terça-feira, 21 de setembro de 2021

Live celebra 15 anos de “Paisagem feita de tempo”

 


Este ano o livro “Paisagem Feita de Tempo”, do poeta maranhense Joãozinho Ribeiro, completa 15 anos de lançamento, realizado em abril de 2006. A primeira edição do livro está completamente esgotada e atualmente o autor está buscando meios de viabilizar uma nova edição.

Objeto de vários estudos acadêmicos, com destaque para os da professora pós-doutora em Teoria Literária Silvana Pantoja (UEMA/UESPI) e do professor doutor Valmir de Souza (USP), a obra poética, com características autobiográficas, é uma verdadeira declaração de afetos pela cidade de São Luís, Patrimônio Cultural da Humanidade, e pelos seus habitantes.

Embora mais conhecido como compositor, Joãozinho Ribeiro tem também uma obra poética consistente, inédita em livro – a citar “Paisagem feita de tempo”, e outras que ainda anseiam por merecidas publicações. Uma curiosidade é que vários trechos da obra viraram música, casos de “Amália”, que homenageia sua mãe, “Rua Grande” (parceria com Zezé Alves), “Anonimato” (musicada por Chico César), em homenagem a seu pai, e o clássico “Milhões de uns”, gravada por Célia Maria.

No próximo dia 24 de setembro, às 19h, será realizada uma live para celebrar a efeméride, com as presenças dos professores Silvana Pantoja e Valmir de Souza; dos premiados poetas Celso Borges (que escreveu a orelha da edição original) e Hamilton Faria (que assinou o prefácio), do jornalista Zema Ribeiro, além do autor Joãozinho Ribeiro.

A transmissão acontecerá pelo canal da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) no youtube (youtube.com/smdhvida).

 

Serviço

O quê: live Tempo e paisagens: 15 anos de “Paisagem feita de tempo”

Quem: o poeta Joãozinho Ribeiro e convidados

Quando: dia 24 de setembro (sexta-feira), às 19h

Onde: canal da SMDH no youtube (youtube.com/smdhvida)

Quanto: grátis

Zeca Baleiro lança ‘O Tempo Não Espera’

Já está nas plataformas digitais “O Tempo Não Espera”, novo single de Zeca Baleiro. Lançado via tecnologia blockchain, o projeto inovador disponibilizou cotas tokenizadas de “O Tempo Não Espera”. Assim como se compra qualquer criptomoeda, os fãs puderam adquirir pela internet os tokens desenvolvidos em blockchain e operados pela Tune Traders, e se tornar coprodutores do single. A cada vez que “O Tempo Não Espera” tocar em algum serviço de streaming, os fãs coprodutores estarão ganhando royalties.

“O Tempo Não Espera” é um reggaeton composto durante a pandemia especialmente para esse projeto. “É uma reflexão sobre este tempo de dor e incerteza em que estamos mergulhados, e da necessidade de, de certo modo, ‘reconstruir o mundo’, o de fora e o de dentro. Apesar do texto reflexivo, a música é um convite à dança, à alegria e à esperança por dias melhores. Vamos dançar sobre as cinzas”, comenta Baleiro. 


Zeca Baleiro_crédito foto Silvia Zamboni_137s.jpg

crédito foto: Silvia Zamboni


Com a diluição do mercado fonográfico, que foi modelo de trabalho eficaz por muitos anos, novos mercados e modelos estão surgindo para os artistas da música. Projetos audaciosos como a tokenização de artistas, músicas e obras, oferecem um formato inovador que alia o financiamento coletivo à tecnologia blockchain e possibilita uma maior conexão entre o artista e seu fã. Atento a esse novo cenário, Baleiro resolveu lançar “O Tempo Não Espera” em parceria com a plataforma TuneTraders, um projeto inédito no Brasil que tornou fãs coprodutores de seu novo single. 


Nesse projeto, o fã coprodutor tem um papel importante no processo de divulgação e performance da música, influenciando no resultado para si e para o artista. “É muito bom que estejam surgindo novas formas de divulgar e comercializar a produção dos artistas da música. Novas picadas vão se abrir deste casamento entre tecnologia e música, o futuro da arte aponta para esse caminho”, avalia Zeca Baleiro.


Zeca Baleiro_O Tempo Não Para_capa.jpg

[letra]

O TEMPO NÃO ESPERA (Zeca Baleiro)

Pra onde sopra o vento agora

Pra onde vamos depois que o sol se pôr

E tudo for só medo, dúvida e escuridão

Qual a estrada a seguir

Se não há luz no céu, farol no mar

Nenhuma estrela guia o meu passo agora

O dia ainda demora


Vamos dançar sobre as cinzas e os escombros desse mundo

Quero mergulhar no fundo e voltar a respirar

Replantar as flores esmagadas na avenida

Ver a vida dizendo “o tempo não espera”


Como fazer viver o sonho

Na aridez do deserto 

O que restará depois

Se esquecemos de acalentar a ilusão

Qual a estrada a seguir

Se não há luz no céu, farol no mar

Nenhuma estrela guia o meu passo agora

O dia ainda demora


Vamos dançar sobre as cinzas e os escombros desse mundo

Quero mergulhar no fundo e voltar a respirar

Replantar as flores esmagadas na avenida

Ver a vida dizendo “o tempo não espera”


