sábado, 25 de janeiro de 2014

Osmar do Trombone em cinco gerações





Cinco gerações de músicos. Avô, pai, filho e neto. O músico Osmar Furtado, artisticamente Osmar do Trombone, tem mesmo do que se orgulhar. Nascido de uma família de músicos, ele acaba de realizar um grande sonho, gravar o primeiro CD aos 73 anos de idade, em 65 de cena musical, provando que nunca é tarde para as coisas acontecerem, para os sonhos serem realizados. 
Aos 8 anos de idade Osmar tocou o primeiro instrumento que aprendeu com o pai, o saxofonista José Antônio Furtado. A mãe, Julieta Pereira Furtado, acompanhava o pai como cantora, e o avô também era músico. Agora Osmar vê o filho Júnior, estudando e tocando sax,  e o netinho, Micael de 6 anos, tocando flauta. “É uma herança musical que está sendo passada de geração a geração. Esse CD é uma homenagem aos músicos da minha família, reúne músicas que fiz há 6, 7 anos e que ficaram guardadas. São 10 faixas, sendo cinco autorais e cinco de artistas que eu admiro e pelos quais tenho o maior carinho, e quis prestigiar como uma forma de retribuir tudo o que eles fizeram e fazem por mim”, credita Osmar.
Das músicas que foram regravadas o disco contém: O Samba é Bom, de Antônio Vieira; Terra de Noel, de Josias Sobrinho;  Saiba Rapaz, de Joãozinho Ribeiro; Das Cinzas à Paixão e Rayban, de César Teixeira. Das inéditas, Saudades de Tororoma, Cinco Gerações, De Ladeira Abaixo, Momentos e  Pulo do Gato.
Saudades de Tororoma fala de um igarapé lá de Cajari, onde nasci. Cinco Gerações, da minha família de músicos, e as demais, mais recentes estavam guardadas, mas eu sempre as tocava em shows”, conta Osmar. O CD foi gravado em Belo Horizonte no final de 2011 quase por acaso e finalizado em meados de 2013.
Osmar conta que o filho dele, Osmar Jr., que estuda bacharelado em sax na Universidade Federal de Minas Gerais, sempre dizia que o pai tocava trombone. Em uma dessas idas de Osmar à Belo Horizonte ele foi apresentado musicalmente aos colegas de Osmar Jr., que ficaram maravilhados com a experiência musical e a presença de Osmar do Trombone. Logo o questionaram se ele tinha CD. “Eu disse que não e eles disseram que era impossível, e me perguntaram se eu não queria gravar lá. Eu disse que sairia muito caro, mas aí que veio a surpresa, eles disseram que iam fazer para mim sem custos por causa do meu filho, de quem eles gostam muito. Aí pronto. Eles faziam lá e eu só ia para fazer alguns ajustes. No ano passado ficou pronto. Algo que para mim, a essa altura, eu nem esperava. Foi uma emoção muito grande”, conta Osmar. 
Homenagens  - Para compor o CD, além das faixas autorais, era preciso render homenagens. “O Antônio Vieira foi um grande artista, um grande mestre, fiz muitos trabalhos com ele. O César (Teixeira) sempre me convida para tocar nos shows dele. O Joãzinho faz o baile Parangolé e sempre me chama para participar. O Josias é meu conterrâneo, por quem tenho o maior carinho e esta foi a forma que encontrei para retribuir isso tudo”, diz Osmar.


Faixas do CD
Saudades de Tororoma
Das Cinzas à Paixão
O Samba é Bom
Momentos
Terra de Noel
Pulo do Gato
Saiba Rapaz
De Ladeira Abaixo
Rayban
Cinco Gerações


Foto: Ery Furtado (reprodução do Facebook)

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