No Brasil vivem 305 povos indígenas que falam mais de 200 línguas. Conhecemos todas elas?
Sabemos algo sobre esses povos? E sobre suas músicas? O que ouvimos? As musicalidades
indígenas permanecem ignoradas desde os tempos da colônia no Brasil e embora haja
registros sonoros de pesquisadores desde o século passado, a maioria da população brasileira
desconhece as sonoridades dos povos originários com protagonismo indígena, sejam elas
tradicionais ou contemporâneas.
O Indigenas.BR – Festival de Músicas Indígenas, que será realizado pelo Centro Cultural Vale
Maranhão até o dia 27 de agosto, tem como principal objetivo minimizar parte dessa ausência,
criando espaços para grupos indígenas de diferentes partes do Brasil se apresentarem e
debaterem sobre questões que atravessam a vida desta população originária, como os direitos
indígenas, a demarcação de terras, o racismo e as violências institucionais e de diferentes
esferas que sofrem diariamente.
Em sua quarta edição, o festival traz em sua programação documentários, oficinas,
apresentações e rodas de conversas entre povos de diferentes regiões do Brasil. “O CCVM
reconhece a importância dos povos indígenas no apontamento de novas perspectivas para o
futuro. Por isso, contemplamos a atuação dos povos originários em toda nossa programação.
Dedicamos o mês de agosto, data mundialmente reconhecida pela resistência indígena, para
enfatizar essa importância. É um momento único de entrarmos em contato com o pensamento
dos povos originários e colocarmos em questão a percepção da situação atual brasileira”,
afirma Gabriel Gutierrez, diretor do Centro Cultural Vale Maranhão.
indígenas permanecem ignoradas desde os tempos da colônia no Brasil e embora haja
registros sonoros de pesquisadores desde o século passado, a maioria da população brasileira
desconhece as sonoridades dos povos originários com protagonismo indígena, sejam elas
tradicionais ou contemporâneas.
O Indigenas.BR – Festival de Músicas Indígenas, que será realizado pelo Centro Cultural Vale
Maranhão até o dia 27 de agosto, tem como principal objetivo minimizar parte dessa ausência,
criando espaços para grupos indígenas de diferentes partes do Brasil se apresentarem e
debaterem sobre questões que atravessam a vida desta população originária, como os direitos
indígenas, a demarcação de terras, o racismo e as violências institucionais e de diferentes
esferas que sofrem diariamente.
Em sua quarta edição, o festival traz em sua programação documentários, oficinas,
apresentações e rodas de conversas entre povos de diferentes regiões do Brasil. “O CCVM
reconhece a importância dos povos indígenas no apontamento de novas perspectivas para o
futuro. Por isso, contemplamos a atuação dos povos originários em toda nossa programação.
Dedicamos o mês de agosto, data mundialmente reconhecida pela resistência indígena, para
enfatizar essa importância. É um momento único de entrarmos em contato com o pensamento
dos povos originários e colocarmos em questão a percepção da situação atual brasileira”,
afirma Gabriel Gutierrez, diretor do Centro Cultural Vale Maranhão.
Casa da Memória e Casa das Mulheres
Um dos principais momentos do festival serão os dois encontros inéditos realizados entre
representantes de diferentes etnias. A Casa da Memória vai reunir a força e sabedoria de
mestres e lideranças espirituais como Atiã Pankararu (Pankararu-PE), Tolnyfowá (Fulni-ô-PE),
Catarina Tupi (Tupi-SP), Karangre (Xikrin-PA), D. Floriza (Kaiowá-MS) e Dirce Jorge (Kaingang-
SP), num encontro único com cantos e conversas sob a mediação de Idjahure Kadiwel.