Quem saber ver, verá

Quem sabe um dia

A claridade vem


[ficha técnica]

Zeca Baleiro - voz, synths e vocais

Érico Theobaldo - programação e synths

Pedro Cunha - teclados

Tiquinho - trombones

Hugo Hori - sax e flauta


* produzida por Érico Theobaldo e Zeca Baleiro

Mãos à Obra acontece até 06/10 com oficinas, debates, exposição e apresentações


Em 2021, o Sesc realiza a 23ª projeto “Mãos à Obra”,  um projeto que aborda a arte educação e múltiplas acessibilidades por meio de um conjunto de ações que possibilitam a públicos diversos uma experiência estética e fruição em arte por meio do estímulo de percepções sensoriais diversas e ações formativas.  

O contexto contemporâneo aponta para a necessidade de diálogos sobre acessibilidade física, cognitiva, social e emocional que envolve as diversas deficiências: sensoriais (auditivas e visuais), físicas (motoras e neuromotoras), intelectuais e com transtornos mentais, no contexto cultural, abordando aspectos sobre a criação e adaptação de espaços, a elaboração de propostas que estimulem as possibilidades de percepção e apreciação sensoriais, o oferecimento de serviços de informação através de formas alternativas de comunicação, além de ações de sensibilização e capacitação dos profissionais inseridos nas instituições culturais, de modo que estes se tornem multiplicadores de direitos culturais. 

 O projeto surgiu a partir de uma visita orientada ao projeto “Museu e Público Especial” realizado pelo Museu de Arte Contemporânea de São Paulo com participação da curadora e museóloga Amanda Tojal, resultando posteriormente no desdobramento de uma primeira experiência em São Luís com a 1ª Mostra de Artes Visuais direcionada para a apreciação do público com deficiência visual, que recebeu o nome de “Além do Olhar”, representando um marco no trabalho educativo e social do Sesc em São Luís e apresentando assim os primeiros passos no desenvolvimento de ações e reflexões desta temática. 

A programação 2021 acontece até o dia 6 de outubro e inclui oficinas, debates, exposição e apresentações. Confira a agenda:


EXPOSIÇÃO ILHADOS

A Exposição Ilhados parte da inquietação do coletivo de artistas maranhenses “Os Dalí” a partir de depoimentos e experiências compartilhadas sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência na cidade de São Luís. A exposição conta com uma série de 11 fotografias e 4 instalações artísticas com recursos de tecnologia assistiva para garantia de acessibilidade comunicacional, tais como: pranchas táteis e em alto-contraste de cor, audiodescrição, vídeo em libras e texto em braile que pretendem provocar a discussão e reflexão sobre a problemática da falta de acessibilidade para pessoas com deficiência em várias instâncias.

Sala Sesc de Exposições

Condomínio Fecomércio Sesc Senac

Período: 01/09 a 08/10/21

Visitação agendada: Segunda a Sexta – 9h as 12h e 14h as 17h.

Agendamento prévio e gratuito: (98) 3216 3826


 22/09 (quinta)

Debate Externo “Acessibilidade nas redes sociais” – Andreza Nóbrega/PE e Catharine Alencar/SP

Mediação: Andressa Cabral/MA

19h – Youtube Sesc MA


22 e 24/09 (quarta e quinta)

Oficina – “Recursos Didáticos Acessíveis em Artes Visuais” – Palloma de Castro/MA

14h30 as 17h30 – Sala Sesc de Exposições/ Plataforma Teams e Classroom

Inscrições Gratuitas:

https://forms.gle/unD1fuU8sustz8hn6


23/09 (quinta)

Exibição de curtas inclusivos com mediação – Manoela Meyer/RJ

15h - Plataforma Google Meet

Inscrições Gratuitas:

https://forms.gle/aan3aPiBbBRRDvUA7


25/09 (sábado)

Debate presencial “Acessibilidade nos museus: desafios e conquistas” – Gabriela Campos (MAV) e Amélia Cunha (MAHM)

Mediação: Paula Barros/MA

10h - Museu de Artes Visuais do Maranhão – MAV (Rua Portugal – Centro Histórico)

Inscrições Gratuitas:

https://forms.gle/ufvM5TuvBCSM4nSA6


28, 29, 30/09 e 01/10 (terça, quarta, quinta e sexta)

Oficina – “Audiodescrição em Apresentações Culturais” – Alessandra Pajama/MA

14h30 as 17h30 – Sala Sesc de Exposições / Teatro Sesc / Plataforma Teams

Inscrições Gratuitas:

https://forms.gle/EtheEN1YMor1DLBPA


01/10 (sexta)

Apresentação “Slam das Manas Surdas” – Catharine Alencar/SP

19h – Youtube e Instagram/IGTV Sesc MA


02/10 (sábado)

Vídeo Apresentação (Circo) – Palhaço Surdy – Igor Rocha/SE

19h – Youtube e Instagram/IGTV Sesc MA


05/10 (terça)

Vídeo Diálogo – Sesc Mãos Obra: múltiplas acessibilidades

19h – Youtube e Instagram/IGTV Sesc MA


06/10 (quarta)

Vídeo Apresentação (Teatro) “Entre ovos, galinhas e revolução” – Vilson Moreira/MA.

19h – Youtube e Instagram/IGTV Sesc MA



Comunidades do MA recebem oficinas de cinema


Jovens da comunidade de Verona/Vila Tropical, no município de Bom Jesus das Selvas (MA), estão aprendendo na prática a fazer cinema. Lá, estão sendo realizadas as oficinas de audiovisual que integram o projeto Cultura na Praça, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, que promove também exibições gratuitas de cinema no interior dos estados do Maranhão e Pará. O projeto é realizado nos estados do Maranhão e Pará desde 2017.

Durante as aulas, os jovens aprendem a conceber o documentário, produzir o que é necessário e captar imagens e sons. Assim como em 2020, o Cultura na Praça deste ano teve que se adequar ao cenário de pandemia da Covid-19. Para garantir a segurança e bem-estar de todos, os encontros seguem rígidos protocolos sanitários, o que inclui distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel.

A oficina também fornece material didático, como apostilas e videoaulas, além de equipamentos para as práticas em campo. “Assim como nas edições anteriores, nossa intenção com as oficinas é que jovens de pequenas comunidades do interior do país, sem experiência com a produção audiovisual, aprendam como é fazer cinema”, explica Gilberto Scarpa, coordenador do projeto. “Outro objetivo é promover a história e a cultura de cada lugar visitado por meio de documentários, que são produzidos pelos próprios alunos.”

Verona/Vila Tropical é apenas a primeira parada do projeto no Maranhão. Ainda neste mês de setembro, as oficinas vão ocorrer em outras quatro comunidades do estado: Francisco Romão e Pequiá de Cima (Açailândia), São João do Andirobal (Cidelândia) e Vila São Raimundo (São Pedro da Água Branca). Em seguida, o projeto segue para o Pará.

“O Instituto Cultural Vale tem um compromisso com a cultura e vai onde ela estiver. E por isto patrocinamos o Cultura na Praça que promove encontros pautados na valorização diversas culturas, de suas raízes e identidades locais, com vistas a transformação social. Com a formação de grupos de jovens e construções coletivas de conteúdos audiovisuais, proporcionamos a troca e aprimoramos a reflexão e a interação com as suas culturas”, destacou Christiana Saldanha, gerente do Instituto Cultural Vale.

Para o professor e cineasta Cris Azzi, as oficinas do Cultura na Praça são um lugar de troca de conhecimento e criação, onde o audiovisual funciona como ferramenta para que os jovens reflitam e comuniquem seus sentimentos e suas histórias, tanto individuais como coletivas, dentro de suas comunidades. “É de fato uma experiência inesquecível, seja para quem ministra o curso, como para quem vivencia a experiência como aluno”, resume o cineasta.

O início

No primeiro dia de aula, após um breve momento de apresentação e confraternização entre os participantes, o professor Cris Azzi explicou aos alunos da oficina quais as etapas de produção de um filme e como funciona uma equipe de filmagem. “A primeira aula foi bastante interessante, pois nunca tínhamos estudado sobre cinema”, avalia o aluno Ricardo Silva, de 21 anos.

Já para Maria Lindalva, o mais bacana foi começar com a mão na massa, ou melhor, nos equipamentos. “A primeira atividade prática foi tirar fotos uns dos outros, e a experiência foi muito legal. Aprendemos a mexer na câmera, a escolher os melhores ângulos e a observar como está a luz. As fotos ficaram ótimas!”, conta, orgulhosa.

Ricardo ainda não sabe exatamente qual será o filme que o grupo vai produzir, mas está ansioso para que comecem logo as gravações. “Eu estou bastante empolgado porque na segunda aula já vamos trabalhar as ideias do nosso filme”, disse o jovem, ao final da aula. Questionado sobre suas expectativas para o documentário, fez questão de deixar claro que o medo e a insegurança já ficaram para trás. “Uma frase que Cris falou e que eu gostei muito foi que, se for perfeito, não tem graça”, conta, com semblante tranquilo. “Tenho certeza que vamos fazer um belo trabalho juntos!”.

A última etapa do Cultura na Praça está prevista para novembro, quando todos os documentários produzidos durante as oficinas serão exibidos na sala de cinema virtual “Cine Babaçu”, plataforma de exibição online do Cultura na Praça (culturanapraca.art.br), assim como em sessões especiais nas próprias comunidades, para que os alunos e seus convidados tenham a oportunidade de assistir ao filme na tela grande de cinema.

O projeto Cultura na Praça é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, apoio do Centro Cultural Tatajuba e realização da Vivas Cultura e Esporte, Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo - Governo Federal, Pátria Amada Brasil.

Sexta temporada da oficina “Trilhas e tons” começa dia 27 em Vitorino Freire


Após certificar mais de 1.000 cursistas em mais de 50 municípios maranhenses, a oficina “Trilhas e tons: Teoria musical aplicada à música popular” chega este ano a sua sexta temporada, mais uma vez com patrocínio da Equatorial Maranhão, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Desta vez serão sete municípios maranhenses contemplados e o roteiro desta edição do projeto inicia seu trajeto pelo município de Vitorino Freire, onde a oficina acontece entre os próximos dias 27 de setembro e 1º. de outubro – as inscrições estão abertas e podem ser feitas na Escola de Música Maestro Zé Mitonho, onde também acontecerão as aulas. São oferecidas 30 vagas por turma, com inscrições e material didático gratuito.

