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sexta-feira, 25 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
UFMA divulga programação do 37º Festival Guarnicê
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
anunciou nesta semana a programação oficial do 37º Festival Guarnicê de Cinema.
A solenidade de abertura acontecerá na segunda-feira, 21, às 19h, no Cine Praia
Grande, em São Luís (MA), com exibição do longa-metragem convidado “Tatuagem”,
de Hilton Lacerda. Apresentado pela Petrobrás, o 37º Guarnicê é uma promoção da
UFMA, por meio do Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de
Extensão e da Fundação Sousandrade.
Com entrada gratuita, o 37º Guarnicê
tem patrocínio do Banco do Nordeste, Vale e Petrobrás e a parceria da Vila das
Artes e Fundação Joaquim Nabuco. Neste ano, o Guarnicê conta com o apoio da Cinemateca
da Embaixada da França (Cine), TV UFMA, 9D Studio, Governo do Maranhão, Prefeitura de São Luís e das rádios Universidade FM
e Mirante FM. Também na segunda-feira, 21, no Projeto Cinema em Todo Lugar, às
9h, terá início no Teatro da Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy/Rua do Egito
- Centro), a Mostra Guarnicêzinho, que vai até sexta-feira, 25.
Já às 15h, no mesmo local, terá
início às 15h, a Mostra Jovem, que também irá até sexta-feira, 25,
simultaneamente, com entrada gratuita. Já no C.P. Paulo Freire, na Cidade
Universitária da UFMA, acontecerá pela manhã e a tarde ações formativas em
parceria com duas instituições conceituadas nacionalmente, a Fundação Joaquim Nabuco
(PE) e a Escola Pública de Audiovisual Vila da Artes (CE). De segunda, 21, até
sexta-feira, 25, das
08h às 12h e 14h às 18h (40h) acontecerá os cursos de Roteiro e Montagem.
08h às 12h e 14h às 18h (40h) acontecerá os cursos de Roteiro e Montagem.
Acesse
o site - Já das 08h às 12h, também
no C.P. Paulo Freira da UFMA acontecerá os cursos de Figurino, Curadoria e Montagem:
Festivais, Mostras Temáticas, Retrospectivas; Cinema, Quadrinho, Literatura: Singularidades
e Intersecções e o Curso de Contrarregragem. A solenidade oficial de
encerramento do 37º Festival Guarnicê de Cinema acontecerá, no sábado, 26, às
19h, no Cine Praia Grande (Centro). A programação completa será
distribuída nos locais de realização do Festival, por meio de folders promocionais
e já pode ser acessada no www.cultura.ufma.br/37guarnicedecinema.
Na terça-feira, 22, às 10h, no Cine
Praia Grande acontecerá a Mostra Francesa. Já às 14h20 acontecerá a Mostra
Longas digitais Convidados, com exibição de “Junho”, filme de João Weiner. As
mostras competitivas de curtas digitais começarão às 15h30, “A Mão e Fogo:
Louça e Subjetividade entre Artesãs de Itamatatiua” (MA), “Brasil” (PR),
“Manchik” (RR), “Broders” (MA), “Fuga Animada” (SP), “Cassiano” (BA), “Festa no
Aptº de Suzana 10 de julho de 2011” (PR) e “Brincando na Floresta” (MA).
Já às 19h, também no Cine Praia Grande
e com entrada gratuita, terá início a Mostra Competitiva de Longas digitais,
“Triunfo” (SP). Na quarta-feira, 23, ainda no Cine Praia Grande,
às 10h começará na Mostra Cenário Brasil, o filme “A Vida Não
Basta”, de Caio Tozzi e Pedro Ferrarini. Já às 14h20, também
na Mostra Cenário Brasil, haverá exibição do filme “Darcy, Um Brasileiro”,
de Maria Maia.
Curtas
Digitais - Já
às 15h30, terá início a Mostra Competitiva de Curtas digitais, “Ilhas
Humanas” (MA), “Espantalhos” (SP), “A Despedida” (SP), “Passagem” (MA), “O
Despertar do Sísifo” (MA), “PM - Policial Magico” (RJ), “Natal de Tonho” (SP),
“Até Que a Última Luz Se Apague” (AM). Ás 19h da quarta-feira, 23, o filme “O
Exercicio do Caos” (MA) será exibido na Mostra Competitiva de Longas. Na
quinta-feira, 24, às 14h20, na Mostra Longas Convidados, haverá exibição
do filme “Cidade Cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo.
Às 15h30começará a Mostra Competitiva de Curtas.
Os Curtas digitais da tarde
que estarão em disputa na quarta-feira são: “Mahjong” (RJ), “Tormenta” (MG),
“Vontade” (MA), “Dia Estranho” (SP), “Upaon-Açu, Saint Louis, São Luis...”
