Jornalismo, cultura, TV, famosidades, entretenimento, futilidades e o que vier à cabeça.
sábado, 23 de novembro de 2013
Entrevista com Kiko Loureiro do Angra
Fãs do Angra, uma das bandas mais influentes do heavy metal, poderão matar a saudade dos grandes sucessos do grupo com uma show inédito da turnê Angels Cry - 20 Th Anniversary Tour, que como o próprio nome diz, revisita os vinte anos de gravação e lançamento do primeiro CD da banda. Com Fábio Lione nos vocais os músicos celebram os 20 anos de carreira com 11 shows na América Latina e com a gravação do DVD no HSBC em São Paulo, recém-lançado. Chegando recentemente do show no Japão no Loud Park, o grupo faz show neste sábado em São Luís, às 23h, no Espaço Renascença, depois de dois anos do último show na Ilha.
Em entrevista a O Imparcial, Kiko Loureiro, o guitarrista da banda, falou dos vinte anos do grupo, dos momentos marcantes e da vontade, mais do que nunca, que a banda tem de continuar tocando. Após essa turnê que finda em dezembro, a banda retoma as atividades em março de 2014 com novas composições.
Revisitar o Angels Cry representa para a banda, reviver o início de tudo e dar crédito ao disco que foi responsável pelo que a banda é hoje. “Foi um disco marcante porque eu tinha 21 anos e havia muita ansiedade, aquela vontade de conquistar o mundo, vontade de tocar todas as notas que a gente estava treinando, estudando dentro do quarto. A gente conseguiu um contrato legal com o Japão, a possibilidade de ir pra Alemanha gravar. Foi a primeira viagem internacional de todo mundo, e aquela coisa né (sic), descobrindo o mundo, ficando em estúdio gringo, com produtor, gringo, todos super exigentes. Isso culminou com o lançamento no Japão e o disco de ouro. E a gente no Brasil morando com os pais ainda e com disco de outro no Japão, com capa de revista. Então foi um negócio marcante e que realmente proporcionou a nossa carreira de estar hoje 20 anos depois cantando nossas músicas e com ótimos momentos na carreira”, comemora Kiko Loureiro.
Formada originalmente, em 1991, a banda passou por algumas reformulações ao longo de 20 anos e nessa nova fase se apresenta com Rafael Bittencourt (guitarra), Kiko Loureiro (guitarra), Felipe Andreoli (baixo), Ricardo Confessori (bateria) e Fábio Lione (vocal).
Sobre a chegada de Fábio, um europeu, à banda, Kiko conta que o encontro foi durante um festival em Miami em um cruzeiro. “Nós o convidamos para dois shows curtos ele topou fazer e o clima ficou muito bom, os fãs querendo ver nos nossos shows. A gente foi convidado para o festival Live n Louder em São Paulo e a partir dessa demanda que foi criada a gente montou o esquema de fazer essa turnê em agosto que culminou no DVD do Angra, no show de São Paulo, e foi incrível relembrar as músicas, tocar as músicas da carreira inteira. O Fábio é um cantor excepcional”, diz Kiko.
Angels Cry - 20 Th Anniversary Tour tem como management a Top Link Music e uma realização da Start Rock Produções & Blackout Discos.
Sete Perguntas//Kiko Loureiro
Vinte anos depois qual o melhor momento do Angra?
São muitos momentos bons. O melhor é quando você faz disco, shows importantes onde o público é legal, que a cidade é nova, você descobre o país, os fãs. Tocar na Suécia, Taiwan, França, cidades brasileiras tão diversas, e aí você descobre
que ali tem pessoas q se conectam com a sua música, com as coisas que você gosta, com seus ideais, e tudo mais.
E o pior?
Quando o show da errado, o equipamento é ruim, a viagem é super cansativa. Isso é normal, mas acho que os piores momentos são sempre da relação da entre a banda e empresário, com alguém da gravadora, quando as pessoas discutem e o que você fala ou ouve pode magoar. Ao longo de vinte anos existe de tudo, mas claro que o saldo é sempre muito positivo, e é por isso que a gente continua, porque a força de vontade, a força do nome, das músicas, são muito maiores do que esses momentos ruins.