“Trilhas e tons” tem carga horária de 20 horas aula, distribuídas em cinco dias de formação. A oficina de teoria musical aplicada à música popular é ministrada pelo cantor e compositor Nosly, com coordenação de Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy, todos nomes reconhecidos por sua atuação de longa data na cena da música popular brasileira produzida no Maranhão.

Em Vitorino Freire, “Trilhas e tons” conta com parcerias locais, estabelecidas com o Coletivo Cultural de Vitorino Freire, Feeling Assessoria de Comunicação e Marketing, Secretaria Municipal de Cultura, Mulher e Turismo, além da própria Escola de Música Maestro Zé Mitonho.

Morador de Lago da Pedra, por onde a oficina já passou em edição anterior do projeto, foi o carioca Hugo Lima quem colocou o Coletivo Cultural e a produção em contato. “Fazer a ponte entre o projeto “Trilhas e Tons” e o Coletivo Cultural de Vitorino Freire foi apenas uma forma de contribuir para o fomento da cultura e expansão de apresentação de um estilo musical que vem sendo esquecido no nosso país”, declara.

Ele relembrou a passagem da oficina pelo município em que mora: “O acontecimento movimentou positivamente a cidade. “Trilhas e Tons” deixou mais que conhecimento musical na cidade: o projeto fomentou escola de música e loja de instrumentos musicais também; os frutos dessa iniciativa linda são colhidos até hoje em Lago da Pedra”.

“É a primeira vez que Vitorino Freire tem a honra de receber um projeto de música, teórico e prático, com direito a dar certificado aos participantes. É muito grandioso para nós, fazedores de cultura, e para nós, vitorinenses, recebermos o projeto que já tem uma visibilidade nacional. Nós conhecemos o trabalho do Wilson Zara e entendemos que ele tem muito a colaborar com todos nós. É um abraço, é um apoio a mais que Wilson Zara e o projeto “Trilhas e tons” estão trazendo para a juventude de Vitorino Freire alavancar um pouco mais nas suas ideias de músicos. Nós temos certeza que em Vitorino Freire há muitos músicos em potencial, que precisam apenas de um empurrão, de um incentivo, como esse que o projeto “Trilhas e tons” está trazendo ao município. Nós ficamos muito gratos”, afirmou o jornalista Salis Chagas, membro do Coletivo Cultural de Vitorino Freire e articulador local do projeto.

A oficina chega ao município logo após as comemorações do aniversário da cidade, dia 25 de setembro. “Vai ser também um presente para o município”, continua Salis, bastante entusiasmado com a iniciativa.

Serviço

O quê: oficina “Trilhas e tons – Teoria musical aplicada à música popular”

Quem: o instrutor Nosly, o coordenador Wilson Zara e o assistente Mauro Izzy

Quando: de 27 de setembro a 1º. de outubro

Inscrições: já abertas

Onde (inscrições e aulas): Escola de Música Maestro Zé Mitonho

Quanto: grátis (inscrições, aulas e material didático)

Patrocínio: Equatorial Maranhão, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão


terça-feira, 14 de setembro de 2021

“Imã” foi a grande vencedora do Ilha Bela Festival

Foto: Rodrigo Ramos 

A música “Imã”, de autoria do imperatrizense Josifran foi a grande vencedora da primeira edição do Ilha Bela Festival com 44,6% dos votos. A votação popular foi encerrada no final da tarde do  domingo, 12, quando foram definidos os três primeiros colocados no concurso cultural realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), em alusão ao aniversário de 409 anos de São Luís.  A segunda música mais votada foi “Tamboreio!”, de Lara Moura e Felipe Costa Cruz, com 22,3%; e em terceiro lugar ficou a canção “Cidade de Luz”, do músico Gilvan Frazão, com  9,3% dos. No total foram recebidos 107.438 votos.

Ao todo, 140 músicas foram inscritas, destas 10 foram selecionadas com critérios como melodia, harmonia, originalidade e criatividade, e claro, São Luís como inspiração.

Josifran, o compositor e intérprete de “Imã” é cantautor e produtor musical, nascido e criado em Imperatriz, atualmente reside em São Luis. Ele diz que seu trabalho autoral é influência das suas raízes norte-nordeste, trazendo composições e releituras que ajudam a criar uma atmosfera bairrista interiorana.

“A euforia tá tão grande que ainda nem sei muito bem o que dizer. Só sei que a felicidade é grande que nem cabe no peito. Fiz uma canção contando como foi ser abraçado por São Luís e ela me devolveu um abraço caloroso com um ‘xero’ no cangote. Obrigada a todos os amigos que acreditaram no meu trabalho e votaram muito”, disse.

A segunda composição mais votada foi “Tamboreio!”, de Lara Moura e Felipe Costa Cruz, interpretada por Lara. Foi a primeira apresentação de Lara em um palco, e logo no palco do Teatro Arthur Azevedo. Ela contou que recebeu a letra do amigo Felipe e que enquanto andava de bicicleta criou a melodia.

“Ainda não caiu a ficha. Muita felicidade porque pessoas grandiosas participaram do Festival, gente com trajetória inspiradora. Foi uma composição conjunta, o Felipe já participou de vários festivais, então é uma honra de ter participado e ele ter confiado em mim para dividir essa música com ele”, disse a cantora.

Gilvan Frazão, cantor e compositor de “Cidade de Luz”, ficou com o terceiro lugar. O maranhense com mais de 25 anos de carreira tem trajetória marcada por apresentações em diversas cidades do estado e, atualmente, nos bares e restaurantes da capital.

“Estou muito contente, conseguimos chegar em terceiro lugar. Ilha Bela foi um festival criado pelo estado, com 140 inscritos, fiquei entre os 10, Então fiquei muito realizado. Para mim já foi um prêmio, porque a gente que é pequeno tenta fazer música e às vezes não consegue chegar, e um festival faz com que a gente se torne mais conhecido. Obrigado de coração”, disse Gilvan.

O primeiro lugar do Ilha Bela Festival vai receber o prêmio de R$ 10.000,00;  o segundo colocado R$ 7.000,00; e  o terceiro R$ 5.000,00. Do quarto ao décimo colocado, serão pagas as premiações de R$ 1.000,00.

 

Live foi no dia 8 de setembro

No dia 8 de setembro, data em que é celebrado o aniversário de fundação da capital maranhense, os intérpretes das 10 músicas classificadas na primeira etapa do festival se apresentaram em uma live filmada diretamente do palco do imponente Teatro Arthur Azevedo.

Seguindo todas as recomendações sanitárias de prevenção à Covid-19, as apresentações no Teatro Arthur Azevedo não foram abertas ao público, que pôde assistir o festival sem sair de casa. Ao término da live, a votação popular foi aberta e seguiu até as 18h do último domingo, em link disponibilizado pela Secma.

De acordo com o Secretário Anderson Lindoso, que ficou satisfeito com o resultado das apresentações, é possível que esta seja a primeira de muitas edições.

“Um festival voltado para inscrever músicas que falam da cidade que cantem as belezas da nossa cidade sejam elas, as belezas naturais, culturais, patrimoniais, as pessoas de São Luís, e nós pretendemos que tenha outras edições. Que este seja o primeiro passo para que a gente possa valorizar ainda mais a música maranhense, a música ludovicense, e resgatar o sentimento de pertencimento das pessoas pela produção local. É um momento muito importante porque estamos comemorando o aniversário da cidade, uma cidade ricamente cultural”, disse.

 


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

409 anos: espetáculo “Cidade de Porcelana” será encenado na Rua Portugal em homenagem a São Luís


A partir deste domingo (5), até 11 de setembro, ludovicenses e turistas que estiverem passeando ou apenas transitando pela Rua Portugal, um dos principais cartões-postais do Centro Histórico de São Luís, poderão acompanhar gratuitamente as apresentações do espetáculo “Cidade de Porcelana – 409 anos de história”, peça teatral promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), como parte da programação do Governo do Estado pelo aniversário da capital maranhense, celebrado no dia 8 de setembro.

O espetáculo será encenado nas janelas do casarão que já foi abrigo da  Secma, localizado na esquina da Rua Portugal com a Rua da Estrela. Serão duas performances teatrais diárias, cada uma com 40 minutos de duração e com intervalo de 20 minutos entre as apresentações.

A primeira encenação começará às 19h e vai até às 19h40. Já a segunda performance terá início às 20h com término às 20h40.

Durante o espetáculo, seis personalidades do passado contarão como suas trajetórias se confundem com a história da cidade. São eles: Ana Jansen, Sotero dos Reis, Odorico Mendes, Apolônia Pinto, Arthur Azevedo e Gonçalves Dias.  

Espetáculo de luzes

O espetáculo “Cidade de Porcelana” contará ainda com uma ambientação especial. Globos espelhados serão instalados na Rua Portugal para compor a apresentação das personalidades, proporcionando efeito nos casarões e uma experiência única envolvendo luzes e artes cênicas.

Em todos os dias de apresentação, a ambientação será iniciada às 18h30, se estendendo até às 21h30.

Cidade de Porcelana

Quem assina a peça é o grupo Núcleo de Produção Teoria das Artes. A direção do espetáculo é de Lewdyson Clay, o texto é de Jaime Jota Júnior, com músicas Autorais de Ronildo José e Samuel Bandão, e sonoplastia de Fredson Ribeiro.

De acordo com o diretor Lewdyson Clay, o nome “Cidade de Porcelana” é uma alusão à “era de ouro da cidade de São Luís”, que entre os séculos XVIII e XIV, projetou grandes nomes para os cenários nacional e internacional.

“O espetáculo foi pensado e proposto para fazer uma homenagem aos 409 anos da cidade de São Luís, levando para a cena referências textuais que fazem uma reflexão ao patrimônio histórico, artístico e cultural da Ilha de Upaon-Açu, através de personalidades, a exemplo de Ana Jansen, Sotero dos Reis, Odorico Mendes, Artur Azevedo, a atriz Apolônia Pinto, Arthur Azevedo e Gonçalves Dias. É a partir delas [das personalidades históricas] que toda a história é contada em forma de saraus, eventos nobres que aconteciam na cidade”, explica Lewdyson Clay.

No elenco, os atores Yasmin Lopes (Ana Jansen), Daniel Sousa (Sotero dos Reis), Adeil França (Odorico Mendes), Lediane Martins (Apolônia Pinto), Júnior Morgado (Arthur Azevedo) e Anderson Pytuyba (Gonçalves Dias), se revezam entre os dois atos do espetáculo, sendo que cada um desses momentos serão precedidos por um Arauto (mensageiro ou emissário).

“A peça será apresentada em dois atos, de 40 minutos cada, no primeiro o Arauto iniciará com a recitação de um poema, falando da cidade como um todo. No segundo ato, ainda guiado pelo Arauto, faremos uma homenagem a São Luís com personagens que se envolveram diretamente com a arte naquela época”, detalha Lewdyson Clay.

Durante as apresentações do espetáculo “Cidade de Porcelana”, será disponibilizado álcool em gel e o público deverá usar máscara e respeitar o distanciamento social em prevenção ao coronavírus.

SERVIÇO

O quê: Espetáculo “Cidade de Porcelana – 409 anos de história”.

Quando: De 5 a 11 de setembro, com duas apresentações diárias. Cada performance terá 40 minutos de duração (a primeira encenação vai de 19h às 19h40 e a segunda de 20h às 20h40).  

Onde: Antigo prédio da Secma, na Rua Portugal, nº 303 (esquina com a Rua da Estrela).

Exposição fotográfica homenageia a cidade de São Luís



Está em cartaz, por meio virtual, a exposição de imagens “São Luís, de Gente e de luz”, do fotógrafo José Miranda Jr, mais conhecido como Fozzie. São 40 fotografias, coloridas e em preto e branco, que retratam o cotidiano da capital maranhense, do seu povo e sua dinâmica de vida. As imagens podem ser conhecidas até o dia 1º de outubro.

Inicialmente, a coletânea fotográfica está disponível na página do Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão: centrocultural.mpma.mp.br. A visitação também pode ser feita presencialmente nos Espaços de Arte Ilzé Cordeiro (Centro Cultural) e Márcia Sandes (Procuradoria Geral de Justiça, no Calhau) a partir de 9 de setembro. A visitação presencial pode ser agendada pelo e-mail centrocultural@mpma.mp.br ou por WhatsApp (98 – 99200.2719)

Fozzie iniciou seu contato com a fotografia por diversão e, logo depois, se envolveu pelas potencialidades da arte. O fotógrafo hoje considera a fotografia como forma de se comunicar com o mundo. Na avaliação do profissional, São Luís, que vai fazer 409 anos em 8 de setembro, cresceu e se expadiu horizontalmente e verticalmente criando uma cisão entre uma São Luís antiga – com seus casarões históricos e um referencial afetivo de poesia – e uma cidade moderna e todas as desigualdades inerentes aos grandes centros urbanos.

“E é cá nesse ponto, em que nos encontramos. A presente exposição tem a ambição de trazer um pouco dessa São Luís. Um pouco desse tudo, dessa mistura sem fim – o cotidiano, o bucólico, o urbano, o invisível, o sol, a lua, o mar, entre tantos os protagonistas que fazem parte dessa seleção de imagens – dessa São Luís, de gente e de luz”, refletiu Fozzie.




EXPOSIÇÕES

O fotógrafo recebeu menção honrosa no 5º Photo Nature Brasil, com a foto “Espinhos nos Lençóis”; 3º lugar no Concurso de Fotografia Fotosururu 2020; participação na exposição coletiva “Humanidade e sua humanidade” no Festival de Fotografia de Amparo/SP; participação no 9º Salão Nacional de Arte Fotográfica ABCclick; participação na XXXI Bienal de Arte Fotográfica Brasileira Preto e Branco; exposição “São Luís de Maré e Memória”, promovida pela Empresa Maranhense de Administração Portuária.


Fotos: Ascom/MPMA

Produção musical indígena é destaque da terceira edição do Indígenas.BR

 


 

                                                                                                                                 Diego Janatã

O Centro Cultural Vale Maranhão realizará, de 4 a 12 de setembro, a terceira edição do programa Indígenas.BR. Este ano, as músicas indígenas são o destaque, com a exibição de videoclipes, documentários, bate-papos, além de shows e materiais inéditos de dois povos do Maranhão - os Kanela Ramkokamekrá e os Guajajara Tentehar - produzidos especialmente para o festival.

O Indígenas.BR - Festival de Músicas Indígenas contará ao todo com atrações de 16 povos diferentes, vindos das cinco regiões do Brasil: os Guarani (SP); os Tikuna (AM), os Wapichana (RR), os Huni Kuin (AC) os Kambeba e os Tupinambá (PA);  os Kaingang (SC); os Guarani Kaiowa (MS) e os Wauja e os Yawalapiti (MT); os Kariri Xico, os Pankararu e os Fulni-ô (PE); e o povo Mapuche da Bolívia.

