O Dia Nacional do Choro é uma homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro. O dia 23 também é o Dia Estadual do Choro no Maranhão, pela forte identificação que o estado tem com o gênero e por ser a terra natal de Catulo da Paixão Cearense, autor da letra de ‘Flor Amorosa’, música marco do surgimento do choro, composição de Joaquim Antônio Callado, flautista renomado no Rio de Janeiro, na virada do século 19 para o século 20, época em que o estilo musical entra para a cena brasileira.
Com mais de 130 anos de existência, o chorinho trouxe uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, entre eles muitos maranhenses.
De acordo com o jornalista Ricarte Almeida Santos, que é pesquisador do gênero, o Maranhão está na história do choro desde o início, com Catulo da Paixão Maranhense. Depois, Catulo foi decisivo para a aceitação e popularização do violão no Brasil, instrumento, até então, marginalizado e perseguido no país. Desde então, tanto o choro tem se feito presente na cultura musical do Maranhão quanto o Maranhão tem dado sua contribuição para o desenvolvimento e enriquecimento do choro.
Reiterando a importância do gênero para o Maranhão, o governo do Estado inaugurou, em julho do ano passado, a Estação do Choro, e agora traz ao público o Festival de Choro com a participação dos grupos Regional Tira-Teima (participação especial de Fátima Passarinho); Cantinho do Choro; Roberto Chinês Trio; Regional Choro da Tralha (participação especial de Célia Maria); Regional Deu Branco; Regional Caçoeira; e Instrumental Pixinguinha.
Para o secretário de Estado da Cultura, Paulo Victor, o festival é um reconhecimento à importância que o choro tem para o Maranhão. “O estado tem um elenco grande de artistas e instrumentistas que abraçaram o gênero, mantendo o legado de grandes nomes como Catulo da Paixão Cearense, José Hemetério, além de muitos admiradores do choro. Então, esse festival só vem confirmar a presença do choro na nossa cena musical, cultural e com isso reforçar a satisfação da gestão em proporcionar esse momento de valorização da música”, disse.
Estação do Choro
Para quem quiser saber um pouco mais sobre o choro, a Secma mantém a Estação do Choro, que fica localizada na praça Mestre Antônio Vieira, no Monte Castelo, e a abertura ao público deve acontecer em breve. O espaço é um equipamento cultural que tem função museológica e de desenvolvimento de atividades para o gênero. Atualmente, sob nova administração, está em etapa de estruturação do acervo. Além disso, a casa também está dispondo de atividades de manutenção cultural na comunidade para disseminar a cultura do chorinho.
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