quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul em São Luís



Se repetir o sucesso de público como aconteceu no passado, a 4ª edição local da  8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul já terá cumprido o seu papel, que é o de promover a conscientização quanto aos diversos temas relacionados aos direitos humanos por meio de obras cinematográficas. Abordando de forma leve e natural assuntos como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, preconceito racial, direito ao trabalho digno, e ao mesmo tempo entretendo, a Mostra acontece na capital até  o dia 1º de dezembro, no Teatro da Cidade de São Luís (Centro),  em quatro sessões diárias  às 13h, 15h, 17h e 19h.
As exibições dos 38 filmes de diferentes países da América do Sul, entre curtas, médias e longas metragens acontecerão em todo o país até o dia 22 de dezembro. Todas as sessões são gratuitas, sempre em salas acessíveis para pessoas com deficiência. No ano passado cerca de 2.500 pessoas assistiram à sessões, um número bem superior à edição de 2011 quando o público chegou a 1.600. “A expectativa é de que este ano o público ultrapasse os números do ano passado, que até em termos nacionais foi considerado muito bom”, conta o cineasta Francisco Colombo, curador da Mostra em São Luís.
Uma das novidades para este ano é a inclusão da Mostra Cinema Indígena composta de quatro filmes realizados por indígenas e/ou sobre a temática. Segundo a curadoria nacional, nos últimos anos a produção de cinema realizada por cineastas indígenas cresceu no país e os  filmes são exemplares que demonstram uma renovação de sua luta política a partir da apropriação da tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas no Brasil.
Outra novidade diz respeito às sessões audiodescritivas que este ano foram ampliadas. “Serão três sessões agora demonstrando a preocupação que a Mostra tem com as pessoas com deficiência visual.  No dia 27, quarta-feira, nas sessões das 13h, 15h e 17h haverá exibição dos filmes e além do som da fala, haverá áudio com descrição das pessoas, dos ambientes, da ação, tudo isso para levar o expectador para mais perto da projeção. Todos os filmes possuem legendas especiais (closed caption), voltadas para pessoas com deficiência auditiva”, conta Colombo.
 De acordo ainda com Colombo as novidades que sempre são apresentadas pela Mostra fazem com que sejam ampliadas as formas de  reflexão acerca dos direitos humanos. “Já é um evento consolidado em São Luís. Vamos para a quarta edição consecutiva e levando bons filmes, de cineastas importantes que tem em seu conteúdo algo relacionado aos direitos humanos. O público vai assistir e no meio da narrativa tem aquela abordagem, que sempre é feita de forma leve, mas que se destaca no roteiro do filme. É reflexão de forma sutil”, diz.
A sessão de abertura será dia 26 (terça-feira) às 19h, com a solenidade oficial e as exibições dos filmes A onda traz, o vento leva (Brasil, 2012) e Uma história de amor e fúria (Brasil, 2013). Na ocasião será distribuído um kit, com camisa, sacola, caneta, lápis e bloquinho. O público deve retirar os ingressos com meia hora de antecedência na bilheteria do teatro

Acalanto encerrará Mostra
Dos filmes brasileiros que serão exibidos Acalanto (Brasil, 2013), do cineasta  maranhense Arturo Saboia, vai encerrar a mostra, dia 1º, às 19h. Baseado em conto do moçambicano Mia Couto, o filme conta a história de uma senhora analfabeta que busca amenizar a saudade de um filho, pedindo a um conhecido que leia a mesma única carta enviada por ele há 10 anos, retratando os laços de amizade, afeição e dedicação do ser humano. “Acalanto também tem essa abordagem social. É um filme importante, além de ser premiado, e se insere nos objetivos da Mostra fechando com chave de ouro essa edição”, diz Colombo.  
Após a exibição de Acalanto será exibido As Iracemas (Brasil, 2012), de  Alexandre Pires Cavalcanti, que mostra um olhar sobre a vida de quatro mulheres de uma mesma família que vivem isoladas num casebre de pau-a-pique na região do Alto do Mingù, entre os municípios de Rio Acima e Raposos (MG). Outros 14 filmes compõem a produção nacional. 



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