domingo, 31 de agosto de 2014

VIII Semana Maranhense de Dança encerra em noite de gala neste domingo (31)

De: oimparcial.com.br


Depois de uma semana intensa de atrações e programação variada em muitos gêneros que movimentaram a cidade, encerra neste domingo (31) a oitava edição da Semana Maranhense de Dança, aberta na segunda-feira (25) com homenagens, espetáculo e oficinas.

Promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), via Teatro Arthur Azevedo (TAA), a Semana de Dança ofereceu ao público maranhense que se dedica ao estudo e trabalho da dança, 16 oficinas nos gêneros ballet clássico, contemporâneo, dança do Ventre, Rua, Salão, Afro, Jazz, Aéreo e Especial, nos níveis iniciante e avançado, ministradas por professores maranhenses e convidados do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. Também foram apresentados nove espetáculos e 184 coreografias, performances e intervenções, por companhias, grupos e bailarinos maranhenses e convidados do Rio de Janeiro, Recife e Natal.

Com algumas novidades, a edição de 2014 da Semana Maranhense de Dança iniciou no mês de julho, nos dois últimos finais de semana, com a Caravana da Semana de Dança, realizando oficinas e apresentando espetáculos e coreografias, nos municípios de Fortaleza dos Nogueiras, Carolina, Açailândia, Cantanhede, Bacabal, Ribamar e Paço do Lumiar, com 20 atrações entre bailarinos e companhias.

Outras novidades neste ano foram a inclusão de uma Mostra Competitiva Solo que escolheu dois melhores bailarinos (feminino e masculino) com direito ao Troféu Carlos Gaspar de Dança e, a performance Eu danço, tu dança...nós dançamos, com participação de grupos de pessoas de necessidades especiais da Apae, Escola de Cegos, Sesc, Terceira Idade, e do PAI.

A VIII Semana Maranhense de Dança ainda prestou homenagens a artistas maranhenses. Na noite de abertura, na segunda-feira (25), a secretária da Cultura, Olga Simão, e o diretor do TAA, Roberto Brandão, descerraram duas placas que dão nome a duas Salas do Arthur Azevedo, num reconhecimento pelo trabalho e dedicação dado em vida do estilista Chico Coimbra à Sala de Adereçaria e Figurino e do bailarino Antonio Gaspar, à Sala de Dança.

Também na mesma noite foram homenageadas profissionais que dedicam suas vidas ao ensino da dança:Waldecy Vale, professora de dança da Ufma, e a Maestra Olinda Saul, professora, coreógrafa e criadora/coordenadora do projeto Dança Criança.

“O saldo foi positivo, além do esperado. O número de participantes nas oficinas ede público nas plateias dos teatros e salas foi muito bom. Ao longo da semana vimos a satisfação dos participantes como atração, tanto dos bailarinos de São Luis quanto dos convidados que vieram do interior do e de outros estados”, disse Eliane Propp, da coordenação da Semana.

Para nós, é gratificante e satisfatório a realização desse evento, porque a cada ano cresce a procura pela participação nas oficinas e nos espetáculos e com as novidades neste ano,tivemos ainda mais interesse por parte do público, complementouAbelardo Teles, também da coordenação da Semana.

A programação de oficinas e cursos aconteceram pela manhã e tarde nas salas do Teatro Arthur Azevedo, Espaço Olinda Saul, Grêmio Lítero Português (praça João Lisboa) e Academia Viva Água, para bailarinos (alunos e profissionais), professores de dança, dançarinos e ao público geral, enquanto os espetáculos, coreografias e intervenções foram apresentados nos teatros Alcione Nazaré, João do Vale e no Arthur Azevedo com ingressos trocados por um quilo de alimento não perecível. “Os alimentos recebidos na troca dos ingressos é uma campanha que o teatro vem realizando nas Semanas de Dança e de Teatro e que, após o evento, são doados a instituições de caridades e entidades filantrópicas”, informou Roberto Brandão, diretor do TAA.

Última Oficina

Para o último dia de programação da VIII Semana Maranhense de Dança uma única oficina encerra atividade, no Espaço Ballet Olinda Saul, das 11h às 13h, período em que a professora Carla Silveira, de Minas Gerais, ministra aula de Dança do Ventre II para alunas do nível intermediário e avançado.

Já no palco do Teatro Arthur Azevedo, a VIII Semana Maranhense de Dança fecha a edição de 2014 com uma programação especial que será apresentada em duas sessões: às 16h e reapresentação às 20h, em Tarde de Gala II e Noite de Gala II, com apresentação de 19 coreografias com grupos, companhias e bailarinos maranhenses e convidados do interior do estado e de outros estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza).

Como convidados de fora do estado estarão no palco do TAA os bailarinos Paula Penacho e Luis Ruben Gonzalez (SP e PE) do Ballet Gonzalez (PE); FilipiEscudini (RJ); Karen Mesquita e Murilo Gabriel do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ); Alex Silva e Alex Magalhães do BCAD Cia de Dança (CE); Adriana Salomão (RJ); CarllaSillveira (BH) e Larah Nóbrega, da Academia Tereza Passos (CE).

A programação de coreografias da Tarde e Noite de Gala, contará com a participação de bailarinos maranhenses do Ballet Olinda Saul; Studio de Dança Clay Carlos; Escola de Dança Adágio; Cia de Jazz Solange Costa; Pulsar Cia de Dança; Cia Street Master; Larissa Carvalho e Rhawann Moraes; Estúdio de Artes Cênicas; Studio de Dança Árabe Solange Costa; Alunos da Oficina de Jazz 2; e Cia de Dança de Salão de Açailândia.

No Teatro Alcione Nazaré, às 18h, bailarinos do Estúdio de Artes Cênicas (MA) apresenta o espetáculo Próximo, em coreografias de Joilson Ferraz e Fernando Saraiva, com os bailarinos Alba Silva, Carlos Maciell, Fernanda Câmara, Fernando Saraiva, RaylaAlves, Rayane Alves e Joilson Ferraz.Eles passarão para o público, movimentos que ressaltam os laços de amizade que permeiam a todos como parte desse trabalho, mostrando uma linguagem poética do amor Fraternal, Filos, Ágape, Eros e Cósmico. Uma analogia real da palavra “próximo” que pode significar do íntimo ao subsequente, transcendendo o contato físico e dando lugar a importância de sentir-se amado por alguém.

No espaço GuestHouse (Rua 28 de julho – Centro Histórico), o grupo maranhense BemDito Coletivo apresenta, às 19h, “Corpo Descartável”. Criação e direção do coreógrafo e bailarino Yuri Azevedo, a performance com 40 minutos de duração, leva a público movimentos onde a metáfora do descartável expõe as relações estabelecidas pelo homem na contemporaneidade; seus relacionamentos efêmeros, instáveis e superficiais.

Esta performance consiste na experimentação e na investigação do copo descartável como símbolo da modernidade, do plástico. Associando este objeto ao homem do presente, busca-se encontrar e nos fazer refletir sobre Qual é a dimensão de descartável? Qual relação de descartável se estabelece entre o homem e a natureza? Entre o homem e o outro? Entre o homem e ele mesmo?

Aniversário de 402 anos de São Luís

 Do G1 MA



Começa na próxima sexta-feira (5) a programação cultural do aniversário de 402 anos de fundação de São Luís, quando será realizado o show “Vibrações Positivas”, que reunirá cantores, grupos de dança, radiolas e DJs de reggae, na Praça Maria Aragão, a partir das 19h. As comemorações se estenderão até o dia 14 de setembro.

A programação contará ainda com o Festival Internacional de Folclore. Segundo o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), a ideia deste ano é celebrar o aniversário da cidade destacando datas importantes como o Dia Municipal do Reggae (dia 5) e o Dia Municipal do Tambor de Crioula (dia 6), contemplando a nova dinâmica da música feita pelos artistas de São Luís e a diversidade dos gostos musicais da população. “Será uma festa em que a cidade se reconheça”, afirmou Francisco Gonçalves.

A abertura das comemorações também contará com uma roda de conversa sobre o tema “Pungada da Ilha”, que reunirá os professores Sérgio Ferretti (UFMA) e Neto de Azile (Comitê Gestor de Salvaguarda do Tambor de Crioula). “Junto com o comitê de salvaguarda, decidimos que a programação não fosse apenas composta por espetáculo, mas também discutíssemos o tema”, esclareceu o presidente da Func.

Já no segundo dia da programação, dia 6, haverá apresentação de grupos de tambor de crioula na Madre Deus, com procissão e ladainha. No dia 7, a Praça Maria Aragão será transformada em palco do show gospel “Glórias”, com a cantora Bruna Karla, e participação da banda local Marcados pela Promessa.

No dia 8, aniversário da cidade, haverá o show “Louvação a São Luís”, reunindo novos nomes da música produzida na cidade, como Phill Veras (foto) e a cantora lírica Brígida Andrade, na Praça Maria Aragão. As comemorações serão estendidas até o dia 14 de setembro através de parceria com o Comitê Internacional de Organização de Festivais de Folclore da Unesco, que coordenará o Festival Internacional de Folclore.

Veja abaixo a programação:

SEXTA-FEIRA (DIA 5)
“Vibrações Positivas” – Show em comemoração ao Dia Municipal do Regueiro, instituído pela Lei 4.102, de outubro de 2002, com participação de DJs, bandas de reggae, grupos de danças e radiolas. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

Roda de conversa “Pungada da Ilha” – Roda de conversa com participação do Professor Ferreti (Ufma) e Neto de Azilê (Comitê Gestor). Local: Galeria Trapiche (Praia Grande – Centro). Horário: das 15h às 18h.

SÁBADO (DIA 6)
Projeto “Pungada da Ilha” – Comemoração do Dia Municipal do Tambor de Crioula com apresentação de cinco grupos de tambores de crioula, procissão e ladainha. Local: Fábrica das Artes (Rua São Pantaleão – Madre Deus). Horário: das 17h às 0h.

“Imenso Amor” – Espetáculo artístico musical com o Padre João Carlos e participação da banda católica “Paresia”. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

DOMINGO (DIA 7)
“Glórias” – Show evangélico com a cantora gospel Bruna Karla, participação da banda local Marcados pela Promessa, e do Pastor Marcos Lins Gruvira. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

SEGUNDA-FEIRA (DIA 8)
“Louvação a São Luís” – Show musical com participação da banda Pedeginja, Phill Veras lançando novo CD e DVD; Som do Mará, de Chiquinho França; e participação especial dos jovens talentos Brígida Andrade e Victor e Bruno. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

TERÇA A DOMINGO (DIA 9 A 14)
Festival Internacional de Folclore – Presença de grupos nacionais e internacionais, com representantes da Colômbia, México, Argentina, Chile, Estônia, entre outros convidados. O evento objetiva promover o patrimônio imaterial, através de formas de expressão, tais como dança, música, jogos, rituais, costumes e outras artes. Local: Praça Maria Aragão. Horário: a partir das 19h.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Hermes e Marcos Lamy no Ovo Frito




Abrindo espaço para os trabalhos autorais, neste sábado, 23, o Ovo Frito Botequim apresenta, em formato intimista,  dois nomes do novo cenário musical maranhense: Hermes Castro (Ex - Nova Bossa), cantor e compositor com trabalho lançado pelo portal Musicoteca, e Marcos Lamy (Ex - Nova Bossa), da banda Mingongos, os quais fazem apresentação de composições presentes em seus trabalhos atuais e de outras épocas.


Couvert: R$ 10,00

Prefeitura anuncia os vencedores do 35º Concurso Literário

A Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), divulgou nesta quinta-feira (21) o resultado final do 35º Concurso Literário Cidade de São Luís. Oito obras de diferentes autores serão premiadas e cada um receberá o valor de dez salários mínimos, junto com o certificado de participação, além da publicação de mil exemplares de cada obra. A Func anunciará a data da solenidade de entrega da premiação nos próximos dias.

Para o presidente da Func, Francisco Gonçalves, a importância do concurso vai além da premiação porque as obras sensibilizam o leitor com o imaginário contemporâneo da cidade. “Todo artista é uma antena sensível da percepção social. A Literatura também serve para isso. Favorece a criação de novos imaginários para com a cidade. O concurso não é somente para termos novos escritores. É também para termos mais leitores”, ressaltou.

As obras foram avaliadas por uma Comissão Julgadora formada por dezesseis profissionais (sendo um julgador maranhense e outro nacional, por categoria) das áreas de Letras, Literatura, Teatro, Comunicação, Educação e Cultura. A Comissão foi presidida pela professora doutora Márcia Manir Miguel Feitosa, coordenadora do curso de Mestrado em Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Maranhão e pesquisadora nas áreas de Literatura Brasileira e Portuguesa, Literatura e Cultura Maranhense, Estudos Literários, entre outras.

Para Márcia Manir, o resultado do concurso aponta para um avanço na produção literária maranhense entre escritores jovens. “As obras premiadas nas categorias romance e literatura infantojuvenil, por exemplo, foram surpreendentes, de excelente qualidade. Na categoria poesia, o autor premiado criou uma obra interessante relacionada com o tema do sebastianismo. Na categoria ensaio o público vai poder conferir uma análise interessante sobre o jornal A Flecha, importante matutino do século XIX”, destacou.

DOCUMENTAÇÃO
A documentação da avaliação dos participantes estará disponível para entrega a partir de segunda-feira (25), das 8h30 às 12h30, na Casa dos Blocos Tradicionais, localizada na Rua Isaac Martins, nº 125, Centro. Só poderão requisitar a documentação os próprios candidatos junto à Secretaria Executiva do Concurso, no prazo de 30 dias.


RESULTADO FINAL
CAFÉS AMARGOS - SABRYNA ROSA MENDES DE CASTRO O LABIRINTO - ADONAY RAMOS MOREIRA

VEM CÁ CURIAR CACURIÁ!- INARA CONCEIÇÃO MELO RODRIGUES
O SUICIDA- ANTÔNIO CARLOS ARAÚJO RIBEIRO JÚNIOR

A FORMIGUINHA BRUNA E O REINO DAS SAÚVAS - WESCLEY BRITO DA SILVA

A FLECHA, A PEDRA E A PENA: JOÃO AFFONSO,
ALUÍSIO AZEVEDO E A PRIMEIRA REVISTA ILUSTRADA DO MARANHÃO - IRAMIR ALVES ARAÚJO
POST MORTEM - ANDRÉ FELIPE CRUZ CORREA
A ILHA DO ENCOBERTO- CLAUDICÉLIO RODRIGUES DA SILVA

O camelo, o leão e a criança




“Três transformações do espírito vos apresento: como o espírito se transforma em camelo, o camelo em leão, e o leão, finalmente, em criança”. (Nietzsche em Assim Falava Zaratustra.)


Três histórias reais e diferentes, três personagens, muitas reflexões filosóficas. Esse é o mote do filme O camelo, o leão e a criança, do diretor paranaense Paulo Blitos, em cartaz nos Cine Lume e Praia Grande, às 16h e às 20h, respectivamente. O longa deve ficar duas semanas em cartaz nos mesmos horários e foi gravado nas cidade de Curitiba (PR) e em várias locações de São Luís, Morros e Barreirinhas (MA). Em outubro o filme será lançado em Curitiba.

O filme é baseado em histórias reais e relacionadas à tipologia nietzschiana (de Friedrich Nietzsche). Um professor de filosofia da ciência, um ator e diretor de teatro, uma médica e mística, vivem diferentes fases em suas vidas.

Cada uma das personagens se depara, em sua linha de vida, com a dimensão do estranho, seja na experiência de discriminação e seu fundo de violência, seja na vertigem do vicio e da loucura, seja ainda no indizível do transe místico. O encontro com o real e a comoção que o filme desencadeia exigirão novos modos de pensar, de agir, de existir.

“A ideia foi trabalhar com essa tipologia, tentar viabilizar isso na história das pessoas, ter um pouco da história de cada um no filme e fazer a analogia com os personagens traçando esse paralelo filosófico com a vida real. Não são todos os fatos da realidade de cada pessoa, assim como misturamos algo de ficção. Vamos tentar passar para o público, a vida de três personagens”, explica Paulo Blitos.

Paulo é um dos atores principais. Para fazer o professor ele tomou influências da história do pai, que foi alcoólatra, e dele próprio que atua como professor. Dessa junção surgiu o professor que tem a patologia e passa por um tratamento.

O ator, interpretado por Mauro Zanata (de Curitiba), tem uma deficiência física e é história dele dentro da área cênica, vivendo a arte apesar da deficiência. Já a médica, Vanessa Goncioroske (maranhense), uma burguesa de classe média/alta não está satisfeita com o trabalho que desenvolve e vai buscar outros parâmetros dentro de uma visão mística para achar a cura saindo do método convencional. Há ainda o ator maranhense Raimundo Reis, que faz o papel do “Enigma”, a linha do pensamento.

“O camelo carrega o peso do mundo. O leão escolhe o seu caminho, na visão de Nietzsche, e a criança é aquela que realiza, que vai em busca do novo, do inusitado. Há a junção desse três em cada personagem. São quatro linhas que convergem e que vão se incorporando aos personagens. A linha da criança não é tão simples quanto a do camelo e do leão. A criança não se enquadra nessa linearidade”, define Paulo.

O camelo, o leão e a criança tem duração de 88 minutos e conta, a priori, as histórias individuais do professor, do ator e da médica. Depois esses três personagens se interrelacionam em uma temática filosófica que leva à reflexão sobre pessoas, ações, cotidiano.

Para ter todo o arcabouço filosófico no filme, Paulo teve a consultoria do psiquiatra João Perci Schiavon, da USP, doutor em psicologia clínica para dimensionar os textos e suscitar as reflexões sobre as questões filosóficas abordadas no roteiro.

O filme levou um ano para ser concluído, desde que o diretor passou a residir em São Luís. Paulo teve a ideia de fazer o filme depois de ter vindo à cidade outras vezes e em visita a conterrâneos que já moravam aqui. Os dois amigos viriam a formar a equipe com ele no filme: o cineasta Edemar Miqueta, que assina a direção de fotografia, e o fotógrafo Evandro Martin.

Setenta por cento das locações foram feitas no Maranhão. Paulo diz ainda que a cidade de Curitiba não aparece definida no filme, ao contrário das cenas de São Luís, Morros e os Lençóis Maranhenses. De São Luís foram selecionados 15 atores, um preparador de elenco e 32 figurantes. O pesquisador e professor de música Joaquim Santos assina a trilha sonora.


O diretor - Paulo Blitos é roteirista, diretor, ator e produtor de Curitiba (PR). Atua na área cultural desde 1994, na Escola do Ator Cômico, onde desenvolveu vários projetos como ator. Tem participação em filmes curta-metragem nas funções de produtor, roteirista e ator. Assina o roteiro e atua nos filmes Agora: a dimensão do infinito, em 2009, Crônicas do ser lacerante e Tuareg, um curta gravado em santo Amaro (MA) e cujo lançamento foi no último dia 16.


