terça-feira, 19 de agosto de 2014

Curso de Museologia e Curadoria de Arte em São Luís

No mês de setembro a cidade de São Luís receberá pela primeira vez o Curso de Museologia e Curadoria de Arte, promovido através de parceria inédita entre a Bureau Cultural e a Associação Cultural e Artística Oswaldo Goeldi . É a primeira das atividades comemorativas dos 120 anos de nascimento de Oswaldo Goeldi em nossa cidade.

 Com carga horária de 40 horas, o curso é voltado para profissionais que atuam ou desejam atuar em instituições culturais públicas e privadas, de patrimônio material, de preservação de memória, montagem e supervisão de exposições de arte, execução e revisão de catálogo de exposição, crítica, arquitetura e colecionismo,  entre outras atividades,  e portanto precisam de referencial técnico sobre a área de atuação.

 No Brasil, existem atualmente 14 cursos de graduação em Museologia, a maioria deles com menos de 10 anos de implantação. Além disso, há  cerca de 5 cursos de pós graduação em Museologia e 1 curso de nível técnico.  Na área de Curadoria, o cenário não é muito diferente: existe um mercado emergente, mas os profissionais que exercem a curadoria tem basicamente formação em cursos de graduação em  literatura, história, filosofia, comunicação, letras, artes, antropologia, entre outros da área humanística, buscando em seguida cursos de extensão ou pós- graduação oferecidos por universidades, associações culturais e outras entidades.

Dados do IBRAM (Instituto Brasileiro  de Museus) apontam para uma crescente demanda por profissionais dessas áreas no Maranhão, pois o estado,  detentor de um riquíssimo acervo cultural,  possui  cerca  de  23 museus mapeados, e destes, 16 estão  localizados  na capital. Com uma população estimada em 6.574.789 habitantes, o estado tem  portanto  uma das menores proporções  de museus por habitante: cerca de 263.043 pessoas por museu, enquanto a média nacional é de 60.822 habitantes por museu, e a média regional 81.542 pessoas  por museu.  Parte destes espaços museológicos (45,5%)  sequer  possui plano museológico e , ainda segundo estudo realizado pelo IBRAM, o setor administrativo responde por 38 dos servidores registrados, além de 26 na segurança, 19 na limpeza e apenas 13 no corpo técnico, distribuído entre historiadores (6), conservadores (2), bibliotecários (2), museólogo (1) e arquivista (1). Ou seja, há espaço para novos e bons projetos e profissionais qualificados.

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