A noite cultural Pé na
Tábua! reunirá três grandes nomes da cena musical maranhense da atualidade:
Santacruz, Acsa Serafim e Marcos Magah (foto acima). O evento/festa será neste sábado, 8, na
Casa D'arte - Centro de Cultura (Raposa), às 20h. O show musical será precedido
pela exibição do documentário sobre Bob Dylan: No Direction Home, de Martin Scorsese; e da exposição Desalinho do Artista Plástico Marcos
Ferreira.
Pé na Tábua!, o
nome da noite, é uma referência ao filme No
Direction Home, documentário de Martin Scorsese que traça a vida de Bob
Dylan e seu impacto na música popular americana e na cultura do século XX.
Na entrada o público poderá apreciar a exposição Desalinho do artista plástico
maranhense Marcos Ferreira. A exposição é uma instalação de casulos
confeccionados em crochê, formando uma espécie de floresta por onde o público
terá que passar para ter acesso ao show. São obras interativas, multicoloridas,
em contato direto com o público.
Desalinho surge
como uma possibilidade do artista expressar algumas de suas inquietações. “A área artística ainda é muito carente de
investimento no Maranhão e diante dessa dura realidade, resolvi interromper
temporariamente a minha produção. O crochê surgiu como uma terapia, uma forma
de renovar as energias”, explicou Marcos.
Ao longo de sua trajetória artística, de suas vivências e
experimentações, sente a necessidade de materializar suas emoções através de
cores e formas. Nesse trabalho, o caráter utilitário do crochê é desconstruído,
na criação de esculturas metamórficas com texturas e cores que remetem a
“casulos”. O artista dá características únicas às peças tecidas, explorando a
possibilidade de transformação e a busca constante pelo novo. A exposição é
composta pela instalação “Casulos”, que expressa um momento de busca por
autoconhecimento, a fim de compreender a particularidade de cada
ser.
Destaque especial para o cardápio inspirado no tema da noite,
comandando pelo Chef Thiago Brito, residente do Casa d'Arte.
O show
Os três
cantores/compositores se aproximam do cantor, compositor e escritor norte-americano
de forma particular. “Acsa Serafim (foto acima) por
sua paixão pela música folk; Marcos Magah por seu despojamento e influências do
rock; e Santacruz pela autenticidade nas suas composições e no seu modo de
cantá-las. Ambos compõem numa velocidade estonteante e reúnem um acervo imenso
de músicas. Eles não param! Estão sempre se apresentando e procurando mostrar
os seus trabalhos. É como se estivessem sempre na estrada (on the road), com o pé na tábua!”, define o produtor Wagner Heineck.
Acsa Serafim, compositora, musicista e cantora, empunhada de
um violão folk e de uma voz grave e rouca, a cada música um convite para uma
viagem sonora de intimidade e encantamento.
Nascida em São Paulo, mas radicada em São Luís, Acsa Serafim
ganhou, aos 13 anos de idade, o disco Bringing
It All Back Home, do Bob Dylan, de presente de seu pai, tendo, nessa época,
descoberto sua paixão por folk americano. Aos 15 anos teve seu primeiro contato
com o mundo da composição, tendo a maioria de suas canções escritas em inglês,
por maior facilidade de composição neste idioma, ironicamente. Suas canções
autorais pendem entre o folk e o rock, falando sobre o amor, a solidão, a fé, a
dor e a vida num mundo que não para. As referências vão além de grandes nomes.
Elas partem da construção original de suas experiências emocionais, sua relação
com o mundo e com a arte.
Com dois discos lançados, Z
de Vingança e Inventário dos Mortos
ou Zebra Circular, Magah é visceral
com o seu público. Performático, parece usar por vezes o próprio corpo, para
dar ainda mais força à sua poesia quase sempre sentida na alma e na carne, dada
a sua escrita quase sempre autobiográfica. Na mistura, entra rock, country, psicodelia,
ska, brega e carimbó.
Santacruz, natural
de Timbiras, interior do Maranhão, começou sua carreira nos anos 80, tocando em
bandas de bailes e bares. Tocou na Banda Mitos em Bacabal, Banda Mágica em São
Domingos, e em 2000 começou sua carreira solo. Quando foi gravar seu primeiro
disco de MPB, que não foi lançado, foi convencido a gravar reggae por seu
estilo de voz e pelas letras de suas composições. Foi quando ele realmente
percebeu que o reggae estava dentro dele e ele não sabia. Suas letras falam de
coisas que viveu, presenciou e que o tocou. Com pés no chão suas composições
falam sobre a terra, sobre as questões sociais, sobre o amor, sobre a
humanidade, sobre nós mesmos.
Serviço
O quê? Pé na Tabua! Com Santacruz, Acsa Serafim e Marcos
Magah e Exposição Desalinho
Quando? Hoje, (sábado), às 21h
Onde? Casa d’Arte (Rua do Farol do Araçagy, 9 - Raposa/MA)
Quanto? R$ 20,00; Meia: R$ 10,00
Informações: (98) 98702-6894/98160-9188
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