Quase 21 anos depois da morte do
grupo Mamonas Assassinas o
público de São Luís terá a chance de relembrar um pouco do sucesso meteórico
que a banda teve, fenômeno de vendas no
Brasil, por meio de O Musical Mamonas
que tem última sessão hoje (12),
no Centro de Convenções do Sebrae.
A história dos cinco jovens em uma Brasília amarela
marcou o país, tanto que o musical é sucesso por onde passa. Com irreverência e
músicas que ficam na cabeça, o grupo conquistou o país nos anos 1990. No
musical, o público vai relembrar os detalhes da trajetória da banda e escutar
as músicas que, ainda nos dias atuais, fazem o maior sucesso.
Os Mamonas não foram apenas uma
banda. Muito além de um grupo de músicos apaixonados por rock, eles foram
críticos e também grandes cômicos de diversas situações brasileiras. O musical
oferece a mesma irreverência e o mesmo escracho que Bento, Dinho, Júlio, Samuel
e Sergio demonstravam dentro e fora dos palcos.
Arthur Ienzura, artista que
faz o papel do Sérgio, um dos um dos precursores da banda, garante em
entrevista a O Imparcial que o
elenco tem um pouco da energia de cada personagem. “Nós não tentamos imitar eles, a gente tenta trazer o ‘espírito mamônico’
para o palco e se divertir com isso, esse foi inclusive um dos fatores que
ajudaram a gente nas audições”.
De autoria de Walter Daguerre, o musical se desenrola como se
Dinho, Bento, Samuel, Júlio e Sérgio
contassem a própria história desde quando eram desconhecidos, quando animavam
festas de condomínios, até o reconhecimento nacional.
De acordo
com o roteiro, o espetáculo começa com a banda em um lugar parecido com o céu. A
partir daí o quinteto começa a contar sua história entremeada com música. Ruy
Brissac, Adriano Tunes, Yudi Tamashiro, Elcio Bonazzi e Arthur Ienzura vivem e
revivem a trajetória dos artistas usando o figurino tão conhecido pelo Mamonas,
como as roupas de presidiários, de Robin, Pernalonga e Chapolim.
Sucessos
como os como Robocop gay, Pelados em Santos, Vira-vira, Sabão crá-crá, Uma
Arlinda mulher, Lá vem o alemão, Mundo animal, entre outros, dão a tônica do
espetáculo, repleto de irreverência, escracho, características do quinteto e
que os fez tão queridos do público.
Inspiração
Mamonas
Assassinas foi inspirada em nomes do pop rock, como Legião Urbana, Titãs,
Cazuza e Red Hot Chili Peppers. A primeira formação era com Bento Hinoto
(guitarra), Samuel Reoli (baixo) e Sérgio Reoli (bateria). Dinho entraria
depois.
A banda
teve um único disco antes do fim da banda que vendeu três milhões de cópias e
em apenas seis meses, dois milhões. Na época o grupo ganhou disco de diamante.
Hoje a vendagem do disco já é de mais de 5 milhões.
Cinco perguntas//Arthur Ienzura
Como ficou sabendo da seleção
para o musical e foi difícil participar do seletivo?
Soube
através da internet que haveria a seleção para a peça. Foram mais de 1.500
inscritos que depois se tornaram uns 500 selecionados pra fazer o teste ao
vivo. Foi um processo bem longo, mas muito divertido ao mesmo tempo.
Participamos de um workshop de 3 dias com toda a equipe criativa, fazendo
vários testes de canto, dança e improvisação.
Qual a sua relação com a história do
Mamonas?
Eu era muito
pequeno quando eles faleceram, mas lembro de ficar na frente da TV todo final
de semana pra ver eles no Faustão ou no Gugu. Depois do acidente eu virei mais
fã ainda, ouvia sempre no rádio do carro, na escola.
E como você se sente
representando o Sérgio no palco?
É uma
honra e uma responsabilidade muito grande. Além do fato de estar interpretando
um ídolo meu, a gente tem que retratar da maneira mais verdadeira a história
desses ícones da música.
Chegou a conhecer a família dos
integrantes? Como foi esse contato?
O nosso
primeiro encontro com os familiares foi depois de um pouco mais de 1 mês de
ensaio. Foi bem emocionante. Mostramos uma parte do espetáculo pra eles e no
final ficou um silêncio bem profundo até todas as emoções se
acalmarem. Tive a oportunidade também de visitar a casa da família Reoli.
Foi um momento bem emocionante poder entrar no quarto do Sérgio, ver a bateria
dele, as jaquetas.
Na sua opinião que importância a banda
teve para a música brasileira?
Eu sempre
digo que os Mamonas Assassinas são até hoje, pra mim, a melhor banda que o
Brasil ja teve. Acho que eles revolucionaram o cenário musical de um jeito que
nenhuma outra banda nunca fez ou vai fazer de novo.
Serviço
O quê? O Musical Mamonas
Quando? Domingo (12), às 19h
Onde? Centro de Convenções do
Multicenter Sebrae (Av. Jerônimo de Albuquerque)
Quanto? R$ 40 (setor bronze), R$
50 (setor prata) e R$ 70 (setor ouro). Loja Tim (Shopping da Ilha), Ótica Diniz
(São Luís Shopping, Rio Anil Shopping, Shopping da Ilha, Monumental) e no site ticketmais.com.br
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