O Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar) chega à sua quarta edição com uma programação repleta de diversidade e produções de mulheres cis, trans e pessoas trans, celebrando as múltiplas perspectivas no audiovisual. Neste ano, o festival acontece entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, no Cinema São Luiz, em Recife, com entrada gratuita.
Um dos destaques da programação é o documentário maranhense Onça, da diretora e roteirista Keyci Martins, que será exibido na mostra deste ano. O filme, com duração de 19 minutos, nos leva a uma profunda imersão nas memórias afetivas da cineasta, que rememora os feriados de Páscoa no Povoado de sua família, em Itapecuru-Mirim, no Maranhão. Sob a liderança dos avós, a reunião familiar celebra não só tradições religiosas e culturais locais, mas também a rica vida simples e autêntica do interior mar, anhense. A obra, que marca o reencontro da família após o falecimento de sua avó, será um dos filmes a representar a diversidade da produção cinematográfica brasileira no festival.
O Fincar, que recebeu mais de 300 inscrições de filmes de diferentes partes do mundo, traz nesta edição 26 filmes, sendo 20 curtas, três médias e três longas-metragens. Além de obras de diversos estados brasileiros, como Ceará, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o festival também exibe produções internacionais de destaque, como o documentário palestino A Stone’s Throw (Uma Pedra Atirada), da diretora Razan AlSalah.
O evento, realizado pela Vilarejo Filmes, também contará com uma mostra especial dedicada ao legado da cineasta estadunidense Camille Billops, com exibições de seus aclamados documentários Encontrando Christa e Suzanne, Suzanne.
Com a curadoria liderada pela idealizadora do festival, Maria Cardozo, e por uma equipe de especialistas, o Fincar reforça seu compromisso com a descentralização da arte e do cinema, e com a valorização de histórias e vozes diversas no cenário audiovisual contemporâneo.
O festival tem entrada gratuita e promete proporcionar ao público uma reflexão profunda sobre o papel das mulheres e das identidades de gênero dissidentes no cinema. “Este ano, a curadoria continua a buscar uma diversidade de olhares e experiências cinematográficas.”, afirma Maria Cardozo, diretora do Fincar.
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