Iniciativa independente das documentaristas maranhenses Júlia Antunes e Luiza Fernandes, a ‘Mostra Divino Tambor: Manifestações da Cultura Popular Maranhense’ chegará ao Maranhão nessa terça-feira (26), às 19h, no Palacete Gentil Braga (rua Grande, 782-Centro), em São Luís/MA. A mostra compartilhará saberes de brincantes que vivem e dão continuidade às tradições populares no Maranhão, por meio dos documentários ‘Coreiras’ e ‘O Divino em Mim’, das referidas documentaristas.
Os filmes têm auxílios da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade de São Paulo (USP), respectivamente, e apoio cultural da Universidade Federal do Maranhão. A exibição estadual contará com apoio do Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Empreendedorismo (Proexce). Vale lembrar que o doc ‘O Divino em Mim’ foi exibido na recente edição do Festival Guarnicê de Cinema.
Iniciada em maio último, a Mostra já passou pelos estados do Rio de Janeiro, com exibições no Museu Nacional do Folclore e Cultura Popular, Casa do Maranhão e Casa Naara, onde contou com a presença da multiartista Rosa Reis para debate - e São Paulo - com estreia na Matilha Cultural, que contou também com uma roda aberta de Tambor de Crioula comandada pelo Grupo Cupuaçu de Danças Populares, fundado pelo artista cururupuense Tião Carvalho. A data em que acontece o evento na capital maranhense é de grande importância, pois estamos em pleno período junino.
Serviço
O quê: Mostra Documental Divino Tambor - Manifestações da Cultura Popular Maranhense
Local: Palacete Gentil Braga (rua Grande, 782. Centro), em São Luís/MA.
Data: Terça Feira, 26
Horário: 19h.
Exibições mais debate com realizadoras
Entrada: Gratuita, com contribuição sugerida
Arte do evento: Brenda Maciel
Veja mais sobre os documentários:
O Divino em Mim
Vinicius volta para Alcântara (MA) para vivenciar o grande momento de comemoração e coletividade da cidade, a Festa do Divino Espírito Santo. Nesta viagem, atravessamos a Baía de São Marcos para adentrar no universo de Alcântara, onde conhecemos Andressa, estudante de dezessete anos que é bandeirinha e sonha em ser mestre sala, chegando até personagens fundamentais do festejo, como Seu Moacyr, coordenador geral da Festa e as caixeiras Marlene e Romana, lavradoras em dias normais e sacerdotisas que, há décadas, entoam canções e preservam a tradição do ritual que marca a cidade. Como em um passeio, vemos um mosaico da cidade em período de festa.
O documentário é encabeçado pela jornalista e guitarrista maranhense Luiza FC, junto à Universidade de São Paulo e o Coletivo MirimaLAB, e surgiu de sua uma grande inquietação sobre as manifestações culturais de seu próprio estado, em particular o toque das caixeiras da Festa do Divino de Alcântara, sacerdotisas que buscam preservar a tradição do que seria a primeira Festa do Divino do Estado do Maranhão. Em 2017, o projeto foi contemplado com o edital Curtas, do Canal Futura em parceria com TV Globo e ABTU. Já em 2018, teve sua estreia na cidade de Alcântara, no Café com Arte, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, e em São Luís no espaço multicultural Laborarte - ambas as exibições se deram no mês de abril. Recentemente, em junho, o documentário fez parte da programação do Festival Guarnicê de Cinema 2018.
Coreiras
Mãe, menina, estudante, dançarina... coreira. Quem é a mulher que gira a saia na roda de Tambor de Crioula? As histórias ligadas a dança, as batalhas diárias e os prazeres que o toque do tambor traz. O curta metragem documental “Coreiras” e
xplora o universo feminino de quatro personagens através de suas experiências com a cultura popular maranhense, mais especificamente com a manifestação Tambor de Crioula. Luana, Dona Roxa, Rosa e Senhora Dolores contam, através de depoimentos baseados em suas memórias e conhecimento, um pouco da história do ritmo, o que significa ser “coreira”, como se dão as relações na roda e os desafios que enfrentam.
Coreiras é fruto de um intenso processo de crescimento da comunicadora e dançarina maranhense Júlia Antunes, que ao vivenciar a tradição do tambor em diferentes rodas pela cidade de São Luís, sentiu a necessidade de compartilhar a magia e beleza que o ressoar do toque lhe proporciona. Através do documentário, Júlia pretende passar as possíveis percepções e sensações da manifestação sob o olhar de quem dá ao ritmo vida e movimento: mulheres que dançam pra São Benedito.