Sérgio,
Marcos e Ivan, têm uma relação de grande amizade que vai sendo revelada e
questionada à medida que se desenvolve uma mera discussão sobre um quadro
aparentemente branco comprado na véspera por Sérgio. Um simples quadro
monocromático acaba por colorir de sentimentos, emoções e pensamentos a
divertida e contundente relação desses três amigos.
Os
três amigos são interpretados por Vladimir Brichta, Marcelo Flores e Claudio
Gabriel no espetáculo Arte, uma
comédia da autora francesa Yasmina Reza,
sucesso de público e crítica, que será encenado hoje e amanhã, 27, no Teatro
Arthur Azevedo (rua do Sol). Em turnê desde 2012, o espetáculo tem a direção de
Emílio de Mello, que também assina tradução do texto. Essa é a primeira vez que
a peça viaja pelo Norte e Nordeste.
Arte apresenta uma análise inteligente e
divertida da amizade, através da ótica masculina. Um jogo cênico envolvente e
bem humorado, com diálogos afiados que se desenrolam, vertiginosamente, em
torno da amizade de três amigos e seus conflitantes pontos de vista sobre a
arte, comportamento, trabalho, relacionamento e os mais diversos assuntos. Um
turbilhão emocional que ataca, inclusive, o valor dessa amizade.
Para
Vladimir, a peça tem um quê de identificação com o público. “Sem dúvida alguma
tem muito com que se identificar. Aliás, não há boa peça que não dê margem pra
identificação do público com a história. A peça se chama Arte, e apesar de começar a história com uma discussão absurda
sobre um quadro caríssimo aparentemente todo branco, ela se desenrola
discutindo, num clima de D.R. (discussão da relação) masculina, a amizade desses
três indivíduos ao longo dos últimos 20 anos”, conta Vladimir Britcha.
Cinco
perguntas//Vladimir Brichta
A comédia é algo que te atrai? Você tem
essa preferência?
Amo
a comédia e estou muito feliz em estar fazendo ela na TV e especialmente no
teatro nesse momento com a peça Arte,
podendo viajar praticamente todas as capitais do Brasil mostrando uma
comédia que acho muito boa. Mas não é uma preferência minha. Tenho feito
no cinema, assim que esporadicamente no teatro, o drama, e sinto igualmente
muito prazer em fazê-lo.
Você
se divide entre teatro e TV, mas algum te dá mais prazer do que o outro?
Não
consigo fazer muita distinção, pois o que mais me motiva são as histórias que
vou contar. Mas o teatro, por ter um contato direto com o público, e por ser
efêmero, tem um valor muito especial e absolutamente único.
Você
se inspirou em algum tipo pra compor o personagem Armane (Tapas e Beijos)?
Para
compor o Armane, além do que o próprio texto sugeria, pensei em um estereótipo
do homem que pensa ser mais do que realmente é. E também pensei em alguns
amigos e conhecidos que me inspiram.
E
o que ele ainda vai aprontar com a Fátima?
As enrolações vão continuar de
qualquer maneira. A presença das crianças, filhos do Armane, está mais
constante, e a Clotilde continua aquela sombra que paira sobre a felicidade
deles. E tem também a presença do PC que é o arquirrival do Armane na luta pela
atenção da Fátima.
A
TV e o teatro te deixam espaço para outros projetos?
A
verdade é que gravando a série Tapas e
Beijos e viajando quase todos os finais de semana com Arte pelo Brasil, tem sobrado pouco tempo pra outros projetos, mas
ainda assim tenho conseguido fazer cinema com uma frequência ótima e ao final
do ano terei lançado quatro filmes.
Serviço
O
quê? Espetáculo Arte
Quando?
Hoje, às 20h e 27, domingo, às 19h
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do
Sol)
Quanto? R$ 50 plateia,
frisa e camarote (R$ 25 meia entrada); R$ 20 balcão e galeria (R$ 10 meia entrada)
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