Cinco
gerações de músicos. Avô, pai, filho e neto. O músico Osmar Furtado,
artisticamente Osmar do Trombone, tem mesmo do que se orgulhar. Nascido de uma
família de músicos, ele acaba de realizar um grande sonho, gravar o primeiro CD
aos 73 anos de idade, em 65 de cena musical, provando que nunca é tarde para as
coisas acontecerem, para os sonhos serem realizados.
Aos
8 anos de idade Osmar tocou o primeiro instrumento que aprendeu com o pai, o
saxofonista José Antônio Furtado. A mãe, Julieta Pereira Furtado, acompanhava o
pai como cantora, e o avô também era músico. Agora Osmar vê o filho Júnior, estudando
e tocando sax, e o netinho, Micael de 6
anos, tocando flauta. “É uma herança musical que está sendo passada de geração
a geração. Esse
CD é uma homenagem aos músicos da minha família, reúne músicas que fiz há 6, 7
anos e que ficaram guardadas. São 10 faixas, sendo cinco autorais e cinco de
artistas que eu admiro e pelos quais tenho o maior carinho, e quis prestigiar
como uma forma de retribuir tudo o que eles fizeram e fazem por mim”, credita
Osmar.
Das
músicas que foram regravadas o disco contém: O Samba é Bom, de Antônio Vieira; Terra de Noel, de Josias Sobrinho;
Saiba Rapaz, de Joãozinho
Ribeiro; Das Cinzas à Paixão e Rayban, de César Teixeira. Das inéditas,
Saudades de Tororoma, Cinco Gerações, De Ladeira Abaixo, Momentos
e Pulo
do Gato.
“Saudades de Tororoma fala de um igarapé
lá de Cajari, onde nasci. Cinco Gerações,
da minha família de músicos, e as demais, mais recentes estavam guardadas, mas
eu sempre as tocava em shows”, conta Osmar. O CD foi gravado em Belo Horizonte
no final de 2011 quase por acaso e finalizado em meados de 2013.
Osmar
conta que o filho dele, Osmar Jr., que estuda bacharelado em sax na
Universidade Federal de Minas Gerais, sempre dizia que o pai tocava trombone.
Em uma dessas idas de Osmar à Belo Horizonte ele foi apresentado musicalmente
aos colegas de Osmar Jr., que ficaram maravilhados com a experiência musical e a
presença de Osmar do Trombone. Logo o questionaram se ele tinha CD. “Eu disse
que não e eles disseram que era impossível, e me perguntaram se eu não queria
gravar lá. Eu disse que sairia muito caro, mas aí que veio a surpresa, eles
disseram que iam fazer para mim sem custos por causa do meu filho, de quem eles
gostam muito. Aí pronto. Eles faziam lá e eu só ia para fazer alguns ajustes.
No ano passado ficou pronto. Algo que para mim, a essa altura, eu nem esperava.
Foi uma emoção muito grande”, conta Osmar.
Homenagens - Para
compor o CD, além das faixas autorais, era preciso render homenagens. “O
Antônio Vieira foi um grande artista, um grande mestre, fiz muitos trabalhos
com ele. O César (Teixeira) sempre me convida para tocar nos shows dele. O
Joãzinho faz o baile Parangolé e
sempre me chama para participar. O Josias é meu conterrâneo, por quem tenho o
maior carinho e esta foi a forma que encontrei para retribuir isso tudo”, diz
Osmar.
Faixas do CD
Saudades de Tororoma
Das Cinzas à Paixão
O Samba é Bom
Momentos
Terra de Noel
Pulo do Gato
Saiba Rapaz
De Ladeira Abaixo
Rayban
Cinco Gerações
Foto: Ery Furtado (reprodução do Facebook)
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