Com a experiência de quem está há 40 anos no palco, Alcione, a Marrom encantou fãs apaixonados em show na Nova Batuque pela turnê Duas Faces, dia 12 de novembro (sábado). E como noite de show, é para emocionar, a abertura ficou por conta do rei do brega Reginaldo Rossi, que fez as honras da casa e chamou a Marrom ao palco. “É uma alegria chamar essa mulher maravilhosa ao palco. Venha, minha Marrom!”, convocou Rossi.
Alcione subiu ao palco regando a plateia com o samba Tem Dendê, de Nei Lopes e Reginaldo Bessa, acompanhada da competente Banda do Sol, dando uma pitada do que seria o resto da apresentação. “É uma noite muito especial e eu tinha que festejar com vocês esse show de 40 anos”, comentou a cantora.
Com Além da Cama, Alcione levou os fãs à loucura. A voz potente da cantora também emocionou em A Loba. Alcione estava inspirada e levou isso para a plateia. Em determinados momentos do show, a belíssima iluminação mostrava o público de olhos cerrados, como que em transe entoando as canções apaixonadas do repertório da Marrom. “Tem que amar muito e entender de sentimento. São canções que atingem em cheio o nosso coração”, declarou o empresário, Humberto Serrão.
Vestida com uma túnica rosa, Alcione entoou Medo (composição de Roberta Miranda), Metade de Mim, Alcione, canções consagradas e também composições do novo projeto, como Beco sem saída e Capim. Mas o público interagiu mesmo quando ela mostrou o reggae Jamaica a São Luís (Gerude), e o xote De Teresina a São Luís (Luiz Conzaga).
Para a segunda parte do show, Alcione mostrou a outra face com canções já conhecidas do público como Minha Estranha Loucura, o samba Ébano, Faz uma loucura por mim, Você me vira a cabeça, e a inédita Duas Faces, que dá nome ao CD.
No encerramento, Alcione trocou de roupa e, com uma coroa brilhosa anunciava o que estava por vir. Como ela havia anunciado em entrevista anterior ao jornal O Imparcial, o público maranhense iria ter uma surpresa: A Marrom transformou a Nova Batuque num grande baile de carnaval e animou o público com marchinhas carnavalescas das bandas de São Luís, como Bandida, Jegue Folia, Esbandalhada, Fuleiragem, dentre outras. “Vai querer, vai querer, você na Esbandalhada...”. Um show tecnicamente perfeito e que vai ficar na memória do público e da cantora. “Obrigada, São Luís”, agradeceu Alcione sob a batucada de carnaval.
Um show à parte – O grupo de pagode maranhense Vamu di Samba agradou em cheio ao público que esperava pela chegada da Marrom. Em quase duas horas de apresentação o grupo fez um passeio pela música maranhense, músicas próprias, sambas e pagodes consagrados, não deixando nada a dever a grupos nacionais.
O Vamu di Samba já foi premiado com quatro “Cavacos de Ouro”, como melhores do samba da Ilha, e vencedor maranhense do Festival Nacional do Mestiço. O grupo tem 16 anos de carreira, três DVDs e três CDs. Os rapazes já tocaram em várias cidades do Brasil e já fizeram aberturas de shows de grandes nomes do samba e pagode.
*Texto publicado no Jornal O Imparcial, dia 15.11.11, (terça-feira)
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