sexta-feira, 18 de maio de 2012

Exclusiva com Bruno Gouveia, do Biquíni Cavadão

Foi um grande prazer entrevistar para o Jornal O Imparcial  o vocalista do Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia. Em um bate-papo animado, o vocalista falou dentre outras coisas, do primeiro show que eles fizeram aqui em São Luís, em 1986. E eu, é claro, estava lá.
Durante a entrevista Bruno falou também que o Biquíni, em 27 anos de carreira nunca pensou em se separar. "Sempre estivemos juntos. O que aconteceu foi que passamos uns três anos sem gravar, mas nunca sem fazer shows, e depois de 15 anos de grupo teve a saída de um integrante, mas continuamos com a mesma foramação, sempre fazendo shows em todo o país".

Abaixo a matéria completa que também pode ser conferida na versão impressa e/ou online de O Imparcial no link http://www2.oimparcial.com.br/flipoimp/visao/


Foto: divulgação


Sem Timidez
Por Patricia Cunha

Vento, ventania me leve para os quatro cantos do mundo, me leve praa qualquer lugar (trecho de Vento Ventania). Tal qual diz a música, o vento trouxe novamente o Biquíni Cavadão para São Luís. O grupo  se apresenta em show hoje, 18, a partir das 22h, no Mandamentos Hall (Lagoa da Jansen). A banda que já esteve em São Luís outras onze vezes vai apresentar seu novo álbum Roda Gigante, cujo nome também é o mesmo de uma canção do disco.
O Biquíni Cavadão lançou novos sucessos e já vem divulgando o trabalho aos poucos nos shows e também com vídeos no Youtube. Entre as canções já divulgadas estão Acordar Pra Sempre Com Você, parceria com Lucas Silveira, da banda Fresno, e também Agora é Moda (Rita Lee, Lee Marcucci) que foi gravada para a novela Ti Ti Ti e que traz no CD uma versão com Rogério Flausino do Jota Quest.
Ainda recentemente, o Biquíni Cavadão gravou o clipe do novo som Dia de Comemorar, no réveillon de Fortaleza para um público de mais de um milhão de pessoas. Somente neste ano, mais de 60 cidades em quase 20 estados já viram o Biquíni Cavadão ao vivo, e agora chegou a vez de São Luís curtir novamente o som da banda que há décadas faz a alegria de fãs do rock e do pop. No repertório do show de logo mais canções de sucesso como Tédio, Zé Ninguém, Janaína, Vento Ventania, Dani , Quanto Tempo Demora Um Mês, Timidez, Chove Chuva, dentre outras.
“A gente faz show em todo o Brasil, e em algumas cidades como São Luís em que já fomos diversas vezes a gente tem sempre a preocupação de mostrar algo mais. Além no lançamento do novo disco a gente vai mostrar um show mais elétrico, mais ritmado, mostrando uma nova fase da banda”, conta Bruno Gouveia, o vocalista da banda, para em seguida dizer que o “show agora é mais ligado, as músicas mais emendadas, não dá tempo para respirar”, completa.
Para o lançamento do novo disco a banda vem adotando a estratégia que muitos outros artistas estão fazendo: jogar as músicas nas redes sociais. “Com tantas tecnologias, com o  avanço das redes sociais, ninguém fica mais esperando por um CD nas lojas. Então, esse lance de divulgar as músicas nas redes, na internet, no show, faz com que quando o CD chegue você já tenha trabalhado muitas faixas e o público já está conhecendo as músicas. É uma boa alternativa em tempos modernos”, argumenta Bruno.
O Biquíni, formado por Carlos Coelho (guitarra), Bruno Gouveia (voz), Álvaro Birita (bateria), Miguel Flores da Cunha (teclados), tem 27 anos de formação, nunca se separou, nem deixou de fazer shows e é hoje uma banda hiper-representativa do pop e rock brasileiro, antenada com as novas tecnologias e querida de norte a sul do país. Um grupo que acompanhou todas as décadas sem ficar perdido no tempo.
Para falar sobre o novo CD, a nova fase da banda e os shows pelo Brasil, o vocalista Bruno Gouveia concedeu entrevista exclusiva por telefone a O Imparcial.
 
O que o Biquíni faz para que uma mesma cidade que já recebeu vocês tantas vezes veja um show diferente?
BG - A gente se preocupa em fazer o diferencial para que o público, ao final do show, fique com gostinho de quero mais. Além do novo disco que estamos lançando, embora algumas músicas já sejam conhecidas, temos sempre  uma preocupação em mostrar algo novo. Agora, por exemplo, o nosso show tá  uma locomotiva, com músicas uma atrás da outra, bem ritmado. Incluímos músicas da carreira que não podem faltar, mas colocando canções inéditas também, fazendo esse equilíbrio e deixando sempre reticências para que  público volte, nunca um ponto final. E tem dado certo.

São 27 anos de carreira e vocês entram no palco como se fosse a primeira vez. Que energia é essa?
BG - Costumo dizer que os meninos daquela época ainda moram dentro da gente. A média da nossa banda é de 45 anos, mas a gente ainda é caçula em relação a outras bandas que já estão na estrada aí há mais tempo. No palco a gente se sente como uma antena que recebe e transmite energia. E o Biquíni tem isso: nós recebemos e transmitimos a nossa energia para o público. Não tem quem não perceba essa carga de adrenalina  e não fique eletrizado com o show.

É uma estratégia o fato de vocês divulgarem as músicas antes do CD?
BG - É um custo muito alto fazer um bom disco hoje. É um trabalho que necessita de esmero e perfeição e acaba saindo muito caro. Daí quando você lança o trabalho, pouco tempo depois algumas pessoas (os críticos) começam a te perguntar sobre o novo CD dando a entender que o disco já ta velho. Velho como? A mídia é ávida por novidades, então percebemos hoje que o importante é mostrar algo novo e é o que temos feito, mostrando aos poucos a música e coroando com o CD que já sai com algumas cançõess conhecidas do público porque já estão sendo executadas nas rádios, já estão em sites de vídeo. É uma forma de mostrar também que o Bíquini está acompanhando essas mudanças. E o público é o que nos interessa.

Verdade que no início da carreira vocês  fizeram show para duas pessoas?
BG - Foi o nosso pior recorde porque era um festival em um estádio e o público era de dois pagantes. O contratante despachou as demais bandas e nós resolvemos tocar. Disse na época que era a primeira vez que íamos cumprimentar todo o nosso público. Mas é essa é uma história que não é muito diferente de outras bandas. São lembranças do nosso começo que recordamos com muito carinho.

E por falar em lembranças, eu estava no primeiro show que vocês fizeram aqui. Que recordações você tem?
BG - Você estava naquele show horrível? (risos). Claro que lembro. Foi um show cheio de atropelos porque o nosso voo foi cancelado em cima da hora, daí nós tivemos que arrumar outra empresa área. Quando nós embarcamos era a hora que tínhamos que entrar no palco. O contratante local imaginou que não íamos mais chegar e despachou o som. O certo é que nós chegamos super atrasados, tocamos num som muito ruim e saímos deprimidos por ter deixado uma péssima impressão na cidade. Queríamos voltar logo para desfazer essa imagem, mas isso só aconteceu 14 anos depois e agora, graças a Deus, temos um carinho muito grande por São Luís e vocês por nós.

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