(MA), “Acorda” (MA)”, “Hotel Farrapos” (RS), “Ruas” (MA) e às 19h, na Mostra
Ccompetitiva de Longas, será exibido o filme “Mataram Meu Irmão” (SP). Na
sexta, 25, no Cine Praia, às 10h, haverá a Mostra Cinefoot. Já
às 14h20 haverá a Mostra Longas Convidados, onde será exibido o filme
“Cidade de Deus: 10 Anos Depois”, de Cavi Borges e Luciano Vidigal em seguida,
às 15h30 começará a última competitiva de curtas.
Tradição - Estarão em exibição os curtas digitais:
“Dream Catchers” (SP), “Preto ou Branco” (SP), “O Dono da Capoeira” (MA), “Cine
Centimetro” (RJ), “O Menino Que Sabia Voar” (SP), “Escolhas” (SP), “A Carruagem
de Donana” (MA) e “Xiri Meu Eu Não Dou - Patativa” (MA). Já às 19h, na
Competitiva de Longas será exibido “Escolha Seu Caminho” (MA). O 37º Guarnicê
de Cinema é o mais antigo festival de cinema do Brasil, promovido por
universidades e um dos mais concorridos eventos do cinema do
Meio-Norte-Nordeste.
Ferreira Gullar pode ser novo imortal da Academia Brasileira de Letras
Embora a eleição ainda não tenha sido realizada, o mundo literário tem como certo o nome a ocupar a vaga deixada pelo poeta e ensaísta Ivan Junqueira (morto em 3 de julho) na Academia Brasileira de Letras (ABL): o poeta, dramaturgo, tradutor e crítico Ferreira Gullar. A única pendência, para encerrar qualquer dúvida, era o próprio Gullar oficializar a candidatura, por meio de carta. Na última semana, o documento foi entregue.
Sem concorrência real, o escritor maranhense será o sétimo ocupante da cadeira 37 da ABL. No passado, entre outros, a vaga foi preenchida por Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand e João Cabral de Melo Neto. Por mera questão de protocolo, outros escritores devem se candidatar à cadeira apenas para constituir uma peleja literária, como pede a etiqueta da academia. A votação que resultará na vitória de Gullar, no entanto, deverá ser unânime. O mineiro Zuenir Ventura e o carioca Antonio Cícero, os únicos outros dois nomes que poderiam provocar algum antagonismo, preferiram não concorrer.
“Publicaram que eu desisti da candidatura. Não foi bem assim. Nem cheguei a cogitá-la, na verdade. Não, desta vez”, revelou Zuenir, em entrevista ao Correio. Segundo ele, “o pleito da Academia para ter Gullar entre os imortais é antigo”. Assim, o próprio Zuenir endossou a escolha: “Liguei para ele e disse: ‘É a sua hora. Não há motivos para objeção’”.
Fonte: O Imparcial
Exposições retratam relação entre arte e meio ambiente na Galeria Trapiche
A exposição “Tintas e Relevos” de Dalton Costa é um apanhado dos 20 anos da carreira artística dele nas artes plásticas e inicia com uma série de pinturas de peixes em cores vibrantes. O efeito da técnica, acrílico sobre tela, resulta em imagens que parecem saltar o plano da tela por conta do uso da cor, luz e sombra em forte intensidade. “Um amigo sugeriu a ideia de pintar peixes-pedra, comum em Ribamar. Então, eu resolvi explorar o uso de cores fortes para ver como ficaria o resultado”, disse Dalton.
Outro tema explorado pelo artista plástico é o universo feminino, com telas em técnica de 3D de formas femininas exploradas como objeto de consumo. O artista aborda a temática com tom de denúncia. “Sempre gostei de trabalhar com as formas e curvas do corpo feminino. Nesta exposição, eu explorei a ideia de como a publicidade vende a imagem da mulher como um produto que pode ser embalado e descartável, uma forma de denúncia”, explicou.
Duas técnicas direcionam a opção estética de Dalton: o gigantismo e o figurativismo contemporâneo. “Sempre procuro trabalhar com a questão da forma e da perspectiva. Por isso é que sempre coloco ao fundo das imagens uma cor forte e vibrante. Numa tela, por exemplo, eu me inspirei no quarto de um oftalmologista norte-americano chamado Adelbert Ames Júnior, um quarto diferente dos outros, em forma trapezoidal, que altera a dimensão da perspectiva. Eu não entro no abstrato. Gosto de trabalhar com formas e cores”, destacou.
Autodidata, o pintor começou nas artes por meio da pintura em tecido. Posteriormente, passou a usar papel machê. Foi o mercado do Carnaval que possibilitou a ele a profissionalização artística. “Comecei confeccionando bonecos gigantes, em 1993, por meio de uma oficina com a artista Telma Lopes. Em 1999, fui convidado pelo professor João de Deus para concorrer em uma exposição de máscaras de carnaval. Como havia pouco tempo, resolvi usar sucata como material para a obra. Acabei sendo premiado em primeiro lugar”, disse.
