gradativo do samba de raiz e que o mercado da música (indústria fonográfica) se volte com projetos mais afinados com esta tendência.

E quem você aponta como os novos talentos nacionais?
Há vários redutos de compositores criados em comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Klebão, Gazu, Luizinho, Didi e Fábio Henrique (todos de São Paulo) e, do Rio de Janeiro, os novos talentos são Fred Camacho, Xande de Pilares e os já reconhecidos Arlindo Cruz e Diogo Nogueira.

O que você vai apresentar em São Luís?
Basicamente as músicas do meu último CD autoral, que é uma síntese do que apresento no Bar Brahma em São Paulo. Vai ter um pouco de tudo: Almir Guineto, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, João Nogueira, Monarco, Arlindo Cruz, Alcione e tantos outros bambas que compõem a nata do samba no Brasil.

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