Mais de 30
dos maiores sucessos da banda mineira Skank serão cantadas por artistas da nova
geração que darão seu toque pessoal aos arranjos de composições marcantes do
pop rock nacional. Amores Imperfeitos, Dois Rios, Tão Seu, Pacato Cidadão,
Vou Deixar, Resposta, entre outras serão interpretados por
artistas como Phill Veras, AnaVitória, Phillip Long, Dani Black, Garotas
Suecas, e outros de todo o Brasil na
coletânea Dois Lados, idealizada e produzida pelo mineiro Pedro Ferreira.
Da batida reggae do início da
carreira, até escancararem suas influências de rock inglês e Clube da Esquina
em trabalhos recentes, poucas bandas na história da música pop nacional foram
tão bem sucedidas como o Skank.
É esta mistura de musicalidade, inovação, pegada
pop e reconhecimento que motivou o Scream&Yell
a produzir a coletânea. Mais que uma
homenagem ao Skank, é uma forma de revisitar uma das obras de maior sucesso da
música brasileira, com releituras de artistas da nova geração.
Com lançamento previsto para junho, o projeto
reunirá 32 artistas, de 14 estados, em um álbum duplo com 15 faixas e um bônus track cada. Dentre eles está o
maranhense Phill Veras, que interpretará Vou
Deixar.
“Com
certeza vou fazer diferente do arranjo original. Acho que faz parte do desafio.
Talvez faça mais simples, não sei ainda como vai ser, mas vou usar o mês de
abril pra maquinar sobre isso”, comenta o artista.
O produto final será disponibilizado para streaming e download gratuito
na página do Scream&Yell e em seus perfis nas redes sociais. Pedro Ferreira
também foi responsável pela homenagem ao Los
Hermanos em 2012, na Coletânea Re-Trato;
e pela homenagem a Milton Nascimento e o Clube da Esquina em 2015, na Coletânea
Mil Tom. O disco ainda contará com a artista Luyse Costa, ilustradora encarregada pelo projeto
gráfico dessas homenagens.
Phill Veras também participou da coletânea sobre
Milton Nascimento, e ao ser convidado para a homenagem ao Skank, ele conta que se
identifica desde criança com a banda e
fala do álbum Cosmotron (sexto álbum de estúdio da banda lançado em 2003).
“Gosto da intenção do álbum. Tem
uma coisa de se renovar como banda pop, de experimentar outros timbres e
flertar com algo mais eletrônico sem abandonar a essência pop. Pra mim é o que
há de melhor na obra da banda. Até a estética visual, a capa, me interessa
bastante. Lembro que era moleque e aquele álbum me chamou atenção quando meu
pai comprou. É um ‘discão’”, comenta Phill.
Para Pedro Ferreira será uma oportunidade para
entender, de forma definitiva, o valor do legado do Skank, e de que forma ele
atingiu e inspirou as pessoas durante todos esses anos.
“Assim como foi com o
Los Hermanos em 2012 e Milton Nascimento em 2015, para produzir um trabalho
como este é preciso nutrir certo carinho e admiração pelo artista/grupo
homenageado. E com o Skank, não foi diferente. Sou de Mariana, interior de
Minas Gerais, uma cidadezinha que fica ao lado de Ouro Preto. Comecei ouvindo o
Skank por influência de primos mais velhos que se empolgaram com a
gravação do DVD histórico em Ouro Preto no ano de 2001. Por muito tempo essa
apresentação foi assunto dos nossos encontros de família e, até hoje, meus
primos me provocam por não ter ido ao show, já que era muito novo na época”,
conta Pedro.
Abrindo caminho
A trajetória da banda sempre foi marcada por um
flerte com o pop radiofônico, que os levou ao topo das paradas durante anos e
abriu caminho para toda uma nova geração não só de Minas Gerais, mas dos quatro
cantos do Brasil, entusiasmados pela possibilidade de fazer música de qualidade
e com forte apelo popular.
