Em coletiva realizada ontem antes do show na Lagoa da Jansen, o rapper Ja Rule conversou com a imprensa e falou sobre vários assuntos, entre eles, o amor pelo Brasil e a paixão pela música. Pela primeira vez em São Luís, o rapper já chegou na coletiva bem à vontade perguntando “vocês estão prontos?”. Bem acomodado ele colocou os pés sobre a mesa, fez piadas, tomou vinho e respondeu ao longo de meia hora várias perguntas dos jornalistas. Confira a entrevista que fiz com ele e que foi publicada na edição de hoje do Jornal O Imparcial.
De que maneira você acha que o hip hop contribui com outras culturas, em especial o Brasil?
Ja Rule - O hip hop começou nos Estados Unidos e foi se espalhando, mas acho que o artista de cada país é responsável pela globalização do hip hop. Cada país tem seus grupos, seus artistas e basta que façam a parte dele. A contribuição que eu vejo hoje é que ele toca em todo lugar levando suas mensagens, mas vai de cada artista de cada país fazer a sua parte, levantar a sua bandeira e tocar pra frente.
Você é premiado, vendeu milhares de discos, o que pretende ainda conquistar?
Eu amo a música. Nunca me vi pelos meus prêmios ou vendagem de discos. Sempre quis mais fazer essa forma de arte que veio das ruas, dos guetos. Foi mais pra ser artista e trazer coisas boas para o mundo e incentivar pessoas a fazer o mesmo. O que as pessoas não entendem é que falta as pessoas fazerem acontecer. Se você fizer acontecer, todo o universo conspira a seu favor.
Você sempre produziu suas músicas, mas tem algum produtor com quem tenha vontade de trabalhar?
Milhares deles provavelmente. Quando eu estou fazendo música eu sempre procuro algum novo som e você nunca sabe o que pode encontrar. Eu estou sempre procurando o novo, o que ninguém tem, o que é criativo, o que é inédito.
De todas as músicas que você fez qual a que te emociona mais?
Ah, com certeza Daddys Little Baby, que fiz para minha família. Ela sempre me toca muito quando canto.
Você já veio diversas vezes ao Brasil. O que acha do país?
Eu amo o Brasil. Adoro as pessoas, o local, a cultura. Amo vir aqui. Já perdi as contas de quantas vezes vim e sempre virei.
Você gravou uma música com a Wanessa, tem algo planejado com algum outro artista?
Não. Não tem nada planejado, mas eu gosto muito do Brasil e estou aberto aos convites de qualquer artista, porque eu amo o Brasil.
O que representou pra você ter cantado com a Wanessa?
Eu gostei muito, porque se vocês não sabem, o Brasil foi onde tudo começou. A capa do meu primeiro disco tinha a imagem do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro. Então, o Brasil sempre foi muito importante na minha carreira e eu gosto muito de estar aqui. Eu amo o Brasil.
Sabe alguma palavra em português?
Obrigado (risos)
E conhece algum time brasileiro?
Sim, sim. O Flamengo.
Você faz música e também cinema. De qual gosta mais?
Música é a minha primeira paixão, porém eu estou ficando mais velho e fui fazendo mais filmes, me dedicando mais, mas a música sempre foi a minha grande paixão.
Deu para conhecer alguma coisa de São Luís?
Não muito, mas vi as praias e o litoral e achei muito bonito.
Foto: Honório Moreira
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