sábado, 25 de janeiro de 2014

Pode Avisar! O Rappa está na Ilha

É hoje! Após um jejum de dois anos, O  Rappa presenteia os fãs com Nunca tem Fim, embalados pelo sucesso Anjos (Pra quem tem fé).
Confira a matéria publicada na edição de ontem de O Imparcial e a entrevista que fiz com Marcelo Lobato.






Com letras críticas, fortes, marcantes, de alto cunho social, mas acima de tudo que reforçam a positividade na fé e na luta do povo brasileiro, O Rappa chega a  São Luís, após dois anos do último show, com a turnê Nunca Tem Fim. O nome do show é de um trecho da música Anjos, uma das mais executadas pelas rádios desde que foi lançada no final de 2013 e que contabiliza mais de 5 milhões de views no YouTube.
O álbum inédito que tem sido uma explosão de sucesso poderá ser visto e ouvido ao vivo aqui hoje, a partir das 20h, na Lagoa da Jansen, em noite que terá ainda as apresentações de Pandha S/A, bandas Ária 53 e Raiz Tribal e grupo Argumento Samba Rock,  em uma realização da Pororoca Produções.
Sentimentos, melodias esculpidas em dub, reggae, rock, hip hop, samba, rap e MPB em versos como: “...pra quem tem fé, a vida nunca tem fim...” (Anjos); “...uma doce família que tem a mania de achar alegria, motivo e razão onde dizem que não. Aí que tá a mágica, meu irmão...”(Auto-reverse), ou ainda, “...as grades do condomínio são pra trazer proteção,  mas também trazem a dúvida se é você que tá nessa prisão...” (Minha Alma), pontuam a carreira do Rappa e mostram identidade do grupo, formado por Marcelo Lobato (bateria), Lauro Farias (baixo), Xandão (guitarra) e Falcão (voz),  há 20 anos na estrada
“Na verdade, a banda existe por conta dessa mistura, dessas sonoridades. É o ponto de encontro das preferências sonoras de cada um e onde cada um pode exercitar essa mistura. Então é mais natural do que parece. Quando estamos juntos fazendo música, já estamos exercendo essa característica. Ao mesmo tempo é algo que também está sujeito a sofrer mais ou menos a influência de algum estilo musical. Foi assim que percorremos essas duas décadas de história”, comenta o tecladista Marcelo Lobato, um dos fundadores da banda.
Em seu novo disco O Rappa sonoriza a força que o brasileiro emprega em seu dia a dia, em cada uma de suas batalhas. Em terras tão arredias com os que mais precisam, soa como uma feliz teimosia. Feito isso, estabelece fé e esperança como balizas, que espelham um caminho que se percorre sempre pra frente, guiado por um norte de positividade, de dias melhores.
Segundo Lobato, o tecladista, o repertório do show não é fechado e trazem também músicas que contam a história da banda, mas “coisas podem acontecer”. O certo é que sucessos da carreira, além das faixas do novo disco não poderão faltar, como: Minha Alma, Mar de Gente, Pescador de Ilusões; o reggae de Boa noite, Xangô; Súplica Cearense, Vida rasteja, (que carrega versos intimamente ligados protestos que se espalharam pelo país: “a máquina desgovernada consome a vontade de ficar na paz; orgasmo de raiva, e a vida aqui vale muito mais”), entre outros.


Seis perguntas//Marcelo Lobato
1. A música Anjos, assim que foi lançada foi uma explosão, algo como o que as pessoas desejam. Especialmente essa composição reflete qual momento da banda?
Mais do que refletir um momento da banda, ela reflete uma característica do brasileiro, que persiste contra a adversidade por crer na superação dos obstáculos. É a luta do dia a dia, que todo mundo enfrenta e sabe como é. A gente também tem esse sentimento com a gente e usou essa força para manter a banda ativa, lançando discos e na estrada por tanto tempo. Também vencemos nossas lutas para chegarmos aqui.

2. Vocês disseram que enquanto o Brasil der motivos vocês farão letras fortes, com críticas. Acham que as coisas estão mudando no Brasil?
Há mudança. Pessoas venceram a linha da pobreza, uma vergonha que se arrasta há séculos, por exemplo. Mas em um país com tanta carência em tantas áreas, como na saúde, na educação, a urgência é obrigatória. Tem muita, mas muita coisa que precisa mudar. E se manifestar sobre essas necessidades é a porção cidadã de cada um de nós da banda, mas algo que todos tem o direito de fazer.

3. As letras funcionam com uma forma de despertar para o que acontece no Brasil? Acredita que o grupo seja formador de opinião?
A arte pode ser usada das mais variadas maneiras, inclusive para falar dos problemas do nosso país. O rótulo “formador de opinião” pode soar restritivo, como se as pessoas apenas acatassem o que é dito. O que a gente gosta de fazer e pratica é fazer quem está do outro lado pensar por uma perspectiva diferente.

4. Um disco de inéditas foi lançado primeiro nas plataformas digitais, a exemplo do  streaming no iTunes. A Internet é uma aliada?
Com certeza. E não há como falar de música hoje sem falar de internet. Nossa relação com ela já vem desde o nosso retorno, quando passamos a olhar com mais carinho pro digital. Temos um canal no YouTube com pequenos documentários e vídeos variados, nosso Facebook é bastante ativo e acabamos de alcançar 3 milhões de fãs. É parte da rotina da banda.

5. O show da turnê é fechado em todas as apresentações? Farão também as homenagens a Chorão e Champignon?
Cada show acaba sendo de um jeito. A gente tem essa coisa meio jazz, meio jam session, que deixa o show bem solto, o que abre espaço para homenagens como essa. É uma coisa que surge no palco.

6. Há dois anos vocês não vem a São Luís. O que os fãs vão ver?
É um show com bastante coisa nova, embalado pelo disco novo. Ele deu um gás na banda, então a estrada e a volta a lugares como São Luís ganham contornos especiais. Junto disso vem o repertório que faz parte da nossa história. É sempre bom visitar a capital do reggae nacional. Obrigado. Valeu!


Anota aí!
O quê? Show de O Rappa
Quando? Hoje, às 20h
Onde? Lagoa da Jansen
Quanto? R$ 60,00 (pista) e R$ 120,00 (camarote Anjos)

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