Fiquei com vergonha de ver e ouvir Caetano cantando a nova música dele no Altas Horas, Um Abraçaço, do mais novo álbum, Abraçaço. Tudo bem, os mais xiitas vão dizer: o quê, falando mal de Caetano? Ah, por favor.. Não sou unanimidade, portanto...
O cara é inteligente, bom compositor, politizado, tem umas ideias legais, mas eu não gosto. Dá licença. Uma canção ou outra dá pra escutar (de preferência na voz dos outros), mas com ele cantando realmente... não rola. O cara parece que está tendo orgasmos... e a voz de velho, meio rouca??? Realmente...
Um trecho de uma matéria publicada pelo O Globo:
"Abraçaço tem uma melancolia que não tinha antes. O Cê tinha
raiva, até angústia, mas não melancolia. Tinha a canção Minhas
lágrimas, que era triste. Mas Estou triste (do novo disco, de versos como “Por que será que existe o que quer que seja?/ O meu lábio não diz, o meu gesto não faz/ Eu me sinto vazio/ E ainda assim farto”)
é a mais triste da trilogia. A canção Um abraçaço é bonita e
melancólica. É muito simples, ela quase não existe, mas tem emoção. E
essa emoção é cheia de melancolia, marcada pela melancolia".
A
canção trata de um desencontro que se prometia encontro (“Você não se
deixou ficar/ No meu emaranhado/ Foi parar do outro lado/ Do outro lado
de lá de lá”). Mas se em outros tempos Caetano já transformou o tema em
alegria rock (“Eclipse oculto”), agora ele escolheu o caminho da dor.
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