As máscaras carnavalescas em sucata também integram a exposição de Dalton, que, além das pinturas em tela, usa outros materiais como isopor, machê, espuma e arame. Ao todo, são 36 obras em cartaz. Duas delas inéditas, as telas “Musa das Águas” e “Pedra Prateada”. O artista participou do IV Salão de Artes de São Luís, com a obra “Salada da Indigestão”, uma denúncia contra a poluição ambiental num local da cidade de Ribamar que é habitat de iguanas.
SUCATA COMO ARTE
Em “Sucata, Arte e Cores” do artista De Mello, pode-se conferir obras com formas de bichos e insetos, entre outros temas para além da fauna e flora, nos quais a sucata é o principal suporte artístico. A inspiração para obras vem da relação do artista com o meio ambiente. “Desde 2006 eu venho trabalhando com sucata. Foi algo natural, comecei a me interessar pelo tema da ecologia, da sustentabilidade”, disse De Mello.
A exposição conta com 50 obras, sendo 40 delas inéditas. O trabalho com relevo, dimensões, cores e perspectiva no uso da sucata resulta em formas artísticas em linguagem contemporânea. Algumas obras do artista são conhecidas pelo público que acompanha o concurso de presépios do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. Em 2009, o artista chegou a ser premiado internacionalmente, em Nova York, com a obra “O Violeiro”, feita de alumínio reciclado.
Antônio de Mello, ou apenas De Mello, sobrevive como pedreiro e carpinteiro. Natural de Palmeirândia, o artista começou nas artes de maneira autodidata e depois fez alguns cursos de desenho. Além das artes plásticas, De Mello também é membro da Academia de Letras da cidade de Paço do Lumiar.
As duas exposições ficarão abertas para visitação até o dia 29 deste mês. A Galeria Trapiche funciona de segunda a sábado no horário das 9h às 19h. A entrada é gratuita.
Mr. Catra faz show em São Luís dia 19 de julho
A Lagoa da Jansen, dia 19 de julho será o
endereço para quem quiser se perder nas batidas do funk e descer até o chão na
pista do Mandamentos Hall, às 22h. A atração principal do evento é o funkeiro
carioca Mr. Catra e o esquenta fica por conta do DJ Júnior Bulacha e Swingart.
Catra faz o estilo pimp (cafetão americano) -
usa camisetas e calças folgadas, cordões de ouro e, claro, tem muitas mulheres
a sua volta. Porém, você talvez não saiba que a cria da Tijuca, bairro do Rio
de Janeiro, é mais do que isso. Apesar de ter nascido no Morro do Borel, Wagner
Domingues da Costa teve uma infância diferente da vivida por seus vizinhos. Sua
mãe trabalhava na casa de um corretor de ações que acabou adotando Catra.
A vida na classe média possibilitou que ele
recebesse uma alfabetização de elite. Já adolescente, o menino da favela se
tornou líder do grêmio estudantil do tradicional colégio Pedro 2º. Entre a
educação no asfalto e as incursões pelo morro onde nasceu, Catra aprendeu a
tocar violão, guitarra, bateria, montou banda de MPB, de rock, e fez relativo
sucesso em festivais escolares. Mas foi na música de periferia, nos anos 90,
que ele encontrou sua vocação: o funk.
Adultério é o maior sucesso do
artista, que já lançou um disco de samba, apesar de o funk ainda predominar em
seus shows. A baixaria é assumida, só que seu trabalho é respeitado pelo
exercício da liberdade de expressão, pela coragem e pelos elementos musicais em
si (a não ser entre quem tem preconceito com os funkeiros). A expressão "putaria"
costuma ser associada a sua obra (ele mesmo usa bastante o termo).
Entre as polêmicas em que Catra se envolveu está
a do racismo no clipe Kong, do cantor Alexandre Pires, com a participação de
Neymar. Em 2013, fez sucesso nas redes sociais com a música Mama, um dueto com
Valesca Popozuda. Seu estilo de vida também foi retratado em um documentário de
90 minutos que pode ser assistido na internet. Ele tem quatro esposas, 21
filhos, sete álbuns lançados, turnês no exterior no currículo e domínio de
quatro idiomas.
SERVIÇO
O QUE: Mr. Catra em São Luís
ONDE: Mandamentos Hall (Lagoa)
QUANDO: 19 de julho, sábado, às 22h.
VALORES: Os ingressos estão à venda na Loja
Combate (Lagoa), Doutor Ingresso (WH Rio Poty Hotel) e no site www.dringresso.com.br.
REALIZAÇÃO: FM Produções
Ana Carolina em nova data de show em SL
O show da cantora Ana Carolina em São Luís, que ocorreria no próximo dia 19, no Ginásio Castelinho, foi adiado para o dia 4 de outubro. De acordo com o Marafolia, responsável pela organização do show, a alteração da data foi uma forma de atender as necessidades da programação esportiva do ginásio onde ocorrerá o evento.
