O cantor e compositor mineiro João Bosco está de volta a São Luís desta vez com o show da turnê Não Vou pro céu, mas já não vivo no chão pelo Projeto MPB Petrobras. O show será dia 3 (terça-feira), às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol) e também terá apresentação da cantora maranhense Lena Machado, que fará a abertura do show e leva ao palco um repertório pautado nos gêneros que marcam a identidade do povo brasileiro.
O show de João Bosco será em formato voz e violão. Com 40 anos de carreira e uma obra de grande relevância para a Música Popular Brasileira o artista traz a turnê que leva também o nome do disco e revela o grande cantor que é, com domínio total da técnica, emoção na medida certa, um timbre pleno de brilho, áspero e cortante em sua doçura, cuja suavidade é mais uma de suas experimentações. Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, apesar de não ser explicitamente autobiográfico, soa como espécie de síntese de sua vida e carreira, além de conciliar glorioso passado musical do artista com um futuro não menos promissor.
Nesse trabalho ele retoma sua histórica e mítica parceria com Aldir Blanc. Para o futuro, João confirma a excelência de seu mais recente parceiro constante, o próprio filho Francisco Bosco, ensaísta, poeta e letrista que, de tão mão cheia, impossibilita qualquer possível acusação de nepotismo. O próprio mestre Aldir Blanc declarou à imprensa recentemente que o jovem Francisco está mais maduro como letrista do que ele próprio, Aldir, quando tinha a idade dele.
João Bosco desfiando seu amplo leque musical em Não vou pro céu, mas já não vivo no chão é, segundo os críticos, como o título indica, “voar pela própria história singular da música brasileira”.
O Desafio de Lena
A cantora diz que recebeu o convite da Caderno 2, com sentimento de alegria e sabendo da responsabilidade ao mesmo tempo. Também para ela, João Bosco é referência para quem gosta de música popular brasileira. “É um momento desafiador pra mim, porque subir no palco de um Teatro como o Artur Azevedo, antes de um nome como João Bosco, e fazer uma apresentação voz e violão, é um desafio bom. João Bosco é compositor, é músico, é intérprete, foi gravado por grandes nomes do cenário nacional; e isso influencia toda e qualquer pessoa que se permite conhecer, amar e difundir nossa música brasileira.
Dizendo-se admiradora do trabalho dele, Lena destaca algumas canções. “Quem já não cantou Papel Machê, O bêbado e o Equilibrista, Incompatibilidade de Gênios, Corsário, Memória da Pele..., dentre tantos sucessos dele. Como não ser uma admiradora de uma obra tão consistente como a dele?”, indaga.
Lena estará acompanhada do violonista João Eudes. A sua musicalidade é composta de grandes composições maranhenses, valorizando, sobretudo os gêneros samba e choro, mas com pitadas de baião, blues, eletrônica, salsa e dos ritmos da cultura popular do Maranhão, sem no entanto delimitar territórios musicais.
“O show terá meia hora e minha pretensão é conseguir mostrar um pouco do que venho fazendo por aqui, com canções que gosto de fazer e de ouvir, incluindo músicas de nossos compositores locais, que gosto sempre de valorizar, reverenciar e de interpretar. Trarei algumas dos discos que já gravei. Será música popular brasileira, sem as fronteiras de siglas e da geografia que nos é imposta”, assegura.
Serviço
O quê? João Bosco, no Projeto MPB Petrobras
Quando? 3 (terça), às 20h
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Quanto? R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
Realização: Caderno 2 Produções Artísticas
Produção Local: Simão Caminha
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