O resultado desta soma de aprovações é um legado
que, desde o início do século XXI, vem sendo revisitado por inúmeros artistas,
evidenciando a grande influência do quarteto mineiro, que nunca deixou de ensaiar outros passos, sempre
revisitando seu próprio som e o atualizando.
Cinco
perguntas//Pedro Ferreira
Por que a escolha do Skank?
É um ano muito especial para a banda, que
completa 25 anos do lançamento do primeiro disco, além disso, poucas bandas na
história da música pop nacional foram tão bem sucedidas como o Skank. Pensando
em tudo isso, nada mais justo que convidar artistas da nova safra musical e
alguns experientes músicos para regravar os clássicos de um dos grupos que
mais influenciou a nova geração da música brasileira.
Por que Dois Lados?
Além da alusão a dois sucessos: Três Lados e Dois Rios, o nome faz referência aos dois principais objetivos que
norteiam o tributo: perpetuar o legado do Skank com novas releituras e
direcionar o olhar do público para a nova safra da música nacional. Acredito
que o Brasil vive um dos melhores momentos da música e um dos intuitos do disco
é estimular o interesse do ouvinte em conhecer essa nova turma.
Os integrantes do Skank já
sabem?
Sim, eles estão cientes do projeto.
Entrei em contato com o Henrique Portugal para apresentar a ideia do álbum e
ele adorou. Esse disco é uma forma de
todos nós (fãs) transferirmos nossos cumprimentos a banda. Por toda sua
história de sucesso, o Skank é forte influência para os jovens do
país.
Como foi a seleção dos artistas
convidados?
O processo de seleção é bem parecido
em todos os tributos que faço. Procuro convidar músicos que possuem influências
do artista homenageado ou carinho pela sua obra. E, claro, frisando sempre, a
ideia da coletânea não é ser um disco de covers, e sim deixar os artistas à
vontade para imprimirem sua identidade nas canções. Uma nova roupagem para
clássicos.
A escolha das músicas se deu por
intermédio de vocês do site ou cada banda/artista escolheu a que queria gravar?
Um pouco dos
dois (risos), a intenção sempre foi percorrer toda obra do Skank.
Procurei deixar as bandas à vontade durante a escolha, mas dei alguns “pitacos”.
A minha única orientação era canções que o Skank gravou, que são sucesso
com eles (mesmo que não sejam deles, mas estão ligadas a eles). Por exemplo, Vamos Fugir e Tanto.
Intérpretes e música
AnaVitória
(TO) - Amores Imperfeitos
Wado (AL)
– Dois Rios
Ana
Larousse e Leo Fressato (PR) – Tão Seu
Costa
Gold (SP) – Jackie Tequila
Ana
Muller (ES) - Acima do Sol
Phillip
Long (SP) – Resposta
André
Gonzales (DF) – Ainda Gosto Dela
Dani
Black (SP) – Saideira
rancisco
El Hombre (SP) - Pacato Cidadão
Zé Manoel
(PE) - Tanto (I Want You)
Phill
Veras (MA) – Vou Deixar
Rico
Dalasam (SP) - Balada do amor inabalável
Seu
Pereira e Coletivo 401 (PB) – Maquinarama
Nevilton
(PR) - Te Ver
Teago
Oliveira (BA) – Esmola
Manitu
(MG) - Garota Nacional
Quarup
(SP) – Vamos Fugir
Lulina
(PE) – Indignação
Jéf (RS)
– Sutilmente
André
Abujamra (SP) – Sem Terra
Garotas
Suecas (SP) – Mandrake e os Cubanos
A Banda
Mais Bonita da Cidade (PR) – Canção Noturna
Cobra
Coral (MG) – Esquecimento
Graveola
(MG) – Baixada News
Transmissor
(MG) – Siderado
The
Baggios (SE) – A Cerca
Tuyo (PR)
- Três Lados
Ian Ramil
(RS) – O Homem Que Sabia Demais
Medulla
(RJ) – As Noites
As Bahias
e a Cozinha Mineira (SP) - É Proibido Fumar
Fernando
Anitelli (SP) – Formato Mínimo
Esteban
(RS) – Mil Acasos
Selvagens
à Procura de Lei (CE) – Ali