quinta-feira, 16 de maio de 2024

Governo do Maranhão e Coletivo Cultural Tapera do Cordel realizam tributo a Gerô

                                                                               Raimunda Frazão/Reprodução

Na próxima sexta-feira (17), a partir das 16h, na Casa de Negro Cosme (rua do Giz, 476), o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir-MA), e o Coletivo Cultural Tapera do Cordel, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), realizam um tributo ao poeta e cordelista maranhense Gerô (Jeremias Pereira da Silva).

O evento, que faz parte do calendário de atividades da Sexta Afro-cultural, constará de apresentação de cordelistas, compositores e cantores; relatos da vida e obra do homenageado; pronunciamento de autoridades sobre o compromisso com a cultura popular e de combate à tortura; e inauguração do Espaço Gerô na Casa de Negro Cosme (sede da SEIR). O Espaço será dedicado às manifestações da cultura popular, especialmente a Literatura de Cordel.  

Jeremias Pereira da Silva, popularmente conhecido como Gerô, foi um poeta e cordelista maranhense que nasceu em Monção e radicou-se na capital. “Autor de dezenas de poemas, que nos impressionam ao mergulharmos em suas rimas, que primam pela defesa dos direitos dos cidadãos, era um embolador de mão cheia e tinha sapiência para demonstrar seu descontentamento com as figuras públicas que lhe decepcionavam”, relembra o secretário de Estado da Igualdade Racial, Gerson Pinheiro.

Sempre atento ao cenário político, o artista, ao adentrar os palcos, demonstrava a sua expertise com as palavras, cantando as artimanhas e contribuindo com a cultura maranhense. Gerô era fã de João do Vale, foi parceiro do ator e cordelista Moises Nobre, de Joãozinho Ribeiro, de Escrete, de Josias Sobrinho, de Ribão da Flor (o Ribão de Olodum, hoje Ribão da Favela), entre outros.

Tortura e morte

No dia 22 de março de 2007, Gerô foi morto por dois policiais militares em São Luís, que abordaram o artista em uma parada de ônibus e iniciaram ali mesmo, em plena luz do dia, uma série de torturas. Gerô, depois de algemado, teve cinco costelas quebradas, parte do maxilar afundado e os rins dilacerados, o que teria provocado hemorragia interna, além de várias escoriações por todo o corpo. A Lei Estadual nº 8.641/2007, define 22 de Março como a data estadual de combate às mais diversas formas de tortura, em homenagem ao artista popular Gerô.

Programação

16h - Falas institucionais.

16h30 - Cordel: Raimunda Frazão.

16h40 - Leitura da trajetória do artista/relatos de sua convivência com o artista.

17h - Cordel Paulinho Nó Cego.

17h30 - Homenagem: fixação de placa na Casa de Negro Cosme (SEIR) e entrega de placa a familiares de Gerô.

18h – A importância do bem cultural Literatura de Cordel/Sarau com os artistas: Moises Nobre, Pedro Nobre, Raimunda Frazão e Paulinho Nó Cego.

18h30 - Apresentação cultural – Paulinho Akomabu.

Serviço

O quê: Tributo ao poeta e cordelista maranhense Gerô.

Onde: Rua do Giz, 476, Casa de Negro Cosme (Centro).

Quando: Dia 17 de maio (sexta-feira).

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