No
mês de setembro a cidade de São Luís receberá pela primeira vez
o Curso de Museologia e Curadoria de Arte, promovido através de
parceria inédita entre a Bureau Cultural e a Associação Cultural e Artística Oswaldo
Goeldi . É a primeira das atividades
comemorativas dos 120 anos de nascimento de Oswaldo Goeldi em
nossa cidade.
Com
carga horária de 40 horas, o curso é voltado para profissionais
que atuam ou desejam atuar em instituições culturais públicas e
privadas, de patrimônio material, de preservação de memória,
montagem e supervisão de exposições de arte, execução e revisão
de catálogo de exposição, crítica, arquitetura e colecionismo,
entre outras atividades, e portanto precisam de referencial
técnico sobre a área de atuação.
No
Brasil, existem atualmente 14 cursos de graduação em Museologia,
a maioria deles com menos de 10 anos de implantação. Além disso,
há cerca de 5 cursos de pós graduação em Museologia e 1 curso
de nível técnico. Na área de Curadoria, o cenário não é muito
diferente: existe um mercado emergente, mas os profissionais que
exercem a curadoria tem basicamente formação em cursos de
graduação em literatura, história, filosofia, comunicação,
letras, artes, antropologia, entre outros da área humanística,
buscando em seguida cursos de extensão ou pós- graduação
oferecidos por universidades, associações culturais e outras
entidades.
Dados
do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) apontam para uma
crescente demanda por profissionais dessas áreas no Maranhão,
pois o estado, detentor de um riquíssimo acervo cultural,
possui cerca de 23 museus mapeados, e destes, 16 estão
localizados na capital. Com uma população estimada em
6.574.789 habitantes, o estado tem portanto uma das menores
proporções de museus por habitante: cerca de 263.043 pessoas
por museu, enquanto a média nacional é de 60.822 habitantes por
museu, e a média regional 81.542 pessoas por museu. Parte
destes espaços museológicos (45,5%) sequer possui plano
museológico e , ainda segundo estudo realizado pelo IBRAM, o
setor administrativo responde por 38 dos servidores registrados,
além de 26 na segurança, 19 na limpeza e apenas 13 no corpo
técnico, distribuído entre historiadores (6), conservadores (2),
bibliotecários (2), museólogo (1) e arquivista (1). Ou seja, há
espaço para novos e bons projetos e profissionais qualificados.
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