quinta-feira, 13 de julho de 2023

Seis shows gratuitos vão celebrar o Dia do Rock em São Luís


Para celebrar o Dia Mundial do Rock, nada melhor que curtir o estilo musical que já tem quase um século de existência com um show. Ou melhor: um não; vários shows. As apresentações vão rolar amanhã, dia 14, a partir das 18h, na Fonte do Ribeirão.

A comemoração vai contar com apresentações das bandas paraenses Baixo Calão e O Warpath, além das bandas maranhenses Quebrada Violenta (foto), Torturizer, Nordeath e Velttnez. Responsável pelo evento, a Fanzine Produções está montando o palco dentro da Fonte do Ribeirão, tendo como cenário uma fonte iluminada cenicamente, criando uma sinergia entre a riqueza arquitetônica de São Luís e a estética rock and roll. A data marca, ainda, o aniversário do Metalheads. 

“Assim como em outras capitais e cidades do Brasil, São Luís vai poder celebrar o Dia Mundial do Rock em grande estilo, com um show gratuito num dos pontos históricos mais significantes da cidade e com várias bandas atuantes na cena”, disse Natanael Júnior, da Fanzine.

O Dia Mundial do Rock na Fonte tem apoio da Secretaria de Cultura do Estado (SECMA) e da Prefeitura de São Luís, através da SEMAPA.

Serviço

O que: Show em comemoração ao dia Mundial do Rock

Quando: Sexta dia 14 de julho, às 18h

Onde: Fonte do Ribeirão

Entrada gratuita


Filme maranhense, Casa de Bonecas, é selecionado no Festival de Cinema de Gramado

 


O curta-metragem maranhense “Casa de Bonecas” foi selecionado para a competitiva brasileira da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá em agosto. O filme teve sua estreia em janeiro de 2023 no Festival Internacional de Rotterdam, um dos maiores festivais de cinema do mundo e um dos cinco maiores festivais da Europa ao lado de festivais como Cannes, Berlim e Locarno.

Dirigido e produzido por alunos egressos da Escola de Cinema do Maranhão, Casa de Bonecas tem direção do cineasta George Pedrosa, produção executiva de Josh Baconi, produção de Gabriel Marques e Sâmia Oliveira. No elenco, Luty Barteix como protagonista.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc e já foi selecionado para mais de 10 festivais de cinema nacionais e internacionais, entre eles o norte-americano Fantasia, Lago Film Fest na Itália, Rio LGBTQIA+, Goiânia Mostra Curtas e ganhou 5 prêmios no Curta Taquary.

“Essa seleção em Gramado é um presente e ao mesmo tempo uma grande validação para nós que trabalhamos nesse projeto. Ter um filme maranhense que mistura os gêneros terror e a temática LGBTQIAPN+ em um dos festivais de cinema mais antigos do Brasil é a prova que o audiovisual no nosso estado está se expandindo e segue acessando espaços que até alguns anos atrás eram inalcançáveis devido à falta de recursos de produção.” destaca George Pedrosa.

A seleção dos curtas-metragens brasileiros do Festival de Cinema de Gramado foi realizada por Carolina Canguçu, Giordano Gio e Giuliana Maria. Juntos, a comissão avaliou 635 produções. Os selecionados vêm de quase todas as regiões do país, incluindo filmes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Bahia, Maranhão, Rio Grande Do Sul, São Paulo e Espírito Santo.

A 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado acontece de 11 a 19 de agosto. Este ano o festival faz um feito inédito: dedica suas homenagens a cinco mulheres de inestimável importância ao audiovisual brasileiro. A produtora Lucy Barreto recebe o Troféu Eduardo Abelin, Ingrid Guimarães, o Troféu Cidade de Gramado. As atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia, receberão o Troféu Oscarito, mais antiga homenagem entregue pelo festival, e Alice Braga, que recebe o Troféu Kikito de Cristal.


