Dijé, Clarisse, Zé Maria. Se você não sabe
quem são esses personagens ou ainda não ouviu falar, você é das poucas pessoas
de São Luís que ainda não viu nenhum espetáculo Pão Com Ovo ou não assistiu a nenhum vídeo Tá Bom Xerosa
compartilhado milhares de vezes nas redes sociais. O trio faz sucesso com a
peça protagonizada por Adeilson Santos, César Boaes e Charles Junior
(respectivamente) e que já foi assistida por mais de 600 mil pessoas de São
Luís a Lisboa nos últimos 5 anos.
Agora, os atores se preparam para a
segunda temporada no Rio de Janeiro, que vai de
12 de janeiro a 5 de março no Teatro Miguel Falabella, mas antes, eles
fazem a temporada de férias em São Luís, no Teatro da Cidade, para matar um
pouco a saudade do público, afinal, já se passaram 6 meses desde a última temporada
em São Luís.
Pão com Ovo Férias encerra a temporada em São Luís neste domingo, 8,
às 17h. Depois, eles rumam para o Rio de Janeiro.
No roteiro a junção dos dois
espetáculos: Pão com Ovo I e A Vingança de Zé Maria. “Vamos botar quadros das duas
peças e uma cena nova que é o novo quadro das Marias que se passa em uma choperia
bem popular, e é uma cena que fez bastante sucesso na temporada do Rio de
Janeiro”, conta César Boaes.
O texto escrito por Cesar Boaes,
Adeilson Santos e Charles Jr. agrada o público com humor leve e interpretações
sarcásticas das situações do cotidiano de muitos maranhenses. A peça mostra, em
75 minutos, o contraste de hábitos e costumes entre uma moradora da periferia e
uma alpinista social. Dijé (Adeilson Santos) e Clarisse (César Boaes) foram
amigas de infância e se reencontram após vários anos e passam a conviver em
várias situações. Dijé é casada com Zé Maria, o marido submisso e fanático
torcedor do Sampaio Corrêa. Juntas elas vivem casos muito engraçados dos seus
cotidianos e fazem uma crítica ao modelo de serviço público e privado do país.
O linguajar despachado de Dijé, moradora
do Fumacê e que não tem papas na língua, contrasta com o de Clarisse, mulher de
classe, moradora do Renascença II, fina, mas que como diz Dijé: “não tem um pau
pra dá num gato”.
Além desses personagens, outro quadro de
muito sucesso é o dos Marias, em que elas vivem situações em praias, bares e é
diversão garantida porque a linguagem é muito popular. O sucesso da peça vem desse humor
despretensioso e do cotidiano.
“Um trabalho que comunica fácil com as
pessoas. Elas entendem, se identificam, se reconhecem. As redes sociais nos
ajuda muito também. Estamos na era da comunicação, tudo facilita”, aponta
Boaes, ator há 31 anos.
Embora vá para o sexto ano
em cartaz, o que faz o diferencial da peça é que quem já assistiu ao espetáculo
e quer ver de novo, não vai encontrar o mesmo texto, nem as mesmas situações.
As adaptações acontecem sempre pegando o viés da atualidade. Uma simples
notícia vira piada. E o que era improviso acaba virando roteiro. “Tudo
nasce de uma ideia central e é experimentado no improviso na cena, dai se
memoriza e fica para a cena, quase tudo nasce do improviso”, garante Boaes.
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