sábado, 29 de abril de 2017

Mostra audiovisual abre a edição 2017 do Sesc Amazônia das Artes



O ano de 2017 marca a décima edição do Sesc Amazônia das Artes, uma importante iniciativa do Sesc que objetiva estabelecer mecanismos que fomentem a criação, o intercâmbio e a circulação de manifestações artísticas pelos estados que compõe a chamada região Amazônia Legal. Com dois trabalhos maranhenses selecionados para este circuito nas linguagens artes cênicas e audiovisual, o lançamento da programação em São Luís está agendado para o dia 03 de maio, com a abertura da mostra de cinema que conta com a participação de quatro diretores, incluindo um maranhense, no Cine Praia Grande, a partir das 16 horas.

Com sete curtas-metragens nas categorias documentário, animação e experimental, o púbico pode conferir as produções audiovisuais da região da Amazônia Legal nos dias 03 e 04 de maio, no Cine Praia Grande (Centro Histórico). A agenda de abertura da mostra de cinema do Sesc Amazônia das Artes conta com a participação de quatro diretores: Lucas Sá (MA), Michele Saraiva (RO), Allan Gomes (AM) e Andrei Miralha (PA), que debaterão com o público sobre a produção no campo da sétima arte logo após a exibição dos filmes, programada para o horário das 16 às 18h30. No dia 04, a exibição de filmes acontece das 16 às 21 horas.

Os filmes em cartaz no Sesc Amazônia das Artes 2017 são “Banho de cavalo” (RO), “Deixe a chuva cair” (PI), “Encantes – Histórias de Laranjal do Maracá” (AM), “Gritos da noite” (AM),  “Meu rio vermelho” (MT), “No interior da minha mãe” (MA) e “Pedaços de pássaros” (PA). A retirada de ingressos na bilheteria do Cine Praia Grande é gratuita e pode ser realizada com 30 minutos de antecedência.

O Maranhão estará bem representado também na linguagem teatro. O espetáculo “As Três Fiandeiras”, dos grupos Petite Mort e Xama Teatro, retrata o desafio de três atrizes-personagens Beatriz, Isadora e Isabel em transformar um espetáculo que foi um fiasco de bilheteria em uma nova produção. A busca por esse objetivo é permeada pelas narrativas das rendeiras Das Dores, Zezé e Chica, esta última mãe de Ribamar, um pescador que desapareceu em alto mar. Premiado na USP, em 2015, com o 23º Prêmio Nascente de Artes Cênicas, o trabalho foi tema da tese de doutorado da atriz do Xama Teatro, Gisele Vasconcelos, e da dissertação de mestrado de Igor Nascimento, responsável pela direção e dramaturgia da produção teatral maranhense.

Recebendo pela primeira vez o circuito Sesc Amazônia das Artes, “As Três Fiandeiras” será apresentado no município de Raposa no dia 5 de maio, às 18h30, no Salão Paroquial.  E a escolha da produção para a localidade não foi por acaso. O trabalho artesanal das mulheres rendeiras que residem nessa pequena vila de pescadores é muito forte, uma herança familiar que resiste ao tempo e à revolução tecnológica.

 Oficinas
Com 20 vagas cada, o Sesc Amazônia das Artes está com inscrições abertas para duas oficinas: “Intervenção urbana Não cabe mais gente”, do grupo In-Próprio coletivo (MT), das 9 às 12h e das 13h30 às 16h30, no Auditório do Sesc Deodoro, destinada a estudantes e artistas de dança, teatro e artes visuais para maiores de 16 anos e “Sonoridade dos Cotidianos”, ministrada por Bira Lourenço e Catatau (RO), das 9 às 13h e das 14 às 18h, na Escola de Música Lilah Lisboa, voltada para estudantes e profissionais de música. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo telefone (98) 3216-3860.

Amazônia das Artes
Este ano o Amazônia das Artes promoverá 31 mostras de artes visuais, 81 espetáculos de artes cênicas - que contemplam dança, teatro e circo - 46 apresentações musicais, bem como exposições de 36 obras audiovisuais, 12 trabalhos literários e quatro intervenções urbanas. Em 10 anos, foram realizadas mais de 1.500 apresentações com 700 artistas dos estados Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Amapá, Tocantins e Piauí.
Pensada como uma estratégia, baseada nas políticas culturais da instituição, para fomentar a produção em arte destas localidades e ser mecanismo para a desconstrução de fronteiras geográficas e culturais que dificultam a circulação de obras de arte por esta região, o projeto difunde o olhar amazônico nas linguagens artes visuais, intervenção urbana/performance, artes cênicas, audiovisual, literatura, audiovisual e música. Além das apresentações, os artistas se encontram para compartilhar experiências e técnicas ou para participarem das inúmeras oficinas ministradas pelos artistas em circulação para ampliar o contato com o público de onde estiverem.



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