CURADORIA DE FILMES
Para a Mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de oito filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.
Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, está São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário. O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto em Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira, seu personagem mais conhecido.
A partir de uma narrativa clássica aprimorada desde as produções da Vera Cruz, O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), evoca o sincretismo religioso e a cultura popular. Produzido por Oswaldo Massaini, o filme conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil. Por sua vez, com suas produções independentes, José Mojica Marins cria seu icônico personagem Zé do Caixão em À meia-noite levarei sua alma (1964). Com O Bandido da Luz Vermelha (1968), Rogério Sganzerla desafia a estética e a linguagem do movimento cinema novo e, na década seguinte, o diretor Bruno Barreto adapta um grande autor – Jorge Amado – e faz números de bilheteria impressionantes com Dona Flor e seus dois maridos (1979).
Uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, é Central do Brasil (Walter Salles, 1998), que venceu o Urso de Ouro e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. Vencedor de dezenas de prêmios nacionais e internacionais e indicado ao Oscar em quatro categorias, Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002) é até hoje o filme brasileiro com maior número de indicações ao prêmio da Academia.
EXPOSIÇÃO A CINEMATECA É BRASILEIRA
Com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca, a exposição reconta os mais de 70 anos de história da instituição.
A exposição acompanhará a mostra de filmes em 15 cidades do país, apresentando uma linha do tempo construída por meio de cerca de 200 imagens - documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo. É um convite à imersão nas camadas da trajetória da Cinemateca Brasileira, que se misturam aos feitos e às agruras do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, evocam os avanços e retrocessos do país.
PROJETO VIVA CINEMATECA
O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.
Além da mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA, as ações de difusão também incluíram o FESTIVAL CULTURA E SUSTENTABILIDADE, nos dias 10 e 11 de julho, e a MOSTRA POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA, de 11 a 16 de julho.
PATROCINADORES
O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú, como copatrocinador. Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está.
Serviço
O quê: Mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA
Quando? Até 08 de março
Onde: CENTRO CULTURAL VALE MARANHÃO (Rua Direita, 149 – São Luís - Maranhão)
Quanto: Entrada gratuita
Retirada de ingresso para a sessões de cinema: uma hora antes do início de cada sessão
PROGRAMAÇÃO ABERTA AO PÚBLICO, COM UMA SESSÃO POR DIA
28 de fevereiro, quarta-feira
19h - DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
29 de fevereiro, quinta-feira
16h - O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
01 de março, sexta-feira
19h - O PAGADOR DE PROMESSAS
05 de março, terça-feira
19h - JECA TATU
06 de março, quarta-feira
19h - À MEIA NOITE LEVAREI SUA ALMA
07 de março, quinta-feira
16h - CIDADE DE DEUS
08 de março, sexta-feira
19h - CENTRAL DO BRASIL
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