Durante a entrevista Bruno falou também que o Biquíni, em 27 anos de carreira nunca pensou em se separar. "Sempre estivemos juntos. O que aconteceu foi que passamos uns três anos sem gravar, mas nunca sem fazer shows, e depois de 15 anos de grupo teve a saída de um integrante, mas continuamos com a mesma foramação, sempre fazendo shows em todo o país".
Abaixo a matéria completa que também pode ser conferida na versão impressa e/ou online de O Imparcial no link http://www2.oimparcial.com.br/flipoimp/visao/
Foto: divulgação
Sem Timidez
Por Patricia Cunha
Vento, ventania me leve para os quatro
cantos do mundo, me leve praa qualquer lugar (trecho de Vento Ventania). Tal qual diz a música,
o vento trouxe novamente o Biquíni Cavadão para São Luís. O grupo se apresenta em show hoje, 18, a partir das
22h, no Mandamentos Hall (Lagoa da Jansen). A banda que já esteve em São Luís
outras onze vezes vai apresentar seu novo álbum Roda Gigante, cujo nome também é o mesmo de uma canção do disco.
O Biquíni Cavadão lançou novos sucessos
e já vem divulgando o trabalho aos poucos nos shows e também com vídeos no
Youtube. Entre as canções já divulgadas estão Acordar Pra Sempre Com Você, parceria com Lucas Silveira, da banda
Fresno, e também Agora é Moda (Rita
Lee, Lee Marcucci) que foi gravada para a novela Ti Ti Ti e que traz no CD uma versão com Rogério Flausino do Jota
Quest.
Ainda recentemente, o Biquíni Cavadão
gravou o clipe do novo som Dia de
Comemorar, no réveillon de Fortaleza para um público de mais de um milhão
de pessoas. Somente neste ano, mais de 60 cidades em quase 20 estados já viram
o Biquíni Cavadão ao vivo, e agora chegou a vez de São Luís curtir novamente o
som da banda que há décadas faz a alegria de fãs do rock e do pop. No repertório do show de logo mais
canções de sucesso como Tédio, Zé
Ninguém, Janaína, Vento Ventania, Dani , Quanto Tempo Demora Um Mês, Timidez,
Chove Chuva, dentre outras.
“A gente faz show em todo o Brasil, e em
algumas cidades como São Luís em que já fomos diversas vezes a gente tem sempre
a preocupação de mostrar algo mais. Além no lançamento do novo disco a gente
vai mostrar um show mais elétrico, mais ritmado, mostrando uma nova fase da
banda”, conta Bruno Gouveia, o vocalista da banda, para em seguida dizer que o
“show
agora é mais ligado, as músicas mais emendadas, não dá tempo para respirar”,
completa.
Para o lançamento do novo disco a banda
vem adotando a estratégia que muitos outros artistas estão fazendo: jogar as
músicas nas redes sociais. “Com tantas tecnologias, com o avanço das redes sociais, ninguém fica mais
esperando por um CD nas lojas. Então, esse lance de divulgar as músicas nas
redes, na internet, no show, faz com que quando o CD chegue você já tenha
trabalhado muitas faixas e o público já está conhecendo as músicas. É uma boa
alternativa em tempos modernos”, argumenta Bruno.
O Biquíni, formado por Carlos Coelho (guitarra), Bruno
Gouveia (voz), Álvaro Birita (bateria), Miguel Flores da Cunha (teclados), tem
27 anos de formação, nunca se separou, nem deixou de fazer shows e é hoje uma banda
hiper-representativa do pop e rock brasileiro, antenada com as novas
tecnologias e querida de norte a sul do país. Um grupo que acompanhou todas as
décadas sem ficar perdido no tempo.
Para falar sobre o novo CD, a nova fase
da banda e os shows pelo Brasil, o vocalista Bruno Gouveia concedeu entrevista
exclusiva por telefone a O Imparcial.
O
que o Biquíni faz para que uma mesma cidade que já recebeu vocês tantas vezes
veja um show diferente?
BG - A gente se preocupa em fazer o
diferencial para que o público, ao final do show, fique com gostinho de quero
mais. Além do novo disco que estamos lançando, embora algumas músicas já sejam
conhecidas, temos sempre uma preocupação
em mostrar algo novo. Agora, por exemplo, o nosso show tá uma locomotiva, com músicas uma atrás da
outra, bem ritmado. Incluímos músicas da carreira que não podem faltar, mas
colocando canções inéditas também, fazendo esse equilíbrio e deixando sempre
reticências para que público volte, nunca
um ponto final. E tem dado certo.
São
27 anos de carreira e vocês entram no palco como se fosse a primeira vez. Que
energia é essa?
BG - Costumo dizer que os meninos daquela
época ainda moram dentro da gente. A média da nossa banda é de 45 anos, mas a
gente ainda é caçula em relação a outras bandas que já estão na estrada aí há
mais tempo. No palco a gente se sente como uma antena que recebe e transmite
energia. E o Biquíni tem isso: nós recebemos e transmitimos a nossa energia
para o público. Não tem quem não perceba essa carga de adrenalina e não fique eletrizado com o show.
É
uma estratégia o fato de vocês divulgarem as músicas antes do CD?
BG - É um custo muito alto fazer um bom disco
hoje. É um trabalho que necessita de esmero e perfeição e acaba saindo muito
caro. Daí quando você lança o trabalho, pouco tempo depois algumas pessoas (os
críticos) começam a te perguntar sobre o novo CD dando a entender que o disco
já ta velho. Velho como? A mídia é ávida por novidades, então percebemos hoje
que o importante é mostrar algo novo e é o que temos feito, mostrando aos
poucos a música e coroando com o CD que já sai com algumas cançõess conhecidas
do público porque já estão sendo executadas nas rádios, já estão em sites de
vídeo. É uma forma de mostrar também que o Bíquini está acompanhando essas
mudanças. E o público é o que nos interessa.
Verdade
que no início da carreira vocês fizeram
show para duas pessoas?
BG - Foi o nosso pior recorde porque era um
festival em um estádio e o público era de dois pagantes. O contratante
despachou as demais bandas e nós resolvemos tocar. Disse na época que era a
primeira vez que íamos cumprimentar todo o nosso público. Mas é essa é uma
história que não é muito diferente de outras bandas. São lembranças do nosso
começo que recordamos com muito carinho.
E por falar em lembranças, eu estava no
primeiro show que vocês fizeram aqui. Que recordações você tem?
BG - Você estava naquele show horrível?
(risos). Claro que lembro. Foi um show cheio de atropelos porque o nosso voo
foi cancelado em cima da hora, daí nós tivemos que arrumar outra empresa área.
Quando nós embarcamos era a hora que tínhamos que entrar no palco. O
contratante local imaginou que não íamos mais chegar e despachou o som. O certo
é que nós chegamos super atrasados, tocamos num som muito ruim e saímos
deprimidos por ter deixado uma péssima impressão na cidade. Queríamos voltar
logo para desfazer essa imagem, mas isso só aconteceu 14 anos depois e agora,
graças a Deus, temos um carinho muito grande por São Luís e vocês por nós.
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