A longa espera tem data
para acabar: na próxima segunda-feira (14 de novembro) a cantora Célia Maria
disponibiliza, no Spotify (e no dia seguinte nas demais plataformas de
streaming), seu novo EP, “Canções e paixões” – faça a pré-save no link https://bfan.link/cancoes-e-paixoes-1
Em “Canções e paixões”
Célia Maria passeia com os habituais talento e elegância por balada, canção e
salsa, com pitadas de bolero e samba-canção, tendo sua voz, sempre apontada
como uma das mais bonitas da música popular brasileira produzida no Maranhão,
emoldurada por Daniel Miranda (trombone), Danilo Santos Costa (saxofone tenor),
Diogo Nazareth (guitarra, piano, programações eletrônicas, synths, cavaquinho,
violão e arranjos), Emílio Furtado (contrabaixo acústico), Hugo Carafunim
(trompete), João Paulo (contrabaixo), Jorlielson (violoncelo), Luiz Cláudio
(percussão, bateria, direção e produção musical), Ricardo Sandoval (percussão),
Thales do Vale (trompete) e Victtor Sant’Anna (bandolim).
O repertório é quase
inteiramente inédito. Abre o EP o “Bolero de Célia”, que Zeca Baleiro compôs
especialmente para a diva. “Rua do avesso” (Joãozinho Ribeiro/ Zé Américo
Bastos), “Viajante” (Theresa Tinoco) e “Sem despedida” (Adriana Bosaipo) ganham
a primorosa interpretação da cantora em suas primeiras gravações. As exceções
são o clássico “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá/ Antônio Maria) e “Apelo”, tema
de domínio público (eventualmente atribuído a Nhozinho Santos), gravada por
Zeca do Cavaco no disco de estreia do Regional Tira-Teima (“Gente do choro”, de
2017).
“Canções e paixões”
sucede o homônimo “Célia Maria” (2001), disco de estreia da cantora, lançado
pela então Fundação Cultural do Maranhão, com repertório que incluía compositores
como Antonio Vieira, Bibi Silva, Cesar Teixeira, Chico Buarque, Chico Maranhão,
Edu Lobo, João do Vale, Joãozinho Ribeiro e Luiz Bulcão, entre outros. À época,
o disco recebeu diversos troféus no extinto Prêmio Universidade FM.
Célia Maria começou a
carreira em programas de auditório na chamada era de ouro do rádio – um de seus
epítetos é justamente “a voz de ouro do Maranhão”. Cecília Bruce dos Reis na
certidão de nascimento, a cantora adotou o nome artístico que a acompanha até
hoje para fugir da vigilância dos pais quando soltou a voz pela primeira vez
diante de uma plateia. Chegou a se apresentar nas rádios Nacional e Mayrink
Veiga, nos programas então comandados pelos lendários César de Alencar e
Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
Manteve trajetória
discreta, de entrega e amor à música, com um repertório coerente – o novo EP é
ótimo exemplo –, valorizando pérolas de compositores brasileiros que marcaram
época, mas sem abrir mão de conhecer e interpretar também autores das novas
gerações.
“Canções e paixões”,
além de satisfazer o exigente fã-clube da cantora, deve conquistar-lhe novos
admiradores. Ouçam com os ouvidos, alma e coração!
Por Zema Ribeiro
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