A Casa das Mulheres será espaço para um encontro inédito de mulheres indígenas de
diferentes culturas e realidades, como a Cacique Majur, a primeira líder indígena do povo
Bororo a fazer transição de gênero; uma das fundadoras do #AcessibilidadeIndígena, a ativista
da educação inclusiva e educadora Siana Guajajara (MA); a cineasta Graciela Guarani, autora
de diversos filmes e séries; a cantora nandesy Roseli Jorge do povo Guarani Kaiowá, a
multiartista e arte educadora Djotana AKA Siba Carvalho (Puri); a estilista de moda Day Molina e a comunicadora e atriz Isabela Santana, responsável pela plataforma Visibilidade Indígena, com a mediação de Julie Dorrico (Wapichana-RR).
Um dos principais momentos do festival serão os dois encontros inéditos realizados entre
representantes de diferentes etnias. A Casa da Memória vai reunir a força e sabedoria de
mestres e lideranças espirituais como Atiã Pankararu (Pankararu-PE), Tolnyfowá (Fulni-ô-PE),
Catarina Tupi (Tupi-SP), Karangre (Xikrin-PA), D. Floriza (Kaiowá-MS) e Dirce Jorge (Kaingang-
SP), num encontro único com cantos e conversas sob a mediação de Idjahure Kadiwel.
A Casa das Mulheres será espaço para um encontro inédito de mulheres indígenas de
diferentes culturas e realidades, como a Cacique Majur, a primeira líder indígena do povo
Bororo a fazer transição de gênero; uma das fundadoras do #AcessibilidadeIndígena, a ativista
da educação inclusiva e educadora Siana Guajajara (MA); a cineasta Graciela Guarani, autora
de diversos filmes e séries; a cantora nandesy Roseli Jorge do povo Guarani Kaiowá, a
multiartista e arte educadora Djotana AKA Siba Carvalho (Puri); a estilista de moda Day Molina e a comunicadora e atriz Isabela Santana, responsável pela plataforma Visibilidade Indígena, com a mediação de Julie Dorrico (Wapichana-RR).
Documentários inéditos de povos maranhenses
O audiovisual se fará presente no festival com a exibição de quatro documentários sobre
povos maranhenses: os Ka’apor, os Krikati, os Kanela e os Guajajara Tentehar. Os curta-
metragens Histórias e Cantos Indígenas Guajajara Tentehar – Aldeia Lagoa Quieta – Terra
Indígena Araribóia – Amarante (MA) e Histórias e Cantos Indígenas Kanela – Aldeia
Maçaranduba – Terra Indígena Caru – Alto Alegre do Pindaré (MA, com direção de Diego
Janatã e Djuena Tikuna foram produzidos e exibidos virtualmente na edição 2021 do festival e
terão sua primeira exibição presencial este ano.
Com direção de Carlos Magalhães, diretor da série “Sou índio, sou moderno” e consultoria de
Djuena TIkuna, os documentários inéditos Nós, os Ka’apor e Elas – As Mulheres Krikati farão
parte da Mostra Sons Indígenas do Maranhão. O primeiro mostrará a luta por território que
une o novo e o antigo no povo Ka’apor, através dos cantos e do toque ancestral e ritual da
flauta. O segundo apresenta o protagonismo e a força das guerreiras Krikati, com um canto
que ecoa pelo cerrado maranhense em uma noite de luar e fogueira.
O audiovisual se fará presente no festival com a exibição de quatro documentários sobre
povos maranhenses: os Ka’apor, os Krikati, os Kanela e os Guajajara Tentehar. Os curta-
metragens Histórias e Cantos Indígenas Guajajara Tentehar – Aldeia Lagoa Quieta – Terra
Indígena Araribóia – Amarante (MA) e Histórias e Cantos Indígenas Kanela – Aldeia
Maçaranduba – Terra Indígena Caru – Alto Alegre do Pindaré (MA, com direção de Diego
Janatã e Djuena Tikuna foram produzidos e exibidos virtualmente na edição 2021 do festival e
terão sua primeira exibição presencial este ano.
