A Praça Maria Aragão será palco de música erudita
executada por músicos da Orquestra de Sopro de São Luís, do reggae da Tribo de
Jah, e do reggae roots dos DJs
Históricos Joaquim Zion, Junior Black e Marcus Vinicius. É o projeto Eu Vivo Música que circula pelo Brasil e
chega à Ilha nesta sexta-feira, 16,
a partir das 19h.
A diversidade de estilos musicais dará o tom das
apresentações. Quem abre a programação é a Orquestra de Sopro de São Luís, que
trará um repertório eclético mesclando o
erudito com as inspirações populares de compositores ingleses, portugueses, holandeses, norte americano e
brasileiro.
O show terá peças com quatro gêneros: ciranda, balada,
valsa e bumba-boi. O maestro Francisco
Padilha cita que entre as canções que estão no repertório há o Intermezzo – a segunda parte da primeira
suíte em Mi Bemol de Gustav Holst-, Flashing
Winds, obra do compositor holandês Jan Van der Roost, além de músicas de filmes de jazz interpretadas por
Frank Sinatra. “Há também uma peça de paso
doble, que é o ritmo de uma dança espanhola, outras composições holandesas
e o público poderá acompanhar essas peças por uma pequena explicação que será
feita antes de cada uma para que elas entendam um pouco mais sobre o que está
sendo apresentado”, diz o maestro.
A orquestra é formada por 40 instrumentistas de sopro,
percussão e contrabaixo acústico, e se diferencia
de uma banda militar por utilizar instrumentos como oboé, corne inglês, fagotes
e diferentes tipos de clarinetes e saxofones.
A primeira apresentação do
grupo foi em 2013 na abertura da Feira do Livro. Segundo Padilha, a Orquestra é
fruto da determinação de músicos
vinculados a várias instituições de São Luís, destacando-se a Escola de Música,
as Universidade Estadual e Federal do Maranhão e Escola do Bom Menino.
Os DJs Históricos Joaquim Zion e Marcus Vinicius e Junior
Black darão sequência ao show. Formada pelos DJs Joaquim Zion & Marcos
Vinícius, a Radiola Reggae & Radio Zion é a primeira equipe de discotecagem
de vinil reggae no Brasil. A dupla desentocou velhos e novos discos de vinil de
reggae das estantes e levou para os salões da ilha.
Para abastecer sua radiola de raridades, o DJ Junior Black
viaja pela Europa e já esteve mais de 30 vezes na Jamaica. Aos 51 anos, o
“General Roots”, como é conhecido, é proprietário do Kingston 777, que abre
suas portas há 12 anos no bairro do Anil, sempre às segundas-feiras.
A banda Tribo de Jah fará o encerramento do projeto em São Luís
apresentando grandes sucessos
já conhecidos pelo público. Iniciada na Escola de Cegos do Maranhão, a banda acumula
uma carreira com intensa atividade e apresentações nos quatro cantos do Brasil
e do mundo.
O projeto chega a São Luís depois de cinco edições de
grande sucesso nas cidades de Recife, Rio de Janeiro, Belém, Salvador e
Brasília – nas quais reuniu mais de 350 mil espectadores. O evento tem apoio do
Ministério da Cultura e é organizado pela agência de marketing cultural Divina
Comédia
Saiba mais
Tribo de Jah - Completando 30 anos de carreira a banda se prepara este
ano para o DVD comemorativo com shows no Brasil e no exterior. O CD Pedras de
Salão e releituras de clássicos do reggae estarão no repertório.
Orquestra de Sopro de São Luís - No
projeto Eu Vivo Música vai apresentar um repertório em que se destacam as peças
de José Ursicino da Silva (Suíte Monette) e o arranjo de Naohiro Iwai para
sucessos de Frank Sinatra, além de temas de filmes e standards de jazz.
Radiola Reggae & Radio Zion - Com um
repertório que vai do tradicional e imprescindível Bob Marley até os grandes
ícones do reggae da atualidade, Joaquim e Marcos Vinícius mantêm a mais
tradicional sexta-feira reggae em São Luís, no Bar Porto da Gabi, Aterro do
Bacanga, com o projeto Sexta do Vinil, que está entrando em sua 4ª Edição em
2015.
Junior Black - Maranhense de Viana,
Junior Black é um dos mais importantes DJs de reggae de São Luís. Começou no
final dos anos 1970, frequentando os principais salões da cidade, até montar
sua primeira radiola, a Black Power, em 1987. As vinhetas, a sequência musical
e o carisma de Junior Black marcaram a história do reggae na Jamaica
Brasileira. Em 1994 adquiriu o Sonzão do Junior Black, outro grande sucesso na
cidade. Em dezembro do ano seguinte comprou a radiola Rebel Lion.
Três perguntas//Fauzi
Beydoun
Esse é o primeiro
show de 2015?
Com um repertório renovado sim. Neste ano nós completaremos
30 anos, então estamos com um projeto de refazer o repertório. Pretendemos
gravar um DVD em São Luís, então estaremos durante os shows gravando fazendo
tipo um documentário como making off, entrevistas, depoimentos e é provável que
a gente comece com este show na Maria Aragão.
E sobre esse
repertório renovado?
Nós lançamos no final do ano passado o CD Pedras de Salão e ele ainda não está
amplamente divulgado. Então como não dá para colocar todas as músicas nos shows
a gente vai inserindo e fazendo as releituras de clássicos e os sucessos da
banda. Mas o foco é o CD que é um manifesto em favor da cultura do reggae, de
dançar agarradinho. Essa terminologia já está conhecida lá fora, as pessoas
querem saber que “pedras” são essas, e esse é o trunfo da banda para o público
em geral, de reforçar essa estética do reggae maranhense, mostrar para essa
nova geração o que é dançar agarradinho.
Sobre o DVD o que
está sendo pensado?
Nós temos dois DVDs e nenhum deles gravado aqui em São
Luís, então nesse show vamos aproveitar para fazer algumas gravações e assim
será todo o ano por todos os shows. Este ano a gente volta a fazer turnê no
exterior, Europa, Estados Unidos, então faremos essas gravações contando a
história da banda e fazendo um paralelo coma a história do reggae, com o
Maranhão, e levando por meio do DVD, o Maranhão também pra fora. Esse projeto é
ousado porque queremos fazer uma viagem com carro de tração apresentando shows
em cidades do Ceará, passando pelo Delta do Parnaíba, depois Paulino Neves,
Barreirinhas e finalizando com um grande show de gravação em São Luís. Todos
esses shows serão gravados e é, como disse, um projeto ousado. Então este ano
temos muito trabalho com foco no DVD.
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