A quarta edição do Lençóis Jazz e Blues Festival
2012, em Barreirinhas vai ter hoje a apresentação da alemã Andrea Canta, que é uma fã
declarada da música brasileira e possui um repertório musical refinado
desfilando os mais diferentes estilos como jazz, latin music, reggae e pop
music. O encerramento da primeira etapa do festival ficará por conta da
apresentação do cantor e saxofonista norte-americano Atiba Taylor e do talentosíssimo Artur Menezes.
Profundamente conectado ao jazz desde suas raízes, Atiba procura cada vez mais
investir no desenvolvimento e consolidação da música contemporânea.
O
jovem Artur Menezes, por sua vez, desponta no cenário do blues como um dos
melhores de sua geração. Aos 27 anos e com dez de carreira o músico não só toca
guitarra, mas compõe e interpreta de uma forma envolvente. “Sei que meu
objetivo é divulgar o blues e para isso eu preciso ampliar o público. É isso
que faço nos meus shows. Algo inesquecível. Não chegou de terno e gravata e
faço aquela coisa tradicional”, diz o músico.
Atiba e Artur dividirão o palco e serão
acompanhados por Lucas Ribeiro (baixo), Wladimir Katuga (bateria) e Claudio
Mendes (teclado), apresentando o mesmo show que vem fazendo juntos em outros
festivais do gênero pelo país.
Confira a entrevista que fiz com Artur Menezes, exclusiva para o jornal O Imparcial.
O que você vai
apresentar ao público em Barreirinhas?
Essa
é a quarta vez que eu vou ao Maranhão e a primeira vez que vou com a banda
completa. Eu e o Atiba vamos fazer o mesmo show que fizemos no festival em
Guaramiranda. Eu vou apresentar canções do meu último trabalho e algumas
inéditas do novo CD que será lançado em setembro. Eu canto as minhas músicas, o
Atiba as dele, mas com a mesma banda.
Como foi que o
blues entrou para sua vida?
A
minha mãe (Lúcia Menezes) é cantora de MPB e trouxe o universo artístico para
dentro de casa, mas eu sempre fui fã do meu irmão que gosta muito de rock. Eu
fui me espelhando nele e comecei a pesquisar mais a fundo sobre o rock e
cheguei no blues, que foi onde tudo começou. Comecei a tocar na guitarra do meu
irmão, depois violão e fiz meu primeiro show profissional com 16 anos.
O Brasil tem um
público cativo de blues?
Costumo
dizer que há dois tipos de pessoas. Os que gostam de blues e os que não
conhecem. O blues é uma música muito bacana, vibrante, dançante e o povo
nordestino é dos mais calorosos. O pessoal do sul aprecia mais, os nordestinos
curtem, mas há um público muito bom. Em todos os cantos que eu vou sou sempre
muito bem recebido, pois não toco apenas o blues tradicional.
O que você toca
então além do tradicional?
Vou
do tradicional às misturas com rock, soul, baião, música nordestina... fazemos
uma mesclagem que torna o blues mais interessante ainda. Não chegou com terno e
violão e faço aquela coisa morna. Meu blues é moderno e o meu propósito é
divulgar a música para o Brasil e o
mundo e para isso precisamos cativar e ampliar o público. E se fazemos um show
bacana, com certeza conquistaremos mais público.
Serviço
O quê? IV
Lençóis Jazz e Blues Festival 2012
Quando? Encerramento hoje,
às 21h
Onde? Gran
Solare Lençóis Resort (Barreirinha)
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