Encontro de Miolos terá mais de 10 horas de duração


O mês de junho já acabou, mas por aqui, pelo Maranhão, ainda tem festa junina no mês de julho. Sexta-feira, dia 14, é dia de apreciar a beleza dos couros de boi que tanto abrilhantaram os arraiais de São Luís nas apresentações do bumba meu boi. Para quem está de férias e não conseguiu ver as nossas festas juninas, é a oportunidade de conhecer um pouquinho da nossa cultura. É a décima oitava edição do Encontro de Miolos, que acontece com uma vasta programação às 9h, e tem previsão de ir até por volta de 20h, na Praia Grande/Centro Histórico de São Luís.

A programação se estende pela Praça da Fé, calçadão da Rua Portugal e sede da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico. Pelo menos 50 miolos devem participar do Encontro, que começa com a Exposição das Capoeiras (a armação do boi) e couros bordados, roda de conversa com os miolos e demais participantes das brincadeiras, apresentação de bandas musicais, como a Banda de Música do 24º BIS, Banda de Música do Corpo de Bombeiros e Banda de Música da Guarda Municipal, participação de cantadores convidados.

O tradicional cortejo pelas ruas do Centro Histórico será às 17h. Às 18h, tem a apresentação dos amos de bumba meu boi, na Praça da Fé, em frente à Casa do Maranhão. O encerramento e apresentação dos grupos de bumba meu boi será a partir das 19h, com os grupos Mimo de Santo Antônio, Boi da Madre Deus, Boi Revelação de São Marçal, Boi de Maracanã, Boi Meu Tamarineiro, na Praça da Fé.

Mas por que Encontro de Miolos? Antes o evento se chamava Cortejo de Miolos para que as pessoas conhecessem e soubesse mais sobre esse personagem do bumba meu boi, que nada mais é do que a pessoa que fica embaixo da armação do boi, e que dá vida a ele nas apresentações, com coreografias e bailados. Depois, a programação se ampliou e se transformou no que é hoje.

Idealizado pelo produtor cultural José de Ribamar Sousa Reis (Zé Reis) e amigos, o evento surgiu há 17 anos como uma proposta de valorizar o “miolo”, também designado como “fato” em várias regiões interioranas do Maranhão. Zé Reis se recupera de um grave acidente de trânsito ocorrido em 2022.

Quem faz o bailado do boi

O homem que leva garboso nas costas a “cangalha”, “capoeira” ou “armação” do boi, o personagem que mesmo oculto debaixo de pedaços de talas de buriti, varetas de madeira, veludo, lona, miçangas, canutilhos e pedrarias, oportuniza aos assistentes um dos mais belos e simétricos bailados da brincadeira do bumba meu boi, seja de matraca, orquestra, zabumba, baixada ou costa-de-mão. 

“Um ator que não aparece na cena junina e que recebe esse tributo para ser destacado, sem passar despercebido. A importância desse encontro para a cultura maranhense vai de encontro à contribuição com a preservação e promoção permanente das manifestações culturais tradicionais com especial atenção ao bumba meu boi patrimônio imaterial do mundo”, disse Gerson Silva, amigo de Zé Reis e que integra a Rajadus, produtora do evento.

O evento tem coordenação de José Henrique Reis, irmão e tutor de Zé Reis, e apoio cultural da Fundação Municipal de Cultura – SECTUR, Fundação Municipal de Patrimônio Histórico – FUMPH e Associação dos Miolos de Bumba meu Boi do Maranhão. Tem ainda apoio logístico da Casa do Maranhão e Centro de Criatividade Odylo Costa Filho.

Serviço

O quê: Encontro de Miolos

Quando: Dia 14 (sexta-feira), a partir das 9h

Onde: Praia Grande

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Lava-Bois acontece neste fim de semana em São José de Ribamar

 

                                                                Foto: Divulgação

             A tradicional festa do “Lava-Bois” completa 7 décadas e será neste final de semana no Parque Municipal do Folclore Terezinha Jansen, na cidade balneária de São José de Ribamar, distante 30km de São Luís. Serão dois dias de festa e várias atrações para encerrar o período junino na cidade.

            No sábado (8), a programação começa às 16h com  DJ Beto. Em seguida: Bumba Meu Boi d'Itapari, Daysa Costa, Companhia Barrica, Bumba Meu Boi Brilho da Terra, Bumba Meu Boi de Morros, Andson Mendonça, Bumba Meu Boi de Axixá e Bumba Meu Boi Meu Tamarineiro.

