sexta-feira, 26 de junho de 2020

Bumba Live Boi com Rita Benneditto

Daqui a pouco a prova de que está tendo São João sim! Embora adaptado ao novo momento, por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus, artistas e fazedores de cultura fazem questão de manter viva a tradição da festa mais aclamada pelos nordestinos: o São João. Assim, a cantora Rita Benneditto vai reunir grandes cantores e mais 13 representantes de grupos de bumba-meu-boi na Bumba Live Boi, a partir das 19h30 no canal dela no YouTube.

São fortes as ligações da cantora com esse bem cultural. E a artista vai louvar essa tradição com as participações da cantora Alcione e do cantor e compositor  Geraldo Azevedo, além de representantes de grandes grupos de bumba-meu-boi do estado, como:  Zé Olhinho (Boi de Santa Fé), Ribinha (Boi de Maracanã), Leila Naiva (Boi de Axixá), Chagas (Boi de São José de Ribamar), Nadir Cruz (Boi Floresta), Inácio Pinheiro e Roberto Brandão (Boi Barrica), Regina Avelar (Boi de Leonardo), Zé
Alberto (Boi Famosão) e Bartira, Dindinha, Graça e Zezé (Caixeiras do Divino Espírito Santo). A apresentação tem patrocínio da Equatorial e parte das doações obtidas durante a transmissão será revertida para os artistas.

“Faço uma homenagem ao Bumba Meu Boi, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, com participação super especial de Alcione, Geraldo Azevedo e representantes dessa manifestação artística no Maranhão. Essa é a minha homenagem à cultura do meu estado. Venham celebrar comigo a cultura do Maranhão”, convida Rita.

Rita será acompanhada no piano pelo maestro Zé Américo Bastos, que é responsável também pelos arranjos. A apresentação terá em seu repertório, o cancioneiro junino e da tradição do bumba-meu-boi, como: Bela Mocidade; (tema de Donato Alves gravado por Maria Bethânia), Boi de Haxixe (de Zeca Baleiro), “Todos cantam sua terra” e Pé no lajeiro, de João do Vale (1934-1996); e ainda “Isso aqui tá bom demais”, de Dominguinhos (1941-2013), entre outros clássicos da cultura
nordestina.

O Bumba Meu Boi é uma manifestação artística que se expressa no Brasil desde idos do século XVIII até os dias de hoje. Ela é preservada com afinco em diferentes regiões do país. No estado do Maranhão, ela constitui um complexo cultural que abarca seis diferentes ritmos – ou “sotaques”, como são conhecidos. Essa arte foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em dezembro de 2019.

No Maranhão, o Bumba Meu Boi se diferencia por compreender uma variedade de estilos, a multiplicidade de grupos e por, principalmente, aglutinar manifestações de arte, fé e festa. No caso da fé, ela abarca a devoção aos santos juninos (Santo Antônio, São João, São Marçal e São Pedro) e o culto a entidades de matriz africana, que, no Maranhão, são louvadas nas casas dedicadas ao Tambor de Mina e ao Terecô.

O ciclo festivo é vivenciado ao longo de todo o ano, dividindo-se em quatro etapas: ensaios, batismo, apresentações públicas e, por fim, a morte. Os "sotaques”, como são conhecidos, são seis: baixada, pandeirão, matraca, zabumba, costa-de-mão e orquestra. Essas formas não são, com tudo, únicas, e o mesmo vale para grupos surgidos a partir das recriações de grupos tradicionais.

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