Ainda segundo a organização, os ingressos já adquiridos estão válidos para a nova data.
A turnê
O repertório da grande turnê, que chega a São Luís em outubro, inclui as músicas do seu último álbum #AC, e outras surpresas que não são ouvidas nos seus shows, mas que irá proporcionar muita alegria a todos que estiverem presentes.
#AC foi o primeiro álbum disponibilizado por um artista nacional através do aplicativo Itunes. Todas as 12 músicas do álbum foram compostas pela própria cantora e outro parceiro. Na versão física do álbum conta com ainda a faixa “Libido”.
São Luís celebra o Dia Mundial do Rock
São Luís no mês de julho, como em todo o Brasil, transpira rock. Há cinco anos o mês das férias é também de curtir o bom e velho rock n’ roll com os representantes dessa cena local comemorando Dia Mundial do Rock, 13, com atitude, riffs de guitarra, irreverência e muito som pancada. Hora de reunir headbangers, metaleiros e amantes do rock nas suas mais variadas vertentes para celebrar e acima de tudo mostrar que São Luís tem muitas bandas que lutam para deixar sua marca na história musical da cidade.
A celebração tem dia e horas marcados. A quinta edição do Revolution Rock trará 15 bandas, 5 por dia, e acontecerá todas as sextas-feiras de julho, a partir das 20h, no Bar do Nelson (Av. Litorânea). A programação desta sexta-feira, 11, será com as bandas Royal Dogs, Tanatron, Orr, Alcoholic Avenger e Redbeer Club.
O Revolution Rock surgiu com a proposta de realizar eventos periódicos e exclusivos para as bandas autorais do estado e para os fãs do rock. A preocupação da organização está em mostrar que é possível fazer uma produção bem estruturada, embora o cenário seja independente.
A banda maranhense de heavy metal, Redbeer Club (foto) vai fazer o show de lançamento do primeiro EP gravado no Estúdio Base 17, em São Luís. O compacto homônimo terá sete faixas, e estará á venda a partir do dia 13. Algumas das faixas do EP já são conhecidas do público da banda, como a faixa It's Just Rock And Roll, primeira delas a ser lançada, tanto no perfil do grupo no SoundCloud, quanto no YouTube. Posteriormente, a banda lançou outros dois singles: One Night Stand e This Ain't A Kind Of Love. Além do lançamento do disco, a Redbeer Club se prepara para o lançamento do primeiro videoclipe, com previsão para o fim deste ano.
“Esse CD está do jeito que a gente esperava. Demoramos três anos para fazê-lo, mas valeu a pena porque está de ótima qualidade, estamos muito satisfeitos e já nos preparando para gravar outro material para 2015”, afirma o vocalista Victor Bossal.
A Redbeer Club é uma banda de heavy metal formada em 2010. Apesar de uma influência de grandes artistas de heavy metal, a sonoridade do grupo não deixa de contemplar o hard rock, o rock/metal progressivo e o rock and roll. Além de Victor, formam a banda, Gabriel “Hiena” e Rafael Góes (guitarras), Pedro Muller (baixo) e Raul Campos (bateria).
O grupo é ativo na cena musical da capital maranhense, tendo se apresentado em festivais como o Nelson Pro-Rock e o Revolution Rock. Esta é a segunda participação da banda no evento. “Acredito que o Revolution já se consolidou e é muito esperado pelas bandas que estão querendo mostrar seu trabalho autoral e São Luís tem muitas bandas boas”, diz Vitor.
No show do dia 11 a banda vai cantar as músicas do EP (Far Beyond My Will, One Night Stand, This Ain't A Kind Of Love, Rock Is All Around, Set Your Fears Away, It's Just Rock & Roll e Misty Highway), e covers de bandas que influenciaram o som da banda como Whitesnake e Eclipse. “Acho que é importante a gente mostrar nosso trabalho, nossas influências. Acho que a cena hoje está bem melhor do que há alguns anos e credito isso à força da internet que tem sido uma grande aliada na divulgação do nosso trabalho”, reforça Vitor.
Produção coletiva
Para Manel Maia, baixista da Royal Dogs, marcar o dia do rock sempre foi uma preocupação das bandas locais, que, embora sem patrocínio ou grandes eventos, sempre foi celebrado no mês de julho. “O Revolution é bacana porque é uma produção coletiva, da Tanatron, Fúria Louca e JackDevil que se uniram em prol do rock para mostrar a força da cena local. A Royal Dogs se orgulha de fazer parte dessa história”, comenta o baixista.
E é por conta dessa história que a banda está vivendo uma ótima fase. O show que irão fazer nesta sexta-feira é uma prévia das apresentações que farão nos próximos dias em São Paulo e no Ceará. Na ocasião eles farão o repertório do mais recente CD lançado na internet e apresentarão o single Tatto you. Também terão a participação do Victor Bossal, da Redbeer Club.