Com direção de Carlos Magalhães, diretor da série “Sou índio, sou moderno” e consultoria de
Djuena TIkuna, os documentários inéditos Nós, os Ka’apor e Elas – As Mulheres Krikati farão
parte da Mostra Sons Indígenas do Maranhão. O primeiro mostrará a luta por território que
une o novo e o antigo no povo Ka’apor, através dos cantos e do toque ancestral e ritual da
flauta. O segundo apresenta o protagonismo e a força das guerreiras Krikati, com um canto
que ecoa pelo cerrado maranhense em uma noite de luar e fogueira.
Apresentações, oficinas e performances
Essa edição do festival busca criar fluxos de diferentes tradições trazendo para o pátio do
CCVM os Xikrin do Pará, os Kanela Apaniekrá e os recém-contatados Awa Guajá do Maranhão,
e os grupos Cafurnas Fulni-ô e Pankararu Nação Cultural, de Pernambuco, mostrando forte
presença indígena no Nordeste.
A música contemporânea indígena de diferentes gerações também estará presente com
Wakay (Fulkaxó), Nelson D, Djotana AKA Siba Carvalho (Puri) e uma performance inédita de
Ziel Karapotó.
Haverá também oficinas de flautas indígenas com Wakay (Fulkaxó), de polifonias vocais com os
Fulni-ô e de pintura corporal com as mulheres Xikrin e uma feira de artesanato.
Com curadoria de Renata Tupinambá, Gean Ramos Pankararu e Magda Pucci, toda
programação do festival é aberta ao público e gratuita. O Centro Cultural Vale Maranhão está
localizado na Rua Direita, nº 149, Centro Histórico.
Essa edição do festival busca criar fluxos de diferentes tradições trazendo para o pátio do
CCVM os Xikrin do Pará, os Kanela Apaniekrá e os recém-contatados Awa Guajá do Maranhão,
e os grupos Cafurnas Fulni-ô e Pankararu Nação Cultural, de Pernambuco, mostrando forte
presença indígena no Nordeste.
A música contemporânea indígena de diferentes gerações também estará presente com
Wakay (Fulkaxó), Nelson D, Djotana AKA Siba Carvalho (Puri) e uma performance inédita de
Ziel Karapotó.
Haverá também oficinas de flautas indígenas com Wakay (Fulkaxó), de polifonias vocais com os
Fulni-ô e de pintura corporal com as mulheres Xikrin e uma feira de artesanato.
Com curadoria de Renata Tupinambá, Gean Ramos Pankararu e Magda Pucci, toda
programação do festival é aberta ao público e gratuita. O Centro Cultural Vale Maranhão está
localizado na Rua Direita, nº 149, Centro Histórico.
PROGRAMAÇÃO
Serviço
O quê: Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas 2022
Onde: CCVM, localizado à Rua Direita, nº 149, Centro Histórico
Quando: de 24 a 27 de agosto
Informações: 98 98143-6143 |E-mail: comunicacao@ccv-ma.org.br
24 de agosto – quarta-feira
19h – Abertura com curadores
19h15 – Exibição do documentário Histórias e
Cantos Indígenas Guajajara Tentehar – Aldeia Lagoa Quieta – Terra Indígena Araribóia –
Amarante (MA) – Direção: Diego Janatã e Djuena Tikuna – 2021
19h40 – Exibição do documentário Histórias e Cantos Indígenas Guajajara Tentehar – Aldeia
Maçaranduba – Terra Indígena Caru – Alto Alegre do Pindaré (MA) – Direção: Diego Janatã e
Djuena Tikuna – 2021
20h – Apresentação Kanela Apaniekra (MA)
O quê: Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas 2022
Onde: CCVM, localizado à Rua Direita, nº 149, Centro Histórico
Quando: de 24 a 27 de agosto
Informações: 98 98143-6143 |E-mail: comunicacao@ccv-ma.org.br
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