            Domingo, dia 9, a programação começas às 8h, com os grupos de bois de matraca: Meu Boi Capricho, Bumba Meu Boi Brilho Tesouro da Ilha, Bumba Meu Boi do Sítio do Apicum, Bumba Meu Boi Disciplinador da Ilha, Bumba Meu Boi da Matinha, Bumba Meu Boi de Juçatuba, Bumba Meu Boi da Maioba, Bumba Meu Boi do Miritiua, Bumba Meu Boi Tremor da Campina, Bumba Meu Boi de Ribamar.

            A festa em São José de Ribamar movimenta a cidade, que enche de visitantes, e encanta o público pela tradição do evento que reúne dezenas de atrações. A inclusão dos bois de orquestra foi uma novidade implantada no ano passado.

            "A festa em São José indica o fim do período junino. É muito bonito de ver. Sol, mar, cultura popular, música. É uma festa muito bonita", disse a estudante universitária Ana Fernanda Pinto, que afirma marcar presença este ano também.

            Uma das versões da origem do Lava-Bois, é de que a festa teve início nos anos 1950. O evento teria surgido de um ritual promovido por boieiros que foram até o município pagar uma promessa de São João. Os primeiros batalhões que chegaram à cidade foram os de orquestra, a convite de brincadeiras locais, mas também com o objetivo de pagar promessas.

            A concentração das brincadeiras acontecia em frente à Igreja Matriz. O evento começou a ganhar maiores proporções com as participações de representantes dos bois de matraca de São José dos Índios e Sítio do Apicum. Zé Camões, de São José dos Índios, Luis da Navó, da Maioba, e Lucas, do Sítio do Apicum, começaram a convidar outras brincadeiras para participar da festa.

            Desde então, o evento ganhou grandes proporções e tornou-se essa grande manifestação cultural vista nos dias atuais. O nome Lava-bois foi dado devido ao fato do evento encerrar oficialmente a temporada junina no estado, assim como o Lava Pratos encerra o período carnavalesco.

            Programação

            Sábado, dia 8

            16h – DJ Beto

            17h – Bumba Meu Boi d'Itapari

            18h – Daysa Costa

            20h – Companhia Barrica

            21h – Bumba Meu Boi Brilho da Terra

            22h – Bumba Meu Boi de Morros

            23h – Andson Mendonça

            1h – Bumba Meu Boi de Axixá

            2h – Bumba Meu Boi Meu Tamarineiro

 

            Domingo, dia 9

            Bumba Meu Boi Capricho

            Bumba Meu Boi Brilho Tesouro da Ilha

            Bumba Meu Boi do Sítio do Apicum

            Bumba Meu Boi Disciplinador da Ilha

            Bumba Meu Boi da Matinha

            Bumba Meu Boi de Juçatuba

            Bumba Meu Boi da Maioba

            Bumba Meu Boi do Miritiua

            Bumba Meu Boi Tremor da Campina

            Bumba Meu Boi de Ribamar

 

São Luís recebe Tardezinha, com Thiaguinho, neste sábado, 8

                                                                  Crédito: Fernando Veller



Atendendo aos pedidos de uma legião de fãs, o projeto Tardezinha está de volta depois de quatro anos. Ao longo de 2023, Thiaguinho comanda uma turnê que já passou por 13 cidades fazendo shows com o mesmo astral de sempre. Em cada apresentação, além de um repertório com clássicos do samba e do pagode da década de 90 e dos anos 2000, Thiaguinho convida artistas de destaque nacional. Para São Luís,  um dos nomes confirmados é o cantor Chrigor, ex-integrante do Exaltasamba.


O show em São Luís será neste sábado (8), às 16h. “Tardezinha” é  um grande sucesso comandado pelo cantor Thiaguinho, e acontece no Espaço Reserva, ao lado do estacionamento do Shopping da Ilha (Maranhão Novo).


O projeto começou em 2015 e fez grande sucesso desde seu lançamento. Foram quatro anos com dezenas de shows por todo o Brasil, com a irreverência e a empolgação de um carnaval de rua brasileiro. Idealizado despretensiosamente de início, o evento ganhou notoriedade pela qualidade musical e pelo sucesso que foi entre os fãs. O encerramento da primeira rodada de shows ocorreu no maior estádio de futebol do Brasil, o Maracanã, em 2019.