Em São Paulo o show será dia 19, na festa GlamNation, no espaço Inferno, e dia 22, no Festival Rock Cordel, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza. “A GlamNation é uma festa tradicional de hardcore e vamos tocar lá com a Fúria Louca. Lá em Fortaleza fomos selecionados para tocar ao lado de outras bandas do Nordeste e foi uma honra receber esse convite”, comemora Manel Maia.
A banda formada por Felipe Hyily (vocal/guitarra), Mauro Sampaio (guitarra) e ainda André Junior (bateria), mostra influências que vão desde Guns N' Roses até Backyard Babies, além de usar referências de bandas suecas surgidas entre os anos 90 e 2000, como Hardcore Superstar e CrashDiet.
Surpresas – O festival é tradicionalmente também local de novidades e surpresas que as banda costumam apresentar. A Tanatron, por exemplo, vai comemorar os 18 anos da banda. “Ano passado a gente voltou à cena no Revolution e este ano estamos comemorando aniversário lançando o clipe Tanatron, que foi gravado todo em São Luís. E tem mais novidades a JackDevil vai lançar o CD, tem bandas que estará bpela primeira vez no Festival. Tem muitas novidades”, assegura Nyelson Weber, um dos organizadores da festa e baixista e vocalista da banda Tanatron. A banda se apresenta na próxima semana em Pedreiras (MA).
Programação
11 de julho
Royal Dogs
Tanatron
Orr
Alcoholic
Avenger
Redbeer Club
18 de julho
JackDevil
Smokin’Kills
Love n’hell
Scholl Thrash
Leopard Machine
25 de julho
Fúria Louca
Brutalliam
Hot Dirnk
Alchimist
Forte Calibre
Serviço
O quê? Revolution Rock
Quando? 11, 18, 25, às 22h
Onde? Bar do Nelson (Av. Litorânea)
Quanto? R$20,00 (por dia); R$50,00 (passaporte para os 3 dias). À venda nas lojas Mad Rock
Zabumbada na Barrigudeira
Este ano o Festival de Bumba-meu boi de Zabumba vai abrir com duas
comédias sobre o universo simbólico do bumba-meu-boi. Esta é uma das
novidades para a vigésima edição do festival que se realizará neste
sábado, 12, a partir das 20h, no Monte Castelo. Ao todo 21 grupos de
zabumba vão se apresentar, dentre eles bois de São Luís e dos municípios
de Santa Helena, Pinheiro, Guimarães e São José de Ribamar.
O Festival que tradicionalmente acontece no segundo sábado do mês de julho, é muito aguardado por moradores e turistas, e movimenta várias comunidades de São Luís. O evento acontece todos os anos na Avenida Newton Belo e atravessa a noite, finalizando apenas às 9h da manhã de domingo.
Nesta edição, com um atrativo a mais, o Festival de Comédia, seu Basílio Costa Durans, presidente do Clube Cultural de Boi de Zabumba e Tambor de Crioula do Maranhão, acredita que o evento tem tudo para superar o público de 10 mil pessoas do ano passado. “As pessoas esperam muito para ver toda a beleza dos bois de zabumba, um sotaque que, graças a Deus tem muito reconhecimento de admiradores por todo o Brasil. Esse evento atrai muitos turistas. Falta só ser valorizado pelos órgãos públicos”, lamenta.
É da baixada que vem o diferencial da edição deste ano. Os bois Orgulho de Pinheiro e o bumba meu boi Capricho de União, de Santa Helena, são os convidados especiais do Festival de Comédia, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MA), que abre o Festival de Zabumba.
“Dentro do processo de instrução de salvaguarda do bumba-meu-boi há esse planejamento. O que se observou foi uma preocupação forte dos próprios boieiros pela não realização da comédia, que é algo específico dentro do sotaque de Guimarães. Então, diante disso, vimos que o Festival de Zabumba seria um ótimo espaço para essa experiência que não sabemos se vai haver continuidade, porque leva em conta a disponibilidade das pessoas para fazer a comédia, os palhaços, como eles chamam. Com isso estamos tentando incentivar os grupos a fazeram isso também na capital”, explica Izaurina Nunes, Técnica em Ciências Sociais do Iphan-MA.
Os grupos do interior foram convidados por ser a região da baixada ainda a única a realizar as comédias regularmente em suas apresentações. Em São Luís esse tipo de performance é realizado mais durante a matança (ritual da morte do boi).
Izaurina explica que as comédias não são necessariamente a representação do auto do bumba-meu-boi com Pai Francisco e Catirina. “Essas comédias são histórias que são criadas a partir do roubo do boi. Eles tem uma liberdade muito grande para criar em cima disso. Pode ser uma festa em que eles vão criando várias histórias, inclusive com fatos do cotidiano, tendo como tônica o roubo do boi”, exemplifica.
