Patrícia Cunha - Patrícia Cunha
Veja entrevista exclusiva que fiz com o artista. A matéria completa está em http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/impar/2012/04/13/interna_impar,113237/arlindo-cruz-mostra-repertorio-em-sao-luis.shtml e na versão impressa de O Imparcial.
Seis
perguntas//Arlindo Cruz
Arlindo como é que se dá essa mistura de batuques e romances?
Eu tinha quatro projetos para fazer esse CD, mas ao longo da pesquisa tinha a história de fazer os ritmos de cidades como Rio de Janeiro, Salvador, por que não, São Luís e outras cidades em que a quantidade de batuques é infindável; e a outra ideia era pegar um pouco do lado romântico, com canções que tinham mensagem de romantismo. Juntamos as ideias e vimos que essas duas coisas faziam parte da minha carreira. Em todo lugar que vou tem batuque, tem muito de mim tocar isso, então passei a definir isso como batuque e romance que é um pouco da minha vida, da minha carreira contada no CD.
Você é sambista, mas transita facilmente
por outros ritmos. Explique esse diálogo?
Eu
sou músico acima de tudo. Comecei como músico tocando de tudo. O Candeia
(sambista que ele considera como padrinho) me ensinou muito sobre todos os ritmos.
Venho de uma formação em que tocava em bares, fazendo roda de samba, mas
passeio muito bem pelo funk, reggae,
entre outros tipos de música, na verdade a boa música, porque só existem dois
tipos: a música boa e a ruim. Eu gosto de música boa. Procuro ver a que me agrada
e não tenho problemas em gostar dessa ou daquela música. Por exemplo, eu gosto
de brincar com o funk Minha vó tá maluca
(risos).
Você usa muitos cordões, amuletos..., é
superstição?
Eu
tenho meus agradecimentos, faço meus pedidos. Não acho que seja superstição. Sempre
faço meu sinal da cruz, vou à igreja, aos cultos. Tenho minhas crenças, sou
religioso. Acho que todo carioca é meio católico-umbandista.
Você é compositor, cantor e agora faz
parte de um programa de TV?
Estou
no elenco do programa da Regina (Casé) e só não fiz o primeiro programa porque
estava gravando, mas o meu lado compositor é o que está mais presente. Tenho
mais de seiscentas composições. Eu sou um compositor que faço o resto.
E quanto às parcerias mais recentes,
como Marcelo D2, Maria Rita, Ed Motta?
O
repertório conta um pouco da minha carreira, unindo também canções interpretadas
por outros cantores. As parcerias são
bem vindas quando servem para enriquecer
essa mistura, ficar mais próximo de agradar ao público. Então samba com
rap, se o público vai gostar, vai estar presente essa linguagem também. O D2
(Marcelo) já está em busca da batida perfeita há um tempo. Ele fez um disco
sobre Bezerra da Silva, então essa parceria é uma coisa super positiva. Maria
Rita também tava buscando fazer um disco de samba e eu fiz para ela Tá Perdoado. Ela ficou encantada e tem mais outras seis músicas minhas no CD
dela, acho que é um recorde para um compositor convidado (risos). Então busco
parcerias que tem a ver comigo e com o trabalho, como Ed Motta também.
E sobre o show em São Luís?
Muito
batuque, romance e um Arlindo Cruz com muita música boa.
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