Ficha Técnica
Roteiro e Direção: Paulo Blitos
Co-direção: Jul Leardini
Produção: Paulo Blitos e Sync Cultural
Elenco: Paulo Blitos, Mauro Zanatta, Vanessa Gonsioroski, Raimundo Reis
Direção de Fotografia e Câmera: Evandro Martin
Trilha Sonora: Joaquim Santos
Produtora: Sync


Serviço
O quê? Filme O camelo, o leão e a criança

Onde? Cine Lume (às 16h); Cine Praia Grande (às 20h)
Quanto? Ingressos praticados nas bilheterias

Ice Mc em São Luís


 O maior hitmaker dos anos 1990, ICE MC, estará em São Luís neste sábado, 23, no Mandamentos Hall (Lagoa da Jansen), na Festa Hot Mix Especial, dos DJs Claudinho Polary, Mauro Dejota e Henrique Carvalho.

Dono de hits como Cinema, que foi inclusive tema de novela da Rede Globo, e ainda Easy, Take Away The Colour, Think About The Away, Russian Roulette, It´s a Rainny Day e Dark Night Rider. O artista vem de Fortaleza, e após deixar São Luís seguirá para Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE).


A ideia da equipe Hot Mix é recriar o clima dos anos 1990 com um setlist que marcou uma geração. A festa foi criada há 19 anos, a partir do programa de mesmo nome veiculado na Rádio Cidade, e resgata músicas que ficaram nas paradas de sucesso revivendo o boom das discotecas e boates que faziam matinês em São Luís, a exemplo das extintas Taj Mahal, Tucanos, Extravagance, Stúdio 7, Gênesis, entre outras.

“O grande foco dessa festa é o ICE MC, pois é a primeira vez dele em São Luís. A última vez que ele veio ao Brasil foi há 10 anos e tem muitos sucessos. Nós chegávamos a tocar 4 ou 5 músicas dele em uma única noite. Então esse show é uma prévia do que vamos fazer ano que vem. Tem muitas novidades”, conta Henrique Carvalho.

Serviço!
O quê? Festa Hot Mix Especial com Ice MC
Quando? 23 (sábado), às 22h
Onde? Mandamentos Hall (Lagoa da Jansen)
Quanto? Pista R$60,00 e Casadinha 100,00; Camarote R$90,00 e Casadinha R$ 160,00

É Limonada na Vitrola!



                                                                  DJ Jorge Choairy

Uma noite em que vai rolar de tudo: exibição de curtas, discotecagem, palco livre, comidas típicas, exposição de arte e brechó de obras maranhenses. Quer saber do que se trata? É o Limonada na Vitrola, um evento da Matraca Digital e que a cada edição traz mais novidades movimentando o cenário cultural da cidade. A festa será neste sábado, 23, a partir das 19h, na Guest House (Rua da Palma).

Quem vai comandar a discotecagem com o som maranhense alternativo, pop, rock, MPM, revisitando os 40 anos de música no Maranhão, é o DJ Jorge Choairy apresentando um set maranhense. “A noite será de música maranhense sim, mas isso será apenas um mote, um ponto de partida e chegada, como quem vai e volta em Alcântara e não sabe se é presente, passado ou futuro. Rasguem os tickets da viagem e os rótulos. Apenas ouçam os que ousam. Dançar é opcional. A noite é de música”, proferiu o DJ.

E nesses 40 anos de música a ideia é não deixar nada de fora. Segundo Thaynara Viegas, da Matraca Digital, todos os estilos serão contemplados. “A gente quis pegar as bandas mais modernas, mas terá também as tradicionais em um repertório sem restrições. Essa festa é uma temática diferente, o que torna os nossos eventos sempre inovadores, sempre com alguma novidade a cada edição”, comenta a produtora.
Tiago Máci

As atividades começam com a exibição dos curtas Vontade (Caio Carvalho), Xiri Meu (Tairo Lisboa), Membro Decaído (Lucas Sá), A Festa da Sesta (Edízio Moura) e Tuareg (Paulo Blitos), até as 21h, mas o cinema segue paralelo ao resto da programação com clipes e documentários. Em seguida o som de Jorge Choairy preenche a noite com um set especialmente selecionado, e aí sim, um palco aberto com as presenças dos convidados Milla Camões, Sfânio Mesquita, Domingos Thiago, Emílio Sagaz, Tiago Máci, Marcello Oliveira (Marcelleza) e Adnon Soares, e quem mais se sentir à vontade para usar o palco.
                                                                     Domingos Thiago

As comidas típicas, exposição de arte e brechó vão rolar em paralelo com toda a programação. Obras do fotógrafo Marco Aurélio, de Danilo Freitas (Grafite sobre Tela) e de Amanda Belo (Óleo sobre Tela com influência impressionista) estarão expostas e à venda.

O Limonada começou no final de 2013 como um festival montado às pressas para substituir uma apresentação que Moraes Moreira que, por motivo de saúde, deixaria de fazer no Mandamentos Hall. O resultado positivo da iniciativa, que contou com a colaboração de grande parte da nova geração que vem desfibrilando o coração musical de São Luís, foi tal que viabilizou uma segunda edição no primeiro semestre de 2014, e a terceira edição acontece ainda neste semestre. Tanta proatividade, incluindo o estrondoso sucesso de público e crítica do Limonada de Corno, ainda, vem abrindo as portas para novas parcerias, como o recente lançamento da edição impressa da Revista Bezouro - Especial Limonada, no I Limonada Universitária.


Serviço
O quê? Limonada na Vitrola
Quando? 23 (sábado), às 19h
Onde? Guest House (Rua da Palma - Centro Histórico)
Quanto? R$15,00

As Pedras de Salão da Tribo de Jah

 

Completando mais de duas décadas de carreira, muitos shows pelo Brasil e sucesso nas rádios e sites especializados no gênero, a banda Tribo de Jah lança seu mais novo CD, Pedras de Salão, dentro do projeto Sexta do Vinil do Porto da Gabi, hoje, a partir das 21h, em noite que terá participação especial de Fabiana Rasta.

O título do CD, o 15º da banda, se reporta a uma expressão muito utilizada em São Luís para definir o reggae do momento, o sucesso que toca nos salões. A Tribo elaborou o CD de forma caseira e artesanal e a produção musical ficou por conta do guitarrista Neto Enes e a produção executiva, de Fauzi Beydoun.

Embora o CD físico ainda não esteja em mãos, a Tribo vem percorrendo todo o Brasil com o show. Em São Luís mesmo, o CD já foi lançado em outras casas. “Esatmos o ano todo divulgando esse CD. Agora tocar no Porto da Gabi é especial. Tem outro clima. Considero uma das principais casas de reggae hoje, e eles, o Marcos e o Joaquim, fazem um trabalho de resgate do reggae roots com excelência, é uma trincheira de resistência que casa muito com a proposta da Tribo. Esse CD, Pedra de Salão, fala disso, do resgate de algo que está se perdendo nas casas de reggae. Então é afinidade e encontro com o público que primamos tanto no Maranhão”, comenta Fauzi.

