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domingo, 14 de julho de 2013
Entrevista com Alexandre do Natiruts
A banda Natiruts esteve em São Luís no sábado passado participando do Luau da Lagoa. A brasiliense Natiruts levou a São Luís o show Natiruts Acústico, CD/DVD, gravado ao vivo no Rio de Janeiro e que está sendo apresentado em turnê pelo país. O material vem com três faixas inéditas e os grandes sucessos da carreira em versão acústica. Segundo Alexandre Carlo, vocalista, guitarrista e compositor do Natiruts, trata-se de um material que é um “apanhado da carreira” nesses dezesseis anos de história. As músicas escolhidas para o acústico receberam novos arranjos, produzindo ao vivo uma parede sonora e um caldeirão cheio de temperos.
Em entrevista Alexandre falou do surgimento da banda em Brasília, ao meio ao “boom” do rock e ainda de como se preocupa com o futuro das crianças, por meio de projetos sociais, como o esporte e a parceria de 15 anos com a Escola de Futebol Seco Ajax, projeto que nasceu em Cruzeiro Novo, bairro onde ele cresceu. A Escolinha despertou o interesse de Alexandre Carlo por se tratar de um projeto que envolve futebol, que sempre foi uma paixão do músico.
“Há 17 anos eu conheci o fundador do projeto e resolvi ajudar. Já tiramos inúmeras crianças dos maus caminhos. Muitos deles trabalham hoje no próprio projeto”, afirma Alexandre, que, altamente politizado deixa um recado para o público de São Luís: “Não joguem lixo nas ruas. E num outro momento oportuno continuem as manifestações pacíficas por um Brasil melhor”, pede.
Cinco perguntas//Alexandro Carlo - Natiruts
Qual avaliação que você faz desses 16 anos de carreira da banda?
Muito positiva. Com mais acertos do que erros e uma aceitação espontânea incrível do público.
Vocês acompanham outras bandas de reggae do Brasil?
De perto não. Geralmente é através da internet ou rádio que sabemos o que está acontecendo.
E qual a opinião de vocês sobre o mercado atual?
Ainda está em mutação. Principalmente na forma de se comercializar música. Hoje o mercado digital foi entendido por muita gente e está crescendo bastante. O que é ótimo para as bandas independentes e também por que é bem mais ecológico que o CD.
Brasília é conhecida como berço do “rock brasuca”, e vocês seguiram com o reggae. Como foi isso?
Naquela época em Brasília todo mundo queria ter uma banda de rock. Mas para o reggae sempre foi algo que admirei. Então mesmo sem perspectiva nenhuma, nem de público e nem de mercado, montei a banda, compus as canções, criei o símbolo que é o boneco chutando a bola e convidei os integrantes que posteriormente gravariam o disco Nativus.
Você conhece o reggae feito no Maranhão? Tem contato com as bandas daqui?
Conheço a Tribo de Jah. Sempre ouvi falar que o reggae no Maranhão era mais voltado para as radiolas. Onde as pessoas desenvolveram um estilo peculiar de dançar o reggae.
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