Uma reunião de bambas para celebrar o aniversário
da cidade de São Luís. Assim será o São
Luís 400 anos de Sambas e Bambas, que acontece dia 17 (sexta-feira), às
21h, na AABB, com o melhor do samba de raiz trazendo grandes atrações locais e
as participações dos sambistas Naninha (do Bar Brahma em São Paulo) e de
Reinaldo (o Príncipe do Pagode), que mostrarão seus talentos em sambas de roda
e pagodes de quintal, marcas registradas de ambos.
O evento terá ainda as participações locais de Quirino,
Serrinha, Victor Hugo, Ivan, David Brasil, Dadá, Conjunto Madrilenus e Grupo
Toque de Arte. O evento foi idealizado pelos produtores culturais Boscotô e Carlos Junot (Grupo Madrilenus) e José Carlos
(empresário do ramo), que pretendem
prestar uma homenagem à São Luís, em seus 400 anos, reunindo a nata que faz samba em São Luís e no cenário
nacional.
Cinco perguntas//Naninha
Qual é a sua expectativa em vir a
São Luís pela 1ª vez?
Na verdade
esse intercâmbio começou há três meses quando o Ivan (Marques) veio aqui em São
Paulo e me convidou para fazer uma participação especial em seu novo trabalho
com a música A luz de um bem querer.
E agora a expectativa é maior ainda em conhecer São Luís e sua gente que também
gosta de um bom samba de raiz, eu já sei. Estive em Recife, Salvador, Aracaju e
agora é a vez de atingir e ganhar o coração dos maranhenses. Acho que vai ser
muito bom!
Como o samba de raiz está
posicionado no mercado nacional?
A gente
sabe que no mercado musical o pagode tem um apelo mais popular trazendo uma
linguagem mais jovem e temas muito cotidianos. Mas o samba de raiz, apesar de
ter um público mais adulto e mais restrito, que busca a qualidade das letras e
do som, também tem a fidelização deste público que não se identifica com
qualquer ritmo ou modismo musical. Por ter um público segmentado e não ser tão
popularizado tem ganhado mais e mais espaços, principalmente pela ausência de
novos compositores em grande escala.
Mas há uma boa representação do
segmento...
Temos,
graças a Deus, bons referenciais da safra mais nova como Arlindo Cruz e Diogo
Nogueira, também a nova formação do grupo Fundo de Quintal e até o grupo
Revelação com letras mais refinadas e dentro de uma vertente mais tradicional.
Por tudo isso, acredito que haja um crescimento gradativo do samba de raiz e
que o mercado da música (indústria fonográfica) se volte com projetos mais
afinados com esta tendência.
E quem você aponta como os novos
talentos nacionais?
Há vários
redutos de compositores criados em comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como
Klebão, Gazu, Luizinho, Didi e Fábio Henrique (todos de São Paulo) e, do Rio de
Janeiro, os novos talentos são Fred Camacho, Xande de Pilares e os já
reconhecidos Arlindo Cruz e Diogo Nogueira.
O que você vai apresentar em São
Luís?
Basicamente
as músicas do meu último CD autoral, que é uma síntese do que apresento no Bar
Brahma em São Paulo. Vai ter um pouco de tudo: Almir Guineto, Paulinho da
Viola, Martinho da Vila, João Nogueira, Monarco, Arlindo Cruz, Alcione e tantos
outros bambas que compõem a nata do samba no Brasil.
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