No show de hoje ele diz que a Tribo vai mostrar algumas surpresas para o público, a exemplo de Pedra do Momento, música que está no CD e que nunca foi tocada. “Essa música é inédita para o público e vamos ter a participação da Fabiana Rasta, uma revelação do reggae e que vai estar com a gente também pela primeira vez. Então vai uma surpresa boa”, adianta.

O CD traz 13 faixas, dentre elas: Amor e compaixão, Trabalhadores escravos em Babilônia, Ilha Roots, Pedra do Momento, Treasure Island. A ideia é de que o produto final esteja em mãos no final de setembro junto com o projeto paralelo de Fauzi, o Sounds of Soul. “A gente trabalha essa carreira solo e estamos viabilizando um distribuidor para lançar os dois produtos juntos, porque precisamos ter isso também, embora o que seja mais importante para a gente seja o conteúdo do que mostramos por aí, pelo Brasil afora em todos os nossos shows”, considera.

A Tribo de Jah é Fauzi Beydoun (vocalista, guitarra e compositor), Frazão (teclado), Aquiles Rabelo (baixo), João Rodrigues (bateria), Neto Enes (guitarra). .



Anota aí!
O quê? Show da Tribo de Jah
Quando?Hoje,  22, às 21h
Onde? Porto da Gabi
Quanto? R$20,00 até 23h, após, R$ 25,00

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Música e esportes radicais em São Luís


O rap, pop e funk, todos os estilos juntos e misturados, para um público especial que além da música, vai se divertir com esportes radicais. São Luís recebe no próximo dia 06 de setembro (sábado), a partir das 15h, o Coca – Cola Festival, no Espaço Reserva (estacionamento do Shopping da Ilha). O evento direcionado ao público teen será realizado no Maranhão, Ceará e Pernambuco, as capitais de cada estado são as únicas do Nordeste a receber o festival. 

As bandas que prometem fazer uma grande festa em São Luís foram escolhidas pelos próprios fãs, através da internet. A expectativa é grande para receber o Bonde da Stronda, Fly (foto acima) e P9 (foto abaixo), as duas últimas, pela primeira vez na Ilha. Apresentação oficial do evento fica por conta do ator, cantor e ex-integrante do grupo ‘Rebeldes’, Mika ( Micael Borges).

Em cada cidade que passa, o público é convidado a participar de um concurso cultural antes da realização do evento e em São Luís não é diferente. A ideia é escolher alguém para ser ‘dono’ do evento, com direito a levar vários amigos ao festival, conhecer os artistas no camarim, entrevistar e o melhor, o sortudo terá sua própria imagem personalizada no cenário do Coca-Cola Festival São Luís.

O concurso é voltado ao público na faixa etária entre os 12 e 19 anos. Para ser o ‘dono’ do festival é necessário o cadastro e participação no concurso Festival do meu jeito (www.festivaldomeujeito.com.br) – com duração até o próximo dia 27 (quarta-feira) – na página do evento na rede social Facebook, pelo qual os adolescentes devem montar um evento virtual. Ao acessar o hotsite do concurso, cada participante concebe o próprio modelo de festival, através de uma estrutura do Coca-Cola Festival em três dimensões (3D), disponível na plataforma dessa ferramenta interativa. Ganha quem mais chamar amigos para participar do evento. Leia atentamente o regulamento da promoção.

ESPORTE

No dia do Coca-Cola Festival São Luís, a animação não ficará somente com a música, vai ter espaço também ao esporte. Uma série de atividades lúdicas no amplo espaço reservado ao evento: escalada, jogo de peteca, chute a gol, arena gol a gol, pula corda, jogo do labirinto, entre outros. O objetivo é reunir o público de forma saudável, antes do início da apresentação das atrações musicais. Até às 21h, jovens e adolescentes, poderão acompanhar o que já vem se destacando há bastante tempo em São Paulo e Rio de Janeiro. 

#SERVIÇOS

O QUÊ: Coca-Cola Festival São Luís 

ONDE: Espaço Reserva (estacionamento do Shopping da Ilha)

QUANDO: 06 de setembro de 2014 (sábado), das 15h às 21h.

ATRAÇÕES: Bonde da Stronda, P9 e FLY. O ator Mika fará apresentação oficial do evento.


PRODUÇÃO: MARAFOLIA

Quintas DERIVASONS


 
Com Shows de Didã, Régis Natureza e Beto Ehongue além de demais convidados
dia 21.08 às 21h no Bar do Porto - Praia Grande/São Luis
couvert artístico: R$ 5,00

Curso de Museologia e Curadoria de Arte em São Luís

No mês de setembro a cidade de São Luís receberá pela primeira vez o Curso de Museologia e Curadoria de Arte, promovido através de parceria inédita entre a Bureau Cultural e a Associação Cultural e Artística Oswaldo Goeldi . É a primeira das atividades comemorativas dos 120 anos de nascimento de Oswaldo Goeldi em nossa cidade.

 Com carga horária de 40 horas, o curso é voltado para profissionais que atuam ou desejam atuar em instituições culturais públicas e privadas, de patrimônio material, de preservação de memória, montagem e supervisão de exposições de arte, execução e revisão de catálogo de exposição, crítica, arquitetura e colecionismo,  entre outras atividades,  e portanto precisam de referencial técnico sobre a área de atuação.

 No Brasil, existem atualmente 14 cursos de graduação em Museologia, a maioria deles com menos de 10 anos de implantação. Além disso, há  cerca de 5 cursos de pós graduação em Museologia e 1 curso de nível técnico.  Na área de Curadoria, o cenário não é muito diferente: existe um mercado emergente, mas os profissionais que exercem a curadoria tem basicamente formação em cursos de graduação em  literatura, história, filosofia, comunicação, letras, artes, antropologia, entre outros da área humanística, buscando em seguida cursos de extensão ou pós- graduação oferecidos por universidades, associações culturais e outras entidades.