Qual a diferença no cenário do heavy metal desde que a banda surgiu?
O cenário mudou muito. E lembro que quando a gente começou, o primeiro show no nordeste, foi em Fortaleza, e o que é hoje é a cidade, os show que rolaram ao longo desses anos, comparado ao primeiro, quando a gente ficou na casa de amigo, indo só a banda e mais uma pessoa pra fazer tudo, todo o mercado, cenário, pessoas envolvidas, tudo melhorou daquele tempo para hoje. Mal tinha um circuito. Hoje se consegue fazer show em todas as capitais, então melhorou bastante. Acontece uma coisa cíclica, tem uns anos que está um pouco melhor, outros pior. Mas o Angra sempre tem um público fiel que a gente consegue manter. E hoje em dia essa questão toda tá bem melhor, equipamentos, os contratantes estão bem profissionais.
Das apresentações de vocês qual a que vocês consideram mais marcante?
Muitas (riso). A gente voltou do Japão no Loud Park no final de outubro, grande festivais, a gente abriu o show do AC/DC em 96, no Pacaembu. Fizemos festivais na França, na Itália, Estado Unidos, coisas incríveis, todos foram muito legais, experiência incríveis. Você vai fazer um Wacken, por exemplo na Alemanha, que é fantástico, com profissionalismo, organização, pontualidade, tudo nos mínimos detalhes. E isso não tem no Brasil ainda em termos de festivais. Acho que nem a experiência Rock in Rio mostra uma organização tão grande quanto os festivais que temos pelo mundo. Tudo isso é muito marcante nesse lado de encarar um público diferente. No lado profissional a gente aprende muito vendo outras bandas, como funciona a produção de grandes festivais pelo mundo
Por que escolheram um vocalista europeu?
É um vocalista italiano, então tem uma afinidade muito forte, tem muita coisa parecida com o brasileiro, bem diferente sei lá, do sueco, de um alemão. A gente sentiu a diferença na língua, mas no dia a dia é bem tranquilo. Ele é um grande cantor e uma pessoa incrível. Acabou que esse namoro está rolando legal, estamos mantendo porque estamos indo bem, a banda está colhendo ótimos frutos. Estamos com um clima bom, o qeu faz com que a gente tenha mais vontade, mais garra pra fazer mais show e provavelmente começar a compor agora para um disco em 2014.
Em dezembro vocês findam a turnê e retomam em março. É uma parada estratégica?
Exatamente. A gente precisa também de um tempo para gente, para compor. Eu tenho uma turnê nos Estados Unidos em janeiro, tem outras atividades da galera e a composição que leva um tempo. A gente precisa separar um tempo pra criar, porque se você fica muito na turnê, fazendo viagens longas, você fica muito cansado e não tem esse tempo de ócio mesmo que você precisa. A banda precisa estar junto para treinar,tocar, então esse período a gente vai tirar para compor, tentar criar coisas novas, provavelmente começar a compor agora para um disco em 2014.
Sobre o DVD que foi gravado recentemente?
O DVD que saiu foi gravado em agosto no HSBC, Em São Paulo e estamos lançando agora que é essa sequência de música que estamos fazendo em Belém, São Luís e São Paulo em seguida. Além disso, estamos fazendo divulgação, fazendo televisão. O DVD está muito legal, incrível a produção. A galera pode ver no Youtube, pois já tem música disponível, a Stand Way, com vários convidados como, Família Lima, Amílcar. Os fãs que assistiram estão gostando bastante e a gente está gostando do resultado. Então é isso, a galera aí vai ver o show, mas quem não puder pode aguardar o DVD e assistir quando estiver em casa. Então é isso. A gente se vê.
Serviço O quê? Show da Banda Angra
Quando? Hoje, às 23h
Onde? Espaço Renascença (Renascença II)
Quanto? R$60,00
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário