Foto: Divulgação
Toda a emoção e romantismo do cantor Fagner estará de volta a São Luís no show
Simplesmente Fagner hoje, 8, neste sábado, às 23h, na Lagoa da Jansen. A noite
terá ainda um tributo especial a Luiz Gonzaga com a cantora Flávia
Bittencourt e a banda Baré de Casco após a apresentação de Fagner.
Dono
de um repertório de grandes sucessos na música popular brasileira, o
cantor e compositor cearense Raimundo Fagner falou com a reportagem de O
Imparcial e se disse muito feliz por estar de volta a São Luís, com
quem ele revelou ter uma bonita história. "É muito bom a gente se
apresentar em lugares que representam uma história pra gente. E São Luís
é assim, lugar de gente bonita, onde tenho um público muito bom, terra
de Zeca Baleiro, meu parceiro, e onde terei a honra de cantar
novamente", disse Fagner.
Fagner subirá ao palco, pontualmente,
às 23h e no repertório relembrará grandes clássicos presentes em suas
composições, releituras de poemas e versões que já embalaram histórias
de muitas gerações, não só no Nordeste, mas como em todo o Brasil. Entre
as canções, destaque para Deslizes, Jura Secreta, Romance no Deserto
Borbulhas de Amor, Fanatismo, Canteiros, Cartaz, entre tantas outras.
No
ano do centenário de Gonzagão, o cantor que cultiva na carreira a obra
de Luiz Gonzaga não poderia deixar de prestar uma homenagem ao rei do
baião em seus shows, além de cantar músicas feitas em parceria, como a
de Zeca Baleiro, Dezembros.
"Sobre o Zeca posso dizer que somos
unha e carne, é um parceiro que quero ter para sempre. E Luiz Gonzaga é
uma das minhas influências, impossível não fazer uma homenagem a ele
nos meus shows, principalmente nas capitais nordestinas onde ele reinou.
Vou cantar A Morte do Vaqueiro dele e outras músicas também que são
surpresa", comenta o cantor cearense.
CINCO PERGUNTAS//Raimundo Fagner
São quase 40 anos de carreira artística e o que mais marcou você?
"Certamente
o que mais tem marcado é a relação do público com as minhas músicas, a
identificação, o envolvimento com as minhas músicas. São músicas que
marcaram momentos importantes como casamento, ou que tiveram uma relação
importante na vida deles. E isso eu escuto em todo lugar que eu vou.
Essa identidade do público com a minha produção é o que mais marca a
minha carreira. No meio de tanta coisa, vale ressaltar isso".
Tem algo previsto para a comemoração dos 40 anos?
"Sim,
vamos fazer um CD, já temos algumas músicas gravadas. Estamos
preparando um trabalho que vai marcar esses 40 anos, todo ele com
músicas inéditas, mas reunindo a parceria de sempre Fausto Nilo, Zeca
Baleiro, Abel Silva, dentre outros. Tenho já três músicas com Zeca
Baleiro e esse disco vem com muita força, bem romântico, porque o mundo
tá muito seco, sem emoção, sem identidade".
E por falar em emoção você tem acompanhado o surgimento de novos cantores?
"Não.
As pessoas me falam de um ou outro, mas não conheço. A gente torce para
que surjam nomes fortes. Tem a Céu que gravou uma música minha com o
Baleiro, dizem que ela é muito boa, mas não acompanho. Do Zeca (Baleiro)
para cá acho que não surgiu ninguém com tanta qualidade e talento para
cantar e escrever. Tem o pessoal da geração dele, Lenine, Arnaldo, mas a
gente fica torcendo para que sempre apareçam nomes que possam fazer a
gente sentir fortes emoções, com músicas para emocionar. É importante
que o artista saiba emocionar o público com sua música".
Você fala muito de Zeca Baleiro, em que momento se deu essa parceria de vocês?
"O
Zeca é um dos meus parceiros e de quem eu não quero mais abrir mão.
Digo que somos unha e carne (risos). A gente se conheceu em Fortaleza e
desde que eu o ouvi pela primeira vez eu me emocionei com a música dele
porque eu sou muito ligado a poesia e ele mostrou poesia em suas
canções. Quando ele pegou o violão dele e cantou todas as minhas
músicas, inclusive as que eu nem me lembrava mais, eu me vi diante de um
grande artista. Em pouco tempo a gente percebeu a afinidade e começamos
com um show que fizemos aí em São Luís, chovia muito, não esqueço
disso, e depois fizemos um CD e DVD Raimundo Fagner e Zeca Baleiro
(2003) que até hoje é sucesso. Tem participação dele na música Uma
Canção no Rádio, que dá nome ao CD (2009) e assim, vamos trabalhando
nessa parceria que está dando certo.
Como vai ser o show aqui em São Luís?
"A gente tem passado por várias cidades
levando o show com músicas novas, grandes sucessos, músicas que
marcaram gerações e que continuam emocionando. É esse show que iremos
levar para São Luís. Estar de volta a essa cidade é muito legal, tenho
um público muito bom, grande e que sempre me recebe muito bem. São Luís
tem uma história comigo e quando a gente se apresenta para um público
assim a tendência é fazer um show grandioso. Vamos fazer uma homenagem
para Luiz Gonzaga, pelo centenário dele, e a gente vai botar pra quebrar
nesse show (risos)".
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