Com curadoria da musicista e pesquisadora Magda Pucci e da jornalista e poeta Renata Tupinambá, o festival tem como objetivo difundir a pluralidade das produções musicais realizadas por artistas indígenas de diferentes partes do país. “São estéticas que escapam da nossa percepção rápida e fragmentada de mundo. São matrizes ancestrais de centenas de povos que aqui viviam, muito antes da chegada dos europeus. Elas vêm do Xingu, do Rio Solimões, das florestas do Acre, do sertão de Alagoas, dos planaltos do Mato Grosso do Sul e de muitos outros cantos. Mas há, também, músicas de hoje, criadas por jovens atentos às realidades atuais em movimentos de luta por territórios, em conexão com linguagens contemporâneas como o rap, hip hop e a música eletrônica. Tudo isso configura o cenário multifacetado da música indígena no Brasil”, explica Magda.

O programa Indígenas.BR foi criado no ano de 2019 e levou ao CCVM um mês de programação dedicada à cultura indígena, com debates e exibição de filmes. No ano passado, por conta da pandemia, o programa se adequou ao mundo virtual, com o lançamento do Prêmio de Fotografia Indígenas.BR, recebendo mais de 100 inscrições de fotógrafos indígenas de todo o Brasil. “O programa de arte, educação e cultura indígenas é um marco da programação do CCVM. Todos os anos miramos um aspecto das culturas indígenas para ser abordado, apresentando toda a diversidade de expressões dos povos originários. Enaltecer esses saberes tão complexos e pouco conhecidos é de extrema importância para repensar o mundo”, conta Gabriel Gutierrez, diretor do Centro Cultural Vale Maranhão.

                                                                                                                             Gean Ramos

 Programação tem material inédito de povos maranhenses e dos Waujá do Xingu

Três documentários curtas-metragens foram produzidos com exclusividade para o festival, registrando dois povos do Maranhão: os Kanela Ramkokamekrá da Aldeia Escalvado, em Fernando Falcão - terras indígenas Caru e Araribóia -, e dois grupos Guajajara Tentehar, de Lagoa Quieta e de Maçaranduba.

O material é dirigido pela artista e jornalista indígena Djuena Tikuna e pelo jornalista e músico Diego Janatã, que há mais de dez anos trabalham no registro sobre a musicalidade indígena, em especial da região Amazônica, destacando a sonoridade dos rituais de passagem e das atividades político-culturais do movimento indígena.

Além da direção dos documentários, Djuena participará de outros momentos do festival: em três rodas de conversa sobre tradição e contemporaneidade, rituais e músicas e a presença indígena no Maranhão; com o show inédito Os Cantos que acalentam os Encantados; e com o videoclipe Tetchi'arü'ngu, feito em parceria com o DJ Eric Marky, que atualmente desenvolve um trabalho de produção de música eletrônica e cantores indígenas de diversos cantos do Brasil.

Outro material inédito que será apresentado foi produzido pelo cineasta Takumã Kuikuro, que possui prêmios dos festivais de Gramado e Brasília, e no Presence Autochtone de Terres em Vues, em Montreal. Takumã realizou um registro inédito do músico e contador de histórias Akari Waujá e seu grupo, na aldeia Waujá no Parque Xingu, situada no extremo sul da bacia amazônica, em Mato Grosso, apresentando cantos do ritual da mandioca de nome Kukuho.

O cantautor Gean Pankararu com sua música autoral, a performer de origem Mapuche Brisa Flow, a MC feminista Anaranda e Edvan Fulni-ô junto com Oz Guarani completam a lista de atrações musicais.

 Produção audiovisual indígena no Brasil traz documentários e videoclipes ao festival

Somam-se às apresentações musicais, mostras de documentários e videoclipes que reúnem filmes em destaque entre produções indígenas no Brasil. Uma das atrações é o curta-metragem Nẽn Ga vī: uma retomada kanhgág em movimento, de Paola Gibram e Nyg Kuitá Kaingang, que mostra as reflexões dos kaingang contemporâneos sobre as usurpações culturais e existenciais decorrentes dos anos de contato com não-indígenas e a necessidade de se retomar as práticas e conhecimentos que lhes foram proibidos ou violados.

Outro filme que será exibido na mostra é Espírito da Floresta, feito a partir de uma pesquisa de Ibã Sales, txana do povo Huni Kuin. Na produção, os comentários aos cantos feitos por Ibã criam uma narrativa que conecta imagem e música, além de retratar o surgimento do coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin, grupo que ganhou os museus do mundo e do Brasil.

O festival contará, ainda, com a apresentação do trailer inédito da série de TV Sou moderno, sou índio, e a exibição exclusiva e inédita do episódio Sou moderno, sou músico, de Carlos Magalhães, que mostra o rap como uma das formas mais usadas de comunicação indígena na atualidade. Completam a programação os filmes Iburi – trompete Tikuna de Edson Matarezio e Nhandesy de Graciela Guarani.

Na mostra de videoclipes, será exibido ORE MBORAI - Orquestra Multiétnica, o encontro inédito de mais de 100 indígenas de nove povos distintos, que produziu um diálogo artístico potente e transformador no Encontro de Culturas da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Também se destacam Cuara çu, da poetisa e compositora Marcia Kambeba; o vídeo Resistência Nativa, que reúne os rappers Brô MCs, Oz Guarani e Kunumi MC com participação do escritor Olívio Jekupé; o registro de uma apresentação dos Kariri Xocó, em parceria com a cantora e rabequeira Renata Rosa; dois vídeos feitos por Alfredo Bello (DJ Tudo) de trechos da Corrida do Umbu dos Pankararu, em Brejo dos Padres; e o videoclipe Rapé de DJ Nelson D, em parceria com o VJ Soave.

