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segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Exposição na Galeria Trapiche reflete sobre tolerância e respeito ao próximo
Fica em cartaz até o dia 27 de novembro, na Galeria Trapiche Santo Ângelo, a exposição "Corpo Quântico de Unicidade", do artista plástico maranhense Miguel Veiga. A mostra reúne 24 esculturas feitas a partir de formas copiadas no corpo do artista e desconstruídas para dar novas formas, trazendo a tona temas como igualdade, tolerância, gênero, censura, criminalização artística e o corpo nu. A Galeria, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís, fica localizada na Avenida Vitorino Freire - Praia Grande (em frente ao Terminal de Integração), aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h.
O artista contou como a mudança do seu próprio corpo motivou a compor a exposição. "Tudo começou a partir do meu corpo e da mudança dele, as transformações que ele passou ao longo dos meus 62 anos. Isso sempre me impressionou e eu fui gostando desse corpo, achando bonito o formato e o volume, e fui percebendo também que eu não envelheço sozinho, todo mundo envelhece. Ao estudar Ciência da Educação me aprofundei em disciplinas filosóficas a partir de alguns pensadores que falam da unicidade e do pensamento complexo, então entendi que o que me fascinava não era só a mudança do meu corpo, mas a mudança de todos, porque somos iguais", disse Miguel Veiga.
Para ele, a exposição vem instigar a uma reflexão sobre a unicidade, em que todos fazem parte de um todo. "Todos somos fios de uma teia e cada um é responsável pelo equilíbrio dela. A partir da unicidade, poderia existir a tolerância e o respeito pelo outro. Precisamos pensar nessa harmonia cósmica. Biologicamente somos todos iguais, somos pó diante do universo, somos quânticos. Então, para quê tanta intolerância?", completou.
FORMAS
A exposição entrou em cartaz no fim do mês de outubro e na oportunidade foi exibido o vídeo "Miguel Veiga", com direção de Beto Matuck e realizado pela Guarnicê Produções, por meio de um projeto desenvolvido pelo Museu da Memória Audiovisual do Maranhão (Mavam) através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Maranhão. O vídeo retrata a vida e obra do artista, que além de esculturas, sua produção artística inclui pintura e desenho, performances, instalações e intervenções, ambientações, decorações e consultorias. Para compor a exposição em cartaz na Galeria, o artista demorou cerca de um ano, sendo que ela já está pronta há dois anos e foi aumentando neste período.
"O Miguel é um artista com uma trajetória de 40 anos e para nós é de grande importância ter um artista como essa bagagem para expor na Galeria. Esta mostra é um trabalho inédito e não são as obras comerciais dele, é um trabalho voltado para sua filosofia de vida, aquilo que ele acredita. Além disso, ações como esta nos convidam a refletir como nós somos e que fazemos parte de um todo, ampliando os conhecimentos de quem visitar este equipamento público", destacou a diretora da Galeria Trapiche, Camila Grimaldi.
Miguel Veiga é licenciado em Desenho e Artes Plásticas e especialista em Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão. O artista também é especialista em Artes Visuais pelo Senac, mestre em Pedagogia Profissional pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) em parceria com o ISPETP, instituição educacional sediada em Cuba, e doutorando em Ciências da Educação pelo Instituto Ideia e Universidade Americana, parceria entre Brasil e Paraguai.
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