O roubo do boi e a festa de Pai Francisco
As comédias ocorrem paralelamente à dança e à música executadas pelos grupos de boi, uma espécie de teatro cômico popular que consiste na encenação de pequenas tramas envolvendo temas, personagens e motivos de escolha relativamente livre.
O Boi Orgulho de Pinheiro vem da baixada trazendo a história de três palhaços que vivem uma verdadeira aventura ao tentarem conseguir emprego em uma fazenda. Palhaçada, o roubo de um boi e a saga para enterrar um morto permeiam a história que será contada em 30 minutos. O Boi tem 32 anos de atividade e vem se apresentar no Festival pela primeira vez com pelo menos 60 integrantes. A comédia será encenada com 4 personagens. Os palhaços e o dono da fazenda.
“Vai ser bom poder apresentar a nossa cultura, para mostrar a comédia, já que é uma coisa que está acontecendo cada vez menos. Os donos de arraiais não querem muito que a gente apresente, mas é algo que é bom para manter a cultura do boi, contar as nossas histórias”, afirma seu Walmir Moreira, dono do boi.
De Santa Helena o boi Capricho de União, traz uma comédia com 8 personagens que vão mostrar a festa do Pai Francisco com danças e coreografias específicas. Esta será a primeira vez que o grupo também vem a São Luís para o Festival, em 21 anos de atividade e 80 componentes. A história, segundo Aldair José, o narrador, tem tudo para ser bem divertida e traz o diferencial que são os bonecos gigantes confeccionados pela própria comunidade.
“A gente vem com duas aves o urubu e o papagaio, três esqueletos, que são bonecos gigantes e outros três comediantes. Vamos mostrar um festa com a dança do Pai Francisco e as específicas, como do urubu e do papagaio. Acho que vai ser uma ocasião especial apresentar essa comédia, visto que a gente quase não apresenta mais”, comenta Aldair.
Quatro perguntas//Basílio Durans
O que mudou nesses 20 anos de Festival?
São duas décadas desde a primeira realização do Festival de Zabumba. De lá para cá as mudanças vem ocorrendo gradativamente, mas a principal delas, é o reconhecimento que o sotaque vem tendo. Antes quando a gente chegava nos arraiais pouca gente ficava para assistir, e às vezes nem éramos chamados. A partir do Festival nosso público cresceu. Significa que o objetivo da formação de plateia foi cumprido.
E o Festival de Comédia é um incremento a mais?
Sim. Essa foi uma ideia do Iphan e está dentro do processo de salvaguarda, justamente para manter essa tradição que ta ficando esquecida. Este ano estamos com os bois de Santa Helena e de Pinheiro que vão abrir o Festival.
Quais os destaques da programação?
Depois do Festival de Comédia teremos a apresentação do boi de Leonardo abrindo a programação. Aí seguem as apresentações até as 9h do dia seguinte, encerrando com o com o Boi Unidos Venceremos. O destaque é a homenagem que fazemos todos os anos a alguém que fez ou faz história no boi de zabumba. Este ano vamos homenagear Chico Coimbra falecido este ano e que era do Boi de Leonardo e o cantador Ciriaco (Arrupiado), também falecido, da famosa toada Pecado Capital, do boi de Leonardo.
O troféu é um atrativo para que os grupos comparecerem?
Sim. Sempre damos os troféus de participação, mas os grupos fazem questão de se fazer presente, se apresentar, fazer parte do encontro. Este ano estamos marcando o
dia 29 de julho para entregar os troféus de quem não puder esperar para receber no final da festa. Ele será entregue na própria sede do Clube, na Liberdade, mas também será entregue ao final do Festival.
Grupos Participantes
Bumba-meu-boi Orgulho de Pinheiro
Bumbamue-boi Capricho de União
Bumba-Meu-Boi Unidos Pela Fé
Bumba-Meu-Boi Laço do Amor
Bumba-Meu-Boi Mimo da Ilha
Bumba-Meu-Boi da Vila Passos
Bumba-Meu-Boi Brilho da Paz
Bumba-Meu-Boi Capricho do Oliveira
Bumba-Meu-Boi Boa Vontade
Bumba-Meu-Boi Capricho da Primavera
Bumba-Meu-Boi Dois Irmãos
Bumba-Meu-Boi Mimo de São João
Bumba-Meu-Boi Anjo do Meu Sonho
Bumba-Meu-Boi Novo Capricho
Bumba-Meu-Boi Sempre Seremos Unidos
Bumba-Meu-Boi de Zabumba Orquestrado
Bumba-Meu-Boi de Guimarães
Bumba-Meu-Boi Brilho de São João
Bumba-Meu-Boi de Leonardo
Bumba-Meu-Boi da Fé em Deus
Bumba-Meu-Boi Unidos Venceremos
Saiba Mais
No âmbito do Inventário Nacional de Referências Culturais do Bumba-meu-boi do Maranhão, realizado de 2001 a 2004 pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (sediado no Rio de Janeiro), foram registradas tantas variações daquele relato quantas tramas criadas a partir de experiências do presente ou do passado próximo dos brincantes, sem qualquer relação evidente com o chamado “auto do boi”. Tais tramas, conhecidas como, matanças, comédias, palhaçadas, doidices, morte-de-terreiro ou morte-de-levantar, referem-se a fatos reais ou fictícios, ocorridos, presenciados, imaginados ou sonhados no cotidiano dos brincantes, principalmente no interior do Estado. Constituem pequenas histórias cômicas elaboradas coletivamente pelos sujeitos associados na brincadeira, embora a maior parte da atividade dramática seja concentrada pelos personagens dos palhaços, conhecidos também como palhaceiros, Pais Franciscos, Catirinas, chefes da matança ou da palhaçada. São eles quem, de fato, selecionam, elaboram e executam as performances a partir dos fatos, em alguma medida, experimentados pela coletividade de que participam, atuando assim como espécies de porta-vozes do grupo.
