Será lançado nesta quinta feira, 6 de dezembro, às 16h, na Casa do Maranhão, o documentário “Vai querer, vai querer?!: Um olhar sobre os BTMs”, dirigido pelo professor e investigador Euclides Moreira Neto. O trabalho faz parte do acompanhamento científico que está sendo desenvolvido desde 2014 sobre os Blocos Tradicionais do Maranhão, manifestação do ciclo carnavalesco ludovicense.
O documentário tem a participação decisiva do cineasta Murilo Santos, que fotografou e editou o trabalho, o qual contou ainda com a participação de outros colaboradores, entre eles o da aluna de Jornalismo Brenda Freitas, que faz a narração, entre outros.
Segundo informações prestadas pelo diretor Euclides Moreira Neto, o trabalho teve ainda a participação de Rafael Barra e Samarone Marinho (Imagens de Drone), INRC dos BTMs/IPHAN/Prefeitura de São Luís (Imagens de Arquivo), Marcos Belfort (Técnico de Som), Rádio Universidade FM – 106.9 (Estúdio de Gravação), Joel Jacinto e Geovane Silva (Assistente de Produção), Paulo Salaia, Silvana Fontenele e Madson Peixoto (Colaboração).
Prestam depoimentos no documentário os gestores de Blocos Tradicionais do Maranhão, José Clóvis Lopes Cantanhede, do BTM “Os Tremendões”; Maria de Jesus Câmara Loredo (Dona Pretinha) do BTM “Companhia do Ritmo”; Paulo Salaia Costa de Jesus do BTM “Os Feras”; e Silvana Fontenele, do BTM “Os Brasinhas”. Os depoentes fazem um apanhado histórico da manifestação cultual BTM, contextualizando a prática dos grupos no meio social ludovicense. .
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
De acordo com Moreira Neto este trabalho será incorporado no processo de reconhecimento dos Blocos Tradicionais do Maranhão que está em tramitação no IPHAN para reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e à sua Tese Doutoral ainda em andamento em Portugal.
Afirma o diretor Moreira Neto que “as investigações relacionadas ao campo cultural demonstram que grupos carnavalescos como escolas de samba e blocos de ritmos ou blocos de tambor grande, antiga denominação dos Blocos Tradicionais do Maranhão – BTMs fizeram sua aparição no carnaval de São Luís a partir do final da década 1920, com o nome de “turmas”.
Diz ainda Euclides que “essa denominação “turmas” sugere uma espécie de segregação social, que antes era caracterizada por entrudo familiar e entrudo popular, na qual os entrudos populares eram praticados pelos pobres enquanto o familiar pelos mais abastados. Assim, as “turmas” eram grupos de pessoas preparadas para festejar, ou seja, blocos populares já animados por “batucadas”, ritmo de procedência negra”.
Para o lançamento nesta próxima quinta feira, 6 de dezembro, às 16 horas, todos os interessados nessa temática estão convidados, pois o acesso será franqueado ao público em geral. Finalizou Euclides Moreira Neto, afirmando que este trabalho é uma homenagem aos grupos populares maranhenses e sua rica e diversificada cultura, que faz de nós um povo diferenciado culturalmente.
Serviço
O quê? Lançamento do documentário “Vai querer, vai querer?!: Um olhar sobre os BTMs.
Onde? Casa do Maranhão
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