Dados do IBRAM (Instituto Brasileiro  de Museus) apontam para uma crescente demanda por profissionais dessas áreas no Maranhão, pois o estado,  detentor de um riquíssimo acervo cultural,  possui  cerca  de  23 museus mapeados, e destes, 16 estão  localizados  na capital. Com uma população estimada em 6.574.789 habitantes, o estado tem  portanto  uma das menores proporções  de museus por habitante: cerca de 263.043 pessoas por museu, enquanto a média nacional é de 60.822 habitantes por museu, e a média regional 81.542 pessoas  por museu.  Parte destes espaços museológicos (45,5%)  sequer  possui plano museológico e , ainda segundo estudo realizado pelo IBRAM, o setor administrativo responde por 38 dos servidores registrados, além de 26 na segurança, 19 na limpeza e apenas 13 no corpo técnico, distribuído entre historiadores (6), conservadores (2), bibliotecários (2), museólogo (1) e arquivista (1). Ou seja, há espaço para novos e bons projetos e profissionais qualificados.

Duas exposições na Galeria Trapiche



A Galeria Trapiche, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís, mantém em exposição até o dia 4 de setembro as mostras “Punga dos Homens no Tambor de Crioula” e “Sobras da Flora”. O primeiro trabalho é uma exposição fotográfica sobre a “punga dos homens” registrada em imagens de festas de tambor de crioula na região do Munim. Já “Sobras da Flora” consiste em esculturas feitas a partir de reciclagem de materiais como madeira, galhos, troncos e raízes pelo artista plástico Edgar Pereira.

“Na dança das mulheres, a punga é um movimento de umbigada, de cumprimento e convite para a entrada na roda do tambor. A punga dos homens consiste em uma série de movimentos que se iniciam com bailado do coreiro baiador com a coreira na roda, escolha da parceria, os movimentos de combinação e preparação e a aplicação da punga”, explicou Jonero Santos, um dos pesquisadores da mostra “Punga dos Homens no Tambor de Crioula.

Além de Jonero Santos, a exposição reúne fotografias produzidas pelos pesquisadores Anderson Fernandes, Marco Aurélio Haickel e Assuero Costa focando personagens masculinos que integram a manifestação cultural do tambor de crioula. A punga dos homens possui movimentos que lembram a capoeira. Alguns “golpes” visam à derrubada dos parceiros ou apenas sugerem jogos lúdicos de ataque e defesa. 

Os registros foram feitos no povoado de Centro do Meio (cidade de Icatu), no povoado Quilombo de Miranda (cidade de Rosário) e em São Luís durante o 2º aniversário do Centro Cultural Mestre Amaral (Praça Dom Pedro II), quando os mestres baiadores e pungadores José Conceição Silva, conhecido como Zé de Lina, e Benedito Pincé vieram de Icatu para uma demonstração da punga dos homens na capital.

ARTE E RECICLAGEM
O artista Edgar Pereira é o autor da exposição “Sobras da Flora”, que utiliza a reciclagem de materiais como matéria prima do trabalho.  Ele contou como surgiu a ideia para produção da mostra que utiliza madeira, galhos, troncos e raízes para a composição das esculturas em destaque na Galeria Trapiche.

“Eu estava andando pela orla do matagal próximo a minha residência e encontrei uma tora de acácia, sobra de podagem. Então me veio a ideia de fazer algo parecido com uma carranca, lembrando as do rio São Francisco. Comecei a entalhar pela primeira vez uma figura. Desde então, tomei gosto pelo tipo de passatempo e continuei a fazer outros trabalhos”, explicou.

As mostras “Punga dos Homens no Tambor de Crioula” e “Sobras da Flora” ficam em exposição até o dia 4 de setembro, com entrada gratuita. A Galeria Trapiche está localizada na Avenida Vitorino Freire, no Centro Histórico, em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande.

Arte em todo canto na Mostra Sesc Amazônia das Artes




A partir de hoje até o próximo dia 30, dezoito produções artísticas dos estados Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins acontecem em vários pontos da cidade pela Mostra Sesc Amazônia das Artes. A performance/exposição Assédio Moral, de Marina Boaventura (TO) abre o dia de programação, às 17h, na Praça Deodoro, finalizando na área de Vivência do Sesc Deodoro, onde em seguida ela participa de Roda de Conversa, com o público presente para abordar a temática e criação do trabalho.
A performance/exposição retrata uma situação real vivenciada pela artista, que transformou o drama e a dor vivido depois de sofrer preconceito e assédio moral, enquanto dava aula no Espaço Cultural, em Palmas (TO), em arte. Daí nasceu a obra realizada e registrada em espaço urbano de cada cidade por onde circula a partir de filmagem e aberta ao público em formato de exposição.

A obra é resultante do período em que a artista esteve doente, se recuperando de uma grave intoxicação adquirida no ambiente profissional, quando foi submetida, dentre outras imposições, a trabalhar em uma sala insalubre. Nesse tempo, Marina costurou, pintou e bordou um vestido retratando o que ela vivia e como se sentia diante daquela situação, indumentária que conta sua história de dor e superação durante a performance.

No dia 20 (quarta-feira) começa a programação musical com o grupo convidado Bossa Nossa, às 19h, com o show Trupiada. Em seguida o Grupo Afrôs (foto abaixo), se apresenta às 20h, com Inoromô, encerrando a temporada no projeto Amazônia das Artes deste ano. Ambos são na Praça Nauro Machado.

“Nós fizemos cinco estados em maio e outros cinco em agosto. Agora abrimos a programação musical na quarta-feira e encerramos nossa participação nesta edição do Amazônia das Artes que para a gente foi muito enriquecedora. Ficamos muito emocionados porque foi uma experiência nova em a gente percebeu na região Amazônia uma cultura que se assemelha com a da gente, embora as configurações sejam peculiares”, comenta Rebeca Alexandre (backing vocal e percussão).

Inoromô é um passeio da música brasileira ancestral indígena e africana através das composições autorais do grupo. A proposta é fazer um passeio pela música brasileira, investindo na musicalidade tradicional local e brasileira, unindo-as às tendências e influências contemporâneas.

O espetáculo é definido como um show de linguagens transversais que traz em sua proposta a mistura das artes musical e teatral, apostando na linguagem performativa e na dança expressiva dos ritmos populares como forma de conexão com o público. Através de elementos retirados de um baú pela performer Tieta Macau, como: saia de coreira, tamanco chamató, oratório e vinho, a banda faz um passeio pela cultura do povo brasileiro, a partir das matrizes rítmicas e culturais indígenas e africanas.

“É um show muito especial porque tem uma proposta musical e cênica. Nós ainda continuaremos com ele até o final do ano e em outubro lançamos nosso EP. Para 2015 nós já estamos trabalhando em novos projetos, novas composições, nosso primeiro CD e muitas novidades que estamos preparando para movimentar a cena cultural de São Luís”, promete Rebeca.