Fonte: INRC do Bumba-meu-boi. Texto da antropóloga Luciana Carvalho, pesquisadora do Inventário Nacional de Referências Culturais do Bumba-meu-boi do Maranhão (INRC).
O Festival que tradicionalmente acontece no segundo sábado do mês de julho, é muito aguardado por moradores e turistas, e movimenta várias comunidades de São Luís. O evento acontece todos os anos na Avenida Newton Belo e atravessa a noite, finalizando apenas às 9h da manhã de domingo.
Nesta edição, com um atrativo a mais, o Festival de Comédia, seu Basílio Costa Durans, presidente do Clube Cultural de Boi de Zabumba e Tambor de Crioula do Maranhão, acredita que o evento tem tudo para superar o público de 10 mil pessoas do ano passado. “As pessoas esperam muito para ver toda a beleza dos bois de zabumba, um sotaque que, graças a Deus tem muito reconhecimento de admiradores por todo o Brasil. Esse evento atrai muitos turistas. Falta só ser valorizado pelos órgãos públicos”, lamenta.
É da baixada que vem o diferencial da edição deste ano. Os bois Orgulho de Pinheiro e o bumba meu boi Capricho de União, de Santa Helena, são os convidados especiais do Festival de Comédia, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MA), que abre o Festival de Zabumba.
“Dentro do processo de instrução de salvaguarda do bumba-meu-boi há esse planejamento. O que se observou foi uma preocupação forte dos próprios boieiros pela não realização da comédia, que é algo específico dentro do sotaque de Guimarães. Então, diante disso, vimos que o Festival de Zabumba seria um ótimo espaço para essa experiência que não sabemos se vai haver continuidade, porque leva em conta a disponibilidade das pessoas para fazer a comédia, os palhaços, como eles chamam. Com isso estamos tentando incentivar os grupos a fazeram isso também na capital”, explica Izaurina Nunes, Técnica em Ciências Sociais do Iphan-MA.
Os grupos do interior foram convidados por ser a região da baixada ainda a única a realizar as comédias regularmente em suas apresentações. Em São Luís esse tipo de performance é realizado mais durante a matança (ritual da morte do boi).
Izaurina explica que as comédias não são necessariamente a representação do auto do bumba-meu-boi com Pai Francisco e Catirina. “Essas comédias são histórias que são criadas a partir do roubo do boi. Eles tem uma liberdade muito grande para criar em cima disso. Pode ser uma festa em que eles vão criando várias histórias, inclusive com fatos do cotidiano, tendo como tônica o roubo do boi”, exemplifica.
O roubo do boi e a festa de Pai Francisco
As comédias ocorrem paralelamente à dança e à música executadas pelos grupos de boi, uma espécie de teatro cômico popular que consiste na encenação de pequenas tramas envolvendo temas, personagens e motivos de escolha relativamente livre.
O Boi Orgulho de Pinheiro vem da baixada trazendo a história de três palhaços que vivem uma verdadeira aventura ao tentarem conseguir emprego em uma fazenda. Palhaçada, o roubo de um boi e a saga para enterrar um morto permeiam a história que será contada em 30 minutos. O Boi tem 32 anos de atividade e vem se apresentar no Festival pela primeira vez com pelo menos 60 integrantes. A comédia será encenada com 4 personagens. Os palhaços e o dono da fazenda.
“Vai ser bom poder apresentar a nossa cultura, para mostrar a comédia, já que é uma coisa que está acontecendo cada vez menos. Os donos de arraiais não querem muito que a gente apresente, mas é algo que é bom para manter a cultura do boi, contar as nossas histórias”, afirma seu Walmir Moreira, dono do boi.