Pelo  palco da “Tardezinha” já passaram  convidados como Péricles, Iza, Rodriguinho, Alexandre Pires, Belo, Ferrugem, Ludmilla, Rael, Marcelo D2, Di Ferrero, Atitude 67 e Léo Santana. 


Segundo Thiaguinho,  o repertório dos shows, composto por clássicos do samba e do pagode da década de 90 e dos anos 2000, garante tanto sucesso.

 

A Tardezinha foi um marco para o samba e o pagode nacionais. Segundo o próprio Thiaguinho, que em 2022 completou 20 anos de carreira, o intuito do evento é de honrar a cultura brasileira e unir o povo com muita música boa, curtição e energia positiva.


 P.S: Eu estarei lá e depois conto pra vocês o que achei.


Serviço

O que: Tardezinha em São Luís

Quando: 8 (sábado). Abertura dos portões às 16h; início do show às 17h

Onde: Espaço Reserva (Shopping da Ilha)

 

Começa nesta sexta-feira, 7, o Festival Zabumbada


O Festival Zabumbada, arraial fora de época do Maranhão, está de volta em 2023, para celebrar os tambores juninos promovendo o encontro de batalhões do bumba-meu-boi e grupos de dança locais com atrações convidadas. Nesta edição a Praça das Mercês, centro histórico de São Luís, vai tremer ao som do Olodum, a maior banda percussiva do planeta, e de Gaby Amarantos, multiartista amazônica, respectivamente dias 7 e 8 de julho.

O Zabumbada é um projeto da Temporana Produções Culturais, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. E assim como foi no ano passado, o Festival Zabumbada também terá um espaço dedicado ao forró pé de serra e às barraquinhas de comida típica.

“Estamos voltando com mais energia para reverenciar nossa cultura popular, tanto no palco quanto nas escolas. Dessa forma acreditamos que o verdadeiro sentido da cultura se consolida, pois só se valoriza aquilo que se conhece. Viva os tambores do Maranhão!”, afirma a diretora do projeto, Caroline Marques.

Mas antes da festa tem o guarnicê da troca de saberes que é a alma do projeto e começa agora em junho, com a Caravana Zabumbada. A série de oficinas gratuitas de dança e percussão do bumba meu boi para estudantes de escolas públicas da área Itaqui-Bacanga neste ano traz uma novidade: vai contemplar também a trupe do Grita, grupo de teatro do Anjo da Guarda que já décadas realiza a Via Sacra mais tradicional da cidade.

“A escolha da área Itaqui-Bacanga se deu em função de ser um território denso de população e, embora localizado no distrito industrial e onde está localizada a universidade federal, ainda tem grandes necessidades não atendidas, principalmente nas áreas de educação e cultura”, explica Carol Marques.

A Caravana pretende alcançar, nesta edição cerca de 1.500 estudantes, entre crianças e jovens. Após a etapa formativa, os participantes contemplados pelas oficinas culturais e suas famílias são os convidados especiais da segunda etapa do Zabumbada, em julho. A ideia é celebrar os resultados das oficinas e o encontro especial entre a rica cultura do Maranhão com os sons do Pará e da Bahia, representados pelos convidados deste ano.

As oficinas de dança terão como tema os personagens que compõem as apresentações do bumba meu boi: índias, índios, caboclos de pena e de fita e miolo do boi. As de música serão dedicadas aos tambores: zabumba e pandeirão.

O objetivo é apresentar os personagens no contexto cultural em que estão inseridos, estimulando o sentimento de pertencimento da comunidade ao Maranhão, berço do bumba meu boi, que é a maior manifestação cultural do estado, tombada como patrimônio imaterial do Brasil.

