sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Diversidade cultural na 8ª Aldeia Sesc começa hoje




 Coletivo Gororoba

Começa hoje e prossegue até o dia 1º de novembro uma série de atividades culturais envolvendo dança, teatro, música, literatura, exposições, intervenções, entre outras em diversos espaços da capital e ainda nas cidades de Itapecuru e Caxias. É a 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes, promovida pelo Sesc. A programação começa às 16h com o tradicional cortejo pelas ruas do Centro da cidade, com concentração no Sesc Deodoro e partida em direção à Rua Grande, Largo do Carmo, Beco da Pacotilha, Rua do Giz e Praça Nauro Machado onde os grupos serão recepcionados e farão suas apresentações.
O público poderá ver de pertinho os grupos que circularão pelas ruas do Centro, como: Cortejo de Faunos (Coletivo de Artes Urbanas/MA), O Circo tá na rua (Núcleo de Formação Attivitá/MA), A Carruagem de Donana (NUA – Núcleo Atmosfera/MA e Grupo Cara de Arte/MA), Maratuque Upaon Açu/MA, Bumba-meu-boi Unidos de Santa Fé, Cia. Street Master de Dança, Cia Sesc de Dança do Maranhão, Tambor de Crioula – TSI Sesc, Bloco Afro GDAM, Grupos percussivos (Banda Marcial/Bloco Tradicional).
Todas as noites, a partir das 19h, na Praça Nauro Machado, artistas e bandas da cena contemporânea mostram a música produzida no Maranhão e no Brasil, nos mais diversos gêneros, com projetos autorais inovadores.A programação de hoje conta com a discotecagem de Jorge Choairy/MA; À Moda da Casa, com o Coletivo Gororoba/MA (foto acima); Strobo, com a banda Strobo/PA; e show Rádio Global, com a banda Pedra Branca/SP.
O grupo paulista Pedra Branca fundado em 2001 por Luciano Sallun e Aquiles Ghirelli vem trazendo de forma singular uma maneira muito apropriada de fazer música do mundo numa visão contemporânea e universal. O grupo chegou a 2009 com três álbuns lançados, músicas em compilações nacionais e internacionais e sucesso de público e crítica em suas apresentações.
Além da música o grupo atua desde o início com danças e performances interagindo diretamente com os conceitos e expressões artísticas, além de VJ’s e linguagens artísticas variada. O grupo formado por Luciano Sallun, Aquiles Ghirelli, Daniel Puerto Rico, Ruy Rascaffi, Ana Eliza Colomar, Ricardo Mingardi e a dançarina Laíz Latenek está na estrada fazendo a turnê Rádio Global, nome do quarto e mais recente CD do grupo.

 Pedra Branca

Quatro perguntas// Luciano Sallun (Pedra Branca)

Como você define o trabalho de vocês?
Nós temos 12 anos, eu sou um dos fundadores e  temos um trabalho de pesquisa com a chamada word music, que são as músicas do mundo tudo e fazemos uma fusão de forma criativa. Nosso trabalho não é em cima da pesquisa fixa, mas trazendo para o universo contemporâneo, fazendo uma fusão com o jazz, popular, músicas de várias etnias e a música eletrônica.

Como se dá o processo de pesquisa para elaborar essas composições?
Nós viajamos muito para lugares como Marrocos, Índia, África, só para citar alguns. Também ouvimos muita coisa, mas temos a preocupação em não reproduzir a música local. Nós criamos em cima da pesquisa, porque sabemos que muita gente trabalha com releitura da cultura popular, faz a fusão e apenas dá uma sonoridade. Não fazemos isso. Por exemplo: Se fôssemos fazer uma fusão do ritmo do bumba-meu-boi com a música árabe seria uma sonoridade muito diferente. E para isso trabalhamos com instrumentos milenares de várias nacionalidades, como árabes, russos, africanos, aborígines, ocidentais e misturando ao saxofone, pandeiro, bateria, percussão, entre outros.

É a primeira vez que vocês vem a São Luís? Como conheceram o bumba-meu-boi?
Sim, é a primeira vez e sabemos que aí é conhecida como a Jamaica Brasileira (risos). Conhecemos o bumba-meu-boi por meio do pessoal daí que mora aqui em São Paulo e que tem atividades no Morro do Querosene, como Tião Carvalho. E nessas nossas pesquisas achamos interessante descobrir que dentro da nossa cultura temos influências de várias outras. Por exemplo, o pandeirão que vocês usam no bumba-meu-boi é de origem árabe, mas tocado com a técnica africana. Temos influência desse ritmo sim e reconhecemos que ele é um dos melhores do Brasil.

E o que vocês vão mostrar aqui em São Luís?
“Vamos fazer as músicas do Rádio Global, mas também dos CDs anteriores e algumas inéditas que vão estar no próximo CD que deve ser lançado no ano que vem.  


Anota aí!
O quê? Abertura da 8ª Aldeia Sesc Guajajara de Artes
Quando? Hoje, a partir das 16h
Onde? Centro
Quanto? Aberto ao público

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