Durante todos os dias, após as exibições audiovisuais, serão realizados bate-papos  com os artistas participantes do festival, sobre temas relacionados ao universo musical indígena brasileiro. Toda a programação poderá ser assistida pelo canal do Youtube do Centro Cultural Vale Maranhão (www.youtube.com/centroculturalvalemaranhao). Confira a programação completa no site do Cenro Cultural. 

 

Programação

Dia 04/09 – sábado – 19h

Mostra de documentários

– Música é arma de luta – Direção: Carou Trebitsch, Idjahure Kadiwéu. Lucas Canavarro e Nana Orlandi – 2021

Bate-papo com as curadoras Magda Pucci e Renata Tupinambá sobre a programação e o diretor do documentário Música é arma de luta, Idjahure Kadiwéu

Dia 05/09 – domingo – 19h

Mostra de videoclipes

- Cuara çu - Marcia Kambeba

- Tetchi'arü'ngu - Djuena Tikuna e DJ Eric Marky

Mostra de documentários

– Tupinambá - O grito ancestral no Tapajós

 

Show

- Os Cantos que acalentam os Encantados* - Djuena Tikuna

Bate-papo

Trânsitos entre a tradição e a contemporaneidade - Djuena Tikuna,  Gean Pankararu e Marcia Kambeba. Mediação: Brisa Flow

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Tambor de Crioula, Frevo e Ofício das Paneleiras de Goiabeiras são revalidados como Patrimônio Cultural do Brasil



O Tambor de Crioula do Maranhão (MA), o Frevo (PE) e o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES) tiveram revalidados seus títulos de Patrimônio Cultural do Brasil. Os processos de revalidação foram apreciados e aprovados por unanimidade, nesta terça-feira (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Antes da deliberação do Conselho, os processos dos três bens culturais passaram por consulta pública e os pareceres de reavaliação foram apreciados pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial do Iphan.

“É com grande alegria que aprovamos a revalidação de mais esses três bens como Patrimônio Cultural do Brasil. Agradeço o empenho do DPI [Departamento do Patrimônio Imaterial] e dos conselheiros na luta para garantir esse direito aos detentores”, destacou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Além dos registros e revalidações, também temos trabalhado a todo vapor no planejamento das ações de salvaguarda para que possamos concluir esse processo de proteção e valorização dos 50 bens registrados em todo o Brasil”, acrescenta.

Sobre os bens

O Tambor de Crioula do Maranhão (MA) é registrado como Patrimônio Cultural Imaterial desde 2007. Tradição em grande parte dos municípios maranhenses, a manifestação envolve dança circular, canto e batuque de tambores. Tem origem afro-brasileira e é dançada em louvor a São Benedito, em praças, terreiros e festas. O ponto alto da dança é a punga ou umbigada – ato em que as dançadeiras se cumprimentam batendo barriga com barriga.

                                                             Foto: Reprodução

O Frevo (PE), tradicional em Recife e Olinda (PE), é expressão musical, coreográfica e poética. Foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil em 2007 e tem origem no final de século XIX. A manifestação reúne melodia e criatividade vindas de outros gêneros. Inicialmente, era praticado por bandas militares, escravos recém-libertos, capoeiras e a nova classe operária de Recife do começo do século XX. O Frevo também está na lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Já os saberes relacionados à fabricação artesanal das panelas de barro estão incluídos no Livro de Registro de Saberes desde o ano 2002. Foi o primeiro bem registrado pelo Iphan como Patrimônio Imaterial. A produção, realizada no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), envolve técnicas tradicionais e matérias-primas naturais. O trabalho é realizado principalmente por mulheres, que repassam seus conhecimentos às filhas, netas, sobrinhas e vizinhas. As panelas são feitas de argila e modeladas à mão. Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas ao ar livre e impermeabilizadas com tinta de tanino. A técnica é herança cultural Tupi-guarani e Una.


Processo de revalidação

Os bens culturais registrados como Patrimônio Cultural passam pelo processo de revalidação a cada dez anos, de acordo com o estabelecido no Decreto nº 3.551/2000. O objetivo é investigar sobre a atual situação do bem cultural, verificar mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outros aspectos. A revalidação também busca dar subsídio a ações futuras de proteção e valorização do patrimônio imaterial.

Os processos de revalidação não visam destituir o título de Patrimônio Cultural do Brasil de qualquer bem registrado pelo Iphan. A retirada do título só ocorre, em hipótese remota, se os próprios detentores assim desejarem. Os detentores são convocados a participar de todas as etapas do processo de revalidação e contribuem com a elaboração do Parecer de Reavaliação, disponibilizado para manifestação dos detentores e a toda a população.

Conselho Consultivo

Presidido pela presidente do Iphan, Larissa Peixoto, conforme Regimento Interno do órgão, o Conselho Consultivo é composto por representantes de instituições públicas e privadas, bem como por representantes da sociedade civil.

Cabe ao Conselho examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas a tombamentos e registros de bens culturais de natureza imaterial. Ao Conselho também compete opinar sobre saídas temporárias do País de bens protegidos e outras questões propostas pela presidente.