sábado, 8 de agosto de 2015

Pé na Tábua!



A noite cultural Pé na Tábua! reunirá três grandes nomes da cena musical maranhense da atualidade: Santacruz, Acsa Serafim e Marcos Magah (foto acima). O evento/festa será neste sábado, 8, na Casa D'arte - Centro de Cultura (Raposa), às 20h. O show musical será precedido pela exibição do documentário sobre Bob Dylan: No Direction Home, de Martin Scorsese; e da exposição Desalinho do Artista Plástico Marcos Ferreira.
Pé na Tábua!, o nome da noite, é uma referência ao filme No Direction Home, documentário de Martin Scorsese que traça a vida de Bob Dylan e seu impacto na música popular americana e na cultura do século XX.
Na entrada o público poderá apreciar a exposição Desalinho do artista plástico maranhense Marcos Ferreira. A exposição é uma instalação de casulos confeccionados em crochê, formando uma espécie de floresta por onde o público terá que passar para ter acesso ao show. São obras interativas, multicoloridas, em contato direto com o público.
Desalinho surge como uma possibilidade do artista expressar algumas de suas inquietações. “A área artística ainda é muito carente de investimento no Maranhão e diante dessa dura realidade, resolvi interromper temporariamente a minha produção. O crochê surgiu como uma terapia, uma forma de renovar as energias”, explicou Marcos.
Ao longo de sua trajetória artística, de suas vivências e experimentações, sente a necessidade de materializar suas emoções através de cores e formas. Nesse trabalho, o caráter utilitário do crochê é desconstruído, na criação de esculturas metamórficas com texturas e cores que remetem a “casulos”. O artista dá características únicas às peças tecidas, explorando a possibilidade de transformação e a busca constante pelo novo. A exposição é composta pela instalação “Casulos”, que expressa um momento de busca por autoconhecimento, a fim de compreender a particularidade de cada ser.
Destaque especial para o cardápio inspirado no tema da noite, comandando pelo Chef Thiago Brito, residente do Casa d'Arte.

O show
 Os três cantores/compositores se aproximam do cantor, compositor e escritor norte-americano de forma particular.  “Acsa Serafim (foto acima) por sua paixão pela música folk; Marcos Magah por seu despojamento e influências do rock; e Santacruz pela autenticidade nas suas composições e no seu modo de cantá-las. Ambos compõem numa velocidade estonteante e reúnem um acervo imenso de músicas. Eles não param! Estão sempre se apresentando e procurando mostrar os seus trabalhos. É como se estivessem sempre na estrada (on the road), com o pé na tábua!”, define o produtor  Wagner Heineck.
Acsa Serafim, compositora, musicista e cantora, empunhada de um violão folk e de uma voz grave e rouca, a cada música um convite para uma viagem sonora de intimidade e encantamento.
Nascida em São Paulo, mas radicada em São Luís, Acsa Serafim ganhou, aos 13 anos de idade, o disco Bringing It All Back Home, do Bob Dylan, de presente de seu pai, tendo, nessa época, descoberto sua paixão por folk americano. Aos 15 anos teve seu primeiro contato com o mundo da composição, tendo a maioria de suas canções escritas em inglês, por maior facilidade de composição neste idioma, ironicamente. Suas canções autorais pendem entre o folk e o rock, falando sobre o amor, a solidão, a fé, a dor e a vida num mundo que não para. As referências vão além de grandes nomes. Elas partem da construção original de suas experiências emocionais, sua relação com o mundo e com a arte.
Com dois discos lançados, Z de Vingança e Inventário dos Mortos ou Zebra Circular, Magah é  visceral com o seu público. Performático, parece usar por vezes o próprio corpo, para dar ainda mais força à sua poesia quase sempre sentida na alma e na carne, dada a sua escrita quase sempre autobiográfica. Na mistura, entra rock, country, psicodelia, ska, brega e carimbó.
Santacruz, natural de Timbiras, interior do Maranhão, começou sua carreira nos anos 80, tocando em bandas de bailes e bares. Tocou na Banda Mitos em Bacabal, Banda Mágica em São Domingos, e em 2000 começou sua carreira solo. Quando foi gravar seu primeiro disco de MPB, que não foi lançado, foi convencido a gravar reggae por seu estilo de voz e pelas letras de suas composições. Foi quando ele realmente percebeu que o reggae estava dentro dele e ele não sabia. Suas letras falam de coisas que viveu, presenciou e que o tocou. Com pés no chão suas composições falam sobre a terra, sobre as questões sociais, sobre o amor, sobre a humanidade, sobre nós mesmos.

Serviço
O quê? Pé na Tabua! Com Santacruz, Acsa Serafim e Marcos Magah e   Exposição Desalinho
Quando? Hoje, (sábado), às 21h
Onde? Casa d’Arte (Rua do Farol do Araçagy, 9 - Raposa/MA)
Quanto? R$ 20,00; Meia: R$ 10,00

Informações: (98) 98702-6894/98160-9188

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