terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Sete perguntas Zeca Baleiro

Zeca Baleiro esteve neste final de semana que passou em São Luís. Para o show ele concedeu entrevista que reproduzo em parte, aqui. 

Inquieto e na constante busca por um trabalho, criativo, bom e renovado. Assim é Zeca Baleiro, que começou a compor aos 14 anos e não parou mais. Participou de vários festivais quando fazia universidade e tomou gosto pela coisa. Ele revela que sempre foi um ouvinte apaixonado por música brasileira e por isso se tornou compositor.
Mas ele não é apenas compositor. Inquieto, como já citado acima, Zeca produz, escreve, faz várias atividades. Recentemente produziu o novo disco da cantora Vanusa, da cantora Patativa, com quem dividiu palco recentemente em show em São Paulo, e ainda tem vários projetos para ano que vem como programa de TV, DVDs, CD de inéditas, musical baseado em Nelso Rodrigues... ufa!!!
“Mas em breve quero me aposentar e virar pescador”, disse ele.

Sete perguntas//Zeca Baleiro

A inquietude para buscar, criar... é um defeito ou uma qualidade?
É uma qualidade quando te move a criar soluções estéticas pra tua fome criativa. E isso quase sempre dá bons frutos. E é um defeito quando começa a roubar teu sono na hora de ir pra cama (risos).

E como isso reflete no seu trabalho?
Não sei ao certo, mas acho que meu trabalho não estagnou, vem sendo renovado ao longo dos anos - e o público também.

Das várias produções que faz ao mesmo tempo, o que está fazendo que dá para citar?
Para o ano que vem, temos um programa de TV, Baile do Baleiro; o DVD "Zoró [bichos esquisitos]", com animações; um novo CD de inéditas e um musical baseado em Nelson Rodrigues, que estreia em janeiro em Recife. Mas em breve quero me aposentar e virar pescador.

Patativa esteve recentemente com você em São Paulo. Como foi ter produzido o disco dela?
A Patativa é uma figura incrível, tem o poder de criar empatia com o público num piscar de olhos... Ela arrasou na sua apresentação em São Paulo. Me sinto feliz de ter colaborado na produção de seu primeiro disco, afinal é uma artista de verdade. Agora, já tem um segundo CD a caminho, com produção do Luiz Jr.

Como o público recebeu o repertório dela?
O público paulistano a recebeu de braços abertos. Ela voltará.

Sobre a produção do disco de Vanusa, como foi trabalhar o repertório do disco, e trabalhar com ela?
Certo dia convidei a Vanusa pra ir no meu estúdio e lá falamos sobre a possibilidade de fazermos um CD novo. Ela ficou muito feliz. Ela é uma cantora muito importante na história recente da nossa música popular, e depois daquele episódio do Hino, precisava da volta por cima. Levamos dois anos trabalhando na feitura desse CD. Ela é uma pessoa doce e foi uma grande aula trabalhar com ela.

E não posso deixar de perguntar sobre o cenário atual da música. Como você avalia? Muita gente boa?
Há muita coisa boa acontecendo, embora algumas dessas boas coisas não estejam na grande (nem na pequena) mídia. Difícil destacar alguém, mas... lá vai: Wado, Criolina, Vanessa Bumagny, Nô Stopa, Rodrigo Bittencourt... A crise não é de talento, mas de mercado.


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