Programação

DIA 07 (SEXTA)

PALCO PRINCIPAL

18h – Tambor de Taboca da Casa Fanti Ashanti

18h30 – Lelê de Riacho Seco

19h – Boi da Lua

20h – Boi de Guimarães

21h – Anastácia Lia e Banda

22h – Boi da Madre Deus

23h – Olodum (BA)

DJ Palco | Vanessa Serra

PALCO FORRÓ PÉ DE SERRA

17h30 – AKPALÔ: Contos da Mãe África com Pique Esconde Artes

18h – DJ Felix

20h – Forró do Mel convida Júlia Vargas


DIA 08 (SÁBADO)

PALCO PRINCIPAL

18h – Tambor dos Onças

18h30 – Baião de Seis – Grupo Gamar

19h – Boi Rama Santa

20h – Boi de Iguaíba

21h – Bia e Os Becks (PI)

22h – Boi de Pindaré

23h – Tião Carvalho

00h – Gaby Amarantos (PA)

DJ Palco | Vanessa Serra

PALCO FORRÓ PÉ DE SERRA

17h30 – Auto do Bumba Meu Boi com André Lobão

18h – DJ Alladin

20h – Ellas do Forró

22h – Furmigadub (PB)

terça-feira, 4 de julho de 2023

Em segundo episódio de podcast, Nando Reis fala dos conflitos com os Titãs e da perda de Marcelo Fromer

 Novo episódio de Lugar de Sonho estreou no dia 3 de julho; artista relembra turnê do Acústico MTV e adolescência tardia que viveu durante o auge da banda


 

 

São Paulo, junho de 2023 - Ontem (3 de julho), estreou mais um episódio de Lugar de Sonho, podcast narrativo de Nando Reis, lançado como parte das comemorações de seus 60 anos. No capítulo, o artista trata da sua relação com os Titãs, relatando vários dos episódios que viveu ao lado da banda – momentos bons e também conflituosos, que acabaram por influenciar na sua saída depois de mais de 20 anos de parceria.

 

Ao longo do episódio, Nando faz uso de uma linha temporal para falar dos altos e baixos da banda. "Na minha cabeça, a gênese e a definição dos Titãs como identidade musical se deu nos primeiros 10 anos, enquanto o Arnaldo estava lá. Os 10 anos subsequentes, que incluem o 'Acústico [MTV]', são consequências disso. Eu trato deles como um produto correlato daquilo que nós criamos antes", afirma.

 

Segundo Nando, o "Acústico" está no imaginário das pessoas como o apogeu dos Titãs e, ainda que discorde da opinião, reconhece que o disco foi ímpar para o sucesso e ganho de popularidade da banda. Ele relembra de como a vida se tornou frenética durante a turnê do álbum, e de como os 200 shows ao ano e a falta de rotina acabaram por levá-lo a uma vida de excessos, de abuso de drogas, inclusive.

 

"Eu vivi a infância e a adolescência aos 30 anos de idade. Eu faço essa relação. Eu deslumbrei, fiquei bobo, fiz um monte de bobagem", confessa. Para o artista, muitas das decisões tomadas naquela época pela banda foram equivocadas. "Fomos gananciosos, preferimos o sucesso."

 

A amizade com Marcelo Fromer, membro da banda morto depois de sofrer um atropelamento em 2001, também é um dos temas abordados por Nando neste episódio. "A tragédia não terminou aí porque o Marcelo morreu em junho e a Cássia [Eller] morreu em dezembro do mesmo ano. No espaço de seis meses, eu perdi o meu melhor amigo e minha melhor amiga. Foi uma bomba na minha vida. Eu posso dizer que todas as decisões que eu tomei a partir daí, as mais drásticas, como a saída dos Titãs e também me separar, estão relacionadas a esses dois eventos", conta.

 

A série Lugar de Sonho foi gravada em Jaú, no interior de São Paulo, numa fazenda que pertence à família de Nando há gerações e onde ele passou parte da pandemia com seus filhos, servindo como ponte entre passado e presente. As lembranças de Nando são costuradas por gravações de entrevistas e material de seu arquivo pessoal inédito para o público. O podcast está disponível nas principais plataformas de streaming do país.

Confira aqui o segundo episódio no Spotify: Link 

 

LUGAR DE SONHO

Produção: Trovão Mídia

Produção executiva: Ana Bonomi

Direção: Arthur Chacon e José Orenstein

Pesquisa: Arthur Chacon e Sofia Diniz

Transcrição: Ana Azevedo

Edição de som e mixagem: PhonoCortex

Som direto: Tomás Franco

Identidade visual: Zoé Passos e Felipe Campos