sábado, 26 de abril de 2014

Arte e a amizade em pauta





Sérgio, Marcos e Ivan, têm uma relação de grande amizade que vai sendo revelada e questionada à medida que se desenvolve uma mera discussão sobre um quadro aparentemente branco comprado na véspera por Sérgio. Um simples quadro monocromático acaba por colorir de sentimentos, emoções e pensamentos a divertida e contundente relação desses três amigos.
Os três amigos são interpretados por Vladimir Brichta, Marcelo Flores e Claudio Gabriel no espetáculo Arte, uma comédia da autora francesa Yasmina Reza,  sucesso de público e crítica, que será encenado hoje e amanhã, 27, no Teatro Arthur Azevedo (rua do Sol). Em turnê desde 2012, o espetáculo tem a direção de Emílio de Mello, que também assina tradução do texto. Essa é a primeira vez que a peça viaja pelo Norte e Nordeste.
Arte apresenta uma análise inteligente e divertida da amizade, através da ótica masculina. Um jogo cênico envolvente e bem humorado, com diálogos afiados que se desenrolam, vertiginosamente, em torno da amizade de três amigos e seus conflitantes pontos de vista sobre a arte, comportamento, trabalho, relacionamento e os mais diversos assuntos. Um turbilhão emocional que ataca, inclusive, o valor dessa amizade.
Para Vladimir, a peça tem um quê de identificação com o público. “Sem dúvida alguma tem muito com que se identificar. Aliás, não há boa peça que não dê margem pra identificação do público com a história. A peça se chama Arte, e apesar de começar a história com uma discussão absurda sobre um quadro caríssimo aparentemente todo branco, ela se desenrola discutindo, num clima de D.R. (discussão da relação) masculina, a amizade desses três indivíduos ao longo dos últimos 20 anos”, conta Vladimir Britcha.

Cinco perguntas//Vladimir Brichta

A comédia é algo que te atrai? Você tem essa preferência?
Amo a comédia e estou muito feliz em estar fazendo ela na TV e especialmente no teatro nesse momento com a peça Arte, podendo viajar praticamente todas as capitais  do Brasil mostrando uma comédia que acho muito boa. Mas não é uma preferência minha. Tenho feito no cinema, assim que esporadicamente no teatro, o drama, e sinto igualmente muito prazer em fazê-lo.  

Você se divide entre teatro e TV, mas algum te dá mais prazer do que o outro?
Não consigo fazer muita distinção, pois o que mais me motiva são as histórias que vou contar. Mas o teatro, por ter um contato direto com o público, e por ser efêmero, tem um valor muito especial e absolutamente único. 

Você se inspirou em algum tipo pra compor o personagem Armane (Tapas e Beijos)?
Para compor o Armane, além do que o próprio texto sugeria, pensei em um estereótipo do homem que pensa ser mais do que realmente é. E também pensei em alguns amigos e conhecidos que me inspiram. 

E o que ele ainda vai aprontar com a Fátima?  
As enrolações vão continuar de qualquer maneira. A presença das crianças, filhos do Armane, está mais constante, e a Clotilde continua aquela sombra que paira sobre a felicidade deles. E tem também a presença do PC que é o arquirrival do Armane na luta pela atenção da Fátima.  

A TV e o teatro te deixam espaço para outros projetos?
A verdade é que gravando a série Tapas e Beijos e viajando quase todos os finais de semana com Arte pelo Brasil, tem sobrado pouco tempo pra outros projetos, mas ainda assim tenho conseguido fazer cinema com uma frequência ótima e ao final do ano terei lançado quatro filmes.

Serviço
O quê? Espetáculo Arte
Quando? Hoje, às 20h e 27, domingo, às 19h
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Quanto? R$ 50 plateia, frisa e camarote (R$ 25 meia entrada); R$ 20 balcão e galeria (R$ 10 meia entrada)

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