quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A finitude da vida

Nando Reis traz para São Luís o projeto Luau Bora4, com a turnê do elogiado Jardim-pomar, álbum premiado no Grammy Latino 2017 na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

Patricia Cunha


Nando Reis e sua inseparável banda Os Infernais voltam a São Luís. Felizmente para os fãs, parece ter se tornado tradição a vinda do artista todos os anos para  a capital maranhense, sempre com uma novidade. Desta vez, o show trará o projeto Luau Bora4, dia 22 (sexta-feira), a partir das 21h, no BoraCay (Avenida Litorânea).
 O cantor vai apresentar a turnê do novo álbum que foi indicado ao Grammy Latino, e que foi premiado na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa. Além, é claro,  de vários sucessos da longa carreira iniciada no começo dos anos 1980. A noite terá ainda a banda Soul Reggae e a DJ Sonia Milen.
Em entrevista a O Imparcial, Nando falou do novo álbum, Jardim-pomar, da urgência de viver e atestou que cantar o amor sempre vale a pena. “Algumas das minhas inspirações para compor esse disco foi a procura do amor e a consciência da morte, da finitude da vida. Eu sempre falei de vida, mas ela passa. Acho que agora estou tendo consciência de que ultrapassei metade do tempo que vou viver e é natural que comece a pensar nisso. Quero viver bem”, aponta o artista.
Oitavo álbum de estúdio de sua carreira solo, Jardim-pomar (lançado pelo selo Relicário, de Nando) foi gravado entre Seattle e São Paulo, com 13 músicas. Delas, apenas Concórdia, composta por Nando Reis, já havia sido gravada por Elza Soares em Vivo Feliz, álbum de 2003. Como somos, única música do álbum que traz coautoria, foi feita com o velho parceiro, Samuel Rosa.
Finitude, passagem do tempo, vida, a forma como se vive, são pontos reflexivos da obra de Nando Reis, um cantor que fará “um show muito pessoal, para mostrar, além das músicas, Nando Reis por inteiro”, conta Roger Velloso, diretor do espetáculo.
No show, Nando Reis vai apresentar ao público, além das inéditas, como: Só Posso Dizer, Azul de Presunto, Pra Onde Foi, Inimitável, entre outras do novo disco. Além delas, hits como Os Cegos do Castelo, Sou Dela, All Star, O Segundo Sol, Relicário e Marvin, de seus tempos de Titãs.
Ações especiais foram preparadas para a turnê do CD Jardim-pomar. A primeira delas tem a ver com o nome do disco e a preocupação com o meio ambiente, que permeia os pensamentos do cantor. A ideia é distribuir ao público dos shows sementes de árvores nativas de cada bioma do país. Com isso, Nando quer criar consciência ambiental e alertar para a importância de se preservar e plantar.

Cenário musical
Nando Reis é um nome que dispensa apresentação, figurando entre os melhores cantores e compositores do cenário musical brasileiro. Com mais de trinta anos de carreira, Nando, além do trabalho com Jardim-pomar, presenteou o público não só dele, mas de Gal Costa e Gilberto Gil dividindo o mesmo palco, tocando e cantando as canções que fazem parte de seus repertórios, no show  Trinca de Ases, que já rodou algumas capitais do Brasil.
Jardim-pomar, por sua vez, foi premiado na 18ª edição do Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.
O trabalho de Nando vai muito além de compor e estar no palco, ele participa de todos os processos da carreira, demonstrando a força do cenário atual no mercado da música nacional. “Aprendi a me envolver com a parte comercial e fiz várias experiências para me entender com um mercado em permanente transformação. E isso foi muito importante para chegar onde estou”, diz Nando Reis.

Ingresso solidário
É possível adquirir o ingresso usando a solidariedade. No “Natal sem fome” da produtora 4Mãos Entretenimento, você doa uma lata de leite em pó e tem 50% de desconto na compra do ingresso de qualquer setor, lembrando que o desconto é no valor do acesso e não do serviço. A promoção é válida apenas na compra de ingressos de inteira.  

Seis perguntas para Nando Reis
1.Jardim-pomar leva a uma reflexão sobre a inquietude diante da vida. Qual a sua inquietude?
Totalmente. As minhas inspirações para esse disco foram basicamente a procura do amor e a consciência da nossa finitude, da morte. Eu sempre falei sobre a vida e a vida é a passagem do tempo.

2.Qual a sua inquietude?
Acho que agora, aos 53 anos, me dei conta de que já ultrapassei a marca da metade do tempo que vou viver. É natural. Como eu digo em “ Inimitável”, se vamos morrer, então vamos tratar de viver. Quero, e sempre quis, viver bem. Não sou daqueles que acredita em vida depois da morte.

3.Certa vez você disse que queria viver 100 anos...
Estou me dando conta que já passei da metade do tempo que vou viver. Por isso, hoje, me preocupo mais com o meu bem estar. Adoro estar na estrada, mas quero ter tempo para estar em casa também.

4.Sobre cuidar, e sobre jardins... o que você plantou? O que está colhendo?
Plantei e colhi amor.

5. O amor... É ele que move as suas composições?
A música já diz: Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho.

6.O que ainda falta plantar e colher?
Gostaria que as pessoas se preocupassem mais com o meio ambiente. Isso foi um dos objetivos com esse disco também. O que mais me preocupa é a sede pelo dinheiro e pelo poder que move o mundo e não permite que as pessoas vivam com dignidade.

Serviço
O quê? Luau Bora4
Quando? 22 de dezembro, a partir das 21h
Onde? BoraCay (Avenida Litorânea)

Quanto?  Área vip com serviços de salgados (R$ 100,00); Camarote, com serviço de salgados e frios (R$ 130,00). À venda no local do evento, Loja Visótica (Tropical Shopping) e Loja Ingressando (São Luís Shopping).

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