sábado, 8 de dezembro de 2012

Entrevista com Fagner revela parceria com Zeca Baleiro

                                                                                     Foto: Divulgação
 
Toda a emoção e romantismo do cantor Fagner estará de volta a São Luís no show Simplesmente Fagner hoje, 8, neste sábado, às 23h, na Lagoa da Jansen. A noite terá ainda um tributo especial a Luiz Gonzaga com a cantora Flávia Bittencourt e a banda Baré de Casco após a apresentação de Fagner.

Dono de um repertório de grandes sucessos na música popular brasileira, o cantor e compositor cearense Raimundo Fagner falou com a reportagem de O Imparcial e se disse muito feliz por estar de volta a São Luís, com quem ele revelou ter uma bonita história. "É muito bom a gente se apresentar em lugares que representam uma história pra gente. E São Luís é assim, lugar de gente bonita, onde tenho um público muito bom, terra de Zeca Baleiro, meu parceiro, e onde terei a honra de cantar novamente", disse Fagner.

Fagner subirá ao palco, pontualmente, às 23h e no repertório relembrará grandes clássicos presentes em suas composições, releituras de poemas e versões que já embalaram histórias de muitas gerações, não só no Nordeste, mas como em todo o Brasil. Entre as canções, destaque para Deslizes, Jura Secreta, Romance no Deserto Borbulhas de Amor, Fanatismo, Canteiros, Cartaz, entre tantas outras.

No ano do centenário de Gonzagão, o cantor que cultiva na carreira a obra de Luiz Gonzaga não poderia deixar de prestar uma homenagem ao rei do baião em seus shows, além de cantar músicas feitas em parceria, como a de Zeca Baleiro, Dezembros.

"Sobre o Zeca posso dizer que somos unha e carne, é um parceiro que quero ter para sempre. E Luiz Gonzaga é uma das minhas influências, impossível não fazer uma homenagem a ele nos meus shows, principalmente nas capitais nordestinas onde ele reinou. Vou cantar A Morte do Vaqueiro dele e outras músicas também que são surpresa", comenta o cantor cearense.

CINCO PERGUNTAS//Raimundo Fagner

São quase 40 anos de carreira artística e o que mais marcou você?
"Certamente o que mais tem marcado é a relação do público com as minhas músicas, a identificação, o envolvimento com as minhas músicas. São músicas que marcaram momentos importantes como casamento, ou que tiveram uma relação importante na vida deles. E isso eu escuto em todo lugar que eu vou. Essa identidade do público com a minha produção é o que mais marca a minha carreira. No meio de tanta coisa, vale ressaltar isso".

Tem algo previsto para a comemoração dos 40 anos?
"Sim, vamos fazer um CD, já temos algumas músicas gravadas. Estamos preparando um trabalho que vai marcar esses 40 anos, todo ele com músicas inéditas, mas reunindo a parceria de sempre Fausto Nilo, Zeca Baleiro, Abel Silva, dentre outros. Tenho já três músicas com Zeca Baleiro e esse disco vem com muita força, bem romântico, porque o mundo tá muito seco, sem emoção, sem identidade".

E por falar em emoção você tem acompanhado o surgimento de novos cantores?
"Não. As pessoas me falam de um ou outro, mas não conheço. A gente torce para que surjam nomes fortes. Tem a Céu que gravou uma música minha com o Baleiro, dizem que ela é muito boa, mas não acompanho. Do Zeca (Baleiro) para cá acho que não surgiu ninguém com tanta qualidade e talento para cantar e escrever. Tem o pessoal da geração dele, Lenine, Arnaldo, mas a gente fica torcendo para que sempre apareçam nomes que possam fazer a gente sentir fortes emoções, com músicas para emocionar. É importante que o artista saiba emocionar o público com sua música".

Você fala muito de Zeca Baleiro, em que momento se deu essa parceria de vocês?
"O Zeca é um dos meus parceiros e de quem eu não quero mais abrir mão. Digo que somos unha e carne (risos). A gente se conheceu em Fortaleza e desde que eu o ouvi pela primeira vez eu me emocionei com a música dele porque eu sou muito ligado a poesia e ele mostrou poesia em suas canções. Quando ele pegou o violão dele e cantou todas as minhas músicas, inclusive as que eu nem me lembrava mais, eu me vi diante de um grande artista. Em pouco tempo a gente percebeu a afinidade e começamos com um show que fizemos aí em São Luís, chovia muito, não esqueço disso, e depois fizemos um CD e DVD Raimundo Fagner e Zeca Baleiro (2003) que até hoje é sucesso. Tem participação dele na música Uma Canção no Rádio, que dá nome ao CD (2009) e assim, vamos trabalhando nessa parceria que está dando certo.

Como vai ser o show aqui em São Luís?
"A gente tem passado por várias cidades levando o show com músicas novas, grandes sucessos, músicas que marcaram gerações e que continuam emocionando. É esse show que iremos levar para São Luís. Estar de volta a essa cidade é muito legal, tenho um público muito bom, grande e que sempre me recebe muito bem. São Luís tem uma história comigo e quando a gente se apresenta para um público assim a tendência é fazer um show grandioso. Vamos fazer uma homenagem para Luiz Gonzaga, pelo centenário dele, e a gente vai botar pra quebrar nesse show (risos)".

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