Arrisco dizer que Missão impossível: Nação Secreta é provavelmente o melhor filme da franquia
até aqui. São duas horas de ação de fazer prender o fôlego de qualquer
espectador, mesmo o que não costuma acompanhar as aventuras dos membros da IMF
(Impossible Mission Force - Força Tarefa Missão Impossível), encabeçado por Ethan
Hunt (Tom Cruise). Este é sexto filme da franquia que começou em 1996.
Aos 53 anos o astro de Hollywood - que ficou famoso
por estrelar Top Gun, há quase 30
anos, em 1986-, no mais novo Missão,
ressurge encantador, em ótima forma e mais convincente do que nunca em suas
cenas de ação. Ethan sempre será o seu melhor papel. Curiosamente ao contrário
de Top Gun em que Tom interpreta um
piloto, em Missão ele também começa o
filme a bordo de um avião em movimento, mas não dentro dele. Fora. O salto
impressionante para cima da aeronave (ele dispensa dublês) mostra Tom
Cruise agarrando-se pelo lado de
fora a um avião que está decolando! Em sequencia a tradicional trilha sonora do
filme é uma prova do muito que viria a
seguir: tortura,
afogamento, acidentes de carro/moto e muita pancadaria.
Neste filme Ethan (Tom Cruise), Benji (Simon Pegg), Brandt (Jeremy Renner) e Luther (Ving Rhames),
precisam provar que não são os vilões. E
mesmo sendo os principais suspeitos da CIA de causar boa parte das tragédias nas missões que
eles próprios eram designados a evitar, a força-tarefa dissolvida pelo governo
dos Estados Unidos, precisa erradicar o Sindicato, uma
organização criminosa internacional, tão habilidosa quantos eles,
comprometida em destruir a IMF. Neste caso as motivações para a vilania são
financeiras. Uma obsessão para Solomon
Lane (Sean Harris), vilão e terrorista com um quê de psicopata.
Dirigido por Christopher McQuarrie o longa foi rodado em Viena, Marrocos e
Londres. O elenco conta ainda com a participação de Alec Baldwin e Rebecca
Ferguson em um papel devastador.
A trama tem ação, claro, uma pitada de humor (papel
que cabe ao hacker Benji/Simon Pegg), certas cenas confusas, mas
uma história que dribla até mesmo o espectador mais atento e que mostra uma
forte figura feminina, algo que lembra os filmes de James Bond (as bondgirls).
Afinal de contas, a estonteante ex-agente Ilsa Faust/Rebecca Ferguson está de que lado? Um mistério
circunda a personagem. Vilã ou heroína? Quase uma protagonista do filme ela
atua ao lado de Tom Cruise do início ao fim do longa em cenas irretocáveis.
Uma frase no ápice do filme traduz quem é Ethan na
franquia e que com certeza o deixou muito orgulhoso ao ouvi-la ser proferida
pelo próprio chefe Alan
Hunley/Alec Baldwin: “Não
há lugar em que ele não possa estar; não há segredo que ele não possa extrair.
Ele é a manifestação viva do destino”. É Tom Cruise. Em sua melhor fase.
Fotos: divulgação
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