Grupo Afrôs é formado por Camila Pinto (voz e percussão), Fernanda Preta (voz e percussão), Cris Campos (voz e percussão), Jânia Lindoso (backing vocal e percussão), Rebeca Alexandre (backing vocal e percussão), Melannie Carolina (baixo elétrico), Hugo César (guitarra e violão), Tieta Macau (bailarina) e Luiz Claudio Monteiro (direção musical).

Os espetáculos de dança e de teatro se apresentam em vários locais. Para esta edição estão: Tenho Flores nos Pés, da Comadança/MT; O Curupira: Um Ser Inesquecível, do Grupo Desclassificáveis/RO; Origens, de Nóis da Casa/AC; As Mulheres de Molière, da Cia. Visse e Versa de Ação Cênica/AC; A Carroça é nossa – Grupo Xama Teatro/MA; Coreografia T-SHIRT, do Grupo Street Master/MA; Conexos - Núcleo de Formação Artística/MA e A Onda Encantada do Grupo Jalam /PA.

A parte musical contará com os talentos dos artistas João Pedro Borges (MA), com o show Brasileiro; Josué Costa (PI), com Luando; O Grupo Imbaúba (AM) no show Vivo na Floresta; Ben Charles e Los The Os (RR) com Carimbó Eletro Seco e o grupo Bado (RO) com o show No Quintal.


 O Sesc Amazônia das Artes surgiu a partir de um estudo técnico dos regionais localizados no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins que identificou a existência de poucos investimentos na área da cultura e grandes limitações econômicas e sociais nestes locais. Atualmente, além desses, os estados do Mato Grosso do Sul e Piauí também fazem parte do projeto, por proximidade ou apresentar características semelhantes aos estados abrangidos pela Amazônia Legal.




Realizado há sete anos, a Mostra Sesc Amazônia das Artes é um projeto de circulação de espetáculos de música, dança e teatro entre os estados integrantes da Amazônia Legal: Piauí, Maranhão, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. A entrada dos espetáculos é gratuita, mas os espectadores podem exercitar sua solidariedade doando um quilo de alimento não-perecível, revertido para instituições sociais por meio do Programa Mesa Brasil Sesc.


Locais
Os eventos acontecem na Área de Vivência do Sesc Deodoro (Praça Deodoro), Praça Nauro Machado e Teatro João do Vale (Praia Grande), Praça do Panteon, Teatro da Cidade de São Luís, Parque do Bom Menino (Centro), Cine Praia Grande (Praia Grande) e Sesc Turismo (Deodoro). Programação completa no site: www.sescma.com.br





Programação
Dia 20.08
19h - Show “Trupiada”, Grupo Bossa Nossa
Local: Praça Nauro Machado
20h - Show “Inoromô”, Grupo Afrôs/MA
Local: Praça Nauro Machado

Bloco da Devassa 2014




A banda Furacão do forró é uma das mega atrações já confirmadas pro Bloco da Devassa 2014.

O evento, que em 2013 arrastou mais de 5 mil foliões, promete mais uma grande edição este ano, em um novo local, o Iate Clube.

Este ano, a "Devassa", que acontece no dia 30 de agosto tem como palco a vista para o mar da Península. Assim como em todos os eventos da GAJO Entretenimento já se pode esperar uma mega estrutura além de comodidades exclusivas sempre encontradas pelo público nos eventos da produtora.

O Furacão do Forró, traz em seu novo repertório uma mistura dos maiores sucessos da banda e os hits do momento, esgotando ingressos e carimbando seu sucesso por onde passa.

Com a agenda lotada de shows, promete uma mega apresentação em mais um evento de sucesso na Ilha.

Os ingressos pra esse mega evento já podem ser adquiridos nas lojas Doutor Ingresso (Rio Poty Hotel), Quarup Games (Tropical Shopping), Ótica da Gente (Shopping da Ilha) e no site www.doutoringresso.com.br.

Meireles Jr desvenda São Luís do alto

A Grande São Luís vista do alto em ângulos jamais conhecidos. Seus encantos e mistérios, suas belezas, outros lados não tão belos, seus contrastes... São Luís como ela é na visão do fotógrafo Meireles Junior. É isso que o livro fotográfico Sobre São Luís vai mostrar em 120 páginas e 85 imagens, muitas delas acompanhadas por textos de escritores, artistas, jornalistas, urbanistas, gente que tem conhecimento da cidade e outros que nutrem sentimento e paixão por São Luís.

A obra de certa forma será um presente para a cidade que este ano completa 402 anos. O lançamento será no dia de aniversário de São Luís, 8 de setembro, às 19h, no São Luís Shopping.

O projeto foi desenvolvido há vários anos com imagens que completam quase uma década, produzidas a partir de 2005 até o ano de 2014. “É uma espécie de documento da cidade, mas não tem um objetivo histórico, e sim artístico, de documentação da Grande São Luís e aí, englobo não só São Luís, mas São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa. É a vista da cidade feita por um ângulo aéreo, pouco utilizado. Por isso o nome do livro Sobre São Luís.

O vôo sobre São Luís resultou em imagens de deixar qualquer um de boca aberta. Trabalhando o tempo todo com imagens aéreas, Meireles começou a trajetória pelo Estreito dos Mosquitos e foi percorrendo toda a área litorânea da cidade, lugares como a praia de Boa Viagem, Baía de Curupu, Raposa, São José de Ribamar, Aracagy, Olho D’água, Península da Ponta D’Areia. A imagem que abre é a dos Estreitos e a que encerra o livro é de São José de Ribamar.

“Partindo do Estreito dos Mosquitos fiz um giro em volta da Ilha. Este livro contempla lugares como a Baía do Arraial, você conhece? Muita gente não. É um local ainda virgem que a maioria das pessoas não tem conhecimento. Estou falando nesse livro através das imagens, por exemplo, dos mangues, que é um foco desse livro e que a gente tem que continuar preservando. Depois de fazer o giro pelo entornou eu passei para o núcleo da cidade”, informa.

Das 40 mil fotografias tiradas ao longo de quase 10 anos foi difícil selecionar as 85 que fazem parte do livro. O olhar do fotógrafo, e o senso apurado e crítico ao mesmo tempo tinham que entrar em campo. E o resultado foram imagens belíssimas mostrando, por exemplo, a Igreja de São João Batista (no Vinhais Velho) antes das obras da via expressa no entorno; ou ainda conjuntos do programa Minha Casa Minha Vida no Maiobão, e as casas do bairro da Ilhinha; O Cintra e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (no Anil), mostrando o que ainda resta do rio que os separa; os bairros, o porto... E imagens noturnas de tirar o fôlego! Imagens de uma cidade que é sua, mas que você nem sempre conhece e reconhece.

