No
dia 4 de setembro, às 19h, o Teatro Alcione Nazaré (Praia Grande) será palco de
uma grande homenagem ao poeta Cazuza. O espetáculo musical e teatral, dirigido
pelo professor João de Deus Viera Barros, professor titular (UFMA é um dos
frutos da tese de pós-doutorado do professor.
Quando
concluiu sua pesquisa sobre “o exagerado”, uma das metas era montar um
espetáculo teatral com base no cantor e compositor Cazuza, projeto que foi
adiado por vários anos, sendo que recentemente o professor se aposentou e optou por continuar realizando projetos de
extensão envolvendo membros da comunidade de São José de Ribamar, cidade de
origem e de residência do educador e artista multimídia.
Assim,
o professor convidou para participar dessa versão preliminar do espetáculo o
grupo de teatro amador da equipe de Gincana da 20 Murgar, coordenada pelo
designer gráfico e serigrafista Sandro Paixão. Convidou ainda os músicos
Warlysson Diniz (violão), Walder Alves (bateria) e Gilson Moraes
(contrabaixo), para o acompanharem na
interpretação as 10 canções que compõem o espetáculo. Em 2020 Cazuza completa
30 anos de morte, ocasião em que o espetáculo será ampliado, para marcar a
data.
O
espetáculo utilizará elementos da música, teatro, dança, performance,
fotografia, dublagem e artes plásticas. O tema geral do espetáculo é o olhar
oximorônico de Cazuza para a vida. Tal qual a figura de linguagem Cazuza
procurou durante toda sua existência conciliar pares de opostos: prazer e dor,
alegria e tristeza, sombra e luz, crueldade e inocência, passado e futuro,
etc., na busca da felicidade. Esses pares de opostos aparecem tanto em sua obra
poética quanto em suas letras de músicas, altamente metafóricas. Em sua tese de
pós-doutorado uma das constatações mais instigantes que o professor João de
Deus realizou foi o fato de Cazuza poder ser considera um “educador pelas
imagens”, tal qual Gilberto Freyre, objeto da tese de doutorado defendida na
USP, pelo mesmo professor. Cazuza tanto em suas entrevistas quanto em seus
textos, poemas e canções nos brinda com “metáforas educativas”, como concluiu o
educador da UFMA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário