quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sindicato dos Jornalistas promove curso Jornalismo na Esfera Digital


 O Sindicato dos Jornalistas do Maranhão promove o “Curso o jornalismo na esfera digital”, dias 26 e 27 deste mês, no auditório do Jornal O Imparcial. As inscrições estão a abertas, desde segunda-feira (15), na Livraria Poeme-se, no centro histórico; e no Sindicato dos Jornalistas, no bairro do Calhau.
O palestrante principal é o jornalista e professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Carlos Agostinho Almeida de Macedo Couto. Ele é mestre e doutor em Políticas Públicas, com atuação focada em meios de comunicação, política, controle social e assessoria de comunicação.
 
O curso tem como foco principal estudantes e profissionais das áreas de Comunicação Social e Letras. Na sexta-feira (26), os participantes terão uma visão de “Fundamentos do jornalismo”, “Transcurso do jornalismo romântico ao digital”, “Formas jornalísticas: gêneros, valores notícia e fait divers” e “Funções da Linguagem e Jornalismo”.
 
No sábado (27), das 8h às 10h, os temas práticos serão: “Narrativa jornalística: equívocos comuns a todos os tempos” e “Fundamentos do webjornalismo”, das 10h às 12h. No período da tarde, das 14h às 18h, o tema será “Webjornalismo aplicado”.
Este curso tem o apoio cultural do jornal O Imparcial.
 
SERVIÇO
O QUE – Curso “O Jornalismo na Esfera Digital”
Quando – 26 e 27/09
Onde – Auditório de O Imparcial
Quanto – 70 reais estudantes/ 90 reais profissionais.
Inscrições:
Sindicato dos Jornalistas (Casa do Trabalhador) das 13 às 17 horas.
Livraria Poeme-se – (Praia Grande) no horário comercial

Soulvenir e Twelve Street no bar do Nelson




Após o lançamento do "Galaxy Species", a Soulvenir (foto) faz sua primeira apresentação em São Luís, apresentando as canções do disco lançado esse ano, "Galaxy Species", e outras que farão parte do segundo álbum, que já está em fase de pré-produção. E pra abrir a noite ainda rola a galera da Twelve Street, com músicas bem legais do seu primeiro EP e algumas outras que estarão em seu disco de estreia, que recentemente foram apresentadas num "split"com mais quatro bandas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
Os shows acontecem nesta  sexta-feira, no bar do Nelson (Av. Litoranea), à partir das 22h

Nirvana e Ramones no Amsterdam


Homenageando duas bandas icônicas e revolucionárias do rock mundial, neste sábado acontece a festa "Punk is not dead", onde as bandas Pinhead, responsável por fazer releituras dos clássicos do quarteto "Ramones",   e a banda Smells Like Grunge, responsável pelas releituras dos pioneiros do grunge, Nirvana.


Os shows acontecem no Amsterdam Music Pub (Lagoa da Jansen), neste sábado (27/09), a partir das 22:00h.

1ª Semana de Cultura e Moda Maranhense




São Luís recebe, de 23 a 30 de setembro, a primeira semana de cultura de moda no Maranhão, o "Lição de Moda", no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM) - rua do sol, centro. É um evento multidisciplinar que promove o desenvolvimento da economia criativa local, além de destacar a moda como um processo cultural e artístico. São realizados exposições de moda, palestras, oficinas, palestras e workshops inteiramente gratuitos para a comunidade.

A programação faz parte do "Primavera dos Museus", cujo o tema nessa ano era "Museus Criativos", e porque não trabalhar a criatividade da moda? Para isso o criativo de moda Manoel Mougeot, resolveu fazer a curadoria de uma semana de moda maranhense que foge do estereótipo dos desfiles de passarela, já bem conhecidos nos eventos locais. "A proposta do Lição de Moda é transpor a Moda para a concepção artística", revela Mougeot. A relação da moda como processo cultural, se consagrou em 2010, quando o Ministério da Cultura reconheceu o setor da Moda como patrimônio cultural do Brasil, pois assim como a dança, folclore e artesanato, a Moda também é responsável por divulgar e construir, em conjunto com as demais Artes e a tradição nacional.

A principal atração do Lição de Moda são suas exposições contemporâneas, que reúnem várias mentes criativas maranhenses. O evento já está em sua terceira edição, dessa vez com o tema "Linha do tempo da moda". As visitas monitoradas nas exposições podem ser feitas de 9h às 17h, no MHAM, com entrada franca.

Para completar a programação de exposições de cultura de moda, são realizadas atividades multidisciplinares. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas 1 hora antes de cada atividade.  Será preenchida uma ficha de inscrição com nome, telefone email, para que os certificados sejam enviados online. As vagas são limitadas.


*PROGRAMAÇÃO - ENTRADA GRATUITA

Dia 25 (quinta-feira)
9h - 17h | Exposição "Linha do Tempo da Moda";
15h | Palestra “Mercado de Trabalho de Moda no Maranhão”. Facilitador: Glene Figueira (empresário de moda);
16h | Concerto com pianista Nyll Armistrong.

Dia 26 (sexta-feira)
9h - 17h | Exposição "Linha do Tempo da Moda";
15h | Palestra “História da Moda”. Facilitador: Cacau Di Aquino (estilista, consultor de moda). 
16h | Literatura. Contação de História com Renata Figueiredo. Livro Lagoena de Laísa Couto. SORTEIO de livros para participantes. Apoio: Editora Draco;
17h | Concerto com pianista Ed Edson.

Dia 27 e 28 (sábado e domingo)
9h - 14h | Visita monitora - Exposição "Linha do Tempo da Moda".

Dia 30 (terça-feira)
9h - 17h | Exposição "Linha do Tempo da Moda";
14h | Performance “O que a terra veste”, por Victor Vihen (performer). Percurso: Da Praça Deodoro até o MHAM;
14h | Encontro de BlogsDeModaMA;
15h - Oficina de Customização | Parte 2. Facilitador: Glauber Pinto (estilista). ;
15h | Palestra Marketing e Gerenciamento de Conteúdo. Facilitadora: Gabriela Castelo Branco (jornalista e cool hunter).
17h | Concerto com pianista Eugênio Itscovich.




Serviço
Lição de Moda 3ª Edição - "Linha do Tempo da Moda"
De 23 a 30 de setembro de 2014.
Local: Museu Histórico e Artístico do Maranhão, rua do Sol - Centro Histórico - São Luís/MA.

Entrada franca

Vumbora - Ingressos para estudantes



Nesta quinta-feira (25), o Marafolia colocará à venda os ingressos de estudantes para festa "Vumbora São Luís", na Arena de Beach Soccer (Lagoa da Jansen), a partir das 10h.

É obrigatória a apresentação do documento estudantil atualizado e será vendido somente um ingresso por pessoa/carteira. A meia entrada será para todos os setores do evento: pista, hotzone 360° e camarote. 

O evento será realizado no dia 11 de outubro, com Bell Marques, Oito7Nove4, Jammil, Luan & Forró Estilizado, Mara Pavanelly e Matheus Fernandes no Espaço Reserva (estacionamento do Shopping da Ilha). Dia 12, o WH Rio Poty Hotel será palco e espaço para a tradicional feijoada, com a Oito7Nove4 e Matheus Fernandes, com participação da cantora Mara Pavanelly. 

Outras informações: (98) 3016-6663 / 3235-8785

Abertas inscrições para interessados em exibir filmes da Mostra Cinema e Direitos Humanos


Estão abertas, até o dia 15 de novembro, as inscrições para as instituições e espaços culturais de todo o Brasil que tenham interesse em exibir os filmes do projeto “Democratizando” da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul. Poderão participar da seleção locais como cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos, associações de bairros e qualquer instituição que se habilite a participar da inciativa.
O “Democratizando” é uma estratégia criada no âmbito da Mostra Cinema e Direitos Humanos para ampliar e diversificar o público, o número de cidades e os locais de exibição dos filmes. Segundo a secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Patricia Barcelos, o objetivo é permitir que as produções audiovisuais possam alcançar parcelas da sociedade que têm pouco ou nenhum acesso à cultura. “É preciso democratizar o projeto e a melhor forma é levando os filmes para onde as pessoas estão e valorizando os espaços de cultura popular”, explicou.
Segundo o regulamento, serão escolhidos até mil pontos de exibição e cada um receberá um kit contendo seis filmes da Mostra, que serão apresentados ao público entre os meses de janeiro e março de 2015, em sessões gratuitas.  Para participar, os responsáveis pelas instituições devem preencher cadastro online. A lista dos espaços selecionados será divulgada até 25 de novembro de 2014.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Cintia Sapequara com espetáculo na Ilha




 Ela é polêmica e mesmo assim, não deixa ficar de fora o bom humor. Cintia Sapequara apresenta até o dia 28, na Guest House (Centro), o espetáculo “Sintética Idêntica ao Natural”.

O novo trabalho do ator Erivelto Viana, criador da personagem Cintia Sapequara, representa uma ação artística resultante do projeto “Cintia Sapequara é quem paga as minhas contas”, impulsionado pelo BemDITO Coletivo (Maranhão) e idealizado pelos artistas Erivelto Viana (Maranhão) e Ricardo Marinelli (Paraná), com recursos do Prêmio Funarte Petrobras de Dança Klauss Vianna 2012.

É importante salientar que a criação foi a relação nem sempre harmoniosa entre o artista e gestor Erivelto Viana e sua criatura mais ilustre Cintia Sapequara, personagem que já tem mais de 13 anos de vida nos palcos, na noite, no rádio e na televisão em São Luís. A notoriedade e alcance dessa figura e a relação entre ela e seu criador (que continua inevitavelmente sendo o “recheio” de Cintia), foram às questões que nortearam o trabalho da equipe. “Sempre me senti muito seduzido pelo poder comunicativo da Cintia em São Luís, pela história que construiu junto aos meios de comunicação e junto às pessoas. O alcance que ela tem nas mãos é raríssimo tanto entre artistas contemporâneos, quanto entre transformistas no Brasil a fora. Desde o começo nossa proposta foi trabalhar a partir desse corpo trans-celebridade, evidenciando a relação entre criador e criatura. Nesse jogo inevitavelmente esbarramos na politicidade do corpo trans e nos possíveis discursos a partir dele”, diz Marinelli, que assina a direção da obra.

O título “Sintética idêntica ao natural” é a forma que a equipe encontrou para nominar o conjunto de ações em que Cintia se implica durante o espetáculo-situação, sempre borrando fronteiras entre natural a artificial, real e virtual, orgânico e inorgânico, sujeito e objeto, carne e espuma. Cintia é mulher sintética, porém idêntica ao natural. Nesse sentido a peça também coloca em discussão as técnicas de modificação corporal e a corrida em busca de corpos cada vez mais modelados artificialmente, nos transformando em criaturas naturalmente sintéticas.

“Neste trabalho escolhemos colocar a Cintia em lugares e situações que normalmente ela não habita, deslocando um pouco a forma que as pessoas podem enxergá-la. O que as pessoas podem esperar é a mesma Cintia que está na rádio, na televisão e na noite, mas fazendo coisas que ela ainda não fez. É um espetáculo solo que revela uma Cintia que você ainda não conheceu”, conta Erivelto Viana, o artista por trás de Sapequara.

O projeto é a segunda parceria entre Ricardo e Erivelto, que já foram juntos ao palco no espetáculo TRAVESQUEENS, de 2011. Desde então a dupla vem desenvolvendo diversas ações artísticas no campo da diversidade sexual, do transformismo e da vivência da transexualidade. “Travesqueens acabou virando uma plataforma que integra diversas ações”, afirmam. Além dos dois integram ainda a equipe de criadores os artistas Cristian Duarte (São Paulo) e Gustavo Bitencourt (Curitiba), que colaboraram em fases específicas da criação, que aconteceu itinerantemente entre Curitiba, São Paulo e São Luís do Maranhão.


Serviço 
O quê? Cintia Sapequara em “Sintética Idêntica ao Natural”
Onde? Guest House (Centro Histórico / Rua da Palma)
Quando? 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de setembro. Na sexta-feira e sábado, às 20h e domingo, às 19h.
Quanto? Vendas somente no local. A inteira custa R$ 30 e R$ 15, a meia


Maranhenses entre os 5 mais votados na Exposamba

A nova parcial de votação da Exposamba 2014 (SP) aponta duas produções maranhenses entre as 5 primeiras mais votadas, dentre as 800 que estão em votação. Sendo que o primeiro lugar tem 76.351 votos e é a música Samba Feliz, dos compositores Adelson Ferreira e Paulo Piratta, daqui de São Luís.
O quinto lugar com 29.490 votos é a música Eu Sou O Samba, de Márcio Guimarães (foto), também daqui de São Luís.
Votem lá. Vejam nossas produções. Tem ainda  composições de Selma Delago, César Teixeira, Marconi Rezende, uma turma boa daqui do Maranhão. 
A Exposamba, maior mostra de sambas do Brasil, já recebeu, em apenas duas semanas, 1.336.275 votos nas composições que concorrem ao título de melhor nova composição do país. A votação teve início 6 de setembro e seguirá aberta até 15 de outubro. As 800 músicas inscritas estão disponíveis no portal http://www.fabricadosamba.com para receberem os votos nesta primeira fase, que irá selecionar os 160 compositores que seguirão na disputa.

http://www.fabricadosamba.com/?filter_19=Samba+Feliz&filter_24=&filter_20=&gf_search=&p=3132

O lado acústico de Mara Pavanelly




Tenho que confessar que não conhecia a cantora Mara Pavanelly. Nunca assisti aos shows do Forrozão Tropicália, Garota Safada e nem tampouco Furacões do Forró, bandas as quais Mara era uma das vocalistas, portanto nunca a vi cantar, mas sabia q ela fazia o estilo forrozão pegado.

Agora, em carreira solo, Mara gravou um DVD ao vivo em Teresina e eu fui convidada  a participar de um pocket show dela para o lançamento oficial aqui em São Luís do seu CD/DVD “Mara Pavanelly Ao Vivo em Teresina (PI), na última quarta-feira (17), no WH Rio Poty Hotel.

 Ok. Fui pq além do convite ter sido feito por uma pessoa muito especial, havia o interesse jornalístico. Afinal, quem é essa cantora que em tão pouco tempo de carreira solo tem shows agendados em todo o Nordeste e causa furor por onde passa?

Entendi o porquê. Mara é talentosíssima. Em um pequeno palco eram só ela, o violão e um piano. E a moça deu show. Cantou e tocou lindamente para o seleto público presente feito de fãs e jornalistas e respondeu sem rodeios esbanjando carisma e simpatia às perguntas dos jornalistas sobre os mais diversos temas, inclusive os relacionados ao coração.


Gostei dela. Pq fora de toda aquela estrutura de show, luz, som e palco, Mara mostrou voz, melodia e conteúdo em suas letras que sempre falam de amor. Sem falar que toca muito bem. Não vou dizer que virei fã, mas passei a respeitar o trabalho dela e entender porque ela tem tantos fãs e lota os shows por onde se apresenta. Mara já é sucesso. E sabe disso, embora reconheça com muita humildade que só chegou até onde está por causa do carinho dos fãs. Para eles, ela prepara uma grande surpresa qdo completar 20 anos de carreira.

E para os fãs do Maranhão ela está preparando um show especial com banda completa no  evento  Vumbora São Luís que acontecerá dia 11 de outubro no Espaço Reserva (Shopping da Ilha).

O talento que vem da comunidade



 Artistas da comunidade
 Conexão RJ
                                         A Ministra da Cultura Marta Suplicy prestigiando o funk de Maria Furacão

 No começo do mês estive no Rio de Janeiro a convite da Ambev para presenciar o lançamento do projeto #AquiTemPalco no Morro do Vidigal. E o que presenciei foi uma cultura muito forte e a vontade daqueles moradores de  tornarem seus talentos  conhecidos, fazer extrapolar a cultura da dança, da música, das artes para além do morro.


O lançamento foi pura cultura. Logo de início uma bailarina e um capoeirista fizeram um número incrível. Foi o encontro da suavidade do balé clássico com a batida forte, melódica e peculiar da capoeira, e a fusão dos dois ritmos em um espetáculo de rara  beleza realizado por artistas do Vidigal. O dia teve ainda apresentações do grupo Conexão RJ,  do artista de beatbox Jean B., além de street dance, funk,  rap e shows dos artistas Arlindo Cruz e do grupo Arruda.

Antes de subir o Morro, que diga-se de passagem foi uma aventura incrível, assistimos às apresentações da funkeira Maria Furacão.  A subida ao Morro merece um comentário. Nunca em minha vida me imaginei no Morro do Vidigal. Éramos em 10 jornalistas e subimos de kombi com um "motorista ninja". Pq olha, para subir por aqueles becos e ruelas, só sendo mesmo um expert.  

Marina Lima, na música Virgem, fala "As luzes brilham no Vidigal/E não precisam de você...", realmente, realmente, não precisam mesmo. A vista lá do alto é um contraste da riqueza da zona sul, com a realidade do morro. Admirando o horizonte dá até para esquecer de todos os problemas que temos. 

O projeto - O #AquiTemPalco  é uma parceria da Ambev com o Ministério da Cultura e apoio da Funarte para descobrir novos talentos nas comunidades, oferecendo palcos móveis, montados em carrocerias de caminhonetes, para que artistas ainda desconhecidos possam expor seus trabalhos. 

O Morro do Vidigal foi escolhido para abrigar o projeto piloto que deverá impactar 300 mil pessoas apenas no Rio de Janeiro. O objetivo é de que a partir de 2015 o projeto alcance a marca de sete milhões de pessoas nos 1,5 mil espaços de cultura e entretenimento criados em várias regiões do país realizando pelo menos 70 mil micro eventos em comunidades. 

O projeto foi criado para estimular manifestações artísticas, fortalecer a cultura regional e descobrir novos talentos brasileiros, colocando a disposição dos artistas um para que as pessoas se apresentem e possam expressar a sua arte. 

Ao final fomos brindados com o show do sambista Arlindo Cruz e em seguida pelo pelo grupo Arruda, que tem como vocalista a niteroiense Maria Menezes, vencedor do concurso Talentos do Samba 2013, promovido pela cerveja Antarctica. 
 
 Grupo Arruda

 Arlindo Cruz

Fotos: Brenda Nunes

domingo, 7 de setembro de 2014

Bruna Karla canta no aniversário de São Luís

A programação das festividades de aniversário dos 402 anos de São Luís continuam. Hoje, domingo, a  Praça Maria Aragão será transformada em palco do show gospel “Glórias” com a cantora Bruna Karla, e participação da banda local Marcados pela Promessa. 
No dia 8, aniversário da cidade, haverá o show “Louvação a São Luís”, reunindo novos nomes da música produzida na cidade, como Phill Veras e a cantora lírica Brígida Andrade, na Praça Maria Aragão.
 
As comemorações serão estendidas até o dia 14 de setembro através de parceria com o Comitê Internacional de Organização de Festivais de Folclore da Unesco, que coordenará o Festival Internacional de Folclore. O evento será realizado em São Luís do dia 9 a 14 de setembro, na Praça Maria Aragão, reunindo representes de cinco países e do Brasil.


“Este ano optamos por trabalhar uma programação visando à nova dinâmica da cidade, com os diferentes públicos dela e ao mesmo tempo reunindo sua população para a celebração da alegria e da vida”, explicou o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Francisco Gonçalves.

PROGRAMAÇÃO
 
DOMINGO (DIA 7)
“Glórias” – Show evangélico com a cantora gospel Bruna Karla, participação da banda local Marcados pela Promessa, e do Pastor Marcos Lins Gruvira. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

SEGUNDA-FEIRA (DIA 8)
“Louvação a São Luís” – Show musical com participação da banda Pedeginja, Phill Veras lançando novo CD e DVD; Som do Mará, de Chiquinho França; e participação especial dos jovens talentos Brígida Andrade e Victor e Bruno. Local: Praça Maria Aragão. Horário: 19h.

TERÇA A DOMINGO (DIA 9 A 14)
Festival Internacional de Folclore – Presença de grupos nacionais e internacionais, com representantes da Colômbia, México, Argentina, Chile, Estônia, entre outros convidados. O evento objetiva promover o patrimônio imaterial, através de formas de expressão, tais como dança, música, jogos, rituais, costumes e outras artes. Local: Praça Maria Aragão. Horário: a partir das 19h.

Uma galera que faz acontecer

As bandas Vinil do Avesso, Casa Loca, Mingongos, Tiago Máci (foto) e Café Brasil foram classificadas para o Fun Music 2014 e estarão representando o Maranhão. No entanto, eles mesmos precisam bancar todos os custos com viagem e hospedagem para Curitiba e Porto Alegre. Por isso, os músicos e alguns convidados estarão fazendo um som acústico no Por do Sol no Espigão, hoje, das 16 às 18h de hoje.




 Curte lá. Além de presenciar um espetáculo maravilhoso do por do sol, ainda vai ver muita gente antenada e interessante ao som das bandas que estão fazendo a diferença na cena autoral de São Luís.

Musical sobre Gonzaguinha é poesia pura

Há alguns dias  entrevistei o ator Rogério Silvestre, ator baiano que interpreta o saudoso Gonzaguinha no  musical Gonzaguinha, o eterno aprendiz eterno, para matéria no Jornal O Imparcial. Por mais que vc converse e tente entender o que é o espetáculo, só conferindo mesmo para realmente mergulhar no universo da criação dos autores da obra.

Fui com a minha família ontem ao Teatro Arthur Azevedo ver de perto essa obra, ouvir um pouco do legado que Gonzaguinha deixou para a música brasileira  e sai de lá mais encantada ainda com o filho de Gonzagão.

Impecável o elenco formado por músicos e cantores de primeira linha. O meu destaque vai para a cantora Bruna Moraes (foto abaixo) que deu show, interpretando de corpo e alma a obra de Gonzaguinha, especialmente nas músicas Grito de Alerta e Explode Coração. Ela é tão excelente cantora que fiquei com vontade de conhecer um pouco mais do trabalho dela. Fechando os olhos dava para imaginar Elis Regina. E o jogo de corpo? Uma cantora pequena que se agiganta no palco. Canta como se estivesse acompanhada de mais dez cantoras, tal a potência da sua voz. Espetacular mesmo.



 O musical é completo, repertório, banda, atores, narração... poesia e talento do início ao fim. Hoje ainda tem sessão, às 21h. Esta é a segunda vez que o espetáculo, criado há 5 anos,  vem a São Luís. O musical revive a trajetória musical do cantor e compositor Gonzaguinha (1945-1991) partindo das referências musicais de sua infância até a fase adulta, quando recorda a complicada relação de Gonzaguinha com o pai Gonzagão. “Neste espetáculo em especial vem sendo comum todas as capitais que fizemos marcarem novas temporadas. O espetáculo agrada muito por conta da sua sensibilidade e emoção”, comenta o ator Rogério Silvestre, intérprete de Gonzaguinha (foto abaixo).


O texto é do poeta mineiro Gildes Bezerra com a colaboração de Rogério Silvestre. O show fala e canta a vida amorosa, os anseios e as angústias do artista. A direção é assinada por Breno Carvalho. Completa o elenco os cantores Bruna Moraes, Paulo Tiso, Sávio Andrade, com Peter Mesquita no baixo, Alcione Ziolkowsky na bateria e Nathália Zanetti no piano. O violão e a direção musical é de Rafael Toledo.

Segundo Rogério Silvestre, a apresentação foi produzida com ênfase nos sentimentos que permeavam a vida de Gonzaguinha. E o resultado tem sido o melhor possível. “As pessoas cantam, choram, riem e se emocionam de verdade. Uns até se levantam para dançar, tamanho é o envolvimento. O espetáculo vem despretensioso e quando você menos espera está tomado pelas músicas e pelo texto”, avalia.

As decepções e histórias amorosas vividas por Gonzaguinha estão presentes nas letras das composições Grito de Alerta, Explode Coração e Sangrando. “São vários os momentos de emoção, mas na minha opinião o mais marcante é o final quando o Gonzaguinha retorna, mostrando para o público a grande alegria de viver a vida”, finaliza Rogério.

A apresentação conta com músicas entre xote, samba e baião, revelando aos jovens e relembrando aos seus antigos fãs composições que entraram para a história da MPB, como Começaria Tudo Outra Vez, Diga lá, Coração e Eterno Aprendiz, entre outras.


Serviço
O quê? Musical Gonzaguinha - O eterno aprendiz eterno
Quando?  7 (domingo), às 20h
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Quanto? Sexta R$ 50 (preço único), Sábado e Domingo R$ 60 (plateia), R$ 50 (frisa e camarote) e R$ 40 (balcão e galeria)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Festival das Cores: Holi Music

Por Arleysson Rodrigo
Publicação: 02/09/2014 
O Imparcial On Line
 
O pó será espalhado de 45 a 45 minutos em contagem regressiva  (DIVULGAÇÃO)
 
O Festival Of Colours ou Holi Music Festival, um dos eventos mais esperados pelo público maranhense, acontecerá no dia 13 de setembro, na mais nova casa de show em São luís, Road House, em frente ao Shopping Rio Anil.

O evento, que é inspirado no “Holi - Festival das Cores” da Índia, é uma união de Música e Cor, onde milhares de pessoas vestidas de branco se juntam e criam uma imensa celebração de cores e alegria.
 
A mistura de cores e ritmos acontece no ápice da festa, quando o público espalha pelo ar o Gulal (pó colorido). O gulal será espalhado de 45 a 45 minutos, em contagem regressiva.

De acordo com uma das organizadoras do evento, Tayara Abreu, os participantes não precisam se preocupar com suas roupas. “O pó colorido, o gulal, não mancha. Mas aconselhamos o uso de roupas seminovas e a lavar a peça logo depois de usar. O produto é feito a partir de ingredientes solúveis, há 90% de chances de que a roupa não sofra danos”, explicou.

Holi
HOLI ou Festival das Cores, é um festival realizado na Índia todos os anos entre fevereiro e março, que comemora a chegada da Primavera.

Neste dia, as pessoas atiram tintas das mais diversas cores umas às outras, com muita bebida, comida e música. Essa brincadeira começa quando crianças atiram as tintas aos pais e irmãos sendo que, no final, todos estão completamente pintados e coloridos.

Atrações

Vic Ângelo (EUA), Dukka Calliery (POR), Lipous (BRA), E-Double (BRA), Jetset Live (BRA).

Serviços

O quê: Holi Music Festival
Quando: 13, às 13h
Onde: Road House (Em frente ao Rio Anil Shopping)
Quanto: Pista Família R$50,00; Pista Normal R$60,00;Camarote R$120,00

Prefeitura abre programação cultural de aniversário com reggae nesta sexta-feira (5)


A Prefeitura de São Luís dá início nesta sexta-feira (5) à programação oficial de aniversário de 402 anos da cidade com o show “Vibrações Positivas” que reunirá cantores de reggae com destaque nacional e regional na Praça Maria Aragão, no Centro. Entre as estrelas do show estão nomes como Levi James, Luiz Guerreiro, Celso Reis e as bandas Capital Roots e Filhos de Jah.

Durante o espetáculo, serão homenageados com comendas o vocalista e líder da banda Tribo de Jah, Fauzy Beydoun, e o radialista e DJ Tony Tavares (in memoriam). O roteiro de atrações do show foi elaborado pela Comissão Integrada do Reggae e Turismo da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) e conta com o apoio da gestão municipal para promoção de uma festa plural.

Segundo o presidente da Comissão, o empresário e DJ Jorge Black, as atrações foram discutidas a partir de critérios não excludentes, para garantir a participação dos vários segmentos que compõem o reggae na capital. “A nossa ideia é promover a integração entre todos os segmentos do reggae”, disse.

A iniciativa de reunir cantores, bandas, grupos de dança, radialistas, pesquisadores, colecionadores, proprietários de radiolas, bares, clubes, lojas de discos, produtos artesanais e industriais e uma infinidade de vertentes e atividades da cadeira produtiva do reggae em São Luís está alinhada com a proposta de integração do movimento reggae defendida pela Prefeitura.

O Município tem como objetivo ampliar esse potencial amparando atividades que atualmente não ocupam a linha de frente da cadeira produtiva, como o artesanato. A comissão trabalha para concretizar uma antiga aspiração da massa regueira maranhense, a construção do Museu do Reggae. O acervo será adquirido através de doações. Para Jorge Black seria mais um atrativo do setor turístico para a capital.

Jorge Black lembrou que as comemorações desta sexta, além de marcarem o aniversário da cidade, celebram o Dia Municipal do Regueiro, instituído pela Lei Municipal 4.102/2002. Segundo Jorge Black, exemplo da força do reggae como produto para estímulo do turismo são os 16 horários diários, de segunda a sexta, que divulgam o ritmo nas emissoras de rádio FMs e AMs, assim como as festas em todo o estado.

Toda a programação cultural do aniversário da cidade está sendo coordenada através da Fundação Municipal de Cultura (Func) em parceria com órgãos municipais. Outros setores da sociedade, como o Conselho Internacional das Organizações de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais (CIOFF), integram a programação. A parceria com entre o CIOFF e a Prefeitura realizará o 1º Festival Internacional do Folclore dos dias 9 a 14 deste mês, ainda dentro da programação do aniversário de 402 anos de São Luís.

SHOW “VIBRAÇÕES POSITIVAS”
18h – FM Natty Naifson
18h40 – Equipe Star Discos
19h20 – Garotinhos Beleza
19h40 – DJ Gisleno
20h20 – Amsterdã
20h40 – Banda Raiz Tribal
21h – DJ Betto
21h20 – Frank Miller
21h40 – Grupo de dança Saint Louis
22h – Banda Filhos de Jah e Grupo de dança GDAM
23h20 – Celso Reis
23h50 – Luiz Carlos Guerreiro
23h – Levy James
23h10 – Santa Cruz
23h30 – Jorge Black
23h50 – Banda Capital Roots
00h10 – Equipe FM do Clubão
Encerramento com FM Natty Naifson

Morte do Boi União da Baixada do Monte Castelo



O GRUPO FOLCLÓRICO DE BUMBA MEU BOI UNIÃO DA BAIXADA VAI REALIZAR A MORTE DO BOI NESTE FINAL DE SEMANA COM A SEGUINTE PROGRAMAÇÃO:

DIA 06/09 – O BOI SAI PARA SUAS APRESENTAÇÕES, A PARTIR DAS 22H00 E LOGO APÓS, SERESTA ;

DIA 07/09 – RITUAL DE MORTE DO BOI, A PARTIR DAS 20H00;

DIA 08/09 – QUEBRA DE MOURÃO , DISTRIBUIÇÃO DE BOLOS E RODADA DE TAMBOR DE CRIOULA, A PARTIR DAS 19H00.

END: TRAVESSA CASTRO ALVES, 25 – MONTE CASTELO

PROCISSÃO DOS ORIXÁS 2014



A Federação dos Terreiros de Mina e Umbanda do Maranhão no dia 08 de setembro (segunda-feira) realiza a Procissão dos Orixás em homenagem as comemorações da fundação da cidade de São Luís.
O Cortejo sai da praça Pedro II, seguindo pela praça João Lisboa, rua Afonso Pena, Palma até a Igreja do Desterro.

A leveza de Flávia Bittencourt


Patrícia Cunha - Patrícia Cunha
Publicação: 03/09/2014 09:28
Jornal O Imparcial
 


A cantora e compositora Flávia Bittencourt conversou com a reportagem um dia após o seu aniversário, 27 de agosto. Naquele dia o trabalho para ela foi intenso. E as comemorações? Só altas horas da noite. Flávia Bittencourt estava às voltas com os ensaios para o novo show de gravação do quarto CD e primeiro DVD da carreira cujo palco será o do Teatro Arthur Azevedo, hoje e amanhã. Sendo que o show aberto para o público será apenas nesta quinta-feira (4), pontualmente às 19h. Na entrevista ela falou do atual momento, da expectativa para o show e das parcerias com os convidados que vai trazer para cantar com ela.

Alcione, Luiz Melodia, Antúlio Madureira e o Bloco Tradicional Os Feras são os convidados da cantora para o show do CD e DVD que se chamarão Leve, título homônimo de uma música inédita de autoria dela que, claro, estará nos trabalhos. Leve, segundo ela, como a vida tem que ser. “Às vezes a gente acaba carregando um fardo na vida. Essa música fala de leveza na vida. É como eu acredito que a gente tem que procurar se sentir, porque a vida às vezes a gente leva de forma pesada. O dia a dia, as obrigações, as pressões em fazer as coisas acabam te tirando o prazer da vida. A música fala que a gente precisa olhar as coisas com mais distância”, define Flávia.

Embora ela diga que esse novo CD e DVD não reflitam necessariamente o momento que está passando, ela destaca que em uma década de carreira o primeiro DVD veio no momento certo. “Estou mais madura. Pensamos muito em como seria o repertório. Estou muito segura quanto ao trabalho todo que está sendo desenvolvido, músicos, cenário. Eu estou muito feliz e espero que a resposta do público seja recíproca”, deseja.

O show terá um repertório com 20 canções, dentre elas, 7 inéditas de autoria de Flávia, algumas músicas dos três CDs anteriores, regravações de outros compositores como Fagner, Ednardo, e surpresas que ele prefere se esquivar. Aliás, a cantora se reservou a falar muito sobre o show. Prefere que o público se sinta presenteado com o que tem preparado. Mas uma das surpresas do show conseguimos que ela soltasse, será a regravação de uma música do amigo Sérgio Habibe. “Mas não posso falar...(risos). Ele não sabe. Só posso dizer que será um show longo e que vai ser muito bonito”, diz.

O show terá cenário assinado pela artista plástica Marlene Barros, figurino de Rodrigo Raposo e Direção do DVD de Jodele Larcher, que faz parte da direção do Rock in Rio, entre outros trabalhos. A equipe de músicos que estará com ela é de São Paulo, ma ela fez questão de contar com a participação de músicos maranhenses, como Rui Maranhão (sanfona), Thaynara Oliveira (violino) e Jorlielson (violoncelo), além de dançarinos que farão inserções nos ritmos do tambor de crioula.

Os convidados
Os artistas Alcione, Luiz Melodia, Antúlio Madureira e o Bloco Tradicional Os Feras dividirão o palco com Flávia Bittencourt. Alcione e Os Feras estarão com ela na música O Surdo, de Totonho e Paulinho Rezende, gravada pela Marrom. Na participação de Luiz Melodia, Flávia cantará com ele a música de autoria dele Congênito e uma de autoria dela, Lamento das Flores. Com Antúlio Madureira, Flávia tocará piano, e Antúlio a cabala, na música Assum Preto (Luiz Gonzaga).

Música com responsabilidade social
O ingresso para o show é um quilo de alimento não perecível. Os alimentos serão doados para a casa Sonho de Aline (em Panaquatira), da qual Flávia é madrinha há 2 anos e tem ajudado com seu trabalho musical. Recentemente, no dia 16 de agosto, ela fez um show em beneficência à Casa que atende aproximadamente 300 crianças carentes. Muitos alimentos foram arrecadados na ocasião.
“São crianças muito carentes que fazem suas refeições lá e ainda tem a oportunidade de ter aulas de computação, música, reforço escolar, dança e capoeira. É um projeto muito bonito que tem ajudado as famílias daquela área, tirando as crianças da rua e dando chance para que elas aprendam algo para a vida”, comenta Flávia.

Duas perguntas para Flávia Bittencourt

Como se deu a escolha dos convidados para o show?
“Eu sou fã da Alcione como cantora, ela é referência para muita gente. Já a conhecia, mas me aproximei quando gravávamos o Som Brasil (RJ) e falei desse projeto que já estávamos articulando desde o ano passado. Eu a convidei e ela topou. O Luiz participa do meu trabalho desde o primeiro CD, participamos do show um do outro, ele se intitulou como meu padrinho musical (risos). É muito legal ter um cara como ele como padrinho, e a gente tem um bom entrosamento no palco. Ele compôs Franqueza, em parceria com Carlos Pial, que está no álbum No Movimento e nessa música fala de São Luís, Alcântara, da nossa cultura”.
O Antúlio é de uma família de artistas do Recife que me acolheu muito bem e ao meu trabalho. Ele fabrica os próprios instrumentos, esteve no show comigo aí em São Luís e nessa apresentação do dia 4 ele, além de tocar cabala em uma música comigo, vai fazer uma homenagem a Ariano Suassuna”.

Como está a expectativa para esse primeiro DVD da carreira?
“Não existiria lugar melhor para gravar esse DVD que não em São Luís. Eu me abasteço quando me apresento em São Luís. Não será um trabalho que vou cantar só música eletrônica ou só acústico, mas ao mesmo tempo vai ter ritmos do Maranhão que sempre estão presentes na essência do meu trabalho. Vai ser muito emocionante estar com as pessoas que eu gosto, com meus amigos, fazendo esse trabalho que é importante para a minha carreira. É o momento certo. Eu estou muito feliz”.

SERVIÇO
O quê? Show de Flávia Bittencourt
Quando? Amanhã, às 19h pontualmente
Onde? Teatro Arthur Azevedo
Quanto? 1 quilo de alimento não perecível (exceto sal)

As criações de Zen Salles



O dramaturgo maranhense fala a O Imparcial sobre sua obra dramática, os projetos atuais e a fascinação pela efervescência cultural paulistana
Publicação: 02/09/2014 09:52 

Fonte: O Imparcial On Line
 


Radicado há mais de 10 anos em São Paulo, o dramaturgo maranhense Zen Salles vem conquistando com seu talento os palcos e a exigente cena cultural da cidade. Após encerrar temporada, a peça Genet, o Poeta Ladrão voltará a ser apresentada nos próximos meses. Sucesso de público e crítica na programação teatral paulistana, alguns de seus textos dramáticos – como Pororoca – já se tornaram objeto de pesquisas acadêmicas. E o reconhecimento parte também dos inúmeros espectadores que o abordam para expressar a admiração pela sua arte.

Mas tamanho sucesso foi alcançado com muita dedicação e trabalho. Em pleno sábado à noite, uma postagem de Zen Salles nas redes sociais funciona como escape apenas para dizer que ele está absorvido na criação de seus textos, enquanto pulsa a metrópole que tanto o fascina, palpitando arte e cultura.

Na entrevista a seguir, concedida por correio eletrônico a O Imparcial, Zen Salles trata, dentre outros temas, dos inúmeros projetos em que está atualmente envolvido, para teatro, televisão e cinema. A partir de hoje, a plateia de São Luís terá a oportunidade de assistir a uma montagem teatral baseada nos textos do dramaturgo. Com direção de Charles Melo, a Cia. Direto da Fonte apresenta o espetáculo Zen, de hoje a sexta-feira (2 a 5), às 20h, no Teatro Alcione Nazaré.

O nome da produção Zen faz alguma referência ao próprio autor?
“A culpa pelo nome Zen é do Charles Melo, diretor do espetáculo. Fiquei até surpreso quando soube, mas ao mesmo tempo me senti homenageado. Foi o Charles que teve contato com os meus textos e decidiu fazer esse projeto com a Cia. Direto da Fonte”.

Existe uma relação entre os textos que compõem a peça?
“Basicamente o que eles têm em comum é o fato da cidade de São Paulo estar bem viva em todas as cenas como um “catalisador” para as ações, apesar de a temática ser bastante universal, podendo acontecer em qualquer grande cidade do mundo”.

Sua fase atual tem sido de muito trabalho?
“Muito trabalho e são diversos textos, com projetos individuais e outros por encomenda. Por causa do enorme sucesso tanto de crítica como de público de peças como Genet, o Poeta Ladrão e Pororoca, naturalmente que recebi vários convites, a maioria em teatro, alguns em televisão e até mesmo no cinema. Gostaria de aceitar outras propostas que me foram feitas, pois realmente curto o que faço. Mas me falta tempo para tanta dedicação e, também, para o nível de qualidade que eu acabo exigindo na minha escrita”.

Pode dar exemplos de alguns desses trabalhos?
“No momento, só para citar o teatro, estou escrevendo seis peças ao mesmo tempo: Orgia, IN_Utensílios, Autofagia, Tadzio, Cora Curiosa (infantil baseado na obra de Neil Gaiman) e Unanimidade, inspirado no universo de Nelson Rodrigues. Canso só de pensar. Tudo isso também exige muita pesquisa, não é só chegar e escrever. É por isso que ando “sacrificando” até meu o sábado à noite”.

Genet, o Poeta Ladrão encerrou temporada ou segue sendo encenado?
“Tenho maior orgulho dessa peça, acho assombrosamente linda, um momento de epifania na minha carreira de dramaturgo. Mas Genet é uma peça com um elenco de dez ótimos atores, o que é bem difícil de manter. Muito deles estão fazendo novela e cinema. Foi complicadíssimo agendar uma turnê com a peça. Mas ela volta, sim, agora em outubro e novembro, para apresentações em teatros da prefeitura de São Paulo e, provavelmente, no Festival Mix Brasil”.

Um desses trabalhos atuais, Tadzio, é baseado no livro Morte em Veneza.
“Faz tempo que estou pirando e elaborando essa ideia, muito antes de escrever Genet. Fui desafiado a escrever esse texto inspirado na obra do Thomas Mann [escritor alemão] e acho que chegou o momento. Tenho curtido bastante o meu Tadzio, até porque fala de um assunto delicado e controvertido, de um cara mais velho que se apaixona platonicamente por um menino. Para alguns não deixa de se configurar como pedofilia. Só que, controvérsias à parte, já adianto que o meu Tadzio não tem nada de inocente. Ele sabe muito bem o quer. Gustav [a personagem adulta] que se cuide. (Risos)”

Conte sobre sua primeira experiência em escrever um texto em parceria, a peça Orgia, com Denise de Oliveira Freire.
“Orgia é baseado em uma notícia que viralizou rapidamente nas redes sociais sobre um bacanal protagonizado por idosos em um asilo da Inglaterra. Daí eu tive essa ideia de adaptar esse fato para a nossa realidade brasileira. Nunca tinha escrito uma peça a quatro mãos e está sendo uma delícia”.

O reconhecimento pelo seu trabalho de alguma forma o envaidece?
“Envaidece e preocupa. De repente a tua obra vira referência para quase todo mundo. Já li coisas na blogosfera como “eu quero escrever como o Zen”. É massa ler isso, mas aumenta, sim, a tua responsabilidade. Até porque, a cada trabalho, as pessoas ficam sempre esperando mais de você, criando expectativas... Isso pode ser ótimo como também ser péssimo. Mas, enfim, isso é o reconhecimento de um trabalho bem feito”.

A exposição pessoal nas redes sociais o incomoda?
Olha, acho que cada um faz o que quiser nas redes sociais. Eu as utilizo para divulgar minhas peças e, às vezes, falo o que eu estou sentindo no meu Inventário de um Dramaturgo Muito Vivo, que tem a ver mais com os dramas da minha produção criativa. O fato é que a internet é um novo canal de comunicação e eu não deixo de ser um formador de opinião, mesmo que possa me equivocar em alguns momentos... Ainda bem que ninguém é perfeito!

Em São Paulo, como seguem suas conexões com o meio artístico maranhense?
Estou aqui em São Paulo há mais de dez anos. Saí de São Luís com meus 26 anos. Trabalhei em vários jornais e fiz grandes amigos. Sempre vou aí e quase todo mundo já ouviu falar sobre a repercussão do meu trabalho aqui em Sampa, o que gera uma curiosidade natural. Até porque todos nós sabemos do alto nível da dramaturgia produzida na capital paulista, onde sou constantemente indicado a prêmios e convidado pelos maiores diretores teatrais e da tevê.

E quanto ao convite para um trabalho na Rede Globo, o que já é possível divulgar?
“Só te digo duas coisas: existe vida fora da Globo e as séries que serão produzidas nos canais fechados nos próximos anos têm tudo o que sonha qualquer roteirista e dramaturgo que se preze. [Em segundo lugar] Quando a gente entra nessas coisas, um contrato é assinado e você não pode falar nada pra ninguém. E se vazar, você pode pagar uma multa absurda”.

Experiência teatral

Zen é uma reunião de textos curtos de Zen Salles, com temática eminentemente urbana. De acordo com o autor, Agridoce trata de uma mãe que esquece os filhos dentro do carro, On $ale aborda o mundo da prostituição masculina numa grande metrópole, enquanto 1,26 foi inspirado em casos como o da assassina Suzane von Richthofen.

O diretor Charles Melo informou a reportagem que o projeto original incluía ainda a encenação de Apneia (um rapaz que perde o braço em um atropelamento na Avenida Paulista), já apresentado em montagem anterior da Cia. Direto da Fonte, conquistando a primeira colocação no Festival Nacional de Cenas Curtas, realizado em Belém (PA). No entanto, a produção manteve o texto fora da estreia por questões técnicas.

“Zen Salles vem sendo considerado um dos maiores dramaturgos brasileiros da atualidade”, disse Charles Melo, que já conhecia o trabalho a partir da montagem de Siameses e da leitura dramática de Agridoce. Para a produção de Zen, autor e diretor mantiveram contato à distância para a escolha dos textos. A trilha sonora passou por um processo semelhante, pois foi composta especialmente para o espetáculo pelo músico Eduardo Patrício, que reside na Irlanda. Apontando Zen como um trabalho de dramaturgia tradicional, Charles Melo disse que esta é a quarta produção da Cia. Direto da Fonte, que em cinco anos de atividades já realizou as peças Poema para Che, Toilet e Rimbaudemônio. Até o fim do ano, a companhia prepara a estreia da peça A Paixão segundo Alcântara, baseada em poemas de Luís Augusto Cassas, e a conclusão da montagem do filme de longa-metragem Itapecuru – Caminho de Pedras Miúdas.

SERVIÇO
O quê? Espetáculo teatral Zen
Quando? Até sexta-feira (5), às 20h
Onde? Teatro Alcione Nazaré (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho – Praia Grande)
Quanto? R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)