“Quis também mostrar esse processo de crescimento desordenado que a cidade tem passado. Foram muitas mudanças em 10 anos, muito crescimento. Mas não quis fazer um trabalho comparativo, embora ele esteja lá em algumas imagens”, avalia.

Mereiles diz que teve referências de outros trabalhos do gênero feitos da cidade do Rio de Janeiro, de Paris para fazer uma equivalência deixando São Luís no rol das grandes cidades. “Não me detive a mostrar só as paisagens bonitas, mas um retrato da cidade como ela é. Eu não inventei nada. Está tudo aí! Porém eu não tive como abarcar a cidade, mas tentei colocar no livro o que pude, o que idealizei como projeto”. Enfatiza.

O livro é bilingue. Algumas imagens vem acompanhadas de textos como o do urbanista Érico Junqueira que dá a sua visão sobre o processo urbanista da cidade; do escritor Wilson Marques, que conta da São Luís desde a invasão até os dias de hoje; de artistas que estão morando longe, como Flávia Bittencourt; de outros que carregam um carinho especial, como Paulinho Pedra Azul, entre outros.






Xangai hoje no TAA



Considerado o melhor intérprete das canções do compositor Elomar, o consagrado cantor Xangai se apresenta em São Luís no dia 19 (terça-feira), às 20h30, no Teatro Arthur Azevedo, com o show Xangai em Cantoria canta Elomar. A noite musical será aberta com um concerto realizado pelo músico baiano João Liberato (flauta) e pelo sergipano Ricardo Vieira (Violão), que vem expandindo os horizontes da música instrumental brasileira através do trabalho de pesquisa e divulgação da mesma e apresentará ao público um repertório variado de peças brasileiras escritas ou arranjadas para flauta e violão de 7 cordas.

No repertório alguns dos gêneros genuinamente brasileiros, numa das mais representativas formações instrumentais da cultura brasileira, além de autores consagrados, como Jacob do Bandolim e Egberto Gismonti.

João Liberato e Ricardo Vieira em seguida acompanharão a apresentação de Xangai que trará um pouco da extensa obra de Elomar. “Eu diria que são fragmentos, um pequeno apanhado do que ele compôs que é uma obra muito vasta, todas excelentes composições”, afirmou Xangai em entrevista por telefone a O Imparcial.

O violeiro que esteve no ano passado em São Luís com um show feito especialmente para a cidade, conta que é sempre um prazer cantar Elomar, algo que faz desde sempre em vários trabalhos. “Somos galos do mesmo terreno, então é natural que isso aconteça (risos)”, comentou Xangai.

O show será composto por canções de gêneros diversos, desde clássicos do nordeste do Brasil, como Curvas do Rio, até ícones da música latino-americana, como El Carretero. No entanto, o foco será no cancioneiro de Elomar, o mais destacado trovador brasileiro. As canções de Elomar situam-se dentro do universo que os estudiosos classificam como modal e que no ocidente está mais ligado à era medieval, sendo criadas principalmente a partir de modos ao invés de tonalidades.

Este modalismo amalgamou-se na nossa cultura e perdura há séculos no subconsciente nordestino, precedendo o racionalismo do sistema tonal. As trovas e as cantigas que Elomar compôs sobre esta estrutura trazem uma carga genética ibérica, por sua vez carregada historicamente de sonoridades árabes, que chegaram ao Brasil nos alaúdes portugueses no período da colonização. O braço do violão “elomariano” tem geralmente as cordas presas na terceira ou na quinta casa por um capo traste, uma pestana artificial, que permite a criação de uma sonoridade diferenciada. A terminologia peculiar que usa nas letras de suas cantigas provém do dialeto que ainda reina entre os vaqueiros das localidades mais recônditas do sertão do Brasil.

Exímio violeiro, poeta e contador de boas histórias, além de um conhecedor da linguagem sertaneja utilizada por Elomar, a apresentação de Xangai será permeada por importantes esclarecimentos a respeito das letras das canções. Então virá muita história por aí, deste que é considerado o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições dele, classificado como erudito por muitos. Cantador, trovador, violeiro, gravou, além dos discos individuais, um em parceria com Renato Teixeira e dois volumes do disco Cantoria, resultado de um show ao lado de Elomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo realizado em 1984. Com sua voz penetrante e muito característica, interpreta composições próprias e adaptações do folclore nordestino, em ritmo de Xote, Cocos e Toadas.

Quatro perguntas para//Xangai
O que dizer de Xangai cantando Elomar?
Esse show é um fragmento dessas andanças pela obra de Elomar, um pequeno apanhado do que ele compôs porque a obra dele é muito grande. Dizem que sou o melhor intérprete dele, mas não acho, acho que eu compreendo bem a linguagem que ele apresenta em suas composições. É muita vivência, então eu não preciso estudar para entender o que os catingueiros falam. Ele usa a linguagem do povo do sertão que é uma linguagem que também conheço. Então reuni os músicos preparamos algumas músicas e estamos levando essa cantoria, abrindo o show com a música Na Estrada das Areias de Ouro.


Mas você canta também suas composições?
Sim, tem algumas minhas também e outras frutos de parcerias que tenho feito. Adaptamos o repertório da obra dele para esse show que é um trabalho que já vínhamos fazendo em São Paulo, na Suíça, depois em Manaus, em vários lugares. Um trabalho que está sendo considerado em todos os locais que passamos de uma riqueza muito grande.


O que tem melhor da obra de Xangai em você?
Tudo. Toda a obra dele, tudo que ele compôs é irretocável. Já gravei outros trabalhos dele em CD e DVDs e shows. O trabalho todo dele me é maravilhoso, é emblemático. Qualquer música que a gente pegasse para colocar no repertório tinha o mesmo peso.


O que o Elomar fala dessa homenagem à obra dele?
Ele gosta muito que eu cante as músicas dele, porque nós somos galos do mesmo terreno, somos do mesmo lugar, de Vitória da Conquista, moramos e convivemos juntos. Então é natural ter essa fidelidade à obra dele, ao que ele compõe. Tem vários músicos por aí que gravam o trabalho dele e por vezes tentam corrigir erroneamente algo que ali está, achando que talvez ele tenha escrito ou se expressado errado. Eu não digo que sou o melhor, mas canto as músicas dele como ele escreve e entendo tudo o que ele escreve.



Serviço
O quê? Xangai em Cantoria canta Elomar
Quando? Hoje,  às 20h30
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto? R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia entrada)