De Santa Helena o boi Capricho de União, traz uma comédia com 8 personagens que vão mostrar a festa do Pai Francisco com danças e coreografias específicas. Esta será a primeira vez que o grupo também vem a São Luís para o Festival, em 21 anos de atividade e 80 componentes. A história, segundo Aldair José, o narrador, tem tudo para ser bem divertida e traz o diferencial que são os bonecos gigantes confeccionados pela própria comunidade.
“A gente vem com duas aves o urubu e o papagaio, três esqueletos, que são bonecos gigantes e outros três comediantes. Vamos mostrar um festa com a dança do Pai Francisco e as específicas, como do urubu e do papagaio. Acho que vai ser uma ocasião especial apresentar essa comédia, visto que a gente quase não apresenta mais”, comenta Aldair.
Quatro perguntas//Basílio Durans
O que mudou nesses 20 anos de Festival?
São duas décadas desde a primeira realização do Festival de Zabumba. De lá para cá as mudanças vem ocorrendo gradativamente, mas a principal delas, é o reconhecimento que o sotaque vem tendo. Antes quando a gente chegava nos arraiais pouca gente ficava para assistir, e às vezes nem éramos chamados. A partir do Festival nosso público cresceu. Significa que o objetivo da formação de plateia foi cumprido.
E o Festival de Comédia é um incremento a mais?
Sim. Essa foi uma ideia do Iphan e está dentro do processo de salvaguarda, justamente para manter essa tradição que ta ficando esquecida. Este ano estamos com os bois de Santa Helena e de Pinheiro que vão abrir o Festival.
Quais os destaques da programação?
Depois do Festival de Comédia teremos a apresentação do boi de Leonardo abrindo a programação. Aí seguem as apresentações até as 9h do dia seguinte, encerrando com o com o Boi Unidos Venceremos. O destaque é a homenagem que fazemos todos os anos a alguém que fez ou faz história no boi de zabumba. Este ano vamos homenagear Chico Coimbra falecido este ano e que era do Boi de Leonardo e o cantador Ciriaco (Arrupiado), também falecido, da famosa toada Pecado Capital, do boi de Leonardo.
O troféu é um atrativo para que os grupos comparecerem?
Sim. Sempre damos os troféus de participação, mas os grupos fazem questão de se fazer presente, se apresentar, fazer parte do encontro. Este ano estamos marcando o
dia 29 de julho para entregar os troféus de quem não puder esperar para receber no final da festa. Ele será entregue na própria sede do Clube, na Liberdade, mas também será entregue ao final do Festival.
Grupos Participantes
Bumba-meu-boi Orgulho de Pinheiro
Bumbamue-boi Capricho de União
Bumba-Meu-Boi Unidos Pela Fé
Bumba-Meu-Boi Laço do Amor
Bumba-Meu-Boi Mimo da Ilha
Bumba-Meu-Boi da Vila Passos
Bumba-Meu-Boi Brilho da Paz
Bumba-Meu-Boi Capricho do Oliveira
Bumba-Meu-Boi Boa Vontade
Bumba-Meu-Boi Capricho da Primavera
Bumba-Meu-Boi Dois Irmãos
Bumba-Meu-Boi Mimo de São João
Bumba-Meu-Boi Anjo do Meu Sonho
Bumba-Meu-Boi Novo Capricho
Bumba-Meu-Boi Sempre Seremos Unidos
Bumba-Meu-Boi de Zabumba Orquestrado
Bumba-Meu-Boi de Guimarães
Bumba-Meu-Boi Brilho de São João
Bumba-Meu-Boi de Leonardo
Bumba-Meu-Boi da Fé em Deus
Bumba-Meu-Boi Unidos Venceremos
Saiba Mais
No âmbito do Inventário Nacional de Referências Culturais do Bumba-meu-boi do Maranhão, realizado de 2001 a 2004 pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (sediado no Rio de Janeiro), foram registradas tantas variações daquele relato quantas tramas criadas a partir de experiências do presente ou do passado próximo dos brincantes, sem qualquer relação evidente com o chamado “auto do boi”. Tais tramas, conhecidas como, matanças, comédias, palhaçadas, doidices, morte-de-terreiro ou morte-de-levantar, referem-se a fatos reais ou fictícios, ocorridos, presenciados, imaginados ou sonhados no cotidiano dos brincantes, principalmente no interior do Estado. Constituem pequenas histórias cômicas elaboradas coletivamente pelos sujeitos associados na brincadeira, embora a maior parte da atividade dramática seja concentrada pelos personagens dos palhaços, conhecidos também como palhaceiros, Pais Franciscos, Catirinas, chefes da matança ou da palhaçada. São eles quem, de fato, selecionam, elaboram e executam as performances a partir dos fatos, em alguma medida, experimentados pela coletividade de que participam, atuando assim como espécies de porta-vozes do grupo.
Fonte: INRC do Bumba-meu-boi. Texto da antropóloga Luciana Carvalho, pesquisadora do Inventário Nacional de Referências Culturais do Bumba